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APG 27 - CILMATÉRIO E MENOPAUSA

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IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
APG 27 
 
CILMATÉRIO E MENOPAUSA 
 
DEFINIÇÃO 
• Climatério 
• Menopausa 
• Perimenopausa 
 
CLIMATÉRIO 
- Período fisiológico de transição que se refere 
ao final da etapa fértil feminina 
 
- Ou seja, “transição menopáusica ou 
menopausal” 
 
- O climatério é um período marcado por 
modificações endocrinológicas e clinicas que 
levam as mulheres de uma fase de períodos 
menstruais cíclicos e regulares até a parada 
completa da menstruação 
 
- Período marcado principalmente pela: 
▪ Irregularidade menstrual 
 
 
MENOPAUSA 
- A menopausa refere-se a última menstruação 
da vida por falência ovariana é retrospectivo, ou 
seja, podendo apenas se confirmado após um 
ano da cessação da menstruação 
 
- Para classificar como menopausa se deve ter: 
 
▪ Pelo menos um ano de amenorreia; 
▪ Diagnóstico retrospectivo, só se faz o 
diagnóstico no ano seguinte; 
▪ Diagnóstico precoce < 40 anos: 
▪ Média mundial = 51 anos 
 
 
 
 
PERIMENOPAUSA 
- Intervalo entre o início dos sintomas de 
irregularidade menstrual até o final do primeiro 
ano após a menopausa 
 
MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS 
▪ Hormônios e função ovariana 
▪ Fertilidade 
▪ Sintomas vasomotores 
▪ Cardiovasculares 
▪ Dermatológicas, cognitivas e 
psicológicas 
▪ Urogenitais e sexuais 
▪ Ósseas 
 
 
HORMÔNIOS E FUNÇÃO OVARIANA 
- Transição do período fértil para não fértil. A 
menopausa nada mais é que a “morte/ 
perda/atresia” de folículos ovarianos (e são 
esses que produzem o estrogênio) que se decai 
ao decorrer da vida 
 
 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
- O LH (hormônio luteinizante) age sobre a 
TECA fazendo com que o colesterol se 
transforme em androstenediona e testosterona 
 
- A androstenediona passa para a granulosa por 
difusão 
 
- Na granulosa o FSH produz a enzima 
aromatase que transforma a androstenediona 
em estradiol. 
 
- Devemos lembrar que as células da granulosa 
produzem o hormônio inibina que inibi o FSH 
 
- A queda da inibina é a primeira ação fisiológica 
a acontecer quando está próximo da 
menopausa 
 
- Ou seja, se eu tenho queda da inibina eu terei 
um aumento de FSH que irá produzir mais 
aromatase que irá converter mais 
androstenediona em estradiol 
 
- Em resumo, as primeiras alterações no período 
de climatério são: 
 
↓ Inibina (+ precoce) 
↑ FSH 
↓ Estradiol (estrogênio) 
Melhor parâmetro: FSH 
 
Após essa 1ª fase, teremos: 
 
 
- Ausência de TECA, devemos lembrar que era 
a TECA que produzia o androgênio 
(androstenediona) e testosterona (devido a 
conversão do colesterol) 
 
- Ausência de granulosa, devemos lembrar que 
era a granulosa que produzia o estradiol 
 
- Com isso, a paciente começa a ter um 
hipoestrogenismo (estradiol) 
 
- Hipogonadismo (- estrogênio) 
- hipergonadotrofico (+ FSH) 
 
– FISIOLOGICO NO PERIODO DE 
CLIMATÉRIO 
 
 
Em resumo: 
▪ ↓ estrogênio – quanto mais baixar o 
androgênio mais irá subir o FSH – 
Feedback negativo 
 
▪ ↓ androgênio (testosterona) 
 
▪ ↑ FSH 
 
▪ ↑ LH 
 
 
Em resumo: 
 IRREGULARIDADE MENSTRUAL 
▪ 1ª fase: ↓ fase folicular – menstruação 
frequentes 
 
▪ 2ª fase: ↑ ciclos anovulatórios – 
menstruações infrequentes 
 
QUEDA DA TESTOSTERONA 
▪ Perda da libido 
 
 
FERTILIDADE 
- Se atentar a necessidade de utilização de ACO 
na fase de transição menopáusica, pois 
gestações nessa faixa etária estão associadas a 
importantes complicações obstétricas e 
malformações fetais 
 
- Preconiza-se manter a anticoncepção até os 
55 anos de idade 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
SINTOMAS VASOMOTORES 
➔ Altera termoregulação “fogachos” – 
calor que se inicia na cintura e sobe em 
direção ao rosto 
 
➔ 85% dos pacientes 
 
➔ Ondas de calor (1 a 3 minutos) – 
podendo acontecer mais de 30x no dia 
 
➔ Sintomas mais acentuados: tabagismo 
(diminuem os níveis de estrogênio), 
sedentarismo, pacientes magras (pois a 
gordura é uma fonte de estrogênio e é a 
falta dele que causa isso) 
 
➔ Importante ressaltar sobre o fogacho: 
▪ Dura de 1 a 5 minutos 
▪ Mais frequente a noite 
▪ Predomina no tronco e dissemina para o 
tórax, face e membros 
▪ Sudorese e rubor 
 
 
CARDIOVASCULARES 
- O estrogênio tem efeito importante no 
metabolismo lipídico e na cascata de 
coagulação 
 
- Os níveis de colesterol LDL e triglicérides 
tendem a aumentar, enquanto o colesterol HDL 
diminui, levando a um perfil lipídico mais 
aterogênico 
 
- No processo de envelhecimento, há aumento 
de fibrinogênio, do inibidor 1 do ativador do 
plasminogênio e do fator VII, levando a um 
estado de hipercoagulabilidade 
 
- Em relação à pressão arterial, o estrogênio tem 
um efeito vasodilatador, estimulando a produção 
de óxido nítrico e promovendo o relaxamento do 
músculo liso dos vasos 
 
 
DERMATOLÓGICAS, COGNITIVAS E 
PSICOLÓGICAS 
- Com o hipoestrogenismo, há redução do teor 
de colágeno e da secreção das glândulas 
sebáceas, perda de elasticidade, redução do 
suprimento sanguíneo e alterações epidérmicas 
levando à hiperpigmentação, surgimento de 
rugas e prurido 
 
- Em relação à piora da cognição, não há 
comprovação científica de correlação com a 
queda dos níveis estrogênicos 
 
- Apesar disso, há um declínio acelerado das 
formas de cognição no período pós-menopausa. 
 
- Nesse período, há mudanças psicológicas na 
mulher, principalmente relacionadas aos 
distúrbios do humor, podendo apresentar maior 
labilidade emocional e irritabilidade; também 
pode haver distúrbios do sono, acentuando 
essas mudanças de humor 
 
- A vida sexual da mulher também pode ser 
afetada por esses fatores 
 
 
 UROGENITAIS E SEXUAIS 
- Há receptores de estrogênio e de progesterona 
na maior parte dos músculos e dos ligamentos 
pélvicos, além de vulva, vagina, uretra e bexiga 
 
- O hipoestrogenismo pode levar à atrofia 
geniturinária, que promove uma série de 
sintomas, como disúria, urgência miccional e 
ITU recorrente 
 
- A vagina perde água, colágeno e tecido 
adiposo, levando a uma fragilidade da parede e 
à perda do turgor e da rugosidade 
 
- O pH torna-se mais alcalino, diminuindo a 
quantidade de lactobacilos e promovendo um 
ambiente favorável a infecções 
 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
- A uretra perde sua capacidade de criar um selo 
mucoso, predispondo a ocorrência de 
incontinência 
 
- EM RESUMO: 
▪ Ocorre uma atrofia vulvovaginal 
desencadeando uma vagina seca e fina 
 
 
 
 
OSSEAS 
- No climatério, o hipoestrogenismo tem papel 
fundamental nesse processo 
 
- EM RESUMO 
- Estradiol inibi o osteoclasto, com ausência do 
estradiol o osteoclasto não será inibido e irá tirar 
cálcio do osso, fazendo osteopenia e 
osteoporose 
 
 
 DIAGNÓSTICO E EXAME FÍSICO 
- O diagnóstico de transição menopáusica é 
CLÍNICO, realizado através da anamnese e do 
exame físico completo 
 
- Se < 40 anos: solicita FSH (confirmação de 
falência ovariana) 
 
- Se > 40 anos: clínico 
 
 
TERAPIA HORMONAL 
 - As indicações atuais de TH são o tratamento 
de sintomas vasomotores que impactem na 
qualidade de vida e da atrofia vulvovaginal (uso 
tópico), além da prevenção e do tratamento da 
osteoporose em casos individualizados 
 
- O uso deve ser feito na chamada janela de 
oportunidade, isto é, em pacientes até 60 anos 
de idade e com menos de 10 anos de 
menopausa 
 
- É importante lembrar que a terapia tópica pode 
ser usada fora da janela de oportunidade por 
não apresentar absorção sistêmica 
 
 
 
 RESUMO CLIMATÉRIO 
 
1. Climatério é o período de transição entre a 
fase reprodutiva (menacme) e o período 
pósmenopaus (senilidade) 
2. A menopausa refere-se à data da última 
menstruação de uma mulher por falência 
ovariana. Esse diagnóstico é retrospectivo, 
podendo apenas ser confirmado após um ano 
da cessação da menstruação. 
 
 
 3. O ponto inicial do climatério é a acentuação 
da atresia dos folículos ovarianos, que leva à 
redução da produção de Inibina B e, 
consequentemente, ao aumento do FSH. 
 
 
4. A faseinicial do climatério se caracteriza por 
níveis normais de estradiol, com ciclos mais 
curtos e com sangramento aumentado. 
 
 
5. Já na fase mais tardia, predominam ciclos 
anovulatórios, com redução do estrogênio e com 
irregularidade da menstruação. 
 
 
6. Os sintomas vasomotores (fogachos) são um 
dos sintomas mais frequentes nessa fase e 
ocorrem por uma alteração na regulação central 
da temperatura devido ao hipoestrogenismo. Se 
caracterizam uma onda de calor repent ina, que 
dura de 1 a 5 minutos, predominando em tronco, 
membros superiores e face, associado à 
sudorese e rubor. 
 
 
7. O hipoestrogenismo leva a uma série de 
mudanças. As mais cobradas nas provas são: o 
aumento do risco cardiovascular, a atrofia 
IANI SOARES LUZ – MED TURMA XIII 
 
urogenital e as alterações no metabolismo 
ósseo. 
 
 
8. O diagnóstico do climatério é clínico, não 
exigindo a realização de exames. 
 
 
9. A terapia hormonal (TH) é uma das 
possibilidades de tratamento para os sintomas 
climatéricos. 
10. As indicações primárias de TH são: sintomas 
vasomotores que afetem a qualidade de vida, 
atrofia urogenital e prevenção e tratamento de 
osteoporose em casos selecionados. 
 
 
11. A terapia hormonal deve ser empregada na 
janela de oportunidade: antes dos 60 anos e 
antes de 10 anos da menopausa. 
 
 
12. Além dos benefícios já citados, a terapia 
hormonal quando usada na janela de 
oportunidade diminui os riscos de doença 
cardiovascular e reduz o risco de câncer 
colorretal e de endométrio (uso de terapia 
combinada) 
 
 
13. Os principais riscos associados ao uso da 
TH são: aumento do risco de câncer de mama 
após 5 anos de uso (terapia combinada), 
aumento do risco de trombose (uso por via oral), 
aumento de risco de doenças cardiovasculares 
(fora da janela de oportunidade). 
 
 
 14. Os regimes terapêuticos possíveis para a 
terapia hormonal são: estroprogestativo 
(pacientes com útero), estrogênio isolado 
(pacientes histerectomizadas), a terapia com 
estrogênio tópico (atrofia urogenital) e a 
tibolona. 
 
 
15. Em pacientes com contraindicações à 
terapia hormonal podem ser empregados 
antidepressivos, anti-hipertensivos e 
anticonvulsivantes para alívio dos sintomas 
vasomotores.

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