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EPR 004 / 220 - INTRODUÇÃO A ENGENHARIA, HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO 2016 Aula 11 / TEMA 10: NOÇÕES DE TOXICOLOGIA D e fin içõ e s e C o n ce ito s: TOXICOLOGIA: é a ciência que estuda os venenos, suas propriedades, modo de ação e métodos de análise, com o objetivo de proteger os indivíduos contra a nocividade. VENENO OU AGENTE TÓXICO: é toda substância que introduzida no organismo, é absorvida e acarreta distúrbios, que pode inclusive ser a morte. TOXICOLOGIA INDUSTRIAL é a parte da toxicologia que estuda os compostos químicos usados nas indústrias, tratando da identificação, da análise, do mecanismo de ação, do tratamento e prevenção dos efeitos tóxicos, tendo portanto , como finalidade a proteção da saúde do trabalhador. D efin içõ e s e C o n ce ito s: AGENTE TÓXICO Substâncias que após entrar em contato com o organismo passam a funcionar com veneno. Na atmosfera se mantém sob várias formas: 1. Gases e vapores: substancias sobre a forma de vapor/gas. 2. Névoas ou neblinas: resultantes do arrastamento de um líquido por corrente de ar, ou condensação do líquido na atmosfera; 3. Fumos: partículas resultantes da condensação de vapores metálicos após a combinação com o oxigênio da atmosfera, formando óxidos; 4. Poeiras: partículas sólidas, de material inorgânico ou orgânico, resultante de processo mecânicos de desintegração, tais como lixamento, moagem, etc.; 5. Fumaças: resultado da combustão material orgânico, sendo constituído de uma mistura de gases e vapores, partículas e gotículas. D efin içõ e s e C o n ce ito s: TOXICIDADE: é a capacidade inerente de uma substância, de produzir um efeito deletério sobre o organismo. Diferenciar de Risco ou Perigo.. Avaliação: Dose Letal Média: produz a morte de 50 de 100 animais ensaiados. • Extremamente tóxico: DL50<1mg/kg • Altamente tóxico: de 1 a 50 mg/kg • Moderadamente tóxico: de 50 a 500 mg/kg • Levemente tóxica: de 500mg a 5 g/kg • Praticamente não-tóxico: de 5g a 15 g/kg • Relativamente inócuo: > 15 g/kg Fatores que influenciam a toxicidade: 1. Quantidade ou concentração 2. Estado de dispersão: tamanho, estado, etc. 3. Afinidade por tecido humano 4. Solubilidade nos fluídos humanos 5. Sensibilidade individual N o çõ e s d e To xico lo gia VIAS DE PENETRAÇÃO Do ponto de vista ocupacional a via mais importante é a respiratória, depois a cutânea, e a digestiva. A penetração respiratória será facilitada por aumento da ventilação pulmonar (exercício, esforço). ABSORÇÃO Processo pelo qual uma substância passa para a corrente sanguínea. Depois de absorvida será distribuída por todo o organismo. Pode envolver: Filtração, Difusão, Pinocitose, Transporte Ativo. N o çõ e s d e To xico lo gia LOCAL DE AÇÃO: • Ação Local é na maioria das vezes irritativa ou caustica, e sua intensidade depende da solubilidade, tempo de ação, e concentração, além da reação individual. • A Ação Geral é devida a própria substância ou seu produtos de metabolismo. N o çõ e s d e To xico lo gia SEDE DA LESÃO: • A pele pode ser atingida diretamente ou pode ser uma manifestação externa de uma ação geral. • O Aparelho Respiratório pode ser atingido por ação local desde as vias aéreas superiores até os alvéolos, ou por ação específica de certas substâncias sobre sua estruturas (asma, bronquites, enfisema, pneumoconiose, cânceres, etc.). • No Aparelho Digestivo encontramos manifestações dentárias, das mucosas, do tubo digestivo, do fígado. • Os Órgãos Hematopoiéticos (sangue) são sede frequentes de alterações, o mesmo ocorrendo com o Sistema Nervoso. N o çõ e s d e To xico lo gia MECANISMO DE AÇÃO: 1. Interferência no transporte de Oxigênio: Ex. Monóxido de Carbono 2. Ação sobre Sistemas Enzimáticos: • Inibição: Ex.: Organofosforados (inibição da colinesterase); Chumbo (inibição de Aladesidrase). • Estimulação: Ex.: BHC (Organoclorados- ação reguladora do HEME) 3. Ação Direta sobre um receptor: Muscarina (ação sobre os receptores colinérgicos) 4. Hipersensibilidade: individualidade. 5. Ação Secundária: ações geralmente não deletérias. N o çõ e s d e To xico lo gia DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAMENTO: • Exposição a um agente tóxico atravessar as barreiras naturais (pele, mucosas, alvéolos, etc.) passando para o meio interno (biofase) circulação sanguínea órgãos , onde atravessa a barreira celular • Membrana celular, de constituição lipoproteica e permite a passagem de substâncias hidrossolúveis (filtração) e das lipossolúveis (difusão na camada lipídica). • A distribuição das substâncias pelos órgãos depende da circulação sanguínea (rendimento toxicológico = [Agente Sangue] / [Agente viscera]). • Os órgãos mais frequentemente atingidos são respectivamente em ordem decrescente: as vísceras (estomago, intestino, fígado, rins, baço) em primeiro planos, depois o tecido conjuntivo, pele, músculos e ossos, e em terceiro plano o tecido gorduroso. N o çõ e s d e To xico lo gia METABOLISMO: Transformações sofridas por uma substância no organismo, a fim de eliminá-la (constitui um mecanismo de defesa orgânica). Vários processos: • Degradação: fracionamento de uma molécula para mais facilmente eliminação. • Síntese: introdução de radicais, produzindo uma nova substância ou metabólico, para eliminação. Principais reações de transformação: Oxidação, Redução, Hidrólise, Conjugação, etc. Consequência das transformações metabólicas. 1. Favorecimento da eliminação 2. Redução da toxicidade ELIMINAÇÃO OU EXCREÇÃO: Ocorre por via respiratória, digestiva, urinária e cutânea, principalmente. N o çõ e s d e To xico lo gia LIMITES DE TOLERÂNCIA, principalmente para as substâncias de penetração por via pulmonar, que é a concentração limite do agente tóxico na atmosfera de trabalho que não produzirá efeito sobre os trabalhadores, e que portanto permitirá, em análises de ambiente avaliar as medidas de segurança adotadas. NR 15 anexos 11, 12 e 13. LIMITES BIOLÓGICOS, ou seja limites para a presença de determinada substância no organismo humano, a fim de avaliarmos a exposição e absorção do agente tóxico. NR 07.
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