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UFU - Universidade de Federal de Uberlândia
Instituto de Psicologia
Técnicas de Exame e Aconselhamento Psicológico
Thaís Barbosa Ribeiro -11411PSI057
1.O H-T-P - uma visão geral sobre o teste
O House-Tree-Person Test ou o Teste do Desenho da Casa-Árvore-Pessoa é um teste de
desenho projetivo bastante conhecido e utilizado por mais de cinquenta anos no contexto clínico
da avaliação psicológica, foi desenvolvido por John N. Buck, no ano de 1948, baseado na escala
de Goodenough de capacidade intelectual e passou por atualizações no ano de 1969. A aplicação
pode ser tomada como uma amostra inicial do comportamento do sujeito, que possibilita ao clínico
a percepção das suas reações a uma situação consideravelmente não estruturada., os desenhos
também podem estimular o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre o examinador
e o examinando.
O propósito do H-T-P é proporcionar uma compreensão ampla dos aspectos da
personalidade do sujeito, assim como a percepção da forma como este se relaciona com os outros
sujeitos e com o ambiente em que vive, o teste estimula a projeção de elementos da personalidade
do sujeito e de áreas de conflito na própria situação terapêutica e proporciona uma compreensão
dinâmica das suas características e do seu funcionamento (Buck, 2003, citado em Borsa, 2010).
Sobre os princípios de aplicação do teste H-T-P, consta no manual que foi planejado para
incluir, no mínimo, duas fases. A primeira é não-verbal, criativa e quase completamente não
estruturada. Ela consiste em convidar o indivíduo a fazer um desenho a mão livre acromático, de
uma casa, de uma árvore e de uma pessoa. Um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto à
que foi primeiramente desenhada pode ser solicitado. A segunda fase, um inquérito posterior ao
desenho bem estruturado, envolve fazer uma série de perguntas relativas às associações do
indivíduo sobre os aspectos de cada desenho. O examinador então deve prosseguir com a terceira e
quartas fases. Na terceira fase o indivíduo desenha novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa
(ou duas pessoas), dessa vez usando cryons (giz de cera). Para a quarta fase, o examinador faz
perguntas adicionais sobre os desenhos coloridos. Dependendo do número de fases incluídas, o
procedimento pode levar de trinta minutos a uma hora e meia. Os desenhos, então, são avaliados
pelos sinais de psicopatologia existente ou potencial baseados no conteúdo; características do
desenho, como tamanho, localização; a presença ou ausência de determinadas partes e as respostas
do indivíduo durante o inquérito. (Buck, 2003, p.1)
A utilização do teste H-T-P é aconselhável de ser feita em sujeitos de idade superior a oito
anos, sendo mais comumente aplicado em crianças (mas também é aplicado em adultos, com a
ressalva da diferença dos desenhos). O fato de ser um teste que é realizado por meio de desenhos é
atraente para este público (infantil) , além de ser bastante conveniente de ser utilizado em contextos
em que a comunicação verbal de conflitos é dificultada, por não haver ainda uma comunicação
verbal e motivacional não tão eficiente.
Antes do processo de aplicação do teste H-T-P, o aplicador deve ser orientado e
supervisionado sobre as diversas etapas da aplicação individual de instrumentos clínicos para
crianças e adultos, aquele que não possuir experiência nesta tarefa deve trabalhar junto a um
supervisor clínico até que desenvolva as suas capacidades de aplicação e avaliação.
2. A aplicação do teste H-T-P
A aplicação do teste H-T-P se dá em uma situação de tête-à-tête, pode ser tomada como uma
parte de uma avaliação psicológica inicial ou mesmo uma intervenção de caráter terapêutico. O
cliente (aplicando) deve estar em uma mesa, em frente ao aplicador, em uma posição confortável
para realizar todas as etapas requeridas neste evento; o ambiente deve ser silencioso, sem elementos
que possam ocasionar distrações no sujeito; a aplicação pode durar de meia hora a uma hora e meia,
podem ser pedido que o sujeito faça, no mínimo, três desenhos com um inquérito para cada um
destes.
Os materiais utilizados durante a aplicação do teste são : um Protocolo para desenho do
H-T-P e um Protocolo de interpretação para cada conjunto (acromático ou cromático) do desenho da
casa, da árvore e da pessoa, um Protocolo de inquérito posterior ao desenho e de interpretação do
desenho da pessoa deve ser utilizado para cada pessoa adicional desenhada, também são necessários
vários lápis pretos e borrachas, os crayons (pelo menos oito cores, caso desenhos coloridos forem
solicitados), um relógio ou cronômetro é necessário para registrar o tempo necessário desde o início
até a finalização de cada desenho e o tempo total dos desenhos.
A folha de desenho para a casa deve ser apresentada ao cliente em posição horizontal, as
folhas para desenho da árvore e da pessoa devem ser fornecidas na vertical, para que se possa fazer
uma avaliação adequada. O aplicador deve ter uma visão muito clara da folha enquanto o sujeito
estiver fazendo os seus desenhos, de forma que se possa observar e registrar os mínimos detalhes e
eventos atípicos no processo do desenhar.
Após a finalização do desenho, é preciso oferecer ao sujeito um espaço para que possa
descrever e interpretar a sua produção, para contar de suas ideias, sentimentos ou memórias que são
remetidas, o próprio Protocolo de interpretação traz para o aplicador algumas sugestões de
questionamentos e uma seção para o registro das manifestações do sujeito. Nesta etapa, o que se
almeja é compreender o sujeito, extraindo dele o máximo de informações sobre o conteúdo e
contexto de cada produçã, os mínimos detalhes devem ser registrados e investigados com afinco,
alguns exemplos de perguntas e verbalizações sobre os desenhos, cujos esclarecimentos de detalhes
podem ser úteis para a investigação clínica estão incluídos no manual.
Finalizada a parte do Inquérito Posterior ao Desenho, segue a Lista de Conceitos
Interpretativos do Protocolo de Interpretação, onde uma lista de características para cada desenho é
apresentada, é necessário marcar a seção das Características Normais da lista que se aplicam a cada
desenho e depois todas as pausas, comentários ou comportamentos diferentes que foram percebidos
e registrados durante os desenhos. Depois, é preciso marcar os detalhes de proporção, perspectiva,
detalhes e cores dos desenhos e que sejam indicativos da existência de alguma psicopatologia.
Quanto aos desenhos coloridos feitos com os cryons, considera-se que eles trazem um nível
mais profundo de experiência em comparação aos desenhos acromáticos, quando forem feitos os
desenhos cromáticos, é preciso solicitar ao sujeito examinando que nomeie as cores de cada cryon,
para verificar se existe algum daltonismo e se sim, realizar uma encaminhamento para um teste
mais formal e específico. Os desenhos da casa, árvore e pessoa devem ser solicitados da mesma
maneira dos acromáticos, os procedimentos de observação, registro e inquéritos também são os
mesmos. Para além disso, é preciso perguntar ao examinando as diferenças significativas que ele
observa entre os desenhos acromáticos e cromáticos e sobre os detalhes incomuns presentes em suas
produções.
3. As interpretações no teste H-T-P
O Protocolo de Interpretação do H-T-P é um instrumento para auxiliar o clínico a direcionar
a sua atenção para as características mais importantes dos desenhos do sujeito, para assim
desenvolver uma interpretação clínica. As hipóteses de interpretação devem ser utilizadas em
conjunto no diagnóstico da psicopatologia, ao serem formuladas e combinadas com o histórico
clínico e completo do cliente e instrumentos de avaliação adicionais, para desenvolver a
compreensão sobre as pressões intrapessoais, interpessoais e do meio, os relatórios e discussões da
aplicação do H-T-P devem ser fundamentados em conhecimentos teóricos, experiência prática na
clínica e conhecimento da literatura acerca das interpretaçõesprojetivas de desenhos.
A avaliação do desenho se dá em relação à localização dele na página, ao seu tamanho, à
orientação utilizada, as irregularidades apresentadas na lista de características dos desenhos e que
tenham alguma utilidade clínica.
A atitude do sujeito em relação ao teste H-T-P oferece um sinal sobre a sua disposição para
aceitar ou rejeitar uma nova tarefa. A atitude em relação aos desenhos está ligada ao tipo de
associação despertada por cada desenho. O tempo gasto para finalizar os desenhos pode fornecer
informações importantes sobre os significados do que foi desenhado e sua significação para o
sujeito, geralmente o tempo é entre 2 e 30 minutos para sere completados, os que fazem muito
rápido insinuam que o desenho é uma tarefa desagradável da qual querem se livrar, diversos fatores
podem influenciar na necessidade maior de tempo para finalizar o desenho, entre eles a relutância
em produzir algo ou traços obsessivos-compulsivos.
Quando o indivíduo repete comentários do tipo “nunca aprendi a desenhar” ou “isto aqui
está fora de proporção”, isso pode indicar traços de potencial patologia, especialmente se ele só fala
e não corrige as falhas que aponta em sua produção. Se ele faz comentários escritos em seus
desenhos, como nome de pessoas, ruas, árvores, números e outros elementos, isso pode representar
uma necessidade de caráter compulsivo para organizar a situação, muitos comentários irrelevantes
ou bizarros indicam preocupação.
Verbalizações enquanto produz os desenhos, normalmente, trazem conteúdos que foram
reprimidos durante alguma entrevista prévia, pode-se pensar que a tarefa de desenhar liberta
energias concentradas na defesa do ego. Muitos indivíduos se mostram muito emotivos durante a
aplicação do H-T-P, quando estão desenhando ou sendo questionados pelo aplicador, o que pode
estar ligado a expressão do conteúdo reprimido até então, quando as expressões emocionais são
persistentes ou de maior intensidade, pode ser que indiquem desequilíbrio da personalidade ou
desajustamento.
Alguns detalhes do desenho podem fornecer características sobre o funcionamento do
sujeito no que diz respeito ao funcionamento esperado, o uso apropriado de alguns detalhes é a
primeira característica que se estabiliza no desenvolvimento. As relações de proporção que o
indivíduo demonstra nos desenhos de casa, árvore e pessoa, indicam os valores que ele dá aos
objetos, eventos e pessoas, a utilização do espaço disponível na folha também é um indicativo
importante para avaliar como o indivíduo se sente em relação ao ambiente ou se ele tem uma visão
egocêntrica sobre si mesmo.
A perspectiva do desenho na folha indica o quanto o sujeito é capaz de compreender e reagir
com sucesso as diversas situações da vida ou uma medida da compreensão dele sobre diversos
eventos. Os detalhes também são elementos importantes nos desenhos do cliente, considera-se o
tipo, a quantidade, a forma como eles são trazidos, a ausência deles, a ênfase dada a alguns deles,
etc.. No manual há uma grande lista de tipos de detalhes e a interpretação cabível a cada um deles.
A utilização das cores no teste H-T-P, fornece informações adicionais que podem contribuir
para a realização de um diagnóstico ou prognóstico. Mas, elas devem ser tomadas com maior
importância nos desenhos somente quando destoarem muito da realidade, quando forem dominantes
nos detalhes ou de forma não muito comum, os comportamento dos sujeitos em relação a escolha da
cor, a aplicação e a adequação são detalhadamente descritos no manual de interpretação.
3.1 O inquérito posterior ao desenho
O inquérito posterior aos desenhos é uma espécie de entrevista que o clínico faz com o
sujeito, em busca de compreender detalhes obscuros e também para oferecer a ele um espaço para
projetar os seus sentimentos, necessidades, propósitos e atitudes por meio da descrição pela fala e
comentários sobre as suas produções.
As respostas oferecidas pelo sujeito durante o inquérito tem interpretações amplas, a
quantidade de respostas dadas é um item importante de avaliação e quando ele se recusa a formular
as respostas, isso pode indicar a presença de alguma patologia, considerar uma resposta satisfatória
ou não é situacional, depende do contexto e da pergunta feita para o indivíduo.O manual do H-T-P
traz uma seção de interpretação de características dos desenhos casa, pessoa e árvore, que são
específicas de cada uma dessas figuras, o que cada detalhe, posição ou perspectiva trazem a respeito
do sujeito e um inquérito posterior ao desenho específico a cada um deles.
4. O teste H-T-P, o desenho como instrumento diagnóstico e o Inconsciente
A realização do inquérito após a realização dos desenhos é uma parte muito importante do
teste H-T-P, a fala do sujeito sobre os seus desenhos é a demonstração de que ele está ativo no
processo, por meio da verbalização ele atribui significados ao que desenhou, faz associações, traz a
tona conteúdos inconscientes, na perspectiva de Souza (2011) considerar o desenho, não como um
"teste", mas como uma forma possível de diálogo com as crianças, introduzindo a ideia de que a
produção gráfica da criança, a exemplo da produção onírica, é antes de tudo resultado de um
trabalho psíquico e de que qualquer busca de sentido só será alcançada, se este puder ser inserido
em um diálogo e uma certa postura de escuta.
A produção dos desenhos passa pelo inconsciente, uma vez que algo escapa no desenho, o
sujeito não tem controle de tudo o que comunica com o desenho e aqui digo pela própria
experiência vivenciada nas aplicações em sala de aula, porque no momento do inquérito foi
perceptível nas falas enunciadas o quanto a verbalização abarcava um conteúdo denso que dizia
respeito a questões tão íntimas (que reconheço inconscientes porque já apareceram em outros
momentos, na terapia em consultório).
Sobre a Psicanálise e o exercício de se escutar o sujeito que se expressa pelo desenho, Souza
(2011) afirma que a produção de imagens é uma forma de comunicação de afetos que, a partir
daquele que a produz, estimula aquele que as observa a entrar em contato com elas, como uma
espécie de linguagem. Como apreciador de uma arte, podemos simplesmente nos deixar levar por
esta linguagem, mas como psicanalistas, temos muitas vezes a função de acolher este código de
linguagem e comunicação e tentar encontrar um sentido. Assim como nos sonhos, temos imagens
que se apresentam, às vezes condensadas, distorcidas, aparentemente desconexas, mas que podem, a
partir de um determinado modelo de escuta, adquirir um sentido.
5. Referências
Borsa, Juliane Callegaro (2010). CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DO TESTE DA
CASA-ÁRVORE-PESSOA - HTP. Avaliação Psicológica, 9(1), 151-154. Recuperado em 8 de
dezembro de 2017, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712010000100017&lng=pt&t
lng=pt.
Buck, J. N. (2003). H-T-P: Casa – Árvore – Pessoa. Técnica Projetiva de Desenho: Manual
e Guia de Interpretação.(1ª ed.). São Paulo: Vetor.
Souza, Audrey Setton Lopes de. (2011). O desenho como instrumento diagnóstico: reflexões
a partir da psicanálise. Boletim de Psicologia, 61(135), 207-215.Recuperado em 8 de dezembro de
2017 de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432011000200007&lng=pt&t
lng=pt.

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