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SINOPSE Pode um patinho feio encontrar o lar que ela sempre desejou? Antes que a secretária da escola Edna Merryweather, fosse a um pouco estranha mas adorável casamenteira, de Middleton Prep, ela era simplesmente Edna Ducking, ou, como seus colegas de escola a apelidaram: —O Patinho Feio—; o assunto de ridículo e rejeição favorito de todos. Então, como é que alguém vai de ser a aluna excluída para ser a especialista em amor da escola? Tudo começa com irmãs gêmeas peculiares e um belo rapaz de olhos verdes que está disposto a ver Edna por si mesma, em vez do rótulo que ela carrega há tantos anos. Este livro é um prequel da série Middleton Prep, da autora de romance doce, Laura Ann. Cada livro é uma releitura de um conto de fadas favorito e contém romance doce, beijos dignos de desmaio e, claro, um feliz para sempre. DEDICATÓRIA Para a mãe que segue todos os meus esforços criativos. Eu te agradeço mais do que você jamais saberá. RECONHECIMENTOS Obrigada à Victorine pela linda capa. Você sempre faz isso da maneira certa. CAPÍTULO 1 Edna Ducking segurou firmemente seus livros enquanto entrava em sua escola. O nervosismo correu por ela quando ela entrou nas grandes portas de vidro. Como completa novata, ela não tinha ideia do que esperar da nova e grande multidão. Sua escola anterior tinha sido bastante pequena e fácil de navegar. Edna não tinha aspirações ou ilusões de se tornar uma das garotas populares em sua nova escola. Ela era autoconsciente o suficiente para perceber que as saias longas e volumosas e as blusas mal adaptadas que engoliam sua estrutura de um metro e meio era apenas o começo de seus problemas. Cabelo crespo e indomável e os óculos fundo de garrafa completaram o pacote. Apesar de ser pragmática sobre a situação, levou apenas alguns momentos para que as crueldades e a realidade da vida no colégio a atingissem. Ela olhou para o cronograma em sua mão, mais uma vez, e começou a andar pelo corredor para encontrar seu armário. —Ouch!— Ela exclamou quando alguém esbarrou em seu ombro, desequilibrando-a. Olhando para trás, ela tentou discernir quem a havia esbarrado, mas tudo o que encontrou foi um mar de desdém e risinhos. Encolhendo os ombros, ela continuou seu caminho. Apenas um minuto depois, ela foi batida do outro lado, com força suficiente para derrubá-la nos armários que cobriam a parede. Desta vez, as risadas se transformaram em gargalhadas. Lágrimas picaram os olhos de Edna. Acabei de chegar aqui! Por que eles estão me tratando assim? —Hey! O que vocês estão fazendo?— Uma voz profunda chamou na multidão de estudantes. O corredor se abriu e um garoto alto e atlético se aproximou de Edna enquanto ela se encolheu junto ao armário. Sua língua parecia algodão seco enquanto o garoto atraente vinha em sua direção. Oh meu, ele é tão bonito! —Hey gracinha. Você está bem?— Sua mente e sua boca não pareciam funcionar juntas, em vez disso ela ficou em silêncio com os olhos arregalados. Olhando para a multidão, o menino sorriu; dentes brilhantes e brancos brilhavam no grupo. Edna poderia jurar que viu várias garotas desmaiarem nos armários. —Qual o seu nome?— Sua voz era suave e enviou um formigamento na espinha de Edna. —Uh... Edna. Edna Ducking.— Sua voz mal era um sussurro. Colocando uma mão no armário ao lado de sua cabeça, ele se inclinou. —Como é?— Seu coração disparou ainda mais com a proximidade dele. —EEdna Ducking.— Ela guinchou. —Nah. Isso não pode estar certo.— Ele balançou sua cabeça. Edna inclinou a cabeça para o lado e franziu as sobrancelhas, confusa com o comentário dele. —Esse nome simplesmente não funciona para você... me deixe pensar.— Ele bateu o dedo em seus lábios. A esperança aumentou em Edna. O que ele acha que eu deveria ser chamada. Algo mais sofisticado... mais elegante? Oh, Eu espero— Ele estalou os dedos. —Achei!— Edna e o resto da multidão esperaram ansiosos. —Eu tenho exatamente o nome para você. Patinho feio1.— Todo o corredor explodiu em gargalhadas e Edna sentiu seu coração despencar no estômago. O que? 1 O sobrenome dela é “Ducking” que é parecido com a palavra “Duckling” que é patinho. Ugly Duckling também é o título original do clássico ‘O Patinho Feio’ —Patinho Feio.— Ele se levantou de sua posição inclinada e apontou um dedo para ela. —Vejo você por ai Uggy1.— Sorrindo largamente, ele desfilou pelo corredor batendo nos ombros e nas mãos até a sala de aula, divertindo-se na exposição que acabara de criar. A respiração de Edna tornou-se rasa e ela não conseguia recuperar o fôlego. Sua visão ficou embaçada quando lágrimas encheram seus olhos. Com um soluço ela correu para o banheiro, trancou-se em uma cabine, ela se soltou. Ela sentiu como se tivesse sido chutada no peito, quebrando todas as costelas. Doeu para respirar e ela não conseguiu parar o deslizamento de lágrimas em cascata pelo rosto. Edna ficou no banheiro até ouvir o toque da campainha para a aula começar. Depois que ela percebeu que os corredores haviam se acalmado, ela espiou pela porta. Ninguém estava por perto. Se lançando para o corredor, ela correu para as portas da frente. Uma vez fora no sol, ela continuou até que ela estava escondida atrás de uma árvore. O dia não estava muito quente, mas a sombra fresca era boa nas bochechas e rosto quentes de Edna. Com uma respiração trêmula ela afundou no chão. Sua mente girou enquanto tentava aceitar o incidente que acabara de ocorrer. Como alguém pode ser tão cruel com alguém que nem conhece? Por que tem pessoas assim? Eu sou realmente tão feia? Não havia ninguém para responder suas perguntas e nenhum ombro para ajudar a suportar seus fardos. Eventualmente, seus olhos ficaram pesados com o ataque devastador das emoções e ela adormeceu. Acordando, ela ouviu barulho nas calçadas e espiou ao redor da árvore. Os estudantes estavam se afastando do prédio da escola, deixando-a saber que ela havia dormido o dia inteiro. Levantando-se e limpando a saia, ela abaixou a cabeça e se juntou à multidão indo para casa. 1 Diminutivo sonoro da palavra em inglês Ugly (feio) Enquanto andava, seus ombros estavam caídos e ela se esforçou para não deixar ninguém ver seu rosto, usando seus cachos selvagens como um cobertor de segurança. Ela deu um suspiro de alívio quando chegou em casa sem falar com ninguém. Deixando a porta de tela bater atrás dela, ela foi direto para a cozinha. —É você queridinha?— Uma voz fraca soou da sala de estar. —Sim, Vó. Estou em casa.— —Venha me contar sobre o seu dia.— Edna suspirou, o queixo caído no peito. Tomando um momento, ela respirou fundo para se recompor. Finalmente, ela jogou os ombros para trás, estampou um sorriso no rosto e caminhou de maneira despreocupada para a sala de estar.. —Aí está você querida. Me conte sobre seu primeiro dia.— Caminhando, ela se ajoelhou ao lado da cadeira da avó, tomando cuidado para não mexer na cesta de tricô. Tomando a mão magra de sua avó, Edna segurou entre suas duas. —A escola foi boa vovó. Tudo foi bom.— —Você se encaixa bem, não é querida?— Ela esfregou um nó nodoso na bochecha de Edna. —Não é como aquelas garotas tentando usar saias acima dos joelhos ou batom extravagante. Você se encaixa bem, como uma boa garota deveria.— Oh Vó. —Yep. Encaixo perfeitamente.— Ela deu um tapinha na mão da avó antes de se levantar e voltar para a cozinha.. —Eu vou pegar um lanche.— —Certo querida,— Ela pegou as agulhas de tricô no colo e foi trabalhar, os sons que ela criou eram consistentes e suaves, de anos de prática. Agarrando um copo de leite e um sanduíche demanteiga de amendoim, Edna foi para o quarto dela. Pegando seu livro favorito, ela se enfiou na cama e pulou para a seção da história que sempre a fazia se sentir melhor, onde o amor verdadeiro conquistava tudo. Mais tarde, ela fechou o livro com um suspiro e afundou de volta nos travesseiros. Algum dia... CAPÍTULO 2 No dia seguinte na escola, Edna colocou um rosto corajoso e se dirigiu para a escola. Talvez ninguém se lembre do que aconteceu ontem. Certamente eles têm coisas mais interessantes para se preocupar. Depois de caminhar timidamente pelas portas da frente, ela foi para o armário. Enquanto ela caminhava pelo corredor, ela percebeu que suas esperanças foram em vão. Risinhos de —Patinho Feio— e —Hey Uggy!— ecoaram por todo o corredor. Derrubando o queixo no peito, Edna fez o melhor para se misturar nas paredes, mas as risadas e zombarias não pararam.. Por favor, deixe-me tornar invisível. Por favor, deixe-me tornar invisível. Ela entoou o pensamento em sua cabeça enquanto ela terminava em seu armário e fazia seu caminho para o primeiro período.. CAPÍTULO 3 A cabeça baixa de Edna e os ombros caídos tornaram-se uma visão constante nos corredores de sua escola. Até as crianças provocadas, implicavam com o ‘Patinho Feio’. Tornou-se um passatempo favorito tentar assustá-la da concha que ela criou para se proteger. Ela caminhou pela mesma trilha todos os dias. Nunca desviando do caminho dela. Quando um aluno pulava na frente dela e tentava assustá-la, ela se treinava para simplesmente contorná-los e voltar para sua linha invisível. Por quatro anos tortuosos, Edna só encontrou consolo em seus livros de amor verdadeiro e felizes para sempre, tendo aceito o fato de que ela era, de fato, um patinho feio. CAPÍTULO 4 —Estou tão orgulhosa de você.— Sua avó murmurou, enquanto Edna se vestia com suas vestes de formatura. —Obrigada Vó.— Edna ajeitou o chapéu de formatura e se inclinou para beijar a avó na bochecha. —Desculpe, eu não posso ir, queridinha. Eu adoraria estar lá e torcer com seus amigos.— Ela tossiu com tanta força que mal conseguia respirar. Quando finalmente diminuiu, levou vários instantes para ela recuperar a respiração sob controle. Edna sentiu seu coração tremer, sua avó estava ficando mais fraca a cada dia. —Oh, está tudo bem. Além disso, essas arquibancadas não vão ser divertidas para ninguém, especialmente para alguém com artrite.— Edna tentou tranquilizá-la. E assim você não pode ver que eu estive mentindo para você por quatro anos. Sua avó assentiu. —Bem, só saiba que eu te amo.— —Obrigada. Eu amo você também.— Edna fechou a porta silenciosamente atrás dela assim como começou a descer a rua. EDNA TENTOU se tornar o menor possível enquanto se sentava com o resto de sua classe, ouvindo o diretor falar sobre um futuro brilhante e um forte amanhã.. SE você tem um futuro. SE você não é um patinho feio. Depois de quatro anos sendo a pária da escola, Edna tinha pouca esperança para algo melhor. Seu principal objetivo na vida era ser o mais invisível possível. Certamente eles não podem tirar sarro de mim se eles não me verem. —Parabéns, Edna Ducking.— O diretor chamou seu nome enquanto ela estava no topo da escada do palco e ela caminhou para frente para aceitar seu diploma. Quase pronto. Quase pronto. Ela rapidamente pegou o papel, apertou as mãos e tentou sair do palco, mas um grito dos alunos a parou. —Parabéns Patinho Feio!— Um gorjeio correu pela multidão e Edna prendeu a respiração, esperando que nada mais acontecesse. —Sentiremos sua falta, Uggie!— Outro grito tocou na multidão. O riso seguiu e deu coragem a mais dos alunos. Logo gritos soaram de todos os cantos do grupo, zombando e tirando sarro da pobre jovem menina. —Senhoras e Senhores, ordem por favor!— O diretor chamou no alto-falante, mas a multidão não prestou atenção. Respirando fundo e piscando rapidamente para conter as lágrimas, Edna praticamente desceu correndo os degraus do palco, mas, em vez de voltar para seu assento, ela saiu do auditório, sem parar até chegar aos degraus da casa da avó.. Seu rosto estava manchado de lágrimas, mas ela não se importava. Ela invadiu a casa, querendo nada mais do que encontrar sua cama e ter um bom choro. O silêncio encontrou sua entrada e a estranheza fez Edna pausar. —Vó?— Ela chamou na quietude. Nenhuma resposta veio da sala de estar. —Vó!— Ela chamou mais alto, agora caminhando para o quarto. Sua avó estava sentada na poltrona reclinável, seu tricô no colo. Sua cabeça estava inclinada para trás e ela parecia estar dormindo, mas quando Edna se aproximou, percebeu que o peito de sua avó não estava se movendo. Estendendo a mão, Edna tentou lhe dar uma pequena sacudida, mas nada aconteceu. Com um soluço ela correu para o telefone e discou o serviço de emergência. Enquanto levavam a avó para longe, Edna ficou na porta, os braços em volta da cintura, como se pudesse de alguma forma segurar os pedaços de si mesma juntos. Não há nada para mim aqui agora. Sem família, sem amigos... e sem lar. Agora o que eu farei? CAPÍTULO 5 Quatro meses depois, Edna se viu em uma posição em que achava que nunca mais voltaria a entrar; participando de outro primeiro dia de aula. Após a morte inesperada de sua amada avó, Edna decidiu deixar para trás a cidade e más lembranças de sua juventude e começar de novo. Primeiro e mais importante era conseguir um bom emprego, o que significava faculdade. Com uma mochila sobre o ombro e pavor no coração, Edna se aproximou das portas da Faculdade Comunitária Gothels. Seu programa de secretariado tinha uma boa reputação e Edna estava grata por exigir apenas mais um ano de estudos. Enfiando a cabeça, Edna entrou nas portas e encontrou o caminho para sua primeira aula. Eu sou invisível, Eu sou invisível, Eu sou —Oof!— Ela caiu no chão quando bateu em algo firme. —Lamento muito! Você está bem?— Uma voz profunda e masculina perguntou. Edna congelou, —Oh não...— ela murmurou. —Não de novo.— Ela olhou em volta para ver quem estava assistindo a sua pequena conversa, mas para sua surpresa, a maioria dos alunos estava ignorando-os. Olhando para cima, ela quase engasgou quando viu o rosto do homem na frente dela. Ele era alto com cabelos ruivos ondulados, um único pedaço ondulado pendurado sobre a testa e ela tinha o mais estranho desejo de tirá-lo dos olhos dele. Seu cardigã bronzeado e pasta o faziam parecer mais velho do que os outros garotos no corredor, mas seu rosto jovem dizia que ele poderia ser um dos próprios alunos. Ela finalmente pousou em seus olhos verde-esmeralda e ofegou quando percebeu que eles estavam treinados firmemente nela, esperando pacientemente que ela terminasse sua leitura atenta. —Você está bem?— Ele perguntou mais uma vez. As bochechas de Edna arderam e, em vez de responder, ela procurou por uma saída. Eu não vou ser enganada por um garoto bonito nunca mais. Movendo rapidamente em seus pés, ela correu pelo corredor na esquina. Uma vez fora de vista, ela se encostou na parede e recuperou o fôlego. Lembre-se Edna, você é apenas um patinho feio. Rapazes bonitos não se incomodam com patinhos feios, exceto para torturá-los. Apesar de sua bronca interna, Edna não conseguia tirar os olhos verdes de sua cabeça o dia todo. Enquanto caminhava calmamente pelo prédio depois que as aulas terminaram, ela continuava imaginando a cor viva deles. —Obrigado Sr. Merryweather, até amanhã!— Uma voz soou no corredor e os olhos de Edna dispararam para onde o grito se originou. Lá estava o objeto de seus pensamentos, usando as costas para manter a porta da sala de aula aberta enquanto ele se despedia de um estudante. Ele é um professor! Oh,céus... Revertendo para o único comportamento que Edna poderia usar para lidar, ela abaixou o queixo e tentou imaginar que ela era invisível. Um formigamento estranho correu por sua espinha enquanto ela se movia pelo corredor, fazendo- a espiar por cima do ombro. Aquelas esferas verdes olhavam diretamente para ela, roubando sua respiração. Uma vez que ele teve sua atenção, o professor sorriu e acenou com a cabeça, antes de retornar à sua sala de aula. Oh Edna, você sabe melhor. Balançando a cabeça, Edna saiu correndo do prédio e voltou para o apartamento dela. CAPÍTULO 6 Os dias e semanas seguintes caíram em uma rotina. Edna manteve a cabeça baixa e silenciosamente trabalhou em suas aulas. A vida tinha se tornado mais fácil, porém, parecia que seu desejo de ser invisível havia finalmente acontecido. Ninguém lhe chamou nomes, ninguém gritou insultos, na verdade, ninguém viu ela em tudo. Exceto pelo Sr. Merryweather. Edna tinha que passar pela sala de aula algumas vezes por dia, enquanto passava entre as aulas. Ela muitas vezes sentiu aquele, agora familiar, formigamento trabalhar seu caminho pela espinha dela enquanto ele a observava. Cada vez que seus olhos se encontravam, ele sorria e acenava, fazendo com que os batimentos cardíacos de Edna aumentassem e um rubor se espalhasse pelas bochechas dela. Você é uma menina boba, Edna. Ele é apenas um professor, sendo amigável. Pare de desejar por mais. Além desses encontros curtos, ninguém prestou atenção nela, e Edna descobriu que estava sozinha. Sua vida era sombria e obsoleta. Ela ansiava por amigos, mesmo que ela temesse a ideia ao mesmo tempo. Existem pessoas que seriam amigas de um pato feio como eu? Ainda uma voraz leitora de romances, Edna ansiava, acima de tudo, por encontrar aquela pessoa especial que a faria se sentir valiosa, aceita e bonita, mas tinha pouca esperança de que se tornasse realidade. Uma tarde, enquanto estava sentada em seu banco habitual durante o almoço, uma sombra a cobriu, fazendo-a olhar para cima. Duas jovens moças estavam na frente dela. Ambas altas e magras, o completo oposto da estatura pequena e curvilínea de Edna. Seus rostos adoráveis eram quase idênticos e revelavam o fato de que elas eram gêmeas. O cabelo loiro morango era comprido e solto, soprando na brisa. No entanto, o mais notável eram os olhos verdes; olhos que a lembraram de um certo professor. Pare com isso Edna! Ele não é para você. —Olá.— Uma disse. —Podemos nos sentar com você?— A outra perguntou. Edna olhou em volta, tentando ver que tipo de brincadeira eles estavam fazendo, mas nenhuma multidão estava sentada esperando para pegar sua reação ou rir do que essas moças tivessem a dizer. Olhando para trás, as duas mulheres esperaram pacientemente. Encolhendo os ombros, Edna deslizou para o outro lado do banco e se afastou um pouco delas para se manter sozinha.. —Muito gentil, obrigada.— Uma disse. —Lindo dia, não é?— A outra sibilou. Quando Edna não respondeu, a primeira respondeu. —Sim. Muito lindo. Mas oh! Que rude de nós.— Virando-se de lado no banco tanto quanto podia, ela estendeu a mão para a companhia relutante delas.. — Eu sou Flora.— —Oh céus, eu também esqueci. Eu sou Fauna.— A segunda mulher disse, também estendendo a mão dela. Edna se virou, sem saber como lidar com essas duas. Ninguém nunca fala comigo. Porque é que elas estão fazendo isto? Depois de um momento de pausa, ela respondeu timidamente, —Eu sou Edna.— Estendendo a mão, ela balançou levemente ambas as mãos. —Maravilha! Nós vimos você no campus. O que você está estudando?— Flora perguntou. Novamente, Edna tentou descobrir que jogo elas estavam jogando, mas ela não conseguiu encontrar nenhum anzol. —Eu estou no programa de secretariado.— As irmãs assentiram em uníssono, e Edna sentiu um sorriso nos lábios, mas se conteve, ainda não querendo confiar na situação. —O que está achando até agora??— Fauna perguntou. —Está bom.— —Oh, mas Fauna, nós estamos mantendo-a de seu almoço. Talvez devêssemos adiar as perguntas.— —Ela está certa, como de costume.— Fauna sorriu, em seguida, inclinou-se para falar mais silenciosamente. —Mas não diga a ela que eu disse isso.— Assistindo a garota se inclinar em torno de sua irmã para oferecer aquele petisco trouxe outra contração na boca de Edna, no entanto, ela ainda não estava pronta para baixar a guarda. —Eu lembrarei que você disse isso, querida irmã. E eu posso nunca deixar você esquecer isso.— Flora provocou, mas seu rosto mostrava sincera afeição por sua irmã. Desta vez, quando o sorriso puxou seus lábios, Edna deixou vir. Sendo seu primeiro sorriso real em anos, parecia apertado e um pouco enferrujado, mas também era bom. Uma onda de calor percorreu Edna, algo que ela não sentia há muito tempo. Esperança. CAPÍTULO 7 O almoço no banco tornou-se a parte favorita do dia de Edna. Flora e Fauna rapidamente abriram caminho em seu coração e se tornaram uma parte indispensável de sua vida. A peculiaridade das irmãs fez com que Edna se sentisse em casa pela primeira vez em sua vida. —Você tem um cabelo tão lindo, Edna.— Flora chiou entre mordidas de sua maçã. Edna engasgou com seu sanduiche. —Eu quero dizer isso! Os cachos são lindos, olhe só como eles espiralam.— —Quer dizer, olhe só como eles se espalham por toda a minha cabeça como se eu tivesse sido eletrocutado.— Edna deu um tapinha na cabeça, empurrando a bagunça indisciplinada. —Oh, isso é facilmente corrigido.— Fauna acrescentou. Edna acalmou. —O que você quer dizer?— —Tudo que você precisa é colocar um pouco de produto, como gel ou qualquer outra coisa em seu cabelo e você pode domar esses cachos exatamente como você quer.— —Sério?— Flora e Fauna se entreolharam e voltaram para Edna. —Sua mãe nunca te mostrou como fazer o seu cabelo?— As bochechas de Edna ardiam. —Eu fui criada pela minha avó. Eu a amava muito, mas ela se recusava a olhar para qualquer coisa nova de beleza que aparecesse. Ela sempre dizia ‘boas garotas não usam coisas como essas’. Ela também é quem escolheu minhas roupas.— Edna pegou suas saias longas e volumosas. Dessa vez, quando as gêmeas se entreolharam, durou mais de um segundo ou dois, como se estivessem se comunicando sem falar. Quando conjuntos idênticos de olhos verdes se voltaram para Edna, ela se sentiu intimidada pela intensidade que eles exalavam. —Edna...— Flora começou. —Você poderia nos deixar —— Fauna acrescentou. —Ajudar a te dar uma transformação?— Elas terminaram juntas. Edna ficou quieta, chocada com a pergunta e sem saber como responder. Fauna agarrou as mãos de Edna e as segurou nas delas. —Edna, querida, você sabe que nós amamos você assim como você é.— —E nunca pediríamos para você mudar.— —Mas também queremos que você seja feliz.— —E você não parece feliz.— Edna pensou por alguns momentos. O que a vovó diria? Isso ainda importa agora? Mas eu realmente gostaria de saber como me vestir e pentear meu cabelo. É possível consertar o que está errado comigo? As gêmeas esperaram pacientemente, sabendo que Edna responderia quando estivesse pronta.. —Vocês acham... — A voz de Edna se apagou. —Sim?— Fauna perguntou. —Vocês acham que poderia me ajudar a ser...— sua voz ficou muito baixa. —Linda?— As gêmeas ofegaram. O coração de Edna despencou. Mesmo elas não acham que posso chegar tão longe. —Edna, querida, você já é linda.— Fauna jorrou. —O que?— Edna exclamou. —Você realmente não sabe?— Flora adicionou. —Edna não há nada de errado com a maneira como você parece. Você tem um cabelo lindo e cacheado.— —Um corpo com curvas em todos os lugares certos!— Fauna acrescentou, fazendo Edna corar até ela pensar que iria pegar fogo. — Suas características pequenassão delicadas e femininas. Se não te amássemos tanto—— —Nós seríamos profundamente ciumentas.— Os olhos de Edna se encheram de lágrimas e ela rapidamente piscou, não querendo que as irmãs vissem suas emoções. —Okay.— Ela respondeu quando finalmente conseguiu controlar sua voz. As gêmeas gritaram e pularam do banco, abraçando sua amiga. CAPÍTULO 8 O próximo par de semanas levou a várias mudanças na aparência de Edna. A primeira viagem de compras trouxe cabelo cortado, penteado e domesticado. Em seguida vieram as roupas que eram elegantes, mas se encaixam em sua pequena estatura. Por fim, Flora e Fauna a ajudaram a encontrar óculos que combinavam com seu novo visual. Sentindo-se como uma nova mulher, a presença de Edna estava mais confiante e ela começou a aproveitar seus dias na escola. No entanto, até mesmo sua nova confiança foi incapaz de fazer qualquer coisa sobre os olhos verdes e cabelos ruivos que assombravam suas noites. Enquanto ela lentamente mudou sua aparência externa, ela estava nervosa para ver qual seria a reação dele. Não importa o que ele pensa, Edna, ela se repreendeu. Ele é um professor e completamente fora dos limites. Incapaz de se ajudar, ela tomou um cuidado especial em se preparar uma manhã, na esperança de ter um vislumbre do belo e jovem professor. Quando ela entrou no prédio, seus olhos foram imediatamente para a porta que ele frequentemente ocupava. Com certeza, ele estava cumprimentando os alunos na sala de aula. Seus olhos olhavam para o corredor e ele deu uma segunda olhada quando a viu. Permanecendo em pé, seus olhos se arregalaram. Ele abriu a boca como se fosse falar, apenas para estalar ela fechada. O coração de Edna afundou na reação. Se ele gostou do que viu, ele não teria dito algo? Ou pelo menos sorrido? Ela balançou a cabeça quando percebeu que nenhuma quantidade de moda iria trazer esse sonho para a realidade. —EDNA,— FLORA COMEÇOU, enquanto elas estavam almoçando um dia. —A Ação de Graças é em algumas semanas,— Fauna interrompeu. —Você deveria vir jantar com a nossa família.— Flora terminou. Tendo se acostumado a esse tipo de conversa, Edna não pensou nada do jogo de tênis de palavras. —Sua família está por aqui? Não tenho certeza se já ouvi vocês mencioná-los?— —Sim, nós somos da região.— —A mãe gosta de manter seus filhos perto, o que—— —É por isso que fomos para a escola aqui. Mais—— —Nosso irmão também é estudante e um TA1. Então—— —Foi uma escolha fácil.— Flora terminou com um floreio. —Huh.— Edna não sabia o que dizer para isso. —Vocês tem um irmão ensinando aqui? Eu já o conheci? Qual o nome dele?— —Ele é só um TA, não um professor. O nome dele é Martin Merryweather. É uma surpresa que você não tenha encontrado ele. As aulas dele estão no mesmo prédio que a sua.— Fauna forneceu. Edna sentiu seu coração pular uma batida. —M-merryweather?— Quais são as chances de haver mais de uma pessoa aqui com esse nome? —Um... o que ele ensina, quero dizer... que classe ele ajuda?— 1 TA: Teacher Assistent –Assistente do Professor. —Artes da Linguagem. Ele aprecia a palavra escrita mais do que qualquer um que conheço. Eu acho que ele pode até te superar.— Flora sorriu. Edna corou. Eu acho que isso explica por que ele mal parece mais velho do que os estudantes. Eles falaram sobre muitas coisas nas últimas semanas, mas Edna percebeu que ela não sabia muito sobre o passado de suas amigas. Eu estive tão empolgada por ter alguém com quem conversar que eu fiz todas as falas. —Eu acabei de perceber o quão pouco eu sei do passado de vocês. Me desculpem por não ter perguntado. Eu sinto que eu já deveria saber tudo isso.— Flora rejeitou a ideia com a mão. —Nós apreciamos completamente aprender tudo sobre você. Nossa família, por outro lado—— —Pode ser um pouco intimidante.— Fauna lançou. —Esmagadora.— Flora acrescentou. —Em outras palavras—— —Eles são loucos.— Todas as três mulheres caíram na gargalhada com as descrições. — Por favor, diga que você virá para o jantar.— Flora disse quando ela recuperou o controle de si mesma. Edna refletiu sobre o convite em sua cabeça. Seria maravilhoso estar com uma família, mas e o irmão delas? Como eu digo a elas que eu tenho certeza que o irmão delas é o homem que eu tive uma queda desde o início do ano letivo. Okay, bem, talvez eu não diga a elas, mas ainda... E se for realmente estranho? E se ele sabe que eu acho ele bonito? Todos eles vão rir de mim? Não é como se alguém como ele estivesse interessado em alguém como eu. Mesmo com as roupas novas e outras coisas, eu ainda sou apenas eu... Flora e Fauna foram tão pacientes quanto sempre com sua amiga, sabendo que ela precisava se sentir segura em sua decisão.. —Acho que gostaria disso.— Edna sussurrou. Dois sorrisos radiantes e abraços exuberantes seguiram sua resposta. Eu nem preciso falar com o irmão, Eu sempre posso apenas ficar com Flora e Fauna. Ele provavelmente nem vai reconhecer que eu estou lá. CAPÍTULO 9 —Estamos tão felizes que você pode vir!— Flora deu-lhe um abraço quando abriu a porta e deixou Edna entrar na casa delas. —Eu não posso esperar para te apresentar a todos!— Fauna jorrou, pegando a torta que Edna trouxe com ela. —Mmm ... isso é abóbora? Cheira maravilhosamente! E abóbora é a favorita de Martin!— A respiração de Edna engatou no comentário. Ela silenciosamente seguiu os passos da gêmea enquanto seguiam para dentro da casa. Seus nervos estavam no limite e ela lutou contra o desejo de pular em cada som. Haviam gritos e risadas soando em toda a casa. Edna podia ouvir passos trovejantes correndo por cima de sua cabeça. A casa estava caótica, quente e cheirava a pão caseiro. Ela começou a relaxar um pouco a cada passo e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto enquanto seguiam para a cozinha. Os sons e cheiros que emanavam de lá fizeram seu estômago roncar, e ela rapidamente colocou a mão sobre ele, tentando acalmá-lo. —Mãe! Edna está aqui!— Flora anunciou enquanto elas entravam. —E ela trouxe torta de abóbora!— Fauna acrescentou. Edna parou na porta e espiou, um pouco nervosa por cruzar o soleira. Uma sensação incômoda em seu peito lhe disse que uma vez que ela entrasse, ela nunca seria capaz de voltar. Que boba. É só uma cozinha. —Mmm... torta de abóbora é a minha favorita.— Uma voz profunda respondeu do outro lado do cômodo. O coração de Edna gaguejou e borboletas levantaram voo dentro do seu estômago. É ele! Sua respiração ficou irregular e ela não conseguiu ficar parada. Eu não posso fazer isso. Virando-se, ela se preparou para sair de volta para a porta. Assim que ela estava prestes a pisar, uma mão pousou em seu braço. —Venha, Edna. Conheça nossa mãe e Martin.— Engolindo em seco, ela se permitiu ser puxada para a cozinha. —Bem-vinda, querida! Estamos muito felizes por você estar aqui!— Uma mulher não mais alta que Edna, envolveu seus braços quentes e macios ao redor dela e apertou. Ela cheirava a fermento e farinha e instantaneamente acalmou os nervos de Edna. A mulher recuou, mantendo as mãos nos ombros de Edna. —Oh, olhe só pra você! Tão doce e linda!— Ela deu um tapinha na bochecha, —Você é perfeita, docinho.— Edna ficou atordoada. Ela acha que eu sou linda? Ela é cega? A Sra. Merryweather correu de volta o caminho que ela veio, sua cabeça cheia de cachos vermelhos saltando a cada passo. Sem olhar para trás, ela chamou, —Martin! Fique fora dessa torta.— Os olhos de Edna se voltaram para o homem em questão, que estava com uma expressão envergonhada no rosto e um dedo sobre a torta que Edna trouxera. Limpando a garganta, ele enfiou as mãos nos bolsos da calça. Ele parecia tão fofo, como uma criancinha,que Edna não pôde evitar rir. Seus olhos dispararam para os dela ao som, e ele sorriu maliciosamente para ela. —Flora, você não vai me apresentar a sua amiga?— —Não tenho certeza se você merece a chance de conhecê-la, ladrão.— Flora provocou. —Você traz uma mulher bonita para a nossa casa, que cozinha e espera que eu fique longe? Você não está jogando limpo irmãzinha.— Há essa palavra novamente. Eles são TODOS cegos? Edna tentou manter seu queixo de cair nesse comentário ultrajante. —Martin!— Sua mãe bateu no traseiro com um pano de louça. — Não a assuste antes que o resto de nós a conheça.— Ela virou-se para Edna. —Não lhe dê atenção, querida.— Isso foi o que eu pensei, ela vai retirar o comentário dele. —As mulheres bonitas que cozinham são muito boas para este maltrapilho.— Edna teve que prender seu queixo novamente. Ela podia ouvir Flora e Fauna rindo atrás dela. —Mãe! Não diga isso pra ela! Agora ela nunca vai nem querer falar comigo!!— Martin fingiu aflição, a mão sobre o coração. —Pois bem, ela tem cérebro para andar com sua aparência.— A Sra. Merryweather respondeu antes de rir e voltar para a preparação dos alimentos. Antes que Edna pudesse reagir, ela quase foi surpreendida por várias crianças mais jovens entrando na cozinha. —Mãe! Você não pode controlar esses arruaceiros?— Fauna reclamou. —Oh, shhhhiii. Pegue sua linda amiga e vá curtir o—Stephen! Mantenha as mãos fora desse recheio! O tempo querida, saia pelos fundos—Autumn! Sem torta até depois do jantar!— Com um bufar, Flora ligou o braço à Edna e liderou o caminho para o convés de trás, Fauna em seus calcanhares. —Desculpe pelos loucos. Acho que agora você sabe por que não oferecemos prontamente informações sobre nossa família imediatamente.— Fauna sorriu timidamente. Sem saber como responder, Edna se viu rindo. Ela riu mais forte do que tinha em anos. Flora e Fauna riram junto com ela, incapazes de ficar em silêncio no barulho tempestuoso de Edna. Enxugando os olhos, Edna tentou se controlar. —Sua família é maravilhosa. Eu nunca conheci ninguém como eles.— Flora rolou os olhos. —Sim, bem, vamos esperar que você nunca tenha que voltar.— Edna riu novamente. CAPÍTULO 10 —Obrigada.— Edna disse, quando um prato de torta foi entregue a ela. Ela estava mais uma vez sentada no deck de trás, aproveitando a brisa fresca, calma e tranquila depois de uma refeição agitada. Ela estendeu a mão para pegar o prato e seus dedos roçaram a mão que o segurava. Um formigamento elétrico subiu por seu braço pelo contato e ela engasgou, olhando para cima. —Mmartin! Quero dizer Sr. Merryweather. Eu não estava esperando você.— Ele riu antes de se sentar ao lado de Edna, perto o suficiente para que seus ombros roçassem um pouco. —Só Martin. Eu sou só um TA, o que quer dizer que eu ainda sou um estudante, assim como você.— Ele se inclinou para trás e começou a comer sua torta. Edna tentou relaxar, mas sua proximidade estava causando estragos em seus sentidos. Seguindo sua liderança, ela começou a comer sua torta também. —Oh wow.— Ele murmurou, enquanto ainda comia. —Esta torta está deliciosa!— Edna olhou e percebeu que ele estava comendo a torta que ela trouxera. Um rubor correu em seu pescoço e bochechas. — Obrigada.— Ela sussurrou. Seus olhos de esmeralda estudaram seu rosto e enrugaram as bordas quando ele notou a cor doce destacando suas bochechas. — Desculpe.— Ele estendeu a mão e tocou sua bochecha com a ponta do dedo. —Eu não queria te envergonhar. Eu realmente gosto de torta de abóbora, e a sua é maravilhosa.— Edna respirou estremecendo, —Tudo bem.— Ela respondeu, sua voz ainda ofegante. —Eu coro facilmente.— Oh meu Deus, oh meu Deus. Ele me tocou! —Edna... posso te chamar de Edna?— Martin perguntou. Ela acenou. —Você, talvez, gostaria de ir jantar comigo algum dia?— Edna congelou. Isso não pode ser verdade... Depois de uns momentos de silêncio, Martim limpou sua garganta. —Uh... desculpe. Eu pensei... bem... isso é embaraçoso.— Ele riu nervosamente. —Quer dizer—— —Okay.— Edna deixou escapar. —Okay?— Ele perguntou perplexo. —Se você fala sério.— Ela disse mais baixinho do que antes. —Claro que eu falo sério. Eu queria te convidar para sair por semanas, mas você sempre parecia tão assustada e com pressa que eu nunca trabalhei arrumei coragem. E então você apareceu naquele vestido azul há alguns dias e eu quase engoli minha língua.— Chocada, A boca de Edna se abriu em forma de —oh—, mas nenhum som saiu. Ele sorriu e o coração de Edna triplicou no ritmo. —Então... que tal sábado?— —Este sábado, como em dois dias?— Ela ficou surpresa por ele querer ir tão rápido. —Bem... yeah. Afinal, esse encontro está em formação a 3 meses. Por que esperar?— Ele deu outra mordida e sorriu enquanto mastigava. Seus olhos se arregalaram. Ele queria me convidar para sair antes da minha transformação? Ele está brincando? Não tem jeito! De repente, uma explosão de raiva justificada explodiu. Seu autocontrole finalmente escapou dos anos de abuso e intimidação, e ela rapidamente se levantou. —Você sabe, não é legal tirar sarro das pessoas.— —Que—?— —Eu posso não ser a mais bonita rosa do jardim, mas eu ainda sou uma rosa... uh, quero dizer pessoa. Eu mereço ser tratada com respeito—— —Eu não estava tentando—— Martin tentou interromper, mas Edna se recusou a desistir. —Até patinhos feios têm sentimentos! Você não tem o direito— — Seu discurso foi interrompido quando Martin se levantou e apertou os lábios contra os dela. Oh meu! Depois de um momento de hesitação, ela se derreteu em seu calor e permitiu que ele a envolvesse em seus braços, levando o maravilhoso beijo para outro nível. —Eu não sei o que trouxe essa palestra,— ele sussurrou contra sua boca, —Mas você me tem, e a si mesma, confundida com outra pessoa.— —Mmm?— O cérebro de Edna não estava seguindo a conversa, ela estava muito envolvida nas sensações que ricocheteavam através de seu corpo desde seu primeiro beijo. As mãos dele emaranhadas em seus cachos e ele usou o aperto para virar a cabeça para que ele pudesse beijar sua bochecha e pescoço. Entre os toques suaves, ele continuou a falar. —Eu nunca tive qualquer intenção de tirar sarro de você. Eu não sei quem teve a audácia de convencer você de que você é outra coisa senão a linda mulher que você é, mas foi uma mentira.— Lágrimas feriram os olhos de Edna enquanto ele falava. Ele realmente acha que eu sou linda? Martin virou o rosto para trás para poder olhá-la nos olhos. — Aww, doce Edna. Quem diria uma coisa tão terrível para você?— Ele procurou seus olhos, como se ele pudesse ver em sua alma. —Você não é um patinho feio, apenas um lindo cisne, procurando o lar certo.— As palavras tocantes fizeram com que Edna começasse imediatamente a chorar. Com um gemido, Martin puxou-a para o banco e em seu colo. — Você está me matando...— Envolvendo seus braços ao redor dela com força, ele balançou-a para frente e para trás, sussurrando palavras suaves para ela enquanto ela gritava por todos os anos de abuso e solidão. Quando as lágrimas finalmente secaram, ela se levantou de seus braços. —Eu sinto muito. Eu não queria chorar em você!— E eu amo sentar aqui no seu colo, eu nunca quero sair! Ele sorriu e puxou-a de volta para seu peito. —Eu não sinto muito.— Ele respondeu descaradamente. Edna riu com sua resposta, emocionada que ele continuou a manter seus braços fortes em torno dela. —Isso me deu a desculpa perfeita para te abraçar e ainda melhor, te beijar, o que eu tenho vontade de fazer desde sempre.— —Você realmente quis dizer isso?— Ela perguntou, enquanto brincava com o botão de cima da camisa dele. —Claro! Quem não gostaria de te abraçar e beijar?— Edna bufou. —Oh está certo. Algum idiota que não conhece nada de bomquando vê. Então... me fale sobre isso. Me conte tudo.— A cabeça de Edna gritou —não—, mas o coração dela disse — sim—. Seu corpo quente e seus braços sólidos golpearam suas defesas, então levou apenas alguns segundos antes de se sentir corajosa o suficiente para contar a ele sobre a parte de sua vida que ela nunca havia falado com ninguém. Quando o sol se instalou no horizonte e a noite trouxe as estrelas, Edna derramou seu coração para o homem maravilhoso que a segurava tão protetoramente. Ela nunca sentiu o frio no ar enquanto o sol descia no horizonte. Martin apertou ainda mais quando ela contou sobre momentos particularmente ruins, como se ele pudesse tirar a mágoa que tinha sido infligida. Quando ela terminou, ele não falou por vários segundos. Assim que Edna estava prestes a levantar a cabeça para ver o que ele estava pensando, ele se inclinou, beijando o topo de sua cabeça e sussurrou, —Nunca mais, minha querida. Nunca mais.— 7 MESES DEPOIS Edna gritou quando Martin a envolveu em seus braços. —Não posso ter minha noiva andando na entrada, não mantém a tradição, minha querida.— Edna riu. Hoje ela se tornou a Sra. Edna Merryweather. Eles se casaram assim que o período das aulas terminou. Edna havia recebido seu certificado de secretaria e Martin estava pronto para fazer seu estágio. Nunca ela tinha sido tão feliz. Pela primeira vez em sua vida, ela se sentiu amada, querida, desejada e, sim, até bonita. Manobrando seu corpo para que ele pudesse abrir a porta para sua nova casa, Martin entrou na casinha pequena. —Bem vinda ao lar, amada.— Ele inclinou a cabeça para um beijo. Colocando as mãos em ambos os lados do rosto, ela recuou apenas o suficiente para falar, ela disse, —Oh não, Sr. Merryweather. Eu encontrei o lar quando te encontrei.— Puxando-o de volta para ela, ela se entregou ao Felizes Para Sempre deles. 40 ANOS DEPOIS —Edna, doce Edna.— A voz de Martin era rouca, sua mão fina segurava firmemente a dela, com força surpreendente para um homem nos últimos estágios do câncer. —Sim, Sr. Merryweather?— Edna suavizou a testa com a mão livre, passando os dedos carinhosamente pela sobrancelha e pelos cachos ondulados e cinzentos. —Me prometa—— Ele rompeu com uma tosse. Levantando um copo de água, ela o ajudou a tomar um gole antes de colocá-lo de volta na mesa de cabeceira. Seu coração estava pesado e as lágrimas ameaçaram, mas ela se recusou a ceder à tristeza durante esses últimos momentos. Eles tiveram uma boa vida. 40 anos de felicidade. Embora nunca tivessem sido abençoados com seus próprios filhos, eles trabalharam lado a lado no sistema escolar até poucos anos atrás. Juntos, eles haviam ensinado e instruído centenas de crianças, orientando-as da melhor maneira possível em sua sala de aula e em sua escrivaninha no escritório. —Me prometa...— Ele começou de novo. —Qualquer coisa, querido, qualquer coisa.— Ela disse suavemente. —Prometa-me que você será feliz. Este não é o... fim...— Ele lutou para respirar. —O nosso foi... um amor... verdadeiro.— Uma tosse sacudiu seu corpo fraco. —Eu terei... nosso lar pronto e... esperando... por você... meu lindo cisne...— Seus olhos se agitaram e se fecharam, suas cores vivas desaparecendo. —Descanse meu marido. É hora de descansar.— Ela deixou as lágrimas caírem então, enquanto observava ele dar seu último suspiro. Deitando a cabeça ao lado da cama, ela se encheu de angústia pela perda de sua alma gêmea. Dois conjuntos de braços enrolaram ao redor dela por trás, suas lágrimas e gritos combinando com os dela enquanto elas se entristeciam. Flora e Fauna nunca se casaram, mas tinham ficado perto de Martin e Edna, criando sua própria e única família ao longo dos anos. Edna se sentou no casulo de amor que eles criaram e encontrou uma centelha de esperança em saber que ela não estava sozinha. Colocando a cabeça para cima, ela falou —Obrigada por estarem aqui.— —Claro-— Flora começou. —Não há onde mais nós—— Fauna acrescentou. —Preferiríamos estar.— Flora terminou. 6 MESES DEPOIS —Queridas, temos trabalho a fazer.— Edna anunciou uma manhã brilhante e ensolarada. —O que você—— —Tem em mente?— Tomando um fôlego de coragem, Edna disse, —Eu acho que é hora de voltar ao trabalho.— Flora e Fauna olharam uma para a outra e depois de volta para Edna. —Você quer trabalhar em uma escola novamente?— Flora perguntou. —Sim. Eu acredito que Martin iria querer que eu ajudasse os outros a terem o que tínhamos. Todo mundo merece um Felizes para Sempre. Todo mundo merece encontrar seu lar. E eu sei exatamente o lugar para começar.— Edna disse. —Apenas alguns dias atrás eu vi uma vaga para secretária em uma escola particular chamada Middleton Prep. Soava exatamente como o tipo de escola que Martin teria amado. Eu digo que nós devemos começar por lá.— FIM Nota da Autora Obrigada por ler a história da Edna! Eu espero que ela tenha feito você sorrir. Se você curtiu a história da Edna, então você irá amar assistir como ela ajuda os outros a encontrar seus finais de contos de fadas. Cada história na série Middleton Prep pode ser lida como um livro único, mas são melhores lidas em ordem. Cada livro é uma recontagem de um conto de fadas favorito e contém romance doce, beijos dignos de desmaio e, é claro, um Felizes para Sempre. Ordem da Série: Prequel; A Home for the Ugly Duckling Livro #1, The Librarian and Her Beast distribuído Livro #2, Ms. Cinder’s Prince em breve Livro #3, Waking Ms. Briar em breve Livro #4, A Date with the Goose Girl em breve Book #5, Lançamento (em inglês) previsto para 10 de setembro de 2018 Sobre a Autora Desde que eu estava na escola primária eu queria ser uma autora. O dia da carreira era um pouco difícil, já que não há uniforme oficial para este trabalho. Pijamas e um laptop, talvez? Embora minhas roupas mudem dia a dia, meu trabalho como esposa e mãe não muda. Meus dias são preenchidos com meus cinco filhos e curtindo o tempo com meu marido, enquanto minhas noites estão cheias de tempo criativo. Eu moro no belo noroeste do Pacífico.
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