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1 TERMOS SUBORDINADOS AO VERBO 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................................... 2 INTRODução .......................................................................................................................... 3 Morfossintaxe........................................................................................................................ 4 2.1 Classes Gramaticais........................................................................................................ 7 Verbo .................................................................................................................................. 11 3.1 Estrutura das Formas Verbais ........................................................................................ 12 Tipos de orações subordinadas ............................................................................................. 13 1. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 25 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO Orações subordinadas são aquelas que possuem a função de termos essenciais, integrantes ou acessórios de uma outra oração. Analise o seguinte período: A criança gostava de que lhe dessem atenção. Podemos observar que há duas orações que o compõe: - A criança gostava - De que lhe dessem atenção. Como é possível notar, essas orações não possuem a mesma função sintática no período. Veja: - A primeira oração possui a informação principal do período e, além disso, não possui uma função sintática em relação a outra. Essa oração é chamada de oração principal; - A segunda oração, no entanto, possui uma relação de dependência com a anterior, exercendo a função de objeto indireto do verbo gostar, ou seja, possui a função de um termo integrante da oração anterior. Assim, as orações que possuem uma relação de dependência com uma outra dentro do período são chamadas de orações subordinadas. Elas podem exercer a função de termos essenciais, integrantes ou acessórios da oração e são classificadas em Orações Subordinadas Substantivas, Orações Subordinadas Adjetivas e Orações Subordinadas Adverbiais. 4 MORFOSSINTAXE Figura 1 Fonte: Google A morfossintaxe é a parte da gramática que estuda e analisa as palavras simultaneamente segundo uma perspectiva morfológica e uma perspectiva sintática. A análise morfológica das palavras preconiza a classificação isolada das palavras em diferentes classes gramaticais. A análise sintática das palavras preconiza a classificação da função que as palavras desempenham inseridas numa oração. Sendo a morfossintaxe a compreensão simultânea dessas duas perspectivas, a análise morfossintática estuda, por exemplo, a função que um substantivo pode desempenhar numa oração, ou que funções gramaticais podem desempenhar um pronome. Análise morfológica Tendo como base uma análise morfológica, as palavras podem ser classificadas em: Substantivo; 5 Artigo; Adjetivo; Pronome; Numeral; Verbo; Advérbio; Preposição; Conjunção; Interjeição. Exemplo de análise morfológica Ontem, a Ana comprou um livro novo. ontem: advérbio a: artigo definido Ana: substantivo próprio comprou: verbo comprar um: artigo indefinido livro: substantivo comum novo: adjetivo Análise sintática Tendo como base uma análise sintática, os termos de uma oração podem ser classificados em: Sujeito; Predicado; Objeto direto; Objeto indireto; Predicativo do sujeito; Predicativo do objeto; Complemento nominal; Agente da passiva; Adjunto adnominal; Adjunto adverbial; Aposto. Exemplo de análise sintática 6 A Ana comprou um livro novo. sujeito: A Ana predicado: comprou um livro novo objeto direto: um livro novo adjunto adverbial: ontem adjunto adnominal: a, um, novo Análise morfossintática Através da análise morfossintática, ou seja, através da análise simultânea desses dois tipos de classificação, é possível compreender quais as funções que uma determinada classe gramatical pode desempenhar numa oração. Relação entre funções sintáticas e classes gramaticais Sujeito: Pode ser representado por substantivos, pronomes pessoais retos, pronomes demonstrativos, pronomes relativos, pronomes interrogativos, pronomes indefinidos e numerais. Predicado: Pode ter como núcleo um verbo ou um nome. Objeto direto: É representado principalmente por substantivos, pronomes substantivos e pronomes oblíquos átonos. Objeto indireto: É representado principalmente por substantivos e pronomes pessoais oblíquos. Predicativo do sujeito: Pode ser desempenhado por adjetivos, locuções adjetivas, substantivos, pronomes e numerais. Predicativo do objeto: Pode ser desempenhado por adjetivo, locuções adjetivas e substantivos. Agente da passiva: Pode ser representado por substantivos e pronomes. Complemento nominal: Pode ser representado por substantivos, pronomes e numerais. Adjunto adnominal: Pode ser representado adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e artigos. Adjunto adverbial: Pode ser desempenhado por advérbios e locuções adverbiais. 7 2.1 Classes Gramaticais Classe gramatical é o nome dado aos conjuntos que classificam uma palavra, fundamentando-se na sua estrutura sintática e morfológica. De acordo com um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e divididas em dez classes gramaticais distintas, sendo elas: Figura 2 Fonte: Google 1. Substantivo; 2. Artigo; 3. Adjetivo; 4. Pronome; 5. Numeral; 6. Verbo; 7. Advérbio; 8. Preposição; 9. Conjunção; 10. Interjeição. Tipos de classes gramaticais Quais são as classes gramaticais variáveis? Palavras variáveis são as que alteram sua forma para expressar algum tipo de mudança. As mudanças podem ser de: 8 Quadro 1 Fonte: Google Quais são as classes gramaticais invariáveis? Palavras invariáveis são aquelas que permanecem iguais, independente se estão sendo usadas no plural, singular, masculino ou feminino. Ou seja, diferentemente das variáveis, elas não apresentam flexões. Quais são classes gramaticais? 1. Substantivos Substantivos são a classe de palavras responsáveis por nomear qualquer coisa ou ser. Nomes próprios, objetos, seres vivos, locais, fenômenos e categorias são expressos através de substantivos. O substantivo possui variações de gênero, número e grau, além de poder ser classificado emnove tipos. Exemplos de substantivos: caderno, bolsa, Victor, jumento, Itália, felicidade, etc. 9 2. Artigos Artigos são palavras que antecedem o substantivo. Eles auxiliam na identificação e na formulação daquelas palavras. Os artigos acompanham as flexões dos substantivos, modificando-se em gênero ou número. Exemplos de artigo: o, a, os, uma, uns, etc. 3. Adjetivos Os adjetivos são utilizados para a caracterização de substantivos. Ou seja, são palavras desenvolvidas para a atribuição de qualidades. Os adjetivos também sofrem flexões, podem ser diferenciados por: Gênero (masculino ou feminino); Número (singular ou plural); Grau (comparativo ou superlativo). Exemplos de adjetivos: bonita, inteligente, charmoso, irritante, etc. 4. Pronomes Pronomes são as palavras que acompanham os substantivos, interligando sua posição em relação ao texto. Ou seja, os pronomes indicam as relação entre os termos ditos dentro de uma fala. Eles podem flexionar em gênero, número e pessoa. Exemplos de pronomes: eu, mim, Vossa Excelência, sua, aquela, quem, que, etc; Quadro 2 Fonte: Google 10 Além disso, há inúmeras subdivisões de pronomes que podem variar significativamente de acordo com sua função e indicação na frase. 5. Numeral Numeral é a classe gramatical de palavras que atribuem quantidades aos seres ou os dispõe em determinada sequência. Os numerais transmitem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Exemplos de numerais: primeiro, quatro, cinco, duplo, etc. 6. Verbos Os verbos representam a classe gramatical utilizada para indicar ações, estados ou fenômenos de algo que ocorreu, ocorre ou ocorrerá, em função de qualquer sujeito e qualquer tempo. Os verbos são a classe que mais sofre flexões (chamadas de conjugações), que podem ser: Exemplos de verbos: escrever, sairá, comerão, voltaram, etc. 7. Advérbios Advérbios são palavras modificadoras que atuam sobre verbos, adjetivos ou, até mesmo outros advérbios. Isso acontece através da expressão de tempo, modo ou intensidade, dando outro caráter ao elementos relacionados. Os advérbios sofrem flexão apenas de grau, utilizada de forma comparativa ou superlativa. Exemplos de advérbios: demais, ali, melhor, pior. 8. Preposições As preposições fazem parte das classes gramaticais invariáveis, ou seja, não possuem flexões. São utilizadas especificamente para fazer a conexão, ou relação, entre dois elementos de uma oração. Exemplos de preposições: para, de, após, entre, etc 9. Conjunções 11 Também invariáveis, as conjunções são usadas para realizar a ligação de dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical. Elas podem parecer semelhantes às preposições, mas tratam-se de opções para contextos específicos, possuindo usos distintos. Exemplos de conjunções: Conforme, porém, portanto, mas, etc. 10. Interjeições Interjeições fazem parte da classe gramatical utilizada para exprimir reações emotivas ou de sentimentos de forma escrita. Exemplos de interjeições: Ai! Psiu! Ui! Olá! Opa! VERBO Figura 3 Fonte: Google Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: Ação (correr); Estado (ficar); Fenômeno (chover); Ocorrência (nascer); Desejo (querer). 12 O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. 3.1 Estrutura das Formas Verbais Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar) 2ª - Vogal Temática - E - (vender) 3ª - Vogal Temática - I - (partir) c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.) falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). Por exemplo: falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) falavam(indica a 3ª pessoa do plural.) Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 13 Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS As orações subordinadas são classificadas de três maneiras: substantivas, adjetivas e adverbiais. Isso irá depender da relação sintática estabelecida. Orações Subordinadas Substantivas Figura 4 Fonte: Google As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de substantivo. Vale lembrar que o substantivo é uma das classes de palavras que nomeia os seres, objetos, fenômenos, etc. Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações desenvolvidas ou orações reduzidas. 14 Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no início das orações, e podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas. Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio. Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de sujeito, predicado, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto, sendo classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva. 1. Oração subordinada substantiva subjetiva As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função de sujeito da oração principal. Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala. Exemplos: É importante que você beba água. Oração principal: É importante Oração subordinada: que você beba água É possível que Paloma saia outra vez . Oração principal: É possível Oração subordinada: que Paloma saia outra vez Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além de completar o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração. 2. Oração subordinada substantiva predicativa As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal e sempre apresentam um verbo de ligação (ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar, etc.). Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir uma qualidade ao sujeito. Exemplos: Meu medo é que ela não vença o campeonato. Oração principal: Meu medo é Oração subordinada: que ela não vença o campeonato Nosso desejo é que ele passe nos exames finais. 15 Oração principal: Nosso desejo é Oração subordinada: que ele passe nos exames finais Nos exemplos, notamos que apartir da presença do verbo de ligação, qualifica- se o sujeito da oração. 3. Oração subordinada substantiva completiva nominal As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a função de complemento nominal do verbo da oração principal, completando o sentido do nome da oração principal. Esse tipo de oração sempre é iniciada com uma preposição. Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Exemplos: Tenho esperança de que a humanidade se conscientize. Oração principal: Tenho esperança Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize Tínhamos certeza de que ela passaria na prova. Oração principal: Tínhamos certeza Oração subordinada: de que ela passaria na prova Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam com uma preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração principal: esperança; certeza. 4. Oração subordinada substantiva objetiva direta As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função de objeto direto do verbo da oração principal e, por isso, o complemento não vem acompanhado de preposição. Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o sentido dos verbos transitivos das orações. Exemplos: Desejo que todos tenham um bom dia. Oração principal: Desejo Oração subordinada: que todos tenham um bom dia 16 Espero que você passe no concurso. Oração principal: Espero Oração subordinada: que você passe no concurso Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e possuem o valor de objeto direto da oração principal. Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não fornece a informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem espera, espera algo. 5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a função de objeto indireto do verbo da oração principal, complementando-o. Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do verbo transitivo na oração. Assim, nesse tipo de oração, a conjunção subordinativa integrante é sempre precedida de uma preposição (que ou se). Exemplos: Necessito de que você preencha o formulário novamente. Oração principal: Necessito Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem. Oração principal: Gostaria Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos verbos transitivos da oração principal, pois sozinhos eles não possuem um sentido completo (quem necessita, necessita de algo; quem gosta, gosta de algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que antes das conjunções (que) temos as preposições (de). 6. Oração subordinada substantiva apositiva As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função de aposto de qualquer termo presente na oração principal. Nesse caso, a oração principal pode terminar com dois pontos, ponto e vírgula ou vírgula. Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou especificar outro já mencionado anteriormente na oração. 17 Exemplos: Meu único desejo: vencer as olimpíadas. Oração principal: Meu único desejo Oração subordinada: vencer as olimpíadas Só lhe peço isso: que nos ajude. Oração principal: Só lhe peço isso Oração subordinada: que nos ajude Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto que especificam melhor algo mencionado na oração principal. Orações Subordinadas Adjetivas Figura 5 Fonte: Google As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como adjunto adnominal, as quais possuem a mesma função do adjetivo e, por isso, recebem esse nome. Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações desenvolvidas, os verbos aparecem nos modos indicativo e subjuntivo e sempre iniciam-se com um pronome relativo (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente. 18 Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou particípio e não começam com um pronome relativo. Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas em dois tipos: explicativa e restritiva. 1. Oração subordinada adjetiva explicativa As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem o intuito de explicar algo que foi dito anteriormente. Esse tipo de oração subordinada é separada por algum sinal de pontuação, geralmente vírgulas. Exemplos: Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são muito bons. Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons Oração subordinada: que foram indicados pela professora O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu todos. Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas aparecem entre vírgulas, adicionando um comentário extra sobre o antecedente da oração principal. Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um aposto explicativo e podem ser retiradas sem que isso afete o significado da outra. 2. Oração subordinada adjetiva restritiva As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das explicativas, que ampliam a explicação sobre algo, restringem, especificam ou particularizam o termo antecedente. Aqui, elas não são separadas por sinais de pontuação. Exemplos: Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever um texto. Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para escrever um texto Oração subordinada: que não leem 19 As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais. Oração principal: As pessoas tendem a viver mais Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas explicativas, se as orações subordinadas foram removidas, afetarão o significado da oração principal. Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o termo antecedente, em vez de explicá-los. Orações Subordinadas Adverbiais Figura 6 Fonte: Google As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de advérbio funcionando como adjunto adverbial. As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução subordinativa, as quais têm a função de conectar as orações (principal e subordinada). Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais. 20 1. Oração subordinada adverbial causal As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo que a oração principal faz referência. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, desde que, etc. Exemplos: Não fomos à praia já que estava chovendo muito. Oração principal: Não fomos à praia Oração subordinada: já que estava chovendo muito Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça. Oração principal: Não vou estudar hoje Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a oração principal faz referência. As conjunções integrantes que expressam isso são: "já que" e "porque". 2. Oração subordinada adverbial comparativa As orações subordinadasadverbiais comparativas expressam comparação entre as orações principal e subordinada. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Exemplos: Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes. Oração principal: Minha mãe está muito nervosa Oração subordinada: como eu estava antes Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria. Oração principal: Ela não estudou para a prova Oração subordinada: o tanto quanto deveria Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação utilizando as conjunções integrantes: "como" e "tanto quanto". 21 3. Oração subordinada adverbial concessiva As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou permissão em relação à oração principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia contrária ou oposta. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas orações são: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em que pese, etc. Exemplos: Embora não queira, vou lhe fazer o jantar. Oração principal: vou lhe fazer o jantar Oração subordinada: Embora não queira Mesmo que goste da sandália, não vou comprar. Oração principal: não vou comprar Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva "mesmo que" presentes nas orações subordinadas expressam uma ideia oposta em relação às orações principais. 4. Oração subordinada adverbial condicional As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Exemplos: Se estiver chovendo, não iremos ao evento. Oração principal: não iremos ao evento Oração subordinada: Se estiver chovendo Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo. Oração principal: irei visitá-lo Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por meio do uso das conjunções integrantes utilizadas: "se" e "caso". 22 5. Oração subordinada adverbial conformativa As orações subordinadas adverbiais conformativas expressam conformidade em relação ao que foi expresso na oração principal. As conjunções integrantes adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como, consoante, de acordo, etc. Exemplos: Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser respeitada. Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe. Oração principal: Farei a receita de pão Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam conformidade sobre a oração principal enfatizada pelas conjunções utilizadas: "segundo" e "consoante". 6. Oração subordinada adverbial consecutiva As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam consequência. As locuções conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de jeito que, etc. Exemplos: A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada. Oração principal: A palestra foi ruim Oração subordinada: de forma que não entendemos nada Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os. Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as consequências expressas na orações principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas foram: "de modo que", "de sorte que". 23 7. Oração subordinada adverbial final As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim de que, para que, que, porque, etc. Exemplos: Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais. Oração principal: Nós estamos na faculdade Oração subordinada: para que possamos aprender mais O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final. Oração principal: O atleta treinou dias Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que" e "a fim de que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi mencionado na oração principal. 8. Oração subordinada adverbial temporal As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância de tempo. As conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes que, depois que, logo que, etc. Exemplos: Você ficará famoso quando publicar seu livro. Oração principal: Você ficará famoso Oração subordinada: quando publicar seu livro Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame. Oração principal: Eu ficarei mais feliz Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as orações subordinadas dos exemplos indicam circunstâncias temporais. 9. Oração subordinada adverbial proporcional As orações subordinadas adverbiais proporcionais expressam proporcionalidade. As locuções conjuntivas integrantes adverbiais 24 utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos, etc. Exemplos: A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto. Oração principal: A chuva piorava Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava. Oração principal: mais feliz ficava Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no treino As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto mais") enfatizam a proporção expressa na oração principal. 25 1. REFERÊNCIAS CUNHA, CELSO. NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. CELSO CUNHA, LINDLEY CINTRA. RIO DE JANEIRO: LEXIKON, 2017. ROCHA LIMA, CARLOS HENRIQUE DA. GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA. RIO DE JANEIRO: JOSÉ OLYMPIO, 1996. CUNHA, CELSO; CINTRA, LUÍS F. LINDLEY. A ORAÇÃO E OS SEUS TERMOS INTEGRANTES. IN: ___ NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. 5.ED. RIO DE JANEIRO: LEXIKON, 2008, P.152-163. COSERIU, EUGENIO (1978) — SOBRE LASCATEGORÍASVERBALES ("PARTES DE LAORACIÓN") [1955]. IN: GRAMÁTICA, SEMÁNTICA, UNIVERSALES. ESTUDIOS DE LINGÜÍSTICA FUNCIONAL. MADRID, EDITORIAL GREDOS, 50-79. CUNHA, CELSO &LINDLEY CINTRA (1984) — NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO. LISBOA, SÁ DA COSTA EDITORES. HARRIS, JAMES (1985) — SPANISH WORDMARKERS. IN: F. NUESSEL (ED.), CURRENTISSUES IN HISPANICPHONOLOGYANDMORPHOLOGY. BLOOMINGTON, INDIANA UNIVERSITYLINGUISTICS CLUB, P. 34-54. MATEUS, MARIA HELENA MIRA (1983) — O ACENTO DE PALAVRA EM PORTUGUÊS: UMA NOVA PROPOSTA. IN: BOLETIM DE FILOLOGIA, XXVIII, P. 211-229. MATEUS, MARIA HELENA MIRA (1997) — ASPECTOS DA FONOLOGIA LEXICAL DO PORTUGUÊS. IN: SENTIDOS QUE A VIDA FAZ. HOMENAGEM A ÓSCAR LOPES. PORTO, CAMPO DAS LETRAS, P. 693-703. MATEUS, MARIA HELENA MIRA, ANA MARIA BRITO, INÊS DUARTE E ISABEL HUB FARIA (1989) — GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2ª ED. REVISTA E AUMENTADA. LISBOA, CAMINHO. PEREIRA, MARIA ISABEL PIRES (1999) — O ACENTO DE PALAVRA EM PORTUGUÊS: UMA ANÁLISE MÉTRICA. COIMBRA, DISSERTAÇÃO DE DOUTORAMENTO (INÉDITA).
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