Buscar

Resistência a antimicrobianos

Prévia do material em texto

RESISTÊNCIA
ANTIMICROBIANA E
PRODUÇÃO ANIMAL
Alessandra Curvacho; Angelica Araujo; Fernanda
Mayorga; Gabriela Pittol; Isabelle Passos; Livia Garcia;
Mariana Albuquerque
EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PUBLICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAESA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
ANTIBIÓTICOS 
Amplamente usados em cirurgias e transplantes
realizados no mundo, além do tratamento de
infecções que evoluem rapidamente para a morte.
Sem os antibióticos a expectativa de vida atual
seria reduzida consideravelmente.
(Cordeiro et. al., 2012)
Naturais ou sintéticos.
Bactericidas: provocam morte da bactéria.
Bacteriostáticos: inibem o crescimento microbiano.
 
 (Guimarães et. al. 2010)
β-lactâmicos 
tetraciclinas 
aminoglicosídeos
macrolídeos
peptídicos cíclicos
estreptograminas...
sulfamidas
fluoroquinolonas 
oxazolidinonas.
Fármacos de origem natural são classificados em:
Fármacos de origem sintética são divididos em:
 (GUIMARÃES ET. AL. 2010)
CLASSE DE ANTIBIÓTICOS 
1
SULFONAMIDAS: FÁRMACOS DE ORIGEM SINTÉTICA COM
AMPLO ESPECTRO DE AÇÃO ATRAVÉS DA INIBIÇÃO DE UMA
ENZIMA DAS BACTÉRIAS;
TRIMETROPIM: MEDICAMENTO DE BOA ATUAÇÃO CONTRA
GRAM POSITIVO E GRAM NEGATIVO, BEM COMO S
STAPHYLOCOCCUS SP.;
QUINOLONAS: MUITO USADAS PARA INFECÇÕES
URINÁRIAS, TENDO BOA ATUAÇÃO CONTRA BACTÉRIAS
GRAM POSITIVO;
2
3
CLASSE DE ANTIBIÓTICOS 
4
BETA-LACTÂMICOS: AGEM NA PAREDE CELULAR DA BACTÉRIA. 
 TODOS OS ANTIBIÓTICOS DESSA CLASSE POSSEM UM
ELEMENTO ESTRUTURAL EM COMUM, O ANEL AZETIDINONA DE
QUATROS MEMBROS, TAMBÉM CHAMADO DE ANEL Β-
LACTÂMICO
PENICILINAS;
CEFALOSPORINA: SÃO FÁRMACOS DE MENOR ATIVIDADE
EM RELAÇÃO AS PENICILINAS.
4.1
4.2
CLASSE DE ANTIBIÓTICOS 
5
FOSFOMICINA: OBTIDAS POR SÍNTESE LABORATORIAL QUE
ATUAM SOBRE A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR;
POLIMIXINAS: INTERFEREM NA SÍNTESE DA MEMBRANA
CELULAR E APRESENTAM BOA ATUAÇÃO CONTRA BACTÉRIAS
GRAM NEGATIVO;
AMINOGLICOSÍDEOS: CURTO ESPECTRO QUE INTERFEREM
NA SÍNTESE PROTEICA. MUITO RELACIONADO A
RESISTÊNCIA A STAPHYLOCOCCUS SP. OS
AMINOGLICOSÍDICOS APRESENTAM EFEITO BACTERICIDO.
EFEITOS OTOTÓXICOS E NEFROTÓXICOS.
6
7
CLASSE DE ANTIBIÓTICOS 
MACROLÍDEOS: MUITO RELACIONADOS A RESISTÊNCIA. OS
ANTIMICROBIANOS MACROLÍDEOS DE SEGUNDA GERAÇÃO, COMO
ROXITROMICINA, CLARITROMICINA E AZITROMICINA TÊM SUBSTITUÍDO A
ERITROMICINA, TENDO MELHOR ATIVIDADE, ALÉM DE EFEITOS
COLATERAIS MAIS BRANDOS
8
 (GUIMARÃES ET. AL., 2010)
CLASSE DE ANTIBIÓTICOS 
Tetraciclinas: inibem a síntese proteica,
atuando contra Gram positivo, Gram
negativo, Ricketisias, protozoários e
clamídias. São fármacos policetídicos
bacteriostáticos de amplo espectro e
possuem alta eficácia frente a bactérias
aeróbicas e anaeróbicas Gram positivo e
negativo.
 
 (Guimarães et. al., 2010)
Antibióticos glicopeptídicos, vancomicina e
Teicoplanina ganharam o posto de
fármacos de primeira linha no tratamento
de infecções por bactérias Gram positivo
resistentes a outros antimicrobianos. A
resistência bacteriana aos glicopeptídicos
é um processo mais lento, embora
linhagens de S. aureus hospitalares sejam
resistentes desde 1996. 
 ANTIBIÓTICOS 
 NA PRODUÇÃO
ANIMAL
Crescimento
Populacional 
 Doenças
infecciosas entre
os animais
Prevenção de
doenças
Crescimento
animalSILVA, ET.AL.; 2020
ANTIBIÓTICOS NA PRODUÇÃO ANIMAL
Uso indiscriminado
de antibióticos 
Transmissão de
animais para
seres humanos 
Problema de saúde
pública
SPINOZA, 2017
ANTIBIÓTICOS NA PRODUÇÃO ANIMAL
Tetraciclinas
Quinolonas
beta-
lactâmicos
Sulfonamidas
Penicilina
Cefalosporina
Macrolídeo
Aminoglicosídeo
GRUPOS
Fármacos antimicrobianos
Utilizados na produção animal
ionóforos Fluorquinolona
SUINOCULTURA 
Um dos alimentos mais consumidos
mundialmente.
Doenças afetam os custos de produção.
Uso de tetraciclinas, Sulfonamidas,
cefalosporinas, fluoroquinolonas e
aminoglicosídeos.
Usados como medida profilática e
promotor de crescimento.
BOVINOCULTURA 
Microrganismos patogênicos mais encontrados em
bovinos incluem Salmonella spp., Streptococcus
agalactiae e Escherichia coli.
Ceftriaxona, Ampicilina, Ciprofloxacina, azitromicina,
cefalosporinas, penicilinas e tetraciclinas. 
Precisar-se respeitar o periodo de carencia e evitar o
uso indiscriminado para profilaxia 
AVICULTURA 
Antimicrobianos administrados na alimentação
e água dos animais.
Uso terapêutico e não terapêutico.
Cepas resistentes de Salmonella, Escherichia
coli, Campylobacter coli, C. jejuni,
Staphylococcus spp. e Enterococcus spp.
Uso de Sulfonamidas, penicilinas, polipeptídios,
lincosamidas, cefalosporinas e Quinolonas.
(OLIVEIRA, 2012)
AVICULTURA 
Maior frequência de resistência dessas bactérias foi relacionada ao uso de
tetraciclinas, proibido no Brasil.
Antimicrobianos são utilizados para prevenir e tratar doenças, reduzir efeitos
causados pelo estresse de confinamento e como fator de crescimento.
Cozimento adequado da carne é uma forma eficiente de eliminar patógenos
alimentares.
 
(OLIVEIRA, 2012)
RESISTÊNCIA
ANTIMICROBIANA 
Brasil supera Europa, Canadá e Japão no número de doses
antimicrobianas consumidas. Amoxicilina é o mais utilizado no
mundo (Da Silva, et. al., 2022).
Criação dos antibióticos foi um grande marco para a medicina
e medicina veterinária. Entretanto, antibioticoterapia profilática
contribui para desenvolvimento de microrganismos super-
resistentes (Tavares, 2009).
Uso extensivo e inapropriado
de antibióticos;
Falta de saneamento básico;
Alto fluxo de viajantes;
Aumento de pacientes
imunossuprimidos;
Diagnósticos demorado de
infecções bacterianas e
tratamento inadequado.
Fatores favoráveis:
(Guimarães et. al. 2010)
Os meios mais importantes para o
desenvolvimento da resistência antimicrobiana
são através da transferência gênica que
ocorre entre bactérias durante o processo de
replicação delas. Esse processo pode ser de
três formas: transformação, transdução e
conjugação (Scaldaferri et. al., 2020).
Prevenção de infecções bacterianas por meio de vacinas, uso
racional de antibióticos, controle e prevenção da disseminação
de bactérias resistentes, descoberta e desenvolvimento de
novos antimicrobianos são estratégias a serem adotadas para
tentar conter o avanço da resistência antimicrobiana.
 
 (Guimarães et. al. 2010)
RESISTÊNCIA AOS
PRINCIPAIS GRUPOS 
ESTAFILOCOCOS:
Grupo de bactérias que
apresenta elevada
resistência às
penicilinas, ampicilinas e
amoxicilina.
ENTEROCOCOS:
Baixa sensibilidade aos
aminoglicosídeos e a
penicilina G.
PNEUMOCOCOS:
Resistência a ação das
penicilinas.
RESISTÊNCIA AOS
PRINCIPAIS GRUPOS 
ESTREPTOCOCOS:
Permanecem sensíveis a
ação dos antibióticos
beta-lactâmicos.
PSEUDOMONAS
AERUGINOSA:
Tem adquirido resistência
a antimicrobianos como os
aminoglicosídeos e
carbenicilina. 
ANTIMICROBIANOS, MAU USO X
RESISTÊNCIA: RELATO DE CASO EM
CANINO (ZALAMENA, F. et al)
OBRIGADO (A)
Alessandra Curvacho; Angelica Araujo; Fernanda
Mayorga; Gabriela Pittol; Isabelle Passos; Livia
Garcia; Mariana Albuquerque
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Andreotti, R.; Nicodemo, M. L. F. Uso de antimicrobianos na Produção de Bovinos e Desenvolvimento de Resistência. 1ª ed. Embrapa, Campo Grande – MS,
2004.
Arias, M. V. B.; Carrilho, C. M. D. M. Resistência antimicrobiana nos animais e no ser humano. Há motivo para preocupação? Semina: Ciências Agrárias,
vol. 33, n. 2, p. 775-790, 2012.
Bonini, Eduardo Henrique. Tuberculose: história, tratamento, novas drogas e situação do município de Araraquara. Araraquara – SP, 2019. Disponível em:
<https://1library.org/document/z3jxw87y-universidade-de-araraquara-programa-de-pos-graduacao-em-biotecnologia-em-medicina-regenerativa-e-
quimica-medicinal-eduardo-henrique-bonini.html>. 
Cardoso, Ariane Silva et. al. VI-115- Efeito ecotoxicológico de produtos farmacêuticos em piscicultura no semiárido de Pernambuco. Brasil, 2019.
Cordeiro, B. C.; Brito, M. A. Necessidade de novos antibióticos. Bras Patol Med Lab, v.48, n.4, 2012.
Da Silva, Valdemir Fonseca; Wolff, Delmira Beatriz; Carissimi, Elvis. Contaminação de efluentespor amoxicilina: consequências ambientais e métodos de
remoção. Brazilian Journal of Science, v.1, n.2, p. 6-13, 2022.
Guimarães, D. O.; Momesso, L. S.; Pupo, M. T. Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e desenvolvimento de novos
agentes. Quim. Nova, v.33, n.3, 667-679, 2010.
Lisboa, A. C. L.; Tukasan, B. C.;ZALAMENA, F. et al. Girio, R. J. S. A resistência antimicrobiana na produção animal: Alerta no contexto da saúde única.
Pubvet, v.16, n. 4, p.1-6, 2022.
Macedo, Luiz Henrique Cruz et. al. Sensibilidade e antibióticos e metais pesados em Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae isoladas de diferentes fontes
de água do Cariri Cearense. Brasil. Reserach, Society and Development, v.9, n.9, 2020.
Mota, Julia Paes; Majolo, Cláudia. Prevalência e perfil de resistência de Salmonella spp. isoladas de tambaqui cultivados em tanques escavados. Embrapa
Amazônica Ocidental – Artigo em periódico indexado (ALICE), 2021.
Scaldaferri, L.; Tameirão, E.; Flores, S.; Neves, R.; Correia, T.; Carmo, J.; Toma, H.; Ferrante, M. Formas de resistência microbiana e estratégias para
minimizar sua ocorrência na terapia antimicrobiana: Revisão. Pubvet, v.14, n. 8, p.163, 2020.
Spinoza, H. S.; Górniak, S. L.; Bernardi, M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 6 ed. Rio de Janeiro: Guarabara Koogan, 2017.
Tavares, Walter. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. 2ª ed. Rev. e atual. São Paulo: editora Atheneu, 2009.
OLIVEIRA, M.A.F.M. Antibióticos e avicultura. São Paulo. Brasil, 2012.

Continue navegando