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TCC - LEO E NAT final atual

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
CAMPUS TOMÉ-AÇU
A CONTRIBUIÇÃO DA APAE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM TOMÉ-AÇU/PA
LEONILDA RODRIGUES SOARES HENRIQUES
NATALIA CORREA SILVA
Orientador: Esp. Silber Luan dos Santos Bentes
TOMÉ-AÇU/PA 
2023
INTRODUÇÃO
A APAE do município de Tomé-Açu/PA é uma associação civil, filantrópica, de caráter assistencial, educacional, cultural, de saúde, estudo, pesquisa, desporto e outros, sem fins lucrativos. 
Fonte: arquivo pessoal (2022).
OBJETIVOS 
GERAL:
 Refletir sobre o trabalho desenvolvido pela APAE Tomé-Açu na promoção da autonomia, inclusão social, defesa de direitos, e o acesso às políticas públicas da pessoa com deficiência no município.
ESPECÍFICOS:
Visibilizar o trabalho realizado junto aos alunos com deficiências atendidos pela APAE Tomé-Açu;
Compreender os atendimentos disponibilizados, descrevendo como influenciam no bem-estar dos atendidos e suas famílias;
Averiguar por meio de entrevista a percepção de um professor e dos responsáveis pelos alunos acerca da importância da APAE.
O início da Educação Inclusiva no Brasil (KASSAR, 2011).
O movimento de luta pela educação inclusiva (JANUZZI; 2004).
A Constituição de 1988 (VIANNA et al., 2007).
Além disso, o ECA também institui aos adolescentes com deficiência ou doença mental o tratamento individual e especializado em local adequado às suas condições (BRASIL, 1990).
A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994).
As políticas sociais surgidas a partir dos anos 2000 (MENDES, 2006).
REVISÃO DE LITERATURA
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E MARCOS LEGAIS
O MOVIMENTO APAEANO: As sociedades Pestalozzi 
A primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/APAE foi criada em 1954, no Rio de Janeiro;
Atualmente, se faz presente em 38% dos municípios brasileiros, totalizando cerca de 2172 associações (APAE, 2014). 
As APAEs no Brasil
Imagem 3: Facebook APAE/Tomé-Açu.
METODOLOGIA
Pesquisa descritiva e exploratória (PRODANOV; FREITAS, 2013).
Abordagem qualitativa (YIN, 2000).
O uso de entrevistas (MARCONI; LAKATOS, 1996).
Observação participante ( MOREIRA; 2002).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A APAE oferece atendimento especializado, utilizando programas específicos destinados aos seus usuários (BENEDICTICIS, 2017).
M1: “Eu acho que é muito bom, pra mim, pra minha família e eu acho que pras outras famílias que também estudam lá”. 
M2: “A APAE é importante não só pra mim como pra ela por causa dos atendimentos especializados que ela tem lá. Pelo diagnóstico dela ter sido tardio, aí quando eu consegui a vaga pra ela na APAE ela tem os atendimentos necessários que ela precisa”.
ENTREVISTA 1: AS PERCEPÇÕES DAS MÃES
1ª- Sobre a importância que a APAE tem para seus filhos e família:
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
2ª- Se seu filho gosta da APAE: 
3ª- Quanto ao que poderia melhorar:
M1: “(...) quando ele chega lá ele fica doidinho pra já querer entrar, pra querer ser o primeiro atendido, ele fica impaciente pra querer ser atendido, ele gosta muito”. 
M2: “poderia ter mais profissionais pra atender as crianças, pois são poucos né? Então, de certa forma atrasa um pouco o desenvolvimento das crianças, porque ainda tem feriado, tem recesso, tem férias, tudo isso. Aí tem vezes que tem um atendimento só no mês”. 
 
As crianças se sentem bem e gostam muito da APAE.
A APAE é composta de equipe multidisciplinar, pois seu público é de pessoas com diversos tipos de deficiência (MENDONÇA et al., 2013).
A APAE Tomé-Açu possui diversas dificuldades financeiras;
Essas dificuldades também são relatadas por outras APAEs (GOMES et al., 2016).
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
 
4ª- As principais dificuldades de suas crianças, dentro de suas respectivas deficiências: 
M1: “até agora é pra falar. Quando a gente vai ensinar ele a falar ele leva muito na brincadeira, aí essa é a minha dificuldade maior com ele, pra falar”. 
M2: “Pra minha filha, a maior dificuldade dentro da deficiência dela que ela é autista, é a leitura, sobre a leitura ela tem bastante dificuldade, hoje nem tanto, mas já teve bastante dificuldade”. 
A comunicação verbal faz-se indissociável das situações concretas do dia a dia e entrelaça-se com a comunicação não verbal (SERAPOMPA; MAIA, 2006). 
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
A autonomia em si é uma construção cotidiana (ARTHEN, 2017).
A linguagem verbal é a principal instância de comunicação (VIGOTSKI, 2001). 
M1: “(...) A questão maior foi na parte da alimentação, porque ele não pegava de jeito nenhum a colher, ele tinha aquela preguiça assim, eu não sei o que é que era, mas ele não pegava a colher”.
 
M2: “(...) ela teve bem melhora com o atendimento da R., que é fono, porque ela tinha gagueira, tinha sons que ela não conseguia pronunciar e hoje ela já pronuncia”. 
5ª- Sobre o progresso das suas crianças no tratamento realizado na APAE Tomé-Açu:
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
6ª- Sobre o que mais gosta nos atendimentos oferecidos pela APAE Tomé-Açu:
M1: “Pra falar a verdade, eu gosto de quase tudo lá. Não tem, assim, uma específica, entendeu? Quase todas as coisas que eles faz lá é muito bom”.
M2: “(...) a fono, que ajudou ela muito mesmo. Então eu sou grata a todos os atendimentos dela porque sem os atendimentos da apae ficaria bem difícil pra gente porque todo mundo tem dificuldades. E lá, tem vários atendimentos, vários benefícios que facilitam o nosso dia a dia como mãe de crianças especiais” (grifo nosso).
Diversos estudos mostram como a dinâmica das famílias que têm filhos com deficiência é diferenciada daquelas que não possuem (SILVA et al., 2018).
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
 
7ª- Sobre a relação das famílias com a APAE Tomé-Açu:
M1: “É muito boa, até hoje tá sendo muito boa. Se a gente tiver alguma dificuldade pra entender lá eles explicam (...). Se tem uma dificuldade eles explicam, se tem alguma coisa eles avisam, o que a gente pergunta eles também respondem, até agora tá sendo legal”.
M2: “Sempre eles tentam manter a gente informado de tudo, sempre envolve tanto as crianças como as famílias em tudo que pertence a APAE, tem reunião, tem tudo. Então, pra mim é muito bom”. 
A magnitude que o apoio oferecido pela APAE tem para o amparo às famílias das pessoas com deficiência (MENDONÇA et al., 2013).
ANÁLISE DA ENTREVISTA
ENTREVISTA 2: A PERCEPÇÃO DA PROFESSORA
1ª- Sobre a importância do seu trabalho e as maiores dificuldades de seus alunos/atendidos:
P1: “Eu acredito que a importância do nosso trabalho para os nossos atendidos é a questão da autonomia; dar a oportunidade pra eles de ir ao banheiro sozinho, lavar sua louça, pegar seu lanche etc”.
P1: “Eu vejo que é muito a questão da família, porque eles dependem da família pra vir à APAE. Então essa é nossa maior dificuldade, de eles estarem constantemente nos seus horários, nos seus dias na APAE, muitos faltam bastante, outros não, vem com regularidade, mas sempre com os pais. (...) eles cortarem esse cordão umbilical” (grifo nosso).
A influência da família na autonomia ou dependência (CAMPOS, 2006).
Privar as crianças da oportunidade de se desenvolverem como potência individual (VOLL et al., 2021).
Deficiência nem sempre gera incapacidade (SOUZA, 2018; LARA, 2019).
ANÁLISE DA ENTREVISTA
2ª- Sobre as melhorias percebidas no desenvolvimento de seus alunos/atendidos:
P1: “Temos esses que eu já citei e mais a L., que vem de Tomé-Açu sozinha, ela é Down e tem o agravante de autismo também,. Ela vem pra cá pro AEE e faz educação física com a gente e participa, mas já possui essa autonomia de ir e vira das olimpíadas, ela é medalhista de ouro na modalidade corridas e a W. é nossa medalhista de ouro no arremesso”. 
A prática do desporto por pessoas com deficiência e seus benefícios (MELO; LOPES, 2002; CARDOSO, 2011);
Educação Física adaptada (DRESCH, 2017).
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
3ª- Quais suas sugestões para melhorias na APAE
Sobre a relação família x APAE:
Contribuição familiar, valor simbólico;
Falta de materiais para artesanato;
Custeio próprio da professora.
Sugestõespara propiciar melhorias no 
atendimento da APAE Tomé-Açu:
Maior envolvimento dos pais;
Maiores recursos financeiros.
P1: “Eu vejo que a gente ainda tem uma dificuldade com nossos pais, principalmente na questão do apoio financeiro. Nós passamos por muita dificuldade porque a APAE não é da prefeitura, quem sustenta a APAE são os pais e amigos. Então a gente precisa ter esse apoio dos pais, que é o apoio que a gente... não são todos, mas infelizmente a maioria que deixa esse lado muito a desejar” (grifo nosso).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa permitiu compreender, em parte, a dinâmica de funcionamento da APAE Tomé-Açu, e o impacto positivo que oferece as famílias dos atendidos, percebida por meio do diálogo com as mães entrevistadas e uma professora. Mediante a importância que os serviços e atendimento oferecidos tem para o bem-estar do público PCD e melhoria na qualidade de vida dos usuários. Acreditamos que se faz necessário ampliação da gama de serviços ofertados, bem como maior incentivo por parte do município nas atividades desenvolvidas.
REFERÊNCIAS
APAE. (1955). Estatuto. Rio de Janeiro. Assembleia de Fundação da APAE. (1954). Rio de Janeiro. Ata... Rio de Janeiro: APAE (Texto copiado). A Federação Nacional das Apaes no contexto da ditadura civil-militar no Brasil.
ARTHEN, M. N. R. (2017). Autodefesa da pessoa com deficiência: um processo de autonomia e participação. Disponível em: https://ijc.blog.br/2017/09/14/autodefesa-da-pessoa-com-deficiencia-um-processo-de-autonomia-e-participacao/. Acesso em: 04 nov. 2022.
BEMIS, B. A. Surge algo novo. Boletim da Sociedade Pestalozzi do Brasil, v. 9, n. 26, 1954. 
BENEDICTIS, L. S. Das questões teóricas à prática: realidade da oficina de atendimento especializado para pessoas autistas na APAE de vitória da Conquista-Ba. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, v. 6, n. 6, 2017.

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