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APG 26 - LESÕES BENIGNAS E MALIGNAS DA MAMA

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IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
APG 26 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
ANATOMIA DA MAMA 
- Cada mama é uma projeção hemisférica de 
tamanho variável anterior aos músculos peitoral 
maior e serrátil anterior (ligado aos músculos por 
tecido conjuntivo denso irregular) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Cada mama tem uma projeção pigmentada, a 
papila mamária, que está repleta de ductos 
lactíferos 
- A aréola da mama, corresponde a área circular 
de pele pigmentada ao redor do mamilo, tem 
aspecto áspero, porque contém glândulas 
sebáceas modificadas 
 
- A mama é suspensa por faixas de tecido 
conjuntivo, os ligamentos suspensores da 
mama, correm entre a pele e a fáscia e apoiam 
a mama 
- Esses ligamentos suspensores da 
mama tornam-se mais soltos com a idade 
ou com a tensão excessiva que pode 
ocorrer na prática prolongada de corrida 
ou atividade aeróbica de alto impacto 
 
- No interior de cada mama está uma glândula 
mamária, a glândula mamária corresponde a 
uma glândula sudorífera modificada que produz 
leite 
- Possui de 15-20 lobos, ou 
compartimentos, que são separados por 
uma quantidade variável de tecido 
adiposo 
 
- Em cada lobo existem vários 
compartimentos menos chamados 
lóbulo, compostos por agrupamentos de 
glândulas secretoras de leite em forma 
de uva chamados de alvéolos 
 
- A contração das células mioepiteliais 
em torno dos alvéolos ajuda a 
impulsionar o leite em direção às papilas 
mamárias, passam por vários túbulos 
secundários e, em seguida, para os 
ductos mamários 
 
- Os ductos mamários se expandem 
discretamente para formar seios 
chamados seios lactíferos, onde um 
pouco de leite pode ser armazenado 
antes de ser drenado para um ducto 
lactífero, que transporta leite de um dos 
lobos para o exterior 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
 
 
 
HISTOLOGIA DA MAMA 
- A estrutura histológica das glândulas mamárias 
varia de acordo com o sexo, a idade e o estado 
fisiológico 
 
- Mamilo: coberto por epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado contínuo com o da 
pele adjacente 
 
- Lóbulo: é imerso em tecido conjuntivo 
intralobular frouxo e muito celularizado 
- Entre os lóbulos o tecido conjuntivo 
interlobular que separa os lóbulos é mais 
denso e menos celularizado 
 
- Ducos lactíferos: revestidos por epitélio 
estratificado pavimentoso, que se transformam 
rapidamente em estratificado colunar ou 
cuboide 
- O revestimento dos ductos galactóforos 
e ductos interlobulares terminais é 
formado por epitélio simples cuboide, 
envolvido por células mioepiteliais 
 
- Alvéolos: cercado por tecido conjuntivo rico em 
linfócitos e plasmócitos 
 
- A população de plasmócitos aumenta 
significativamente no fim da gravidez, 
porque eles são responsáveis pela 
secreção de imunoglobulinas (Iga 
secretora), que conferem imunidade 
passiva ao recém-nascido 
 
- Ciclo menstrual: provoca alterações na 
histologia 
 
- Proliferação de células dos ductos na 
fase de ovulação, pico do estrógeno 
 
- A maior hidratação do tecido conjuntivo 
na fase pré-menstrual pode provocar 
aumento do volume da mama 
 
 
 
Glândula mamária em repouso, formada por 
ductos lactíferos imersos em tecido conjuntivo 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
 
Glândula mamária em lactação, há crescimento 
de inúmeros alvéolos (A) nas extremidades dos 
ductos galactóforos que cresceram e se 
ramificaram; frequentemente se observa 
secreção no interior dos alvéolos (setas) 
 
 
 
 
LESÕES BENIGNAS DE MAMA 
- A maioria das lesões que aparecem nas 
mamas são benignas 
 
- Principais: 
▪ Nódulo 
▪ Dor mamaria 
▪ Descarga papila 
▪ Processos inflamatórios 
▪ Lesões proliferativas 
▪ Lesões diversas 
 
 
 
ETIOLOGIA 
 
NÓDULO 
- Fibroadenoma: mais comum em pacientes 
jovens 15 – 35 anos 
- Cistos: 35-55 anos 
- Câncer: 40 - ... 
 
A propedêutica do nódulo mamário é baseada 
em três pilares: 
1. Exame físico 
2. Exame de imagem 
3. Exame anatomopatológico 
 
 
FIBROADENOMA 
- Tumor mais comum, 50% de todas as biopsias 
de mama 
 
- Incidência: 15-35 anos 
 
- Surgem pelo estimulo estrogênico 
 
- O estrogênio endógeno irá agir sobre as 
células da mama e formará os tumores benignos 
chamados de fibroadenoma 
 
- O estrogênio do anticoncepcional não afeta ou 
piora esse fibroadenoma 
 
▪ Nódulos não doloroso 
▪ Limites precioso 
▪ Consistência fibroelástica 
▪ Móvel a palpação 
▪ Geralmente até 3cm 
 
Diagnóstico: 
▪ Apenas com biópsia 
▪ Exame imagem: ecografia 
▪ Biopsia excisional “retirada” – se 
incomodar Controle clinico – se não 
incomodar 
▪ A paciente escolhe* 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
CISTOS 
- Involução do lóbulo 
 
- Incidência: 35 – 55 Anos 
 
- A mama em tese possui a função de produzir 
leite, com o passar da idade o corpo identifica 
que aquela produção não é mais necessária, 
transformando a glândula mamaria “lóbulo” em 
gordura 
 
- Entretanto, podemos também possuir a 
evolução que na verdade é uma INVOLUÇÃO 
LOBULAR, que ao invés de se transformar em 
gordura o lóbulo irá se transformar em uma área 
capsulada cheia de liquido “Debris celulares” 
 
Ou seja, o cisto na verdade é uma involução do 
lóbulo que ao invés de se transformar em 
gordura se transformou em áreas liquidas 
encapsuladas 
 
▪ Nódulo doloroso 
▪ Crescimento rápido 
▪ Consistência firme 
 
Solicita USG 
Microcisto < 1 cm 
▪ Terapia conservadora 
 
Macrocisto ≥ 1 cm 
▪ Assintomática: conservadora o 
▪ Sintomática: PAAF - Punção aspirativa 
por agulha fina 
 
 
- Os cistos possuem três classificações 
principais: 
 
▪ Cisto simples 
▪ Cisto complicado 
▪ Cisto complexo 
 
 
CISTO SIMPLES 
- É um acúmulo de líquido circunscrito, sem 
nenhum componente sólido no seu interior 
(nada no seu interior) 
 
- São os cistos mais frequentes 
 
- No exame ultrassonográfico são anecoicos 
(pretos) e apresentam reforço acústico posterior 
(área branca abaixo do cisto) 
 
- Os cistos simples são absolutamente 
benignos, sendo considerados categoria BI-
RADS 2 
 
- A conduta em geral é somente o seguimento 
 
- Geralmente conteúdo liquido que deve ser 
esvaziado apenas se for de grande porte 
 
 
 
 
 
CISTO COMPLICADO 
 
- Apresenta alguma imagem interna, preenchido 
por algo, que pode ser um septo ou uma trave, 
calcificações ou coágulos 
 
- Também não tem componente sólido no seu 
interior 
 
- Como são benignos, a conduta, em geral, 
também é seu seguimento 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
- Geralmente conteúdo espesso (denso, ou 
calcificações, ou septos) 
 
 
 
 
CISTO COMPLEXO 
 
- Apresenta um componente sólido no seu 
interior, que se mostra hipoecogênico (cinza) 
dentro do cisto anecoico (preto) 
 
- Trata-se de uma lesão suspeita de 
malignidade, sendo considerada categoria 
BIRADS 4 
 
- É indicada biópsia ou exérese desses cistos • 
 
- Geralmente conteúdo sólido e são suspeitos 
de malignidade 
 
 
TUMOR PHYLLODES 
- Incidência: 35 – 45 anos 
 
▪ Nódulo indolor 
▪ Consistência fibroelástica 
▪ Grandes dimensões > 3 cm 
▪ Crescimento rápido que podem causar 
deformidades na mama e úlceras 
isquêmicas, pela compressão dos vasos 
da pele 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
- Dentre os principais processos inflamatórios, 
destaca-se Mastite 
 
▪ Mastite lactacional 
▪ Mastite crônica 
▪ Mastite periareolar 
▪ Mastite granulomatosa 
 
 
MASTITE 
 
- Invasão dos ductos mamários por germes 
cutâneos 
 
- Geralmente acontece devido a uma lesão 
“fissura, muita das vezes devido a uma pega 
incorreta do RN” fazendo com que essa lesão 
seja uma porta de entrada para germes, 
principalmente, staphylococcus aureus 
 
- Essa invasão dos ductos irá gerar uma mama 
dolorosa, inchada e vermelha 
 
 
 
Antibiótico de escolha: Cefalexina 
 
- Dentre as principais classificações de mastite, 
destaca-se: 
▪ Mastite aguda (lactacional) 
▪ Mastite crônica (não lactacional)MASTITE AGUDA – LACTACIONAL 
 
- Decorrente da infecção da mama durante a 
amamentação e costuma durar menos do 
que 30 dias 
 
- Mais frequente de todas 
 
- Tudo se inicia com o acumulo de leite 
devido ao esvaziamento incorreto (pega e 
posição incorreta) pelo RN 
 
- Ocorre a compressão de um ou mais 
ductos de leite, ocorrendo a proliferação 
bacteriana e infecção, caracterizada por: 
▪ Dor 
▪ Vermelhidão 
▪ Febre 
▪ Mal-estar 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
 
- Dentre os principais causadores de mastite 
lactacional, destaca-se 
▪ Staphylococcus aureus + FREQUENTE 
▪ Streptococus pyogenes 
▪ Escherichia Coli 
▪ Bacterioides 
 
DIAGNÓSTICO 
- O diagnóstico de mastite lactacional é 
fundamentalmente clínico e a cultura do leite é 
feita somente para orientar a escolha do 
antibiótico de melhor escolha 
 
- O USG é o melhor exame para detectar 
abcessos mamários 
 
TRATAMENTO 
▪ AINES e compressas frias para reduzir a 
dor e o inchaço 
▪ Esvaziamento completo da mama, se 
necessário faz o uso da bombinha 
▪ Antibioticoterapia – CEFALEXINA 1ª 
escolha 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
MASTITE CRÔNICA – NÃO LACTACIONAL 
- Apresenta de evolução maior que 30 dias ou 
em episódios recorrentes, podendo ser 
infecciosos ou não infecciosos 
 
 
MASTITE PERIAREOLAR 
- Também chamado de ABCESSO 
SUBAREOLAR CRÔNICO RECIDIVANTE 
 
- é caracterizada pela inflamação dos ductos 
subareolares e sua causa ainda é desconhecida 
 
- Entretanto, se sabe que a maioria das 
pacientes com mastite periareolar são 
FUMANTES 
 
- O fumo causa necrose tecidual e, 
posteriormente, infecção 
 
▪ Doença de zuskas 
▪ Associado a eritema, calor, rubor e 
flutuação Origem: Tabagismo 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
- Dentre os principais causadores de mastite 
lactacional, destaca-se 
▪ Estafilococos 
▪ Enterococos 
▪ Streptococos anaeróbicos 
▪ Bacteroides 
▪ Proteus 
 
DIAGNÓSTICO 
- Inspeção e exame físico sendo visível uma 
inflamação periareolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
▪ Antibioticoterapia - cefalexina + AINE 
▪ Drenagem 
▪ Cessar tabagismo 
▪ Excisão de ductos principais 
 
 
MASTITE GRANULOMATOSA IDIOPÁTICA 
- Doença inflamatória benigna crônica e rara da 
mama, de etiologia desconhecida 
 
- Geralmente é unilateral, mas em casos raros, 
pode ser bilateral 
 
 DIAGNÓSTICO 
▪ Apresenta-se com massas inflamatórias 
na mama com abcessos e ulcerações na 
pele 
▪ Retração mamilar (para dentro) 
▪ Adenopatia axilar (linfonodos 
protuberantes na região axilar) 
 
 
DERRAMES PAPILARES 
- Saída de secreção pelo mamilo, essa secreção 
deve ser analisada de duas formas: 
▪ Secreção ejetada de forma 
ESPONTÂNEA 
▪ Secreção ejetada de forma 
PROVOCADA 
 
- Só se investiga se a secreção ejetada for de 
forma ESPONTÂNEA. 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
SECREÇÃO PROVOCADA 
- Sanguinolento ou água de rocha – geralmente 
unilateral e a causa principal é a PAPILOMA 
INTRADUCTAL, dentre as principais 
características, destaca-se 
 
▪ Serosa ou límpida 
▪ Unilateral 
▪ Uniductal 
▪ Espontânea ou provocada 
▪ Esverdeado/ amarelado/ azulado – 
geralmente bilateral e a causa principal é 
a ECTASIA DUCTAL 
 
- Em todas as definições acima se deve realizar 
mamografia /US para excluir câncer e tratar com 
exérese (ressecção) ductos principais 
 
 
ECZEMA AREOLAR 
- Doença de pele que acomete a aréola e o 
mamilo 
 
- Caracterizada principalmente por: 
▪ Dermatite descamativa “coceira” 
▪ Prurido 
▪ Bordos indefinidos 
▪ Geralmente bilateral 
▪ Resposta ao tratamento com 
corticosteroides 
 
Se o corticoide melhorar realmente era eczema 
– não tem destruição do mamilo 
 
 
 
Diagnóstico diferencial com carcinoma de 
PAGET 
▪ Se o corticoide não melhorar, devemos 
pensar em PAGET – possui destruição 
do mamilo 
 
▪ Geralmente unilateral “o que difere do 
eczema que é bilateral” 
 
▪ Bordas definidas “ o que difere do 
eczema que não é definido” 
 
 
 
 
MASTALGIA 
 - Dor nas mamas “só de cair água no chuveiro 
nas mamas já é motivo de queixa de dor” 
 
- Em geral, câncer não dói 
 
- Dentre as principais classificações de 
mastalgia, podemos citar: 
▪ Mastalgia cíclica 
▪ Mastalgia acíclica 
 
MASTALGIA CÍCLICA 
- Dor que se relaciona com o ciclo menstrual 
que melhoram ou desaparecem após a 
menstruação 
 
▪ Queixa + comum durante o período pré-
menstrual que é normal 
▪ Conduta - tranquilizar 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
▪ Evitar estimulantes, xantinas e fumo 
Geralmente dor bilateral 
▪ Sutiã apertado ajuda a conter a dor, 
diferente do que se pensam, nessa 
situação o sutiã apertado irá ajudar a 
diminuir a sensação dolorosa 
 
 
 MASTALGIA ACÍCLICA 
- Dor que não possui relação com o ciclo 
menstrual, se deve ressaltar que geralmente a 
dor é unilateral 
 
- Além disso, pode ser unilateral ou bilateral 
 
- Esteatonecrose 
▪ Paciente que sofreu um trauma 
“bolada em algum jogo” ou algo que fez 
uma necrose de gordura, esforço 
muscular e lesão na parede torácica 
 
- Ectasia ductal 
-Macrocistos mamários 
▪ Cistos mamários 
 
- Dor extramamária 
▪ Principalmente musculoesquelética 
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 
▪ Exame físico 
▪ Exames subsidiários 
 
EXAME FÍSICO 
- Inspeção... 
 
- No caso de verificação de descarga papilar ou 
saída de secreção, devemos localizar o ducto 
comprometido palpando em formato de horas 
de um relógio até que se encontre o ponto que 
quando pressionado, provoque a saída da 
secreção 
 
 EXAMES SUBSIDIÁRIOS 
- Dosagem de níveis de prolactina em mulheres 
com galctorreia 
 
 
OUTRAS LESÕES PROLIFERATIVAS DA 
MAMA 
▪ Lesões proliferativas sem atipia 
▪ Lesões proliferativas com atipia 
 
LESÕES PROLIFERATIVAS SEM ATIPIA 
▪ Hiperplasia ductal 
▪ Papilomas intraductais 
▪ Adenose esclerosante 
▪ Cicatrizes radiais 
▪ Fibroadenomas 
 
HIPERPLASIA DUCTAL SEM ATIPIA 
- A hiperplasia ductal sem atipia é uma lesão 
assintomática que é caracterizada pelo aumento 
do número de células no espaço ductal 
 
- As células podem variar em tamanho e forma, 
mas mantêm as características citológicas das 
células benignas 
 
- É geralmente um achado incidental na biópsia 
de alguma alteração mamográfica ou 
ultrassonográfica 
 
- Nenhum tratamento adicional é necessário 
para hiperplasia ductal 
 
- O risco de câncer de mama nas mulheres com 
hiperplasia ductal usual é MUITO PEQUENO 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
ADENOSE ESCLEROSANTE 
- A adenose é uma alteração histológica benigna 
que pode mimetizar o carcinoma 
 
- Ocorre geralmente em pacientes com mais de 
40 anos de idade e, em sua maioria, são lesões 
não palpáveis encontradas em exames de 
imagem 
 
- Pode apresentar-se como um achado suspeito 
na mamografia 
 
- Não é necessário tratamento para adenose 
esclerosante 
 
- O risco de câncer de mama nas mulheres com 
adenose esclerosan te é MUITO PEQUENO, 
não sendo indicada nenhuma quimioprevenção 
para esses casos 
 
 
CICATRIZ RADIAL 
- As cicatrizes radiais são lesões que se 
parecem muito com o câncer nas mamografias. 
Por isso sempre acabam sendo excisadas 
 
- O diagnóstico das cicatrizes radiais, também 
chamadas de lesões esclerosantes complexas, 
é feito após a retirada da lesão, através do 
estudo anatomopatológico 
 
- Nenhum tratamento adicional, além da 
exérese, é necessário para cicatrizes radiais 
 
- O risco de câncer de mama após a exérese é 
MUITO PEQUENO e a quimioprevenção não é 
indicada para esses casos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LESÕES PROLIFERATIVAS COM ATIPIA 
- As lesões proliferativas com atipia estão 
associadas com a transformação para o câncer 
 
- São lesões precursoras do câncer de mama ou 
marcadoras de alto risco 
 
- As principais são: 
▪ Hiperplasia ductal atípica (HDA) 
▪ Neoplasia lobular (NL) 
 
- A neoplasia lobular engloba a hiperplasia 
lobular atípica (HLA) e o carcinoma lobular in 
situ (CLIS) 
 
 
- As lesões proliferativascom atipia apresentam 
um alto risco relativo (RR) para o 
desenvolvimento do câncer de mama 
 
- Por convenção, classificamo-las como sendo 
de alto risco quando o RR é superior a quatro 
vezes o risco da população geral 
 
 
HIPERPLASIA DUCTAL 
- Proliferação de células epiteliais que 
preenchem uma parte do ducto envolvido 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
 
 
- Perceba que a hiperplasia ductal atípica está a 
um passo do carcinoma ductal de mama 
“câncer” 
 
HIPERPLASIA LOBULAR ATÍPICA 
- Proliferação de células epiteliais que 
preenchem uma parte do lóbulo envolvido, mas 
não todo 
 
 
CARCINOMA LOBULAR IN SITU 
- Proliferação de células epiteliais sólidas 
preenchendo todos os lóbulos e ductos 
 
- ISSO NÃO É CÂNCER, mas sim um marcador 
de alto risco para câncer, estando a um passo 
de virar um carcinoma lobular invasivo (que é 
um câncer) 
 
 
CÂNCER DE MAMA 
- Segundo o INCA – Instituto nacional do câncer, 
o câncer de mama é o principal causador 
patológico, correspondente a 30% (tirando o 
câncer de pele que é o mais comum em ambos 
os sexos) 
 
- O câncer de mama é o que mais mata 
mulheres em todo o mundo 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
- O câncer de mama é o mais incidente em 
mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 
milhões de casos novos estimados em 2020, o 
que representa 24,5% dos casos novos por 
câncer em mulheres 
 
- A causa mais frequente de morte por câncer 
nessa população, com 684.996 óbitos 
estimados para esse ano (15,5% dos óbitos por 
câncer em mulheres) 
 
- No Brasil, o câncer de mama é o segundo tipo 
de câncer mais incidente em mulheres de todas 
as regiões, primeiro é câncer de pele não 
melanoma 
 
- As taxas são mais elevadas nas regiões mais 
desenvolvidas (Sul e Sudeste) e a menor é 
observada na região Norte 
 
- Até o final de 2022, estima-se 66.280 casos 
novos da doença 
 
- O câncer de mama é também a primeira causa 
de morte por câncer em mulheres no Brasil 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
- A incidência e a mortalidade por câncer de 
mama tendem a crescer progressivamente a 
partir dos 40 anos 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
- Idade: maior idade, maior o risco 
- Principalmente > 50 anos 
 
 
- Idade da menarca: para cada ano na demora 
no seu início diminui o risco de câncer por volta 
de 5%, quanto mais precoce a menarca, o risco 
de CA de mama aumenta 
 
 
- Menopausa tardia: aumento de risco quando 
comparada as menopausas precoces, 
independentemente do tipo (natural ou 
ooforectomia) 
 
- Devemos lembrar que o câncer de mama é 
uma neoplasia hormônio dependente – 
estrogênio dependente 
 
- Logo, se ela menstruar muito cedo e parar 
muito tarde iremos ter uma janela hormonal 
estrogênica muito grande, acarretando 
principalmente em um maior desenvolvimento 
cancerígeno 
 
 
- Idade do primeiro filho: as mulheres que 
tiveram filhos apresentam em media uma 
redução de 25% no risco de desenvolver câncer 
 
 
- Gravidez precoce: antes dos 20 anos, diminui 
o risco em 30% quando comparada com as 
primigestas após os 35 anos 
 
 
- Amamentação: diminuição de risco relativo 
(RR) de 4.3% para 12 meses de amamentação 
 
 
- Variações regionais: imigrantes que migram 
para os EUA mostram aumento na incidência no 
CA de mama após residir 10 anos nos EUA 
 
 
- Radiações ionizantes: o risco aprece após 10 
exposições e persiste ao longo da vida, 
inversamente proporcional com a idade de 
exposição 
- Mulheres tratas com linfoma de Hodgkin aos 
16 anos apresentam um risco de desenvolver 
câncer de mama de 35% aos 40 anos 
 
 
- Obesidade: aumenta o risco de CA de mama, 
especialmente nas mulheres pós-menopausa 
 
 
- Ingesta de álcool: o risco aumenta cerca de 
7% para 10gr de álcool consumido diariamente 
 
 
- Exercício: agente protetor, reduz risco em 
cerca de 30 a 40% 
 
 
- Terapia de reposição hormonal (TRH): 
alterações hormonais exercem influência na 
gênese do câncer 
- Estrógeno e a progesterona aumentados 
possuem a capacidade de causar proliferação 
de células mamárias 
 
 
- Contraceptivo oral: aumenta o risco em 25% 
, com a suspensão do uso por 10 anos não se 
observa mais nenhum risco 
 
 
- Alterações benignas da mama: podem ser 
classificadas em proliferativas e não 
proliferativas. As não proliferativas não 
apresentam risco para o câncer de mama, mas 
as proliferativas apresentam pequeno risco 
(risco alto quanto associada a atipia). 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
- Dieta: alimentos com alto teor de gordura, 
estudos inconclusivos. 
 
- Álcool 
 
- Genética: principais genes relacionados com 
CA de mama são: 
 
➔ BRCA -1 e 2 
➔ Tp53 
➔ PTEN 
 
- Outras linhas: P53 9síndrome de li-fraumeni), 
PTEN (síndrome de cowden) e ATM 
 
 
BRCA-1 E 2 
- (*50% dos cânceres são causados pela 
mutação desses dois genes*) 
 
– São genes SUPRESSORES de tumores 
 
- Logo, quando “mutados” o risco de 
desenvolvimento tumoral se eleva porque não 
exercem mais sua função de suprimir o tumor 
 
- Risco aumentado de 50 – 80%, além de CA de 
ovário 
 
▪ BRCA-1 – Braço longo do cromossomo 
17 
▪ BRCA-2 – Braço longo do cromossomo 
13 
 
 
 TP53 
- p53 – reparador genômica 
 
- Causará a síndrome de LI-FRAUMENI, 
podendo desenvolver: 
▪ Câncer de mama 
▪ Osteossarcoma 
▪ Sarcoma de partes moles 
▪ Leucemias 
▪ Tumores adrenais 
▪ 
PTEN 
- Causará a SÍNDROME DE COWDEN 
 
▪ Câncer de mama e tireoide 
 
- Entretanto, devemos lembrar que por mais que 
o fator genético (10-15%) seja importante ele 
não é o causador da maioria dos cânceres de 
mama 
 
- A grande maioria está envolvida com fatores 
esporádicos durante a vida da pessoa, podendo 
desencadear mutações 
 
 
 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
FISIOPATOLOGIA 
- O câncer de mama pode se apresentar como: 
▪ Uma lesão descamativa do mamilo 
(Paget) 
▪ Retração do mamilo ou da mama 
▪ Abaulamentos na fossa supraclavicular 
ou infraclavicular (comprometimento 
linfonodal) 
▪ Edema 
▪ Hiperemia da mama 
▪ Descarga papilar (sanguinolenta) 
 
- A medida que o tumor evolui e aumenta do 
tamanho pode se apresentar como: 
▪ uma tumoração palpável 
▪ características endurecidas 
▪ pouco móveis em relação ao parênquima 
mamários 
▪ geralmente são únicos 
▪ bordas pouco nítidas 
▪ podem ou não estar associados com 
aumento dos linfonodos axilares/fossa 
supra e infraclaviculares 
 
TIPOS HISTOLÓGICOS 
▪ Ductal – 75 a 80% 
▪ Lobular – 2º mais comum 
▪ Outros tipos: intra ductal, medular, 
papilar, tubular, tumor phyllodes, 
sacomas... 
 
DUCTAL 
▪ Carcinoma ductal in situ – não gera 
metástase 
▪ Carcinoma ductal infiltrante – gera 
metástase 
 
 
 
- Constitui a maioria do tipo histológico de CA de 
mama 70% - 80% 
 
 
CARCINOMA DUCTAL IN SITU 
 
 
 
- Assim como dito acima, a maioria dos canceres 
são ductais 
 
- Perceba que na imagem acima temos uma 
proliferação de células acontecendo nos ductos 
– indo ao centro 
 
- Perceba ainda que essas células que estão 
crescendo não ultrapassaram ou invadiram a 
membrana basal 
 
- Logo, esse câncer é definido como 
CARCINOMA DUCTAL IN SITU – NÃO GERA 
METASTASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
CARCINOMA DUCTAL INFILTRANTE 
 
 
 
- Perceba agora que o carcinoma está 
invadindo ou infiltrando a membrana basal 
 
- Logo, esse câncer é definido como 
CARCINOMA DUCTAL INFILTRANTE – GERA 
METASTASE 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
 
- Palpação de algum nódulo 
- Inchaço que não desaparece 
- Pele enrugada ou com depressões 
- Secreções no mamilo 
- Pele descamativa ao redor do mamilo 
- Derrame papilar – secreção água de rocha 
- Alterações do mamilo (inversão) 
 
DIAGNÓSTICO 
- O diagnóstico é baseado no autoexame, 
exame físico, exame-médico, métodos de 
imagem (mamografia, ultrassonografia, 
tomografia, ressonância magnética) e de biópsia 
 
- É importante ao diagnóstico histopatológico 
proceder a avaliação do receptor de estrógeno; 
progesterona; c-erbB2 e índice de proliferaçãotumoral (p.e:Ki67) 
 
 
AUTOEXAME 
- Ministério da saúde não recomenda 
 
- Atualmente não se recomenda o autoexame 
das mamas como técnica ensinada as mulheres 
 
- Grandes estudos sobre o tema demonstram 
baixa efetividade e possíveis danos associados 
a prática 
 
 
MAMOGRAFIA 
- IMPRESCINDÍVEL, deve ser feito a cada 2 
anos entre os 50 – 69 anos 
 
- A mamografia é o exame mais utilizado para o 
diagnóstico precoce e é o método de escolha 
para rastreamento 
 
- Mamografia anual a partir dos 40 anos (MS), 
outros recomendam apenas para pacientes de 
alto risco 
 
- Alterações da mamografia que aumentam a 
suspeita para CA de mama: 
▪ Lesão tumoral arredondada 
▪ Bordas espiculadas 
▪ Geralmente única 
▪ Associados ou não com 
microcalcificações 
▪ Retração de mamilo 
▪ Edema de pele 
▪ Adenopatia axilar 
▪ Distorção arquitetural 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
▪ Microcalcificações (geralmente 
unilateral, pleomórficas, agrupadas ou 
aspecto filiforme) 
 
- Os laudos de USG, RM e MMG utilizam uma 
padronização de laudos para avaliação da 
conduta, a classificação de BIRADS 
 
 
 
 
- Ultrassom é efetivo pra diferenciar cisto de 
nódulo 
 
 
- Cisto: é oco, podendo conter ar, liquido, 
sangue, pus ou outros fluidos) 
 
- Nódulo (sólido, maciço) 
- RM: avalia extensão do tumor 
 
- TC: pouco útil 
 
 
BIÓPSIA 
- Biópsia: guiada por USG, MMG ou RM 
 
➔ A biópsia por core (9 gauge) é a 
preferida pela quantidade de material 
retirado (retirado fragmento) e de pelas 
informações que pode oferecer 
 
➔ A biópsia por agulha fina: pode ser 
utilizada, mas geralmente é mais útil no 
diagnóstico diferencial de cisto mamário 
 
➔ Biópsia por vacum (mamotomia): feita 
com agulha grossa acoplada a um 
dispositivo a vácuo, que permite a 
obtenção de fragmentos de mama com 
maior calibre e maior acuidade 
diagnóstica 
 
- É indicada preferencialmente nos casos de 
microcalcificações e lesões intra-ductais, 
suspeita de casos mais complexos 
 
 
➔ Biópsia incisional: remove apenas um 
fragmento da lesão 
 
➔ Biópsia excisional: remove a totalidade 
da lesão 
 
Ambas poderão ser utilizadas para casos que a 
biópsia por agulha fina ou a core não for 
suficiente ou persistir dúvida diagnóstica 
 
 
➔ Biópsia do tumor por congelação: 
analisada pelo patologista na hora. Pode 
abreviar o resultado, mas a paciente é 
submetida a cirurgia sem um diagnóstico 
definido, define durante o procedimento 
 
 
PACIENTES DE ALTO RISCO 
- Não se faz mamografia jovens com um alto 
risco (familiar de 1ª grau com câncer muito cedo) 
de desenvolvimento cancerígeno 
 
- Em pacientes jovens que possuem uma 
predisposição alta para o desenvolvimento se 
usa RESSONÂNCIA MAGNÉTICA a partir dos 
25 anos, a cada ano 
 
- Com 30 anos associa a MAMOGRAFIA (6 
meses após a ressonância) 
 
- Lembrar que em situações que se é necessário 
a mastectomia – retirada das mamas, isso não 
exclui o fato de se ter câncer, a mastectomia é 
um processo de redutor de risco e não 
profilática, ou seja, o risco permanece em menor 
grau 
 
 
*A paciente nunca DEVE fazer mastectomia, ela 
PODE, ou seja, que decide se faz ou não é a 
paciente e não o médico. 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
PREVENÇÃO DAS LESÕES BENIGNAS E 
MALIGNAS 
 
- Fatores de risco não modificáveis: menarca 
precoce, menopausa tardia, genética, gravidez 
precoce. 
 
- Fatores de risco modificáveis: dieta, atividade 
física, obesidade e estilo de vida. 
- Medicamentos moduladores seletivos dos 
receptores de estrógeno (SERM), como o 
tamoxifen, previne a recidiva e previne o 
aparecimento de um novo tumor primário na 
mama contralateral 
 
- Raloxifeno 
- Inibidores de Aromatase 
 
- Cirúrgicas: mastectomias e ooferectomias 
profiláticas 
 
 
ESTADIAMENTO 
- Após a confirmação diagnóstica da neoplasia 
maligna é importante avaliar a extensão da 
neoplasia, pois todo o planejamento terapêutico 
é baseado neste estadiamento tumoral 
 
- O estadiamento classifica em: 
➔ tumores operáveis (EC I e II) 
➔ localmente avançados (EC IIIA e IIIB) 
➔ doença metastática (EC IV)

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