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SINOPSE 
 
 
 
Pode um patinho feio encontrar o lar que ela sempre desejou? 
 
Antes que a secretária da escola Edna Merryweather, fosse a um 
pouco estranha mas adorável casamenteira, de Middleton Prep, ela 
era simplesmente Edna Ducking, ou, como seus colegas de escola a 
apelidaram: —O Patinho Feio—; o assunto de ridículo e rejeição 
favorito de todos. 
 
Então, como é que alguém vai de ser a aluna excluída para ser a 
especialista em amor da escola? Tudo começa com irmãs gêmeas 
peculiares e um belo rapaz de olhos verdes que está disposto a ver 
Edna por si mesma, em vez do rótulo que ela carrega há tantos anos. 
 
Este livro é um prequel da série Middleton Prep, da autora de 
romance doce, Laura Ann. Cada livro é uma releitura de um conto de 
fadas favorito e contém romance doce, beijos dignos de desmaio e, 
claro, um feliz para sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Para a mãe que segue todos os meus esforços criativos. 
Eu te agradeço mais do que você jamais saberá. 
 
RECONHECIMENTOS 
 
 
Obrigada à Victorine pela linda capa. 
Você sempre faz isso da maneira certa. 
CAPÍTULO 1 
 
Edna Ducking segurou firmemente seus livros enquanto entrava em 
sua escola. O nervosismo correu por ela quando ela entrou nas grandes 
portas de vidro. 
Como completa novata, ela não tinha ideia do que esperar da nova 
e grande multidão. Sua escola anterior tinha sido bastante pequena e 
fácil de navegar. 
Edna não tinha aspirações ou ilusões de se tornar uma das garotas 
populares em sua nova escola. Ela era autoconsciente o suficiente para 
perceber que as saias longas e volumosas e as blusas mal adaptadas que 
engoliam sua estrutura de um metro e meio era apenas o começo de 
seus problemas. 
Cabelo crespo e indomável e os óculos fundo de garrafa 
completaram o pacote. 
Apesar de ser pragmática sobre a situação, levou apenas alguns 
momentos para que as crueldades e a realidade da vida no colégio a 
atingissem. 
Ela olhou para o cronograma em sua mão, mais uma vez, e 
começou a andar pelo corredor para encontrar seu armário. 
—Ouch!— Ela exclamou quando alguém esbarrou em seu ombro, 
desequilibrando-a. Olhando para trás, ela tentou discernir quem a havia 
esbarrado, mas tudo o que encontrou foi um mar de desdém e risinhos. 
Encolhendo os ombros, ela continuou seu caminho. Apenas um 
minuto depois, ela foi batida do outro lado, com força suficiente para 
derrubá-la nos armários que cobriam a parede. 
Desta vez, as risadas se transformaram em gargalhadas. Lágrimas 
picaram os olhos de Edna. Acabei de chegar aqui! Por que eles estão me 
tratando assim? 
—Hey! O que vocês estão fazendo?— Uma voz profunda chamou 
na multidão de estudantes. 
O corredor se abriu e um garoto alto e atlético se aproximou de 
Edna enquanto ela se encolheu junto ao armário. 
Sua língua parecia algodão seco enquanto o garoto atraente vinha 
em sua direção. 
Oh meu, ele é tão bonito! 
—Hey gracinha. Você está bem?— 
Sua mente e sua boca não pareciam funcionar juntas, em vez disso 
ela ficou em silêncio com os olhos arregalados. 
Olhando para a multidão, o menino sorriu; dentes brilhantes e 
brancos brilhavam no grupo. Edna poderia jurar que viu várias garotas 
desmaiarem nos armários. 
—Qual o seu nome?— Sua voz era suave e enviou um 
formigamento na espinha de Edna. 
—Uh... Edna. Edna Ducking.— Sua voz mal era um sussurro. 
Colocando uma mão no armário ao lado de sua cabeça, ele se 
inclinou. —Como é?— 
Seu coração disparou ainda mais com a proximidade dele. 
—EEdna Ducking.— Ela guinchou. 
—Nah. Isso não pode estar certo.— Ele balançou sua cabeça. 
Edna inclinou a cabeça para o lado e franziu as sobrancelhas, 
confusa com o comentário dele. 
—Esse nome simplesmente não funciona para você... me deixe 
pensar.— Ele bateu o dedo em seus lábios. 
A esperança aumentou em Edna. O que ele acha que eu deveria ser 
chamada. Algo mais sofisticado... mais elegante? Oh, Eu espero— 
Ele estalou os dedos. —Achei!— 
Edna e o resto da multidão esperaram ansiosos. 
—Eu tenho exatamente o nome para você. Patinho feio1.— 
Todo o corredor explodiu em gargalhadas e Edna sentiu seu 
coração despencar no estômago. O que? 
 
1 O sobrenome dela é “Ducking” que é parecido com a palavra “Duckling” que 
é patinho. Ugly Duckling também é o título original do clássico ‘O Patinho Feio’ 
—Patinho Feio.— Ele se levantou de sua posição inclinada e 
apontou um dedo para ela. —Vejo você por ai Uggy1.— Sorrindo 
largamente, ele desfilou pelo corredor batendo nos ombros e nas mãos 
até a sala de aula, divertindo-se na exposição que acabara de criar. 
A respiração de Edna tornou-se rasa e ela não conseguia recuperar 
o fôlego. Sua visão ficou embaçada quando lágrimas encheram seus 
olhos. Com um soluço ela correu para o banheiro, trancou-se em uma 
cabine, ela se soltou. 
Ela sentiu como se tivesse sido chutada no peito, quebrando todas 
as costelas. Doeu para respirar e ela não conseguiu parar o 
deslizamento de lágrimas em cascata pelo rosto. 
Edna ficou no banheiro até ouvir o toque da campainha para a aula 
começar. Depois que ela percebeu que os corredores haviam se 
acalmado, ela espiou pela porta. Ninguém estava por perto. Se 
lançando para o corredor, ela correu para as portas da frente. Uma vez 
fora no sol, ela continuou até que ela estava escondida atrás de uma 
árvore. 
O dia não estava muito quente, mas a sombra fresca era boa nas 
bochechas e rosto quentes de Edna. Com uma respiração trêmula ela 
afundou no chão. 
Sua mente girou enquanto tentava aceitar o incidente que acabara 
de ocorrer. Como alguém pode ser tão cruel com alguém que nem conhece? Por 
que tem pessoas assim? Eu sou realmente tão feia? 
Não havia ninguém para responder suas perguntas e nenhum 
ombro para ajudar a suportar seus fardos. Eventualmente, seus olhos 
ficaram pesados com o ataque devastador das emoções e ela 
adormeceu. 
Acordando, ela ouviu barulho nas calçadas e espiou ao redor da 
árvore. Os estudantes estavam se afastando do prédio da escola, 
deixando-a saber que ela havia dormido o dia inteiro. Levantando-se e 
limpando a saia, ela abaixou a cabeça e se juntou à multidão indo para 
casa. 
 
1 Diminutivo sonoro da palavra em inglês Ugly (feio) 
Enquanto andava, seus ombros estavam caídos e ela se esforçou 
para não deixar ninguém ver seu rosto, usando seus cachos selvagens 
como um cobertor de segurança. Ela deu um suspiro de alívio quando 
chegou em casa sem falar com ninguém. Deixando a porta de tela bater 
atrás dela, ela foi direto para a cozinha. 
—É você queridinha?— Uma voz fraca soou da sala de estar. 
 —Sim, Vó. Estou em casa.— 
—Venha me contar sobre o seu dia.— 
Edna suspirou, o queixo caído no peito. Tomando um momento, 
ela respirou fundo para se recompor. Finalmente, ela jogou os ombros 
para trás, estampou um sorriso no rosto e caminhou de maneira 
despreocupada para a sala de estar.. 
—Aí está você querida. Me conte sobre seu primeiro dia.— 
Caminhando, ela se ajoelhou ao lado da cadeira da avó, tomando 
cuidado para não mexer na cesta de tricô. Tomando a mão magra de 
sua avó, Edna segurou entre suas duas. 
—A escola foi boa vovó. Tudo foi bom.— 
—Você se encaixa bem, não é querida?— Ela esfregou um nó 
nodoso na bochecha de Edna. —Não é como aquelas garotas tentando 
usar saias acima dos joelhos ou batom extravagante. Você se encaixa 
bem, como uma boa garota deveria.— 
Oh Vó. —Yep. Encaixo perfeitamente.— Ela deu um tapinha na 
mão da avó antes de se levantar e voltar para a cozinha.. —Eu vou 
pegar um lanche.— 
—Certo querida,— Ela pegou as agulhas de tricô no colo e foi 
trabalhar, os sons que ela criou eram consistentes e suaves, de anos de 
prática. 
Agarrando um copo de leite e um sanduíche demanteiga de 
amendoim, Edna foi para o quarto dela. Pegando seu livro favorito, ela 
se enfiou na cama e pulou para a seção da história que sempre a fazia 
se sentir melhor, onde o amor verdadeiro conquistava tudo. 
Mais tarde, ela fechou o livro com um suspiro e afundou de volta 
nos travesseiros. 
Algum dia... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
 
 
No dia seguinte na escola, Edna colocou um rosto corajoso e se dirigiu 
para a escola. 
Talvez ninguém se lembre do que aconteceu ontem. Certamente eles têm coisas 
mais interessantes para se preocupar. 
Depois de caminhar timidamente pelas portas da frente, ela foi para 
o armário. Enquanto ela caminhava pelo corredor, ela percebeu que 
suas esperanças foram em vão. Risinhos de —Patinho Feio— e —Hey 
Uggy!— ecoaram por todo o corredor. 
Derrubando o queixo no peito, Edna fez o melhor para se misturar 
nas paredes, mas as risadas e zombarias não pararam.. 
Por favor, deixe-me tornar invisível. Por favor, deixe-me tornar invisível. Ela 
entoou o pensamento em sua cabeça enquanto ela terminava em seu 
armário e fazia seu caminho para o primeiro período.. 
CAPÍTULO 3 
 
A cabeça baixa de Edna e os ombros caídos tornaram-se uma visão 
constante nos corredores de sua escola. Até as crianças provocadas, 
implicavam com o ‘Patinho Feio’. Tornou-se um passatempo favorito 
tentar assustá-la da concha que ela criou para se proteger. 
Ela caminhou pela mesma trilha todos os dias. Nunca desviando 
do caminho dela. Quando um aluno pulava na frente dela e tentava 
assustá-la, ela se treinava para simplesmente contorná-los e voltar para 
sua linha invisível. 
Por quatro anos tortuosos, Edna só encontrou consolo em seus 
livros de amor verdadeiro e felizes para sempre, tendo aceito o fato de 
que ela era, de fato, um patinho feio. 
CAPÍTULO 4 
 
—Estou tão orgulhosa de você.— Sua avó murmurou, enquanto Edna 
se vestia com suas vestes de formatura. 
—Obrigada Vó.— Edna ajeitou o chapéu de formatura e se inclinou 
para beijar a avó na bochecha. 
—Desculpe, eu não posso ir, queridinha. Eu adoraria estar lá e 
torcer com seus amigos.— Ela tossiu com tanta força que mal 
conseguia respirar. Quando finalmente diminuiu, levou vários instantes 
para ela recuperar a respiração sob controle. 
Edna sentiu seu coração tremer, sua avó estava ficando mais fraca 
a cada dia. —Oh, está tudo bem. Além disso, essas arquibancadas não 
vão ser divertidas para ninguém, especialmente para alguém com 
artrite.— Edna tentou tranquilizá-la. E assim você não pode ver que eu estive 
mentindo para você por quatro anos. 
Sua avó assentiu. —Bem, só saiba que eu te amo.— 
—Obrigada. Eu amo você também.— Edna fechou a porta 
silenciosamente atrás dela assim como começou a descer a rua. 
 
 
EDNA TENTOU se tornar o menor possível enquanto se sentava 
com o resto de sua classe, ouvindo o diretor falar sobre um futuro 
brilhante e um forte amanhã.. SE você tem um futuro. SE você não é um 
patinho feio. 
Depois de quatro anos sendo a pária da escola, Edna tinha pouca 
esperança para algo melhor. Seu principal objetivo na vida era ser o 
mais invisível possível. Certamente eles não podem tirar sarro de mim 
se eles não me verem. —Parabéns, Edna Ducking.— O diretor 
chamou seu nome enquanto ela estava no topo da escada do palco e 
ela caminhou para frente para aceitar seu diploma. 
Quase pronto. Quase pronto. Ela rapidamente pegou o papel, 
apertou as mãos e tentou sair do palco, mas um grito dos alunos a 
parou. 
—Parabéns Patinho Feio!— 
Um gorjeio correu pela multidão e Edna prendeu a respiração, 
esperando que nada mais acontecesse. 
—Sentiremos sua falta, Uggie!— Outro grito tocou na multidão. 
O riso seguiu e deu coragem a mais dos alunos. Logo gritos soaram 
de todos os cantos do grupo, zombando e tirando sarro da pobre 
jovem menina. 
—Senhoras e Senhores, ordem por favor!— O diretor chamou no 
alto-falante, mas a multidão não prestou atenção. 
Respirando fundo e piscando rapidamente para conter as lágrimas, 
Edna praticamente desceu correndo os degraus do palco, mas, em vez 
de voltar para seu assento, ela saiu do auditório, sem parar até chegar 
aos degraus da casa da avó.. 
Seu rosto estava manchado de lágrimas, mas ela não se importava. 
Ela invadiu a casa, querendo nada mais do que encontrar sua cama e 
ter um bom choro. O silêncio encontrou sua entrada e a estranheza fez 
Edna pausar. 
—Vó?— Ela chamou na quietude. 
Nenhuma resposta veio da sala de estar. 
—Vó!— Ela chamou mais alto, agora caminhando para o quarto. 
Sua avó estava sentada na poltrona reclinável, seu tricô no colo. Sua 
cabeça estava inclinada para trás e ela parecia estar dormindo, mas 
quando Edna se aproximou, percebeu que o peito de sua avó não 
estava se movendo. 
Estendendo a mão, Edna tentou lhe dar uma pequena sacudida, 
mas nada aconteceu. Com um soluço ela correu para o telefone e 
discou o serviço de emergência. 
Enquanto levavam a avó para longe, Edna ficou na porta, os braços 
em volta da cintura, como se pudesse de alguma forma segurar os 
pedaços de si mesma juntos. 
Não há nada para mim aqui agora. Sem família, sem amigos... e sem lar. 
Agora o que eu farei? 
CAPÍTULO 5 
 
Quatro meses depois, Edna se viu em uma posição em que achava que 
nunca mais voltaria a entrar; participando de outro primeiro dia de aula. 
Após a morte inesperada de sua amada avó, Edna decidiu deixar para 
trás a cidade e más lembranças de sua juventude e começar de novo. 
Primeiro e mais importante era conseguir um bom emprego, o que 
significava faculdade. 
Com uma mochila sobre o ombro e pavor no coração, Edna se 
aproximou das portas da Faculdade Comunitária Gothels. Seu 
programa de secretariado tinha uma boa reputação e Edna estava grata 
por exigir apenas mais um ano de estudos. 
Enfiando a cabeça, Edna entrou nas portas e encontrou o caminho 
para sua primeira aula. Eu sou invisível, Eu sou invisível, Eu sou —Oof!— 
Ela caiu no chão quando bateu em algo firme. 
—Lamento muito! Você está bem?— Uma voz profunda e masculina 
perguntou. 
Edna congelou, —Oh não...— ela murmurou. —Não de novo.— 
Ela olhou em volta para ver quem estava assistindo a sua pequena 
conversa, mas para sua surpresa, a maioria dos alunos estava 
ignorando-os. Olhando para cima, ela quase engasgou quando viu o 
rosto do homem na frente dela. 
Ele era alto com cabelos ruivos ondulados, um único pedaço 
ondulado pendurado sobre a testa e ela tinha o mais estranho desejo 
de tirá-lo dos olhos dele. Seu cardigã bronzeado e pasta o faziam 
parecer mais velho do que os outros garotos no corredor, mas seu rosto 
jovem dizia que ele poderia ser um dos próprios alunos. 
Ela finalmente pousou em seus olhos verde-esmeralda e ofegou 
quando percebeu que eles estavam treinados firmemente nela, 
esperando pacientemente que ela terminasse sua leitura atenta. 
—Você está bem?— Ele perguntou mais uma vez. 
As bochechas de Edna arderam e, em vez de responder, ela 
procurou por uma saída. Eu não vou ser enganada por um garoto 
bonito nunca mais. 
Movendo rapidamente em seus pés, ela correu pelo corredor na 
esquina. Uma vez fora de vista, ela se encostou na parede e recuperou 
o fôlego. Lembre-se Edna, você é apenas um patinho feio. Rapazes 
bonitos não se incomodam com patinhos feios, exceto para torturá-los. 
Apesar de sua bronca interna, Edna não conseguia tirar os olhos 
verdes de sua cabeça o dia todo. Enquanto caminhava calmamente 
pelo prédio depois que as aulas terminaram, ela continuava imaginando 
a cor viva deles. 
—Obrigado Sr. Merryweather, até amanhã!— Uma voz soou no 
corredor e os olhos de Edna dispararam para onde o grito se originou. 
Lá estava o objeto de seus pensamentos, usando as costas para 
manter a porta da sala de aula aberta enquanto ele se despedia de um 
estudante. 
Ele é um professor! Oh,céus... Revertendo para o único 
comportamento que Edna poderia usar para lidar, ela abaixou o queixo 
e tentou imaginar que ela era invisível. Um formigamento estranho 
correu por sua espinha enquanto ela se movia pelo corredor, fazendo-
a espiar por cima do ombro. Aquelas esferas verdes olhavam 
diretamente para ela, roubando sua respiração. 
Uma vez que ele teve sua atenção, o professor sorriu e acenou com 
a cabeça, antes de retornar à sua sala de aula. 
Oh Edna, você sabe melhor. Balançando a cabeça, Edna saiu correndo 
do prédio e voltou para o apartamento dela. 
CAPÍTULO 6 
 
Os dias e semanas seguintes caíram em uma rotina. Edna manteve a 
cabeça baixa e silenciosamente trabalhou em suas aulas. A vida tinha 
se tornado mais fácil, porém, parecia que seu desejo de ser invisível 
havia finalmente acontecido. Ninguém lhe chamou nomes, ninguém 
gritou insultos, na verdade, ninguém viu ela em tudo. 
Exceto pelo Sr. Merryweather. Edna tinha que passar pela sala de 
aula algumas vezes por dia, enquanto passava entre as aulas. Ela muitas 
vezes sentiu aquele, agora familiar, formigamento trabalhar seu 
caminho pela espinha dela enquanto ele a observava. Cada vez que seus 
olhos se encontravam, ele sorria e acenava, fazendo com que os 
batimentos cardíacos de Edna aumentassem e um rubor se espalhasse 
pelas bochechas dela. 
Você é uma menina boba, Edna. Ele é apenas um professor, sendo amigável. 
Pare de desejar por mais. 
Além desses encontros curtos, ninguém prestou atenção nela, e 
Edna descobriu que estava sozinha. Sua vida era sombria e obsoleta. 
Ela ansiava por amigos, mesmo que ela temesse a ideia ao mesmo 
tempo. Existem pessoas que seriam amigas de um pato feio como eu? 
Ainda uma voraz leitora de romances, Edna ansiava, acima de tudo, 
por encontrar aquela pessoa especial que a faria se sentir valiosa, aceita 
e bonita, mas tinha pouca esperança de que se tornasse realidade. 
Uma tarde, enquanto estava sentada em seu banco habitual durante 
o almoço, uma sombra a cobriu, fazendo-a olhar para cima. Duas 
jovens moças estavam na frente dela. Ambas altas e magras, o 
completo oposto da estatura pequena e curvilínea de Edna. Seus rostos 
adoráveis eram quase idênticos e revelavam o fato de que elas eram 
gêmeas. O cabelo loiro morango era comprido e solto, soprando na 
brisa. No entanto, o mais notável eram os olhos verdes; olhos que a 
lembraram de um certo professor. Pare com isso Edna! Ele não é para você. 
—Olá.— Uma disse. 
 —Podemos nos sentar com você?— A outra perguntou. 
Edna olhou em volta, tentando ver que tipo de brincadeira eles 
estavam fazendo, mas nenhuma multidão estava sentada esperando 
para pegar sua reação ou rir do que essas moças tivessem a dizer. 
Olhando para trás, as duas mulheres esperaram pacientemente. 
Encolhendo os ombros, Edna deslizou para o outro lado do banco e 
se afastou um pouco delas para se manter sozinha.. 
—Muito gentil, obrigada.— Uma disse. 
—Lindo dia, não é?— A outra sibilou. 
Quando Edna não respondeu, a primeira respondeu. —Sim. Muito 
lindo. Mas oh! Que rude de nós.— Virando-se de lado no banco tanto 
quanto podia, ela estendeu a mão para a companhia relutante delas.. —
Eu sou Flora.— 
—Oh céus, eu também esqueci. Eu sou Fauna.— A segunda 
mulher disse, também estendendo a mão dela. 
Edna se virou, sem saber como lidar com essas duas. Ninguém nunca 
fala comigo. Porque é que elas estão fazendo isto? Depois de um momento de 
pausa, ela respondeu timidamente, —Eu sou Edna.— Estendendo a 
mão, ela balançou levemente ambas as mãos. 
—Maravilha! Nós vimos você no campus. O que você está 
estudando?— Flora perguntou. 
Novamente, Edna tentou descobrir que jogo elas estavam jogando, 
mas ela não conseguiu encontrar nenhum anzol. —Eu estou no 
programa de secretariado.— 
As irmãs assentiram em uníssono, e Edna sentiu um sorriso nos 
lábios, mas se conteve, ainda não querendo confiar na situação. 
—O que está achando até agora??— Fauna perguntou. 
—Está bom.— 
—Oh, mas Fauna, nós estamos mantendo-a de seu almoço. Talvez 
devêssemos adiar as perguntas.— 
—Ela está certa, como de costume.— Fauna sorriu, em seguida, 
inclinou-se para falar mais silenciosamente. —Mas não diga a ela que 
eu disse isso.— 
Assistindo a garota se inclinar em torno de sua irmã para oferecer 
aquele petisco trouxe outra contração na boca de Edna, no entanto, ela 
ainda não estava pronta para baixar a guarda. 
—Eu lembrarei que você disse isso, querida irmã. E eu posso nunca 
deixar você esquecer isso.— Flora provocou, mas seu rosto mostrava 
sincera afeição por sua irmã. 
Desta vez, quando o sorriso puxou seus lábios, Edna deixou vir. 
Sendo seu primeiro sorriso real em anos, parecia apertado e um pouco 
enferrujado, mas também era bom. Uma onda de calor percorreu 
Edna, algo que ela não sentia há muito tempo. 
Esperança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 7 
 
O almoço no banco tornou-se a parte favorita do dia de Edna. Flora e 
Fauna rapidamente abriram caminho em seu coração e se tornaram 
uma parte indispensável de sua vida. A peculiaridade das irmãs fez com 
que Edna se sentisse em casa pela primeira vez em sua vida. 
—Você tem um cabelo tão lindo, Edna.— Flora chiou entre 
mordidas de sua maçã. 
Edna engasgou com seu sanduiche. 
—Eu quero dizer isso! Os cachos são lindos, olhe só como eles 
espiralam.— 
—Quer dizer, olhe só como eles se espalham por toda a minha 
cabeça como se eu tivesse sido eletrocutado.— Edna deu um tapinha 
na cabeça, empurrando a bagunça indisciplinada. 
—Oh, isso é facilmente corrigido.— Fauna acrescentou. 
Edna acalmou. —O que você quer dizer?— 
—Tudo que você precisa é colocar um pouco de produto, como 
gel ou qualquer outra coisa em seu cabelo e você pode domar esses 
cachos exatamente como você quer.— 
—Sério?— 
Flora e Fauna se entreolharam e voltaram para Edna. 
—Sua mãe nunca te mostrou como fazer o seu cabelo?— 
As bochechas de Edna ardiam. —Eu fui criada pela minha avó. Eu 
a amava muito, mas ela se recusava a olhar para qualquer coisa nova de 
beleza que aparecesse. Ela sempre dizia ‘boas garotas não usam coisas 
como essas’. Ela também é quem escolheu minhas roupas.— Edna 
pegou suas saias longas e volumosas. 
Dessa vez, quando as gêmeas se entreolharam, durou mais de um 
segundo ou dois, como se estivessem se comunicando sem falar. 
Quando conjuntos idênticos de olhos verdes se voltaram para 
Edna, ela se sentiu intimidada pela intensidade que eles exalavam. 
—Edna...— Flora começou. 
—Você poderia nos deixar —— Fauna acrescentou. 
—Ajudar a te dar uma transformação?— Elas terminaram juntas. 
Edna ficou quieta, chocada com a pergunta e sem saber como 
responder. 
Fauna agarrou as mãos de Edna e as segurou nas delas. —Edna, 
querida, você sabe que nós amamos você assim como você é.— 
—E nunca pediríamos para você mudar.— 
—Mas também queremos que você seja feliz.— 
—E você não parece feliz.— 
Edna pensou por alguns momentos. O que a vovó diria? Isso ainda 
importa agora? Mas eu realmente gostaria de saber como me vestir e pentear meu 
cabelo. É possível consertar o que está errado comigo? 
As gêmeas esperaram pacientemente, sabendo que Edna 
responderia quando estivesse pronta.. 
—Vocês acham... — A voz de Edna se apagou. 
—Sim?— Fauna perguntou. 
—Vocês acham que poderia me ajudar a ser...— sua voz ficou 
muito baixa. —Linda?— 
As gêmeas ofegaram. 
O coração de Edna despencou. Mesmo elas não acham que posso chegar 
tão longe. 
—Edna, querida, você já é linda.— Fauna jorrou. 
—O que?— Edna exclamou. 
—Você realmente não sabe?— Flora adicionou. —Edna não há 
nada de errado com a maneira como você parece. Você tem um cabelo 
lindo e cacheado.— 
—Um corpo com curvas em todos os lugares certos!— Fauna 
acrescentou, fazendo Edna corar até ela pensar que iria pegar fogo. —
Suas características pequenassão delicadas e femininas. Se não te 
amássemos tanto—— 
—Nós seríamos profundamente ciumentas.— 
Os olhos de Edna se encheram de lágrimas e ela rapidamente 
piscou, não querendo que as irmãs vissem suas emoções. 
—Okay.— Ela respondeu quando finalmente conseguiu controlar 
sua voz. 
As gêmeas gritaram e pularam do banco, abraçando sua amiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 8 
 
 
O próximo par de semanas levou a várias mudanças na aparência 
de Edna. A primeira viagem de compras trouxe cabelo cortado, 
penteado e domesticado. Em seguida vieram as roupas que eram 
elegantes, mas se encaixam em sua pequena estatura. Por fim, Flora e 
Fauna a ajudaram a encontrar óculos que combinavam com seu novo 
visual. 
Sentindo-se como uma nova mulher, a presença de Edna estava 
mais confiante e ela começou a aproveitar seus dias na escola. 
No entanto, até mesmo sua nova confiança foi incapaz de fazer 
qualquer coisa sobre os olhos verdes e cabelos ruivos que 
assombravam suas noites. Enquanto ela lentamente mudou sua 
aparência externa, ela estava nervosa para ver qual seria a reação dele. 
Não importa o que ele pensa, Edna, ela se repreendeu. Ele é um professor 
e completamente fora dos limites. 
Incapaz de se ajudar, ela tomou um cuidado especial em se preparar 
uma manhã, na esperança de ter um vislumbre do belo e jovem 
professor. 
Quando ela entrou no prédio, seus olhos foram imediatamente para 
a porta que ele frequentemente ocupava. Com certeza, ele estava 
cumprimentando os alunos na sala de aula. Seus olhos olhavam para o 
corredor e ele deu uma segunda olhada quando a viu. Permanecendo 
em pé, seus olhos se arregalaram. Ele abriu a boca como se fosse falar, 
apenas para estalar ela fechada. 
O coração de Edna afundou na reação. 
Se ele gostou do que viu, ele não teria dito algo? Ou pelo menos sorrido? 
Ela balançou a cabeça quando percebeu que nenhuma quantidade 
de moda iria trazer esse sonho para a realidade. 
 
—EDNA,— FLORA COMEÇOU, enquanto elas estavam 
almoçando um dia. 
—A Ação de Graças é em algumas semanas,— Fauna 
interrompeu. 
—Você deveria vir jantar com a nossa família.— Flora terminou. 
Tendo se acostumado a esse tipo de conversa, Edna não pensou 
nada do jogo de tênis de palavras. —Sua família está por aqui? Não 
tenho certeza se já ouvi vocês mencioná-los?— 
—Sim, nós somos da região.— 
—A mãe gosta de manter seus filhos perto, o que—— 
—É por isso que fomos para a escola aqui. Mais—— 
—Nosso irmão também é estudante e um TA1. Então—— 
—Foi uma escolha fácil.— Flora terminou com um floreio. 
—Huh.— Edna não sabia o que dizer para isso. —Vocês tem um 
irmão ensinando aqui? Eu já o conheci? Qual o nome dele?— 
—Ele é só um TA, não um professor. O nome dele é Martin 
Merryweather. É uma surpresa que você não tenha encontrado ele. As 
aulas dele estão no mesmo prédio que a sua.— Fauna forneceu. 
Edna sentiu seu coração pular uma batida. —M-merryweather?— 
Quais são as chances de haver mais de uma pessoa aqui com esse nome? —Um... 
o que ele ensina, quero dizer... que classe ele ajuda?— 
 
1 TA: Teacher Assistent –Assistente do Professor. 
—Artes da Linguagem. Ele aprecia a palavra escrita mais do que 
qualquer um que conheço. Eu acho que ele pode até te superar.— Flora 
sorriu. 
Edna corou. Eu acho que isso explica por que ele mal parece mais velho do 
que os estudantes. Eles falaram sobre muitas coisas nas últimas semanas, 
mas Edna percebeu que ela não sabia muito sobre o passado de suas 
amigas. Eu estive tão empolgada por ter alguém com quem conversar que eu fiz 
todas as falas. 
—Eu acabei de perceber o quão pouco eu sei do passado de vocês. 
Me desculpem por não ter perguntado. Eu sinto que eu já deveria saber 
tudo isso.— 
Flora rejeitou a ideia com a mão. —Nós apreciamos 
completamente aprender tudo sobre você. Nossa família, por outro 
lado—— 
—Pode ser um pouco intimidante.— Fauna lançou. 
—Esmagadora.— Flora acrescentou. 
—Em outras palavras—— 
—Eles são loucos.— 
Todas as três mulheres caíram na gargalhada com as descrições. —
Por favor, diga que você virá para o jantar.— Flora disse quando ela 
recuperou o controle de si mesma. 
Edna refletiu sobre o convite em sua cabeça. Seria maravilhoso estar 
com uma família, mas e o irmão delas? Como eu digo a elas que eu tenho certeza 
que o irmão delas é o homem que eu tive uma queda desde o início do ano letivo. 
Okay, bem, talvez eu não diga a elas, mas ainda... E se for realmente estranho? E 
se ele sabe que eu acho ele bonito? Todos eles vão rir de mim? Não é como se alguém 
como ele estivesse interessado em alguém como eu. Mesmo com as roupas novas e 
outras coisas, eu ainda sou apenas eu... 
Flora e Fauna foram tão pacientes quanto sempre com sua amiga, 
sabendo que ela precisava se sentir segura em sua decisão.. 
—Acho que gostaria disso.— Edna sussurrou. 
Dois sorrisos radiantes e abraços exuberantes seguiram sua 
resposta. Eu nem preciso falar com o irmão, Eu sempre posso apenas ficar com 
Flora e Fauna. Ele provavelmente nem vai reconhecer que eu estou lá. 
CAPÍTULO 9 
 
—Estamos tão felizes que você pode vir!— Flora deu-lhe um 
abraço quando abriu a porta e deixou Edna entrar na casa delas. 
—Eu não posso esperar para te apresentar a todos!— Fauna jorrou, 
pegando a torta que Edna trouxe com ela. —Mmm ... isso é abóbora? 
Cheira maravilhosamente! E abóbora é a favorita de Martin!— 
A respiração de Edna engatou no comentário. Ela silenciosamente 
seguiu os passos da gêmea enquanto seguiam para dentro da casa. Seus 
nervos estavam no limite e ela lutou contra o desejo de pular em cada 
som. Haviam gritos e risadas soando em toda a casa. Edna podia ouvir 
passos trovejantes correndo por cima de sua cabeça. 
A casa estava caótica, quente e cheirava a pão caseiro. Ela começou 
a relaxar um pouco a cada passo e um pequeno sorriso apareceu em 
seu rosto enquanto seguiam para a cozinha. Os sons e cheiros que 
emanavam de lá fizeram seu estômago roncar, e ela rapidamente 
colocou a mão sobre ele, tentando acalmá-lo. 
—Mãe! Edna está aqui!— Flora anunciou enquanto elas entravam. 
—E ela trouxe torta de abóbora!— Fauna acrescentou. 
Edna parou na porta e espiou, um pouco nervosa por cruzar o 
soleira. Uma sensação incômoda em seu peito lhe disse que uma vez 
que ela entrasse, ela nunca seria capaz de voltar. Que boba. É só uma 
cozinha. 
—Mmm... torta de abóbora é a minha favorita.— Uma voz 
profunda respondeu do outro lado do cômodo. 
O coração de Edna gaguejou e borboletas levantaram voo dentro 
do seu estômago. É ele! Sua respiração ficou irregular e ela não 
conseguiu ficar parada. Eu não posso fazer isso. Virando-se, ela se 
preparou para sair de volta para a porta. 
Assim que ela estava prestes a pisar, uma mão pousou em seu 
braço. —Venha, Edna. Conheça nossa mãe e Martin.— 
Engolindo em seco, ela se permitiu ser puxada para a cozinha. 
—Bem-vinda, querida! Estamos muito felizes por você estar 
aqui!— Uma mulher não mais alta que Edna, envolveu seus braços 
quentes e macios ao redor dela e apertou. Ela cheirava a fermento e 
farinha e instantaneamente acalmou os nervos de Edna. A mulher 
recuou, mantendo as mãos nos ombros de Edna. —Oh, olhe só pra 
você! Tão doce e linda!— Ela deu um tapinha na bochecha, —Você é 
perfeita, docinho.— 
Edna ficou atordoada. Ela acha que eu sou linda? Ela é cega? 
A Sra. Merryweather correu de volta o caminho que ela veio, sua 
cabeça cheia de cachos vermelhos saltando a cada passo. Sem olhar 
para trás, ela chamou, —Martin! Fique fora dessa torta.— 
Os olhos de Edna se voltaram para o homem em questão, que 
estava com uma expressão envergonhada no rosto e um dedo sobre a 
torta que Edna trouxera. 
Limpando a garganta, ele enfiou as mãos nos bolsos da calça. Ele 
parecia tão fofo, como uma criancinha,que Edna não pôde evitar rir. 
Seus olhos dispararam para os dela ao som, e ele sorriu 
maliciosamente para ela. —Flora, você não vai me apresentar a sua 
amiga?— 
—Não tenho certeza se você merece a chance de conhecê-la, 
ladrão.— Flora provocou. 
—Você traz uma mulher bonita para a nossa casa, que cozinha e 
espera que eu fique longe? Você não está jogando limpo irmãzinha.— 
Há essa palavra novamente. Eles são TODOS cegos? Edna tentou manter 
seu queixo de cair nesse comentário ultrajante. 
—Martin!— Sua mãe bateu no traseiro com um pano de louça. —
Não a assuste antes que o resto de nós a conheça.— Ela virou-se para 
Edna. —Não lhe dê atenção, querida.— 
Isso foi o que eu pensei, ela vai retirar o comentário dele. 
—As mulheres bonitas que cozinham são muito boas para este 
maltrapilho.— 
Edna teve que prender seu queixo novamente. Ela podia ouvir 
Flora e Fauna rindo atrás dela. 
—Mãe! Não diga isso pra ela! Agora ela nunca vai nem querer falar 
comigo!!— Martin fingiu aflição, a mão sobre o coração. 
—Pois bem, ela tem cérebro para andar com sua aparência.— A 
Sra. Merryweather respondeu antes de rir e voltar para a preparação 
dos alimentos. 
Antes que Edna pudesse reagir, ela quase foi surpreendida por 
várias crianças mais jovens entrando na cozinha. 
—Mãe! Você não pode controlar esses arruaceiros?— Fauna 
reclamou. 
—Oh, shhhhiii. Pegue sua linda amiga e vá curtir o—Stephen! 
Mantenha as mãos fora desse recheio! O tempo querida, saia pelos 
fundos—Autumn! Sem torta até depois do jantar!— 
Com um bufar, Flora ligou o braço à Edna e liderou o caminho 
para o convés de trás, Fauna em seus calcanhares. 
—Desculpe pelos loucos. Acho que agora você sabe por que não 
oferecemos prontamente informações sobre nossa família 
imediatamente.— Fauna sorriu timidamente. 
Sem saber como responder, Edna se viu rindo. Ela riu mais forte 
do que tinha em anos. Flora e Fauna riram junto com ela, incapazes de 
ficar em silêncio no barulho tempestuoso de Edna. 
Enxugando os olhos, Edna tentou se controlar. —Sua família é 
maravilhosa. Eu nunca conheci ninguém como eles.— 
Flora rolou os olhos. —Sim, bem, vamos esperar que você nunca 
tenha que voltar.— Edna riu novamente. 
CAPÍTULO 10 
 
—Obrigada.— Edna disse, quando um prato de torta foi entregue 
a ela. Ela estava mais uma vez sentada no deck de trás, aproveitando a 
brisa fresca, calma e tranquila depois de uma refeição agitada. Ela 
estendeu a mão para pegar o prato e seus dedos roçaram a mão que o 
segurava. Um formigamento elétrico subiu por seu braço pelo contato 
e ela engasgou, olhando para cima. —Mmartin! Quero dizer 
Sr. Merryweather. Eu não estava esperando você.— 
Ele riu antes de se sentar ao lado de Edna, perto o suficiente para 
que seus ombros roçassem um pouco. —Só Martin. Eu sou só um TA, 
o que quer dizer que eu ainda sou um estudante, assim como você.— 
Ele se inclinou para trás e começou a comer sua torta. 
Edna tentou relaxar, mas sua proximidade estava causando estragos 
em seus sentidos. Seguindo sua liderança, ela começou a comer sua 
torta também. 
—Oh wow.— Ele murmurou, enquanto ainda comia. —Esta torta 
está deliciosa!— 
Edna olhou e percebeu que ele estava comendo a torta que ela 
trouxera. Um rubor correu em seu pescoço e bochechas. —
Obrigada.— Ela sussurrou. 
Seus olhos de esmeralda estudaram seu rosto e enrugaram as 
bordas quando ele notou a cor doce destacando suas bochechas. —
Desculpe.— Ele estendeu a mão e tocou sua bochecha com a ponta 
do dedo. —Eu não queria te envergonhar. Eu realmente gosto de torta 
de abóbora, e a sua é maravilhosa.— 
Edna respirou estremecendo, —Tudo bem.— Ela respondeu, sua 
voz ainda ofegante. —Eu coro facilmente.— Oh meu Deus, oh meu Deus. 
Ele me tocou! 
—Edna... posso te chamar de Edna?— Martin perguntou. 
Ela acenou. 
—Você, talvez, gostaria de ir jantar comigo algum dia?— 
Edna congelou. Isso não pode ser verdade... 
Depois de uns momentos de silêncio, Martim limpou sua garganta. 
—Uh... desculpe. Eu pensei... bem... isso é embaraçoso.— Ele riu 
nervosamente. —Quer dizer—— —Okay.— Edna deixou escapar. 
—Okay?— Ele perguntou perplexo. 
—Se você fala sério.— Ela disse mais baixinho do que antes. 
—Claro que eu falo sério. Eu queria te convidar para sair por 
semanas, mas você sempre parecia tão assustada e com pressa que eu 
nunca trabalhei arrumei coragem. E então você apareceu naquele 
vestido azul há alguns dias e eu quase engoli minha língua.— 
Chocada, A boca de Edna se abriu em forma de —oh—, mas 
nenhum som saiu. 
Ele sorriu e o coração de Edna triplicou no ritmo. —Então... que 
tal sábado?— 
—Este sábado, como em dois dias?— Ela ficou surpresa por ele 
querer ir tão rápido. 
—Bem... yeah. Afinal, esse encontro está em formação a 3 meses. 
Por que esperar?— Ele deu outra mordida e sorriu enquanto 
mastigava. 
Seus olhos se arregalaram. Ele queria me convidar para sair antes da 
minha transformação? Ele está brincando? Não tem jeito! De repente, uma 
explosão de raiva justificada explodiu. Seu autocontrole finalmente 
escapou dos anos de abuso e intimidação, e ela rapidamente se 
levantou. —Você sabe, não é legal tirar sarro das pessoas.— 
—Que—?— 
—Eu posso não ser a mais bonita rosa do jardim, mas eu ainda sou 
uma rosa... uh, quero dizer pessoa. Eu mereço ser tratada com 
respeito—— 
—Eu não estava tentando—— Martin tentou interromper, mas 
Edna se recusou a desistir. 
—Até patinhos feios têm sentimentos! Você não tem o direito—
— Seu discurso foi interrompido quando Martin se levantou e apertou 
os lábios contra os dela. Oh meu! Depois de um momento de hesitação, 
ela se derreteu em seu calor e permitiu que ele a envolvesse em seus 
braços, levando o maravilhoso beijo para outro nível. 
 —Eu não sei o que trouxe essa palestra,— ele sussurrou contra 
sua boca, —Mas você me tem, e a si mesma, confundida com outra 
pessoa.— 
—Mmm?— O cérebro de Edna não estava seguindo a conversa, 
ela estava muito envolvida nas sensações que ricocheteavam através de 
seu corpo desde seu primeiro beijo. 
As mãos dele emaranhadas em seus cachos e ele usou o aperto para 
virar a cabeça para que ele pudesse beijar sua bochecha e pescoço. 
Entre os toques suaves, ele continuou a falar. —Eu nunca tive qualquer 
intenção de tirar sarro de você. Eu não sei quem teve a audácia de 
convencer você de que você é outra coisa senão a linda mulher que 
você é, mas foi uma mentira.— 
Lágrimas feriram os olhos de Edna enquanto ele falava. Ele 
realmente acha que eu sou linda? 
Martin virou o rosto para trás para poder olhá-la nos olhos. —
Aww, doce Edna. Quem diria uma coisa tão terrível para você?— Ele 
procurou seus olhos, como se ele pudesse ver em sua alma. —Você 
não é um patinho feio, apenas um lindo cisne, procurando o lar 
certo.— 
As palavras tocantes fizeram com que Edna começasse 
imediatamente a chorar. 
Com um gemido, Martin puxou-a para o banco e em seu colo. —
Você está me matando...— Envolvendo seus braços ao redor dela com 
força, ele balançou-a para frente e para trás, sussurrando palavras 
suaves para ela enquanto ela gritava por todos os anos de abuso e 
solidão. 
Quando as lágrimas finalmente secaram, ela se levantou de seus 
braços. —Eu sinto muito. Eu não queria chorar em você!— E eu amo 
sentar aqui no seu colo, eu nunca quero sair! 
Ele sorriu e puxou-a de volta para seu peito. —Eu não sinto 
muito.— Ele respondeu descaradamente. 
Edna riu com sua resposta, emocionada que ele continuou a manter 
seus braços fortes em torno dela. 
—Isso me deu a desculpa perfeita para te abraçar e ainda melhor, 
te beijar, o que eu tenho vontade de fazer desde sempre.— 
—Você realmente quis dizer isso?— Ela perguntou, enquanto 
brincava com o botão de cima da camisa dele. —Claro! Quem não 
gostaria de te abraçar e beijar?— Edna bufou. 
—Oh está certo. Algum idiota que não conhece nada de bomquando vê. Então... me fale sobre isso. Me conte tudo.— 
A cabeça de Edna gritou —não—, mas o coração dela disse —
sim—. Seu corpo quente e seus braços sólidos golpearam suas defesas, 
então levou apenas alguns segundos antes de se sentir corajosa o 
suficiente para contar a ele sobre a parte de sua vida que ela nunca havia 
falado com ninguém. 
Quando o sol se instalou no horizonte e a noite trouxe as estrelas, 
Edna derramou seu coração para o homem maravilhoso que a segurava 
tão protetoramente. Ela nunca sentiu o frio no ar enquanto o sol descia 
no horizonte. Martin apertou ainda mais quando ela contou sobre 
momentos particularmente ruins, como se ele pudesse tirar a mágoa 
que tinha sido infligida. 
Quando ela terminou, ele não falou por vários segundos. Assim que 
Edna estava prestes a levantar a cabeça para ver o que ele estava 
pensando, ele se inclinou, beijando o topo de sua cabeça e sussurrou, 
—Nunca mais, minha querida. Nunca mais.— 
7 MESES DEPOIS 
 
Edna gritou quando Martin a envolveu em seus braços. —Não 
posso ter minha noiva andando na entrada, não mantém a tradição, 
minha querida.— 
Edna riu. Hoje ela se tornou a Sra. Edna Merryweather. Eles se 
casaram assim que o período das aulas terminou. Edna havia recebido 
seu certificado de secretaria e Martin estava pronto para fazer seu 
estágio. 
Nunca ela tinha sido tão feliz. Pela primeira vez em sua vida, ela se 
sentiu amada, querida, desejada e, sim, até bonita. 
Manobrando seu corpo para que ele pudesse abrir a porta para sua 
nova casa, Martin entrou na casinha pequena. —Bem vinda ao lar, 
amada.— 
Ele inclinou a cabeça para um beijo. 
Colocando as mãos em ambos os lados do rosto, ela recuou apenas 
o suficiente para falar, ela disse, —Oh não, Sr. Merryweather. Eu 
encontrei o lar quando te encontrei.— Puxando-o de volta para ela, ela 
se entregou ao Felizes Para Sempre deles. 
40 ANOS DEPOIS 
 
—Edna, doce Edna.— A voz de Martin era rouca, sua mão fina 
segurava firmemente a dela, com força surpreendente para um homem 
nos últimos estágios do câncer. 
—Sim, Sr. Merryweather?— Edna suavizou a testa com a mão 
livre, passando os dedos carinhosamente pela sobrancelha e pelos 
cachos ondulados e cinzentos. 
—Me prometa—— Ele rompeu com uma tosse. 
Levantando um copo de água, ela o ajudou a tomar um gole antes 
de colocá-lo de volta na mesa de cabeceira. Seu coração estava pesado 
e as lágrimas ameaçaram, mas ela se recusou a ceder à tristeza durante 
esses últimos momentos. Eles tiveram uma boa vida. 40 anos de 
felicidade. Embora nunca tivessem sido abençoados com seus próprios 
filhos, eles trabalharam lado a lado no sistema escolar até poucos anos 
atrás. Juntos, eles haviam ensinado e instruído centenas de crianças, 
orientando-as da melhor maneira possível em sua sala de aula e em sua 
escrivaninha no escritório. 
—Me prometa...— Ele começou de novo. 
—Qualquer coisa, querido, qualquer coisa.— Ela disse 
suavemente. 
—Prometa-me que você será feliz. Este não é o... fim...— Ele lutou 
para respirar. —O nosso foi... um amor... verdadeiro.— Uma tosse 
sacudiu seu corpo fraco. —Eu terei... nosso lar pronto e... esperando... 
por você... meu lindo cisne...— Seus olhos se agitaram e se fecharam, 
suas cores vivas desaparecendo. 
—Descanse meu marido. É hora de descansar.— Ela deixou as 
lágrimas caírem então, enquanto observava ele dar seu último suspiro. 
Deitando a cabeça ao lado da cama, ela se encheu de angústia pela 
perda de sua alma gêmea. 
 
Dois conjuntos de braços enrolaram ao redor dela por trás, suas 
lágrimas e gritos combinando com os dela enquanto elas se 
entristeciam. Flora e Fauna nunca se casaram, mas tinham ficado perto 
de Martin e Edna, criando sua própria e única família ao longo dos 
anos. 
Edna se sentou no casulo de amor que eles criaram e encontrou 
uma centelha de esperança em saber que ela não estava sozinha. 
Colocando a cabeça para cima, ela falou —Obrigada por estarem 
aqui.— 
—Claro-— Flora começou. 
—Não há onde mais nós—— Fauna acrescentou. 
—Preferiríamos estar.— Flora terminou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 MESES DEPOIS 
 
—Queridas, temos trabalho a fazer.— Edna anunciou uma manhã 
brilhante e ensolarada. 
—O que você—— 
—Tem em mente?— 
Tomando um fôlego de coragem, Edna disse, —Eu acho que é 
hora de voltar ao trabalho.— 
Flora e Fauna olharam uma para a outra e depois de volta para 
Edna. 
—Você quer trabalhar em uma escola novamente?— Flora 
perguntou. 
—Sim. Eu acredito que Martin iria querer que eu ajudasse os outros 
a terem o que tínhamos. Todo mundo merece um Felizes para Sempre. 
Todo mundo merece encontrar seu lar. E eu sei exatamente o lugar 
para começar.— Edna disse. 
—Apenas alguns dias atrás eu vi uma vaga para secretária em uma 
escola particular chamada Middleton Prep. Soava exatamente como o 
tipo de escola que Martin teria amado. Eu digo que nós devemos 
começar por lá.— 
 
 
 
FIM 
 
Nota da Autora 
 
Obrigada por ler a história da Edna! Eu espero que ela tenha feito você 
sorrir. 
Se você curtiu a história da Edna, então você irá amar assistir como ela 
ajuda os outros a encontrar seus finais de contos de fadas. Cada história 
na série Middleton Prep pode ser lida como um livro único, mas são 
melhores lidas em ordem. Cada livro é uma recontagem de um conto 
de fadas favorito e contém romance doce, beijos dignos de desmaio e, 
é claro, um Felizes para Sempre. 
 
 
 
Ordem da Série: 
Prequel; A Home for the Ugly Duckling 
Livro #1, The Librarian and Her Beast distribuído 
Livro #2, Ms. Cinder’s Prince em breve Livro 
#3, Waking Ms. Briar em breve 
Livro #4, A Date with the Goose Girl em breve 
Book #5, Lançamento (em inglês) previsto para 10 de setembro de 
2018 
 
 
 
Sobre a Autora 
 
Desde que eu estava na escola primária eu queria ser uma autora. 
O dia da carreira era um pouco difícil, já que não há uniforme oficial 
para este trabalho. Pijamas e um laptop, talvez? Embora minhas roupas 
mudem dia a dia, meu trabalho como esposa e mãe não muda. Meus 
dias são preenchidos com meus cinco filhos e curtindo o tempo com 
meu marido, enquanto minhas noites estão cheias de tempo criativo. 
Eu moro no belo noroeste do Pacífico.

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