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ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SAÚDE / ESA Curso: MEDICINA N o t a : _ _ _ _ Disciplina: ANATOMIA HUMANA Módulo: ABDOME Professor (a): Altair Rodrigues Chaves Antonio de Oliveira Araujo Márcio Neves Stefani Aluno (a): Giovanna Beatriz André Lopes Matricula: 2022020053 1. Paciente do sexo feminino, 45 anos chega ao pronto socorro queixando dor em região epigástrica, com irradiação para o hipocôndrio esquerdo e dorso, de forte intensidade, continua de início há 2 dias, associada a náuseas e vômitos (seis episódios). Queixa-se ainda de dispneia aos moderados esforços. Nega disúria, diarreia, febre, corrimento ou sangramento vaginal. A data da última menstruação está sem alterações. Na Somatoscopia encontra se: eupneica, normocorada, acianótica, anictérica, afebril. Exame físico da cabeça e pescoço normal. Exame do tórax: Murmúrio vesicular diminuído em base esquerda. RCR 2T BNF SS. Exame do abdome: abdome globoso, distendido, doloroso a palpação profunda em epigástrio e hipocôndrio esquerdo, sem visceromegalias ou circulação colateral, sem irritação peritoneal. Giordano -; Murphy -; Blumberg - . Toque retal com fezes na ampola retal, sem sangue no dedo de luva. Apresenta hemograma completo: leucócitos de 18 mil, com 83% de segmentados, HB de 12 e HT de 38, Plaquetas de 320 mil. Foi solicitado um RX de tórax, que evidenciou opacidade na base esquerda com sinal do menisco presente. Foi solicitado um RX de abdome ortostático que evidenciou o sinal do empilhamento de moeda periumbilical e gás na ampola retal. a) Qual sua hipótese diagnóstica mais provável? A paciente provavelmente está apresentando uma obstrução intestinal aguda alta, o que explica o sinal de empilhamento de moeda periumbilical e presença de gás na ampola retal. A paciente possivelmente evoluiu com um quadro de derrame pleural com pus, um empiema à esquerda, explicado pela opacidade na base esquerda com sinal de menisco presente encontrada na radiografia de tórax da paciente. A leucocitose evidenciada nos exames laboratoriais explica a presença de pus (leucócitos mortos, bactérias destruídas) no espaço pleural. b) Cite cinco diagnósticos diferenciais. Pseudo-obstrução intestinal (Síndrome de Ogilvie), íleo dinâmico (metabólico ou paralítico), hérnica encarcerada, volvo e doença diverticular. c) Quais exames laboratoriais e de imagem ajudariam a elucidar o caso. Para exames laboratoriais, é aconselhável realizar hemograma com contagem diferencial, eletrólitos, verificação de alcalose metabólica hipoclorêmica/hipocalêmica, verificar acidose metabólica láctica e o aumento de LDH e amilase. Para exames de imagem, é comum realizar radiografia de abdome, ultrassom abdominal ou tomografia computadorizada de abdome para identificar as alterações no trato gastrointestinal, associada a ressonância magnética de abdome e colonoscopia. ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SAÚDE / ESA d) Qual o tratamento para essa doença. O tratamento pode ser não-cirúrgico e de suporte clínico, com dieta oral zero, cateter nasogástrico em sifonagem, hidratação e correção de distúrbios hidroeletrolíticos, além de antibioticoterapia profilática. Além disso, também pode ser cirúrgico em casos de obstrução completa, obstrução em alça fechada, isquemia intestinal, necrose ou perfuração, realizando-se procedimentos como laparoscopia ou ressecção intestinal. 2. Paciente do sexo masculino, 39 anos chega ao pronto socorro queixando dor em região epigástrica, de início súbito, de moderada a forte intensidade, contínua de início há 8 horas, com irradiação para a fossa ilíaca direita, associada a náuseas e vômitos (3 episódios) e anorexia. Nega disúria, diarreia, febre. Na Somatoscopia encontra-se: eupneico, normocorado, acianótico, anictérico, afebril. Pulso de 112 bpm e PA de 110 x 70 mmhg. Exame físico da cabeça e pescoço normal. Exame do tórax: MVF SRA FR de 14 irm. RCR 2T BNF SS. Exame do abdome: abdome plano, rígido, doloroso a palpação profunda em fossa ilíaca direita, hipogástrio e fossa ilíaca esquerda, sem visceromegalias ou circulação colateral, com irritação peritoneal. Giordano -; Murphy -; Blumberg +. Toque retal com fezes na ampola retal, sem sangue no dedo de luva. a) Qual sua hipótese diagnóstica mais provável? Considerando a dor à palpação profunda em fossa ilíaca direita e o sinal de Blumberg positivo, o paciente pode estar apresentando apendicite aguda, condição na qual o apêndice se encontra inflamado e cheio de pus. b) Qual a explicação anatômica para os sintomas do paciente. A apendicite é uma patologia recorrente de abdome agudo inflamatório, o que explica a dor abdominal súbita e intensa relatada pelo paciente. Inicialmente, a apendicite causa uma vaga dor periumbilical ou epigástrica visceral, seja mais acima ou mais abaixo, caracterizando a dor na região epigástrica do paciente. Isso se deve pelas fibras álgicas (de dor) aferentes que são estimuladas, produzindo a dor relatada. Posteriormente, a dor que irradia-se para a fossa ilíaca direita é causada por peritonite, uma irritação do peritônio parietal também verificada no exame. c) Qual exame de imagem ajudaria a definir a conduta médica (explique) O primeiro exame a ser feito deve ser uma Ultrassonografia (USG), em razão de ser um exame de imagem rápido, de baixo custo e útil para detectar o problema, visto que a investigação radiológica deve ser realizada com urgência para que o tratamento traga alívio ao paciente e evite consequências mais graves, como uma infecção generalizada. d) Cite 5 diagnósticos diferenciais Doença de Crohn, litíase renal, torção testicular, diverticulite cecal e pielonefrite. ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SAÚDE / ESA 3. Paciente do sexo masculino, 19 anos chega ao pronto socorro vítima de ferimento por arma de fogo, com orifício de entrada na região epigástrica e orifício de saída na região paravertebral a direita na altura do corpo vertebral de L1 -L2. Apresenta-se dispneico, hipocorado (+3/ 4), obnubilado. Pulso de 145 bpm e PA de 60 x40 mmhg. MVF SRA FR de 23 irm. RCR 2T BNF SS. Não há outros ferimentos no exame físico. a) Quais estruturas anatômicas podem ter sido atingidas? Além da pele, tela subcutânea e dos músculos da parede abdominal anterolateral (M. Oblíquo Externo, M. Reto do Abdome, M. Oblíquo Interno e M. Transverso do Abdome) com suas respectivas fáscias e vasos epigástricos, considerando a região do orifício de entrada, pode ter atingido a extremidade pilórica do estômago, 1ª porção do duodeno, cabeça do pâncreas e seus vasos, lobo hepático esquerdo, vasos renais direitos, ureter direito, pelve renal direita, vasos gonadais direitos, veia cava inferior, feixe neurovascular subcostal direito, ramos lombares direitos, tríade portal, tronco simpático direito, além da parede posterior do abdome, local de saída do projétil. b) De acordo com a divisão da cavidade abdominal em compartimentos, qual deles obrigatoriamente o cirurgião tem que explorar? Utilizando-se da divisão do abdome em quadrantes, o cirurgião deve explorar as estruturas do Quadrante Superior Direito. No entanto, utilizando-se da divisão abdominal em regiões com linhas verticais semilunares e primeira linha horizontal abaixo da margem inferior dos últimos arcos costais, as regiões a serem avaliadas seriam a epigástrica e hipocôndrio direito.
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