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Roteiro 1. Identificação - homem ou mulher? - criança ou adulto - quadro clínico 2. Padronização - voltagem: N = 0,1mV por quadradinho vertical - 10 quadradinhos ou 2 quadradões de altura na "torre" ao lado do traçado - tempo: 25 mm/s 3. Ritmo e FC - ritmo sinusal?: - onda P positiva em DI - onde P positiva em avF - a cada onda P se segue um QRS e as ondas P têm morfologias iguais - frequência: - 300 dividido pelo nº de quadradões entre um QRS - 1500 dividido pelo nº de quadradinhos entre um QRS - se ritmo irregular: somar QRS's do d2 longo e multiplicar por 6 4. Onda P 5. Intervalo PR 6. Complexo QRS - eixo elétrico - progressão da onda R - amplitude do QRS 7. Segmento ST 8. Onda T 9. Intervalo QT Padrão normal esperado ECG terça-feira, 23 de fevereiro de 2021 19:57 Página 72 de Generalidades Progressão da onda R até V5. Se ela progride, depois regride, progride de novo > possivelmente eletrodos mal colocados. Eixo do QRS 1. Encontro a derivação frontal que é isodifásica 2. A partir dela, meu eixo pode estar a 90º para um lado ou outro 3. Ver o conformação do QRS nas derivações que ficam a ~90º do meu ponto anterior - se positivo > aponta na direção dele Macete: se QRS em DI e DII não estão negativos = eixo elétrico normal QRS - Bloqueio de ramo Se QRS >= 120ms (3 quadradinhos) = bloqueio de ramo Página 73 de Generalidades Como diferenciar BRD de BRE? Olhar para V1! V1 de BRD é positivo V1 de BRE é negativo Aspecto típico do BRD: rsR' Sempre que diagnosticar bloqueio de ramo: investigar cardiopatia estrutural (hipertrofia, dilatação, valvopatia, etc...) Bloqueio Divisional Antero Superior Esquerdo (DBASE) Déficit em um dos ramos (o ramo anterossuperior) do ramo esquerdo do feixe de His. Considerar quando o eixo do QRS estiver desviado para a esquerdo, mas tem vários dx diferenciais. Como bater o martelo? - DII e DIII negativos - onda S de DIII maior que onda S de DII Se BRD + BDASE = pensar em Dça de Chagas QRS - Amplitude aumentada: sobrecarga de ventrículo esquerdo Sobrecarga é equivalente, na prática e apenas na prática, à hipertrofia. Mas não pode-se dx hipertrofia pelo ECG, apenas por imagem. Critério mais clássico é o de Sokolow-Lyon: se amplitude de R V5 ou V6 (o maior) + amplitude de S V1 > 35 mm = sobrecarga de ventrículo esquerdo Página 74 de Generalidades Forma mais rápida: se onda R em aVL > 10mm = SVE Outro critério é o de Cornell: amplitude R em aVL + amplitude S em V3 >28mm em homens ou >20mm em mulheres Interessante ver os três, porque pode ser negativo pra um e positivar no outro. Se ECG normal, não exclui SVE. Sinais são pouco sensíveis, mas muito específicos. - ou seja, se ECG mostrar SVE, é pq tem SVE - se ECG não mostrar SVE, ainda pode ter QRS - Amplitude aumentada: sobrecarga de ventrículo direito Principal critério é onda R de grande amplitude (normalmente maior que onda S) em V1. - normal é V1 ter QRS negativo, pois o ventrículo esquerdo (que é mais posterior) "puxa" o eixo/"cabo de guerra" para trás, em direção a V6. QRS - Amplitude diminuída: baixa voltagem Complexo inteiro com <5mm no plano vertical (DI, DII, DII, AVL, AVR, AVF) e <10mm no plano horizontal (V1-V6). - Qualquer coisa que se coloque entre o coração e os eletrodos. Página 75 de Generalidades Alternância elétrica é, por exemplo, um QRS estar positivo e outro isodifásico, como na imagem. O coração fica "dançando" dentro do líquido pericárdico e o eixo ora aponta para um lado, ora aponta para outro. Página 76 de Generalidades