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TERMOS SUBORDINADOS AO VERBO
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................................... 2
INTRODução .......................................................................................................................... 3
Morfossintaxe........................................................................................................................ 4
2.1 Classes Gramaticais........................................................................................................ 7
Verbo .................................................................................................................................. 11
3.1 Estrutura das Formas Verbais ........................................................................................ 12
Tipos de orações subordinadas ............................................................................................. 13
1. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 25
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NOSSA HISTÓRIA
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível
superior.
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do
serviço oferecido.
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INTRODUÇÃO
Orações subordinadas são aquelas que possuem a função de termos
essenciais, integrantes ou acessórios de uma outra oração.
Analise o seguinte período:
A criança gostava de que lhe dessem atenção.
Podemos observar que há duas orações que o compõe:
- A criança gostava
- De que lhe dessem atenção.
Como é possível notar, essas orações não possuem a mesma função sintática
no período. Veja:
- A primeira oração possui a informação principal do período e, além disso, não
possui uma função sintática em relação a outra. Essa oração é chamada de oração
principal;
- A segunda oração, no entanto, possui uma relação de dependência com a
anterior, exercendo a função de objeto indireto do verbo gostar, ou seja, possui a
função de um termo integrante da oração anterior.
Assim, as orações que possuem uma relação de dependência com uma outra
dentro do período são chamadas de orações subordinadas. Elas podem exercer a
função de termos essenciais, integrantes ou acessórios da oração e são classificadas
em Orações Subordinadas Substantivas, Orações Subordinadas Adjetivas e Orações
Subordinadas Adverbiais.
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MORFOSSINTAXE
Figura 1
Fonte: Google
A morfossintaxe é a parte da gramática que estuda e analisa as palavras
simultaneamente segundo uma perspectiva morfológica e uma perspectiva sintática.
A análise morfológica das palavras preconiza a classificação isolada das
palavras em diferentes classes gramaticais.
A análise sintática das palavras preconiza a classificação da função que as palavras
desempenham inseridas numa oração.
Sendo a morfossintaxe a compreensão simultânea dessas duas perspectivas,
a análise morfossintática estuda, por exemplo, a função que um substantivo pode
desempenhar numa oração, ou que funções gramaticais podem desempenhar um
pronome.
Análise morfológica
Tendo como base uma análise morfológica, as palavras podem ser
classificadas em:
Substantivo;
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Artigo;
Adjetivo;
Pronome;
Numeral;
Verbo;
Advérbio;
Preposição;
Conjunção;
Interjeição.
Exemplo de análise morfológica
Ontem, a Ana comprou um livro novo.
ontem: advérbio
a: artigo definido
Ana: substantivo próprio
comprou: verbo comprar
um: artigo indefinido
livro: substantivo comum
novo: adjetivo
Análise sintática
Tendo como base uma análise sintática, os termos de uma oração podem ser
classificados em:
Sujeito;
Predicado;
Objeto direto;
Objeto indireto;
Predicativo do sujeito;
Predicativo do objeto;
Complemento nominal;
Agente da passiva;
Adjunto adnominal;
Adjunto adverbial;
Aposto.
Exemplo de análise sintática
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A Ana comprou um livro novo.
sujeito: A Ana
predicado: comprou um livro novo
objeto direto: um livro novo
adjunto adverbial: ontem
adjunto adnominal: a, um, novo
Análise morfossintática
Através da análise morfossintática, ou seja, através da análise simultânea
desses dois tipos de classificação, é possível compreender quais as funções que uma
determinada classe gramatical pode desempenhar numa oração.
Relação entre funções sintáticas e classes gramaticais
Sujeito: Pode ser representado por substantivos, pronomes pessoais retos,
pronomes demonstrativos, pronomes relativos, pronomes interrogativos, pronomes
indefinidos e numerais.
Predicado: Pode ter como núcleo um verbo ou um nome.
Objeto direto: É representado principalmente por substantivos, pronomes
substantivos e pronomes oblíquos átonos.
Objeto indireto: É representado principalmente por substantivos e pronomes
pessoais oblíquos.
Predicativo do sujeito: Pode ser desempenhado por adjetivos, locuções
adjetivas, substantivos, pronomes e numerais.
Predicativo do objeto: Pode ser desempenhado por adjetivo, locuções
adjetivas e substantivos.
Agente da passiva: Pode ser representado por substantivos e pronomes.
Complemento nominal: Pode ser representado por substantivos, pronomes e
numerais.
Adjunto adnominal: Pode ser representado adjetivos, locuções adjetivas,
pronomes adjetivos, numerais adjetivos e artigos.
Adjunto adverbial: Pode ser desempenhado por advérbios e locuções
adverbiais.
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2.1 Classes Gramaticais
Classe gramatical é o nome dado aos conjuntos que classificam uma palavra,
fundamentando-se na sua estrutura sintática e morfológica. De acordo com um estudo
morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e divididas em
dez classes gramaticais distintas, sendo elas:
Figura 2
Fonte: Google
1. Substantivo;
2. Artigo;
3. Adjetivo;
4. Pronome;
5. Numeral;
6. Verbo;
7. Advérbio;
8. Preposição;
9. Conjunção;
10. Interjeição.
Tipos de classes gramaticais
Quais são as classes gramaticais variáveis?
Palavras variáveis são as que alteram sua forma para expressar algum tipo
de mudança. As mudanças podem ser de:
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Quadro 1
Fonte: Google
Quais são as classes gramaticais invariáveis?
Palavras invariáveis são aquelas que permanecem iguais, independente se
estão sendo usadas no plural, singular, masculino ou feminino. Ou seja,
diferentemente das variáveis, elas não apresentam flexões.
Quais são classes gramaticais?
1. Substantivos
Substantivos são a classe de palavras responsáveis por nomear qualquer
coisa ou ser. Nomes próprios, objetos, seres vivos, locais, fenômenos e categorias
são expressos através de substantivos. O substantivo possui variações de gênero,
número e grau, além de poder ser classificado emnove tipos.
Exemplos de substantivos: caderno, bolsa, Victor, jumento, Itália, felicidade,
etc.
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2. Artigos
Artigos são palavras que antecedem o substantivo. Eles auxiliam
na identificação e na formulação daquelas palavras. Os artigos acompanham as
flexões dos substantivos, modificando-se em gênero ou número.
Exemplos de artigo: o, a, os, uma, uns, etc.
3. Adjetivos
Os adjetivos são utilizados para a caracterização de substantivos. Ou seja,
são palavras desenvolvidas para a atribuição de qualidades. Os adjetivos também
sofrem flexões, podem ser diferenciados por:
Gênero (masculino ou feminino);
Número (singular ou plural);
Grau (comparativo ou superlativo).
Exemplos de adjetivos: bonita, inteligente, charmoso, irritante, etc.
4. Pronomes
Pronomes são as palavras que acompanham os
substantivos, interligando sua posição em relação ao texto. Ou seja, os pronomes
indicam as relação entre os termos ditos dentro de uma fala. Eles podem flexionar em
gênero, número e pessoa.
Exemplos de pronomes: eu, mim, Vossa Excelência, sua, aquela, quem, que,
etc;
Quadro 2
Fonte: Google
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Além disso, há inúmeras subdivisões de pronomes que podem variar
significativamente de acordo com sua função e indicação na frase.
5. Numeral
Numeral é a classe gramatical de palavras que atribuem quantidades aos
seres ou os dispõe em determinada sequência. Os numerais transmitem, em palavras,
o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é
colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim
de algarismos.
Exemplos de numerais: primeiro, quatro, cinco, duplo, etc.
6. Verbos
Os verbos representam a classe gramatical utilizada para indicar ações,
estados ou fenômenos de algo que ocorreu, ocorre ou ocorrerá, em função de
qualquer sujeito e qualquer tempo. Os verbos são a classe que mais sofre flexões
(chamadas de conjugações), que podem ser:
Exemplos de verbos: escrever, sairá, comerão, voltaram, etc.
7. Advérbios
Advérbios são palavras modificadoras que atuam sobre verbos, adjetivos
ou, até mesmo outros advérbios. Isso acontece através da expressão de tempo,
modo ou intensidade, dando outro caráter ao elementos relacionados.
Os advérbios sofrem flexão apenas de grau, utilizada de forma comparativa
ou superlativa.
Exemplos de advérbios: demais, ali, melhor, pior.
8. Preposições
As preposições fazem parte das classes gramaticais invariáveis, ou seja, não
possuem flexões. São utilizadas especificamente para fazer a conexão, ou relação,
entre dois elementos de uma oração.
Exemplos de preposições: para, de, após, entre, etc
9. Conjunções
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Também invariáveis, as conjunções são usadas para realizar a ligação de
dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical. Elas podem parecer
semelhantes às preposições, mas tratam-se de opções para contextos específicos,
possuindo usos distintos.
Exemplos de conjunções: Conforme, porém, portanto, mas, etc.
10. Interjeições
Interjeições fazem parte da classe gramatical utilizada para exprimir
reações emotivas ou de sentimentos de forma escrita.
Exemplos de interjeições: Ai! Psiu! Ui! Olá! Opa!
VERBO
Figura 3
Fonte: Google
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo
e voz. Pode indicar, entre outros processos:
Ação (correr);
Estado (ficar);
Fenômeno (chover);
Ocorrência (nascer);
Desejo (querer).
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O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis
significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo
muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém,
todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
3.1 Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes
elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo.
Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que
pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do
verbo. Por exemplo:
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso
(1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). Por exemplo:
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam(indica a 3ª pessoa do plural.)
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor,
etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A
vogal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas
do verbo: põe, pões, põem, etc.
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Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o
conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas
formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro,
por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS
As orações subordinadas são classificadas de três maneiras: substantivas,
adjetivas e adverbiais. Isso irá depender da relação sintática estabelecida.
Orações Subordinadas Substantivas
Figura 4
Fonte: Google
As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de
substantivo. Vale lembrar que o substantivo é uma das classes de palavras que
nomeia os seres, objetos, fenômenos, etc.
Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações
desenvolvidas ou orações reduzidas.
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Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no
início das orações, e podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções
conjuntivas.
Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem
com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio.
Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de sujeito,
predicado, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto, sendo
classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva direta,
objetiva indireta, apositiva.
1. Oração subordinada substantiva subjetiva
As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função
de sujeito da oração principal. Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de que(m)
se fala.
Exemplos:
É importante que você beba água.
Oração principal: É importante
Oração subordinada: que você beba água
É possível que Paloma saia outra vez .
Oração principal: É possível
Oração subordinada: que Paloma saia outra vez
Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além
de completar o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.
2. Oração subordinada substantiva predicativa
As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função
de predicativo do sujeito da oração principal e sempre apresentam um verbo de
ligação (ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar, etc.).
Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir
uma qualidade ao sujeito.
Exemplos:
Meu medo é que ela não vença o campeonato.
Oração principal: Meu medo é
Oração subordinada: que ela não vença o campeonato
Nosso desejo é que ele passe nos exames finais.
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Oração principal: Nosso desejo é
Oração subordinada: que ele passe nos exames finais
Nos exemplos, notamos que apartir da presença do verbo de ligação, qualifica-
se o sujeito da oração.
3. Oração subordinada substantiva completiva nominal
As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a função
de complemento nominal do verbo da oração principal, completando o sentido do
nome da oração principal. Esse tipo de oração sempre é iniciada com uma preposição.
Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio).
Exemplos:
Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.
Oração principal: Tenho esperança
Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize
Tínhamos certeza de que ela passaria na prova.
Oração principal: Tínhamos certeza
Oração subordinada: de que ela passaria na prova
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam
com uma preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração
principal: esperança; certeza.
4. Oração subordinada substantiva objetiva direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função
de objeto direto do verbo da oração principal e, por isso, o complemento não vem
acompanhado de preposição.
Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o
sentido dos verbos transitivos das orações.
Exemplos:
Desejo que todos tenham um bom dia.
Oração principal: Desejo
Oração subordinada: que todos tenham um bom dia
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Espero que você passe no concurso.
Oração principal: Espero
Oração subordinada: que você passe no concurso
Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e
possuem o valor de objeto direto da oração principal.
Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não
fornece a informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem espera,
espera algo.
5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a função
de objeto indireto do verbo da oração principal, complementando-o.
Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do verbo
transitivo na oração. Assim, nesse tipo de oração, a conjunção subordinativa
integrante é sempre precedida de uma preposição (que ou se).
Exemplos:
Necessito de que você preencha o formulário novamente.
Oração principal: Necessito
Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente
Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.
Oração principal: Gostaria
Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos
verbos transitivos da oração principal, pois sozinhos eles não possuem um sentido
completo (quem necessita, necessita de algo; quem gosta, gosta de algo ou de
alguém). Além disso, podemos notar que antes das conjunções (que) temos as
preposições (de).
6. Oração subordinada substantiva apositiva
As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função
de aposto de qualquer termo presente na oração principal. Nesse caso, a oração
principal pode terminar com dois pontos, ponto e vírgula ou vírgula.
Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou
especificar outro já mencionado anteriormente na oração.
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Exemplos:
Meu único desejo: vencer as olimpíadas.
Oração principal: Meu único desejo
Oração subordinada: vencer as olimpíadas
Só lhe peço isso: que nos ajude.
Oração principal: Só lhe peço isso
Oração subordinada: que nos ajude
Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto que
especificam melhor algo mencionado na oração principal.
Orações Subordinadas Adjetivas
Figura 5
Fonte: Google
As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como adjunto
adnominal, as quais possuem a mesma função do adjetivo e, por isso, recebem esse
nome.
Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações
desenvolvidas, os verbos aparecem nos modos indicativo e subjuntivo e sempre
iniciam-se com um pronome relativo (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os
quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente.
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Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou
particípio e não começam com um pronome relativo.
Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas
em dois tipos: explicativa e restritiva.
1. Oração subordinada adjetiva explicativa
As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem
o intuito de explicar algo que foi dito anteriormente. Esse tipo de oração subordinada
é separada por algum sinal de pontuação, geralmente vírgulas.
Exemplos:
Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são
muito bons.
Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons
Oração subordinada: que foram indicados pela professora
O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu
todos.
Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos
Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola
Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas
aparecem entre vírgulas, adicionando um comentário extra sobre o antecedente da
oração principal.
Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um aposto
explicativo e podem ser retiradas sem que isso afete o significado da outra.
2. Oração subordinada adjetiva restritiva
As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das explicativas, que
ampliam a explicação sobre algo, restringem, especificam ou particularizam o termo
antecedente. Aqui, elas não são separadas por sinais de pontuação.
Exemplos:
Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever
um texto.
Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para escrever
um texto
Oração subordinada: que não leem
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As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais.
Oração principal: As pessoas tendem a viver mais
Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias
A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas
explicativas, se as orações subordinadas foram removidas, afetarão o significado da
oração principal.
Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o
termo antecedente, em vez de explicá-los.
Orações Subordinadas Adverbiais
Figura 6
Fonte: Google
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de
advérbio funcionando como adjunto adverbial.
As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução
subordinativa, as quais têm a função de conectar as orações (principal e subordinada).
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos:
causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas,
finais, temporais, proporcionais.
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1. Oração subordinada adverbial causal
As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou
motivo que a oração principal faz referência. As conjunções ou locuções integrantes
adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez
que, já que, desde que, etc.
Exemplos:
Não fomos à praia já que estava chovendo muito.
Oração principal: Não fomos à praia
Oração subordinada: já que estava chovendo muito
Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.
Oração principal: Não vou estudar hoje
Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça
As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a
oração principal faz referência. As conjunções integrantes que expressam isso são:
"já que" e "porque".
2. Oração subordinada adverbial comparativa
As orações subordinadasadverbiais comparativas
expressam comparação entre as orações principal e subordinada.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim
como, tal como, tanto como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
Exemplos:
Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.
Oração principal: Minha mãe está muito nervosa
Oração subordinada: como eu estava antes
Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.
Oração principal: Ela não estudou para a prova
Oração subordinada: o tanto quanto deveria
Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação
utilizando as conjunções integrantes: "como" e "tanto quanto".
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3. Oração subordinada adverbial concessiva
As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou
permissão em relação à oração principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia
contrária ou oposta.
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas orações
são: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem
que, mesmo que, em que pese, etc.
Exemplos:
Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.
Oração principal: vou lhe fazer o jantar
Oração subordinada: Embora não queira
Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.
Oração principal: não vou comprar
Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália
Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva
"mesmo que" presentes nas orações subordinadas expressam uma ideia oposta em
relação às orações principais.
4. Oração subordinada adverbial condicional
As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As
conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que,
salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
Exemplos:
Se estiver chovendo, não iremos ao evento.
Oração principal: não iremos ao evento
Oração subordinada: Se estiver chovendo
Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.
Oração principal: irei visitá-lo
Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola
As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por
meio do uso das conjunções integrantes utilizadas: "se" e "caso".
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5. Oração subordinada adverbial conformativa
As orações subordinadas adverbiais conformativas
expressam conformidade em relação ao que foi expresso na oração principal. As
conjunções integrantes adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como,
consoante, de acordo, etc.
Exemplos:
Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser
respeitada.
Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada
Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo
Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe.
Oração principal: Farei a receita de pão
Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe
Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam
conformidade sobre a oração principal enfatizada pelas conjunções utilizadas:
"segundo" e "consoante".
6. Oração subordinada adverbial consecutiva
As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam consequência.
As locuções conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte
que, sem que, de forma que, de jeito que, etc.
Exemplos:
A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.
Oração principal: A palestra foi ruim
Oração subordinada: de forma que não entendemos nada
Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.
Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos
Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os
Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as consequências
expressas na orações principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas foram:
"de modo que", "de sorte que".
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7. Oração subordinada adverbial final
As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As
conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim de que,
para que, que, porque, etc.
Exemplos:
Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais.
Oração principal: Nós estamos na faculdade
Oração subordinada: para que possamos aprender mais
O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova
final.
Oração principal: O atleta treinou dias
Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final
As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que"
e "a fim de que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi mencionado na
oração principal.
8. Oração subordinada adverbial temporal
As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância
de tempo. As conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto,
quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes que, depois que, logo
que, etc.
Exemplos:
Você ficará famoso quando publicar seu livro.
Oração principal: Você ficará famoso
Oração subordinada: quando publicar seu livro
Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame.
Oração principal: Eu ficarei mais feliz
Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame
Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as
orações subordinadas dos exemplos indicam circunstâncias temporais.
9. Oração subordinada adverbial proporcional
As orações subordinadas adverbiais proporcionais
expressam proporcionalidade. As locuções conjuntivas integrantes adverbiais
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utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos,
quanto mais, quanto menos, etc.
Exemplos:
A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto.
Oração principal: A chuva piorava
Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto
Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava.
Oração principal: mais feliz ficava
Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no treino
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto
mais") enfatizam a proporção expressa na oração principal.
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1. REFERÊNCIAS
CUNHA, CELSO. NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO.
CELSO CUNHA,
LINDLEY CINTRA. RIO DE JANEIRO: LEXIKON, 2017. ROCHA LIMA, CARLOS
HENRIQUE DA. GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA. RIO DE
JANEIRO: JOSÉ OLYMPIO, 1996.
CUNHA, CELSO; CINTRA, LUÍS F. LINDLEY. A ORAÇÃO E OS SEUS TERMOS
INTEGRANTES. IN: ___ NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS
CONTEMPORÂNEO. 5.ED. RIO DE JANEIRO: LEXIKON, 2008, P.152-163.
COSERIU, EUGENIO (1978) — SOBRE LASCATEGORÍASVERBALES ("PARTES
DE LAORACIÓN") [1955]. IN: GRAMÁTICA, SEMÁNTICA, UNIVERSALES.
ESTUDIOS DE LINGÜÍSTICA FUNCIONAL. MADRID, EDITORIAL GREDOS, 50-79.
CUNHA, CELSO &LINDLEY CINTRA (1984) — NOVA GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS
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