Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ovogênese - a partir da 10ª semana no sexo feminino há a diferenciação da gônada para ovário - as células germinativas primordiais começam a se diferenciar em ovogônias, que se diferenciam na fase fetal em ovócitos I - quando um indivíduo do sexo feminino nasce, ele tem ovócito I, uma célula germinativa que já começou o processo de meiose 1 Ciclo reprodutivo feminino - tem o objetivo de preparar o sistema reprodutor feminino para a gravidez, começando na puberdade - os hormônios controlam - as gônadas que produzem os hormônios e outras glândulas é o que vai determinar toda a preparação para o desenvolvimento da gravidez Tuba uterina Tuba uterina: dividida em 4 porções, e proporciona o ambiente celular que favorece a fertilização - infundíbulo: a extremidade dela emite projeções, como se fossem dedos de luvas, e esses dedos de luvas se aproximam ao máximo do ovário no período da ovulação para, junto com as fímbrias, capturar o ovócito e levá-lo em direção ao útero, independente de ele ter sido fertilizado ou não. - a tuba uterina recebe estímulos liberados que fazem com que as fímbrias se aproximem ao máximo do ovário, o varrendo. Na ovulação, a varredura captura o ovócito e leva-o até a região mais larga da tuba uterina, a ampola, onde ocorre a fertilização. - istmo: tem o papel de via de transporte do ovócito ou do zigoto - intramural: via de transporte Desenvolvimento dos ductos genitais Tuba uterina Ovário Mesonefro Tuba uterina Mucosa pregueada: epitélio simples cilíndrico ciliado, além de células secretoras não ciliadas. A parede da mucosa pregueada faz pregas para dentro do lúmen. Tem células com cílios e sem cílios. As com cílios geram o transporte dos ovócitos em direção ao útero. As sem cílios secretam. A secreção, além de alimentar o ovócito, vai também auxiliar nesse deslocamento do ovócito. Abaixo dela existe um tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos, chamado de lâmina própria. Depois temos uma camada espessa de músculo liso, e depois de mais tecido conjuntivo. O músculo liso com movimentos peristálticos também auxilia no deslocamento dos ovócitos. . Útero No desenho, temos rins em formação. E temos ductos e túbulos ligados a ele. Os ductos são os mesonefros, que tem a ver com a desenvolvimento dos rins e dos ductos internos do corpo feminino. Os ductos em azul correm em paralelo ao ducto mesonefro, por isso são chamados de ductos paramesonéfricos ou de Muller. Quando chegam na região caudal do embrião, eles passam por cima dos ductos mesonefros e se fusionam, formando a estrutura em forma de Y, dando origem as tubas uterinas, útero e uma parte da vagina. As células de Sertoli (masculinas) produzem o fator inibidor mulleriano, que inibem os ductos paramesonéfricos, e assim nem tuba uterina nem útero são formados no sexo masculino. O perimétrio reveste o miométrio. Endométrio Endométrio/mucosa endometrial/mucosa uterina: tem tecido epitelial com células secretoras e tecido conjuntivo logo abaixo. Ela é composta de um epitélio simples cúbico (azul). Tem glândulas que secretam substâncias na superfície do tecido epitelial (glândula exócrina). O tecido conjuntivo (estroma) fica abaixo e sustenta as glândulas endometriais e as artérias espiraladas. A mucosa é dividida em: camada funcional (2/3 superior) e camada basal (1/3 inferior). A camada basal tem função de regeneração. Quando ocorre a implantação do blastocisto e a gravidez, a camada funcional participa do processo. A camada basal participa quando houver a menstruação ou expulsão do feto. A camada funcional descama durante a menstruação e some durante a gravidez. Camada funcional: dividido em camada esponjosa e camada composta. Na camada esponjosa temos o tecido epitelial e o início da glândula e estroma. Na camada composta temos o tecido conjuntivo compacto e o corpo da glândula. Camada basal: temos a base da glândula. A partir da base que é reconstituído a glândula, o tecido epitelial e tecido conjuntivo que irá reestruturar todo o estroma. Menstruação: ocorre quando não há fertilização, quando não há implantação do blastocisto. Os hormônios diminuem, as artérias espiraladas sofrem constrição, e o tecido em volta não tem nutrição, nem oxigenação, e morre. Como as células em volta das artérias estão mortas, há um extravasamento do sangue, tendo uma descamação do endométrio. Toda a camada funcional do endométrio sai pela vagina. A partir da camada basal há a restauração de todo o tecido. Quando começa o desenvolvimento folicular, há produção de estrógeno. Esse estrógeno vai pro endométrio. Se houve menstruação, o estrógeno vai recuperar o endométrio a partir da camada basal. Nessa fase, as glândulas estão proliferando. Quando acaba essa fase, tem a ovulação do ovário, formação do corpo glúteo e aí começa a produção de progesterona. Chegando no útero, a progesterona vai encontrar a camada funcional refeita e agora o estrógeno vai atuar nas glândulas já formadas, que vão ficar volumosas e produzir bastante glicogênio. A fase secretora está sob influência da progesterona. A fase proliferativa está sob influência do estrógeno. Ovário - São dois. - É formado de epitélio por fora, e internamente de tecido conjuntivo junto com a parte funcional, que são os folículos. - Durante a formação do ovário, as CGPs quando migram se posicionam na periferia (região cortical) da gônada que está em desenvolvimento. No homem vão se posicionar na região central da gônada. - Portanto, os folículos ovarianos somente são encontrados na região cortical do ovário, devido a origem embrionário. - Dividimos-o em duas porções: a região central (região medular) e a região periférica (região cortical). Região medular: temos artérias e veias. Elas se ramificam e vão nutrir a região cortical. Não são encontrados nessa região os folículos ovarianos. Região cortical: temos um epitélio simples ovariano (não germina), os núcleos. Abaixo do epitélio temos o tecido conjuntivo. Abaixo do tecido conjuntivo temos a albugínea ovariana e entre os folículos ovarianos temos o estroma (tecido conjuntivo que preenche e sustenta a parte funcional de um órgão). Folículo ovariano: possui um ovócito e as células foliculares. Fica na periferia do ovário. Folículo primordial - Quando chega o ciclo para preparar o sistema reprodutor para a reprodução, temos o hipotálamo liberando o hormônio que atua sob a hipófise, e a hipófise liberando dois hormônios que vão atuar na gônada: FSH e LH. Quando eles chegam na gônada, encontram um folículo primordial. - Folículo ovariano primordial: tem um ovócito primário (meiose I) e uma camada de células foliculares (possuem apenas uma camada, e são planas e achatadas). - FSH: atua sob o folículo ovariano primordial, fazendo com que o ovócito aumente de volume, iniciando o desenvolvimento do folículo, que passa a ser chamado de folículo primário. - Com o aumento do volume do ovócito, as células foliculares vão mudar sua morfologia e vão se multiplicar. - Folículo primário: tem um ovócito primário e uma única camada de células foliculares e uma terceira camada formada de glicoproteínas (zona pelúcida). As células foliculares desse folículo são cúbicas. Zona pelúcida - Camada acelular. - As glicoproteínas vêm das estruturas vizinhas (das células foliculares e do ovócito primário). Está em torno do ovócito, entre a membrana plasmática do ovócito e a camada de células foliculares. - Funciona como uma barreira espécie-específica (protege o ovócito para que nenhum gameta masculino de outra espécie do ovócito o fecunde). - Age como um filtro poroso (só permite que substâncias que possam nutrir o ovócito cheguem até ele). - Impede a implantação prematura do blastocisto. - Se desintegra após a maturação do blastocisto, permitindo que o blastocisto se implante no endométrio. - Ela bloqueiaa polispermia, impedindo que mais de um espermatozoide penetre um ovócito. Continuando o desenvolvimento do folículo - Sob a influência do FSH, o folículo continua se desenvolvendo, chegando até o folículo secundário e posteriormente até o folículo maduro. - Folículo secundário: tem um ovócito primário com maior volume e várias camadas de células foliculares. Folículo de Graff/folículo terciário/folículo maduro - As células foliculares continuam se multiplicando. - No centro das células foliculares, começa a apoptose celular. Surge nele, então, um espaço que vai aumentando, formando o antro folicular. Dentro dele tem o liquido folicular, que vem inicialmente das células foliculares e posteriormente de secreções de outras camadas do folículo e do próprio estroma do ovário. A parede do antro é a camada granulosa, composta de células foliculares. - O ovócito ficava no centro do folículo, e em volta dele estão as células foliculares. Quando ele fica maduro, em relação ao folículo, ele vai para uma das extremidades do folículo. Essa mudança de posição ocorre devido ao aparecimento do antro. - Os núcleos alongados provêm do estroma do ovário e se organizam para formar as tecas. Elas ficam ao redor do folículo. - Teca interna: tem células endócrinas, que futuramente vão produzir andrógeno. As células são mais arredondadas. - Teca externa: funciona como uma cápsula, revestindo o folículo por fora e o protegendo. Essa cápsula possui fibras no interior. Tem células com núcleos mais alongados. - Quando o ovócito está maduro, prestes a ocorrer a ovulação, ele termina a primeira meiose, e entra (como ovócito secundário) na segunda meiose. - A camada de células foliculares que cobre o folículo é chamada de cumulus oophorus. Essa camada reveste o ovócito e separa-o do líquido folicular. Desenvolvimento folicular - Crescimento e diferenciação do ovócito primário - Proliferação das células foliculares - Formação da zona pelúcida - Desenvolvimento das tecas - Formação do antro - Na ovulação, acontece um pico de LH. O LH vai atuar sob o folículo ovariano, primordialmente sob ovócito, permitindo que a primeira meiose acabe, antes da ovulação começar. Na primeira meiose, 2 células filhas são formadas. Uma é o ovócito secundário e a outra é o primeiro corpo polar (não é considerada célula). - Para que a ovulação ocorra, o ovócito secundário, localizado no folículo de Graaf maduro, começa a segunda divisão meiótica, parando na metáfase. Essa segunda divisão meiótica só ocorre se houver fertilização. Esse processo dá origem para o segundo corpo polar. Região medular – ovário - Formada de tecido conjuntivo frouxo e vasos sanguíneos de grande calibre. - Temos artérias e veias. Elas se ramificam e vão nutrir a região cortical. - Não são encontrados nessa região os folículos ovarianos. Controle hormonal - O hipotálamo libera o hormônio que atua sob a hipófise. - A hipófise produz dois hormônios que vão atuar na gônada: FSH e LH. - FSH atua sob as células foliculares, promovendo a mitose, transformando essas células foliculares em camada granulosa. Com isso, essas células foliculares vão produzir estrógeno, que vai para o útero, restituindo a camada funcional do endométrio. A camada funcional também produz uma enzima chamada de aromatase. - LH promove a ovulação e atua sob a teca interna, que tem umas células endócrinas que vão produzir um andrógeno, hormônio masculino. A teca interna está próxima à camada granulosa. O andrógeno se difunde para a camada granulosa. - A aromatase da camada granulosa vai converter o andrógeno em estrógeno (estradiol). Esse estrógeno é mais potente que o produzido pelas células foliculares. Ovulação - É a liberação de um ovócito na metáfase da segunda meiose. - Acontece sob a influência do FSH e principalmente do pico de LH. Antes da ovulação, no intervalo de 24hrs do LH, entre 10 a 12hrs, o ovócito primário termina sua primeira meiose e entra na segunda meiose. - Há um aumento da liberação da enzima colagenase, ativador de plasminogênio, que vai transformar a plasmina em fibrinolítica, que quebra as fibras. Então todas as enzimas vão ajudar a expulsar o ovócito do folículo de Graaf, porque vão romper as células do folículo. - Na teca externa também tem algumas fibras de músculo liso. A prostaglandina atua sob esse músculo liso, fazendo a contração e ajudando na expulsão do ovócito. - Quando o ovócito é expulso, ele vai acompanhado das células da zona pelúcida e do cumulus oophorus. - Dentro do ovário, pertencentes ao folículo de Graaf sobram as tecas e a camada granulosa. Corpo Lúteo - O resquício do folículo de Graaf (tecas e camada granulosa) vão passar de um processo de diferenciação e vascularização, formando o corpo lúteo. - Formado logo após a ovulação, no ciclo ovariano, dentro do ovário. - Posteriormente, irá regredir, com ou sem gravidez. Se não houver gravidez, ele funciona entre 10 a 12 dias após a ovulação. Se houver gravidez, ele funciona até a 20ª semana da gravidez, e após isso a placenta toma conta da produção de hormônios para manutenção da gravidez. Se a progesterona diminuir, acontece a isquemia do endométrio, as artérias espiraladas vão sofrer constrição, diminuir a circulação, morte do tecido e posteriormente liberação da camada funcional. - Se ocorresse menstruação durante a gravidez, o corpo lúteo regrediria precocemente, a progesterona deixaria de ser sintetizada e a camada funcional seria deslocada do útero e arrastaria consigo o embrião. - Quando o corpo lúteo se degenera, ele forma uma cicatriz de tecido conjuntivo fibroso chamada de corpo albicans. - Na gravidez, o corpo lúteo produz bastante progesterona e estrógeno, sinalizando à hipófise que não é necessário mais produzir LH. Na falta de LH, para o corpo lúteo não degenere, o embrião quando é implantado produz sinciciotrofoblasto, que vai produzir o hormônio HCG, que é similar em função ao LH. Assim, o HCG mantém o corpo lúteo, produzindo estrógeno e progesterona. - O LH induz a formação do corpo lúteo, porque atua sob as células foliculares e as tecas induzindo a diferenciação das células, que passam a ser células luteínicas, vão mudar de morfologia e vão começar a produzir estrógeno e progesterona. - O estrógeno e progesterona vão para o útero, e quando chegam lá, deparam com útero com a camada funcional já reconstituída devido ao estrógeno e agora a progesterona irá tornar o endométrio espesso, vai fazer com que as artérias espiraladas fiquem bastante tortuosas, volumosas, com bastante fluxo sanguíneo, e as glândulas endometriais fiquem volumosas e com bastante glicogênio. Tudo isso para preparar o ambiente para receber o blastocisto, o embrião em desenvolvimento. O endométrio fica espesso para ter espaço para abrigar o embrião. - O corpo lúteo deve ser vascularizado porque uma estrutura que produz hormônios necessita ter vasos sanguíneos. Ciclo ovariano - Necessita de FSH e LH. - Dentro do ovário acontece a maturação dos folículos ovarianos, ovulação, produção de estrógeno e progesterona e produção do corpo lúteo. No início, o estrógeno vai restaurar o endométrio e a progesterona vai tornar o endométrio mais espesso. Posteriormente, esses hormônios vão manter o endométrio para que a gravidez continue. Ciclo menstrual/endometrial/uterino - O que aconteceu no ciclo ovariano irá refletir nesse ciclo. - Com a formação do corpo lúteo, temos estrogênio e progesterona, que irão atuar no útero. - Mudanças mensais na camada interna do útero (endométrio/mucosa endometrial). - Menstruação: fluxo sanguíneo do útero + descamação da maior parte da mucosa uterina (só sai a camada funcional). - Dia 0-5, fase menstrual: degeneração do corpo lúteo, falta de progesterona, as artérias espiraladas sofrem constrição, há uma isquemia na região, morte celular, extravasamentodo sangue dos vasos e das artérias e o rompimento do endométrio, levando todas as células que estão mortas por falta de nutrição e oxigenação. - Dia 5-14, fase estrogênica/proliferativa/estrogênica: ocorre dentro do endométrio. No ovário, está acontecendo o desenvolvimento do folículo e produção de estrógeno. Já no ciclo menstrual, o estrógeno vai num período de 9 dias restaurar a camada do endométrio. No 14º dia, ocorre no ovário a ovulação. - Dia 15-28, fase lútea/progestacional/secreta: o resquício irá produzir o corpo lúteo e ele vai produzir a progesterona que vai fazer espessamento do endométrio, vai atuar nas glândulas e nas artérias, promovendo um ambiente propício e fértil à implantação.
Compartilhar