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CIR 1 - Trauma I

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CIR 1 - Trauma I 1
CIR 1 - Trauma I
📌 Atendimento inicial
Pontos iniciais: garantir segurança (segurança pessoal e da cena).
⚠ Não passar para a próxima letra antes de concluir a anterior.
🚨 X-ABCDE: extra-hospitalar. Se exsanguinando, primeiro comprime.
A: coluna cervical + via aérea
Estabilizar a coluna cervical: colar + prancha + coxins laterais.
Via aérea: está pérvia? → fonação preservada? Se sim, oferecer O2 (> 10 L/min); 
se não, via aérea artificial.
Indicações de via aérea artificial: apneia; proteção de VA; incapacidade de manter 
oxigenação; TCE grave (ECG ≤ 8).
Tipos de VAA: definitiva (protege a VA) →: IOT, intubação nasotraqueal, 
cricotireoidostomia cirúrgica, traqueostomia; temporária (não protege a VA) → 
cricotireoidostomia por punção, máscara laríngea e combitubo.
IOT: avaliação do tubo (visualização, exame físico, capnografia e raio x). 
ML: não necessita de laringoscopia. 
CT: intubação esofágica. 
Crico: quando a IOT, ML ou CT não são possíveis.
Crico por punção: crianças < 12 anos ou sufoco.
Traqueo: 2°/3° anel traqueal.
B: respiração
Oferecer O2 (>10L/min) + exame do aparelho respiratório + oximetria de pulso.
C: circulação + controle da hemorragia
⚠ Trauma + hipotensão = choque hemorrágico e hipovolêmico.
CIR 1 - Trauma I 2
Acesso venoso: periférico (2x).
Alternativas: veia central, 
dissecção de safena, intra-ósseo 
(segunda opção na criança).
Cristaloide (RL ou SF 0,9%) 
aquecido: até 1L ou 20mL/g na 
criança.
Estimativa de perda volêmica:
Hipotensão permissiva: PA mínima 
para garantir a perfusão.
Não faz no TCE!
Transfusão maciça: 1CH: 1P : 1CP; 
classe IV (às vezes classe III).
Ácido tranexâmico: 1° dose (1g) em 
3h e reforço (1g) em 8h; fazer em 
saangramentos não compressíveis. 
Diurese: 0,5 mL/kg/h; crianças 1 
mL/kg/h. 
Não sondar se sangue no meato 
uretral, retenção urinária, 
hematoma perineal, fratura de 
pelve. Afastar lesão de uretra 
com uretrocistografia 
retrógrada.
Controle de hemorragia: 
compressão, torniquete (até 6h), 
ligadura. 
D: disfunção neurológica
Escala de coma de Glasgow, pupilas e extremidades.
E: exposição + controle do ambiente
Expor o paciente + controle de temperatura.
📌 Trauma de tórax
Pneumotórax hipertensivo
⚠ A principal causa é a ventilação 
mecânica com pressão positiva, 
seguida de trauma.
Clínica:
O espaço
MV diminuído 
Hemotórax
Clínica:
MV diminuído
Macicez à percussão
Conduta
CIR 1 - Trauma I 3
💡
O espaço 
que deveria 
estar sendo 
ocupado 
apenas pelo 
pulmão 
começa a se 
encher de ar, 
fazendo com 
que haja 
desvio do 
mediastino. 
Esse desvio 
“dobra” os 
vasos, 
impedindo a 
passagem de 
sangue, daí 
o nome 
hipertensivo.
ou abolido
Hipertimpanismo
Desvio da 
traqueia + 
Turgência 
jugular + 
Hipotensão = 
choque 
obstrutivo
Diagnóstico: CLÍNICO!
Conduta imediata:
Toracocentese de alívio: 
5EIC anterior a LAM nos 
adultos e 2EIC na linha 
hemiclavicular nas crianças.
Conduta definitiva:
Drenagem em selo d’água: 
5EIC anterior a LAM.
🚨 Drenou e não melhorou? 
Checar técnica, posição do dreno. 
Se tudo ok, pensar em lesão de 
grande via aérea → 
borbulhamento intenso, não 
reexpansão. Diagnóstico → 
Drenagem em selo d’água
Hemotórax maciço
💡 Débito de 1500mL ou constante > 
200-300 mL/.
Conduta: toracotomia.
Pode-se realizar 
autotransfusão.
Tamponamento cardíaco
💡 Acúmulo de líquido no saco 
pericárdico (150-200mL).
Clínica:
Turgência jugular + 
Hipotensão + Hipofonese de 
bulhas = Tríade de Beck
Diagnóstico: clínica + FAST
Tratamento:
Iniciar volume!
Temporário: 
pericardiocentese (15-20mL).
Definitivo: toracotomia + 
reparo da lesão.
Lesão de aorta
Clínica:
Pulso mmss normal e 
diminuído em mmii → pulso 
paradoxal.
Se história compatível → 
investigar.
Investigação:
Raio x: alargamento do 
mediastino (> 8cm) + perda do 
CIR 1 - Trauma I 4
broncoscopia. Conduta imediata 
→ IOT seletiva; 2° dreno. Conduta 
definitiva → toracotomia.
Pneumotórax aberto
💡 Lesão > 2/3 diâmetro da traqueia.
Conduta imediata:
Curativo de 3 pontas
Conduta definitiva:
Drenagem em selo d’água + 
fechamento
Pneumotórax simples
Não drenar! O ar será absorvido de 
forma espontânea.
Drenar se: transporte aéreo; 
ventilação mecânica.
Tórax instável
💡 Fraturas em > 2 arcos costais 
consecutivos em pelo menos 2 pontos 
em cada arco.
Clínica
Dor inspiratório dependente
Respiração paradoxal: na 
inspiração, o segmento afetado 
retrai; na expiração, o 
segmento afetado abaula.
Conduta
Suporte: analgesia + O2
Contusão pulmonar
D#: atelectasia → respeita os 
segmentos pulmonares e há desvio 
contorno aórtico + desvio para 
a direita (TOT, traqueia).
Diagnóstico: angio-TC.
Tratamento:
Tratar primeiro as outras 
lesões.
Manter FC < 80 e PAM 60-70 
mmHg (exceto se TCE 
associado). 
Toracotomia ou reparo 
endovascular.
Contusão miocárdica
Atenção se houver fratura do 
esterno ou arcos costais superiores.
VD é a câmara mais acometida.
Clínica:
Insuficiência de VD
Arritmias: extrassístoles, FA, 
BRD
Diagnóstico:
É anatomopatológico.
Na prática, identificar: 
arritmias + hipotensão + 
aumento inexplicado da PVC 
+ alterações de motilidade ao 
ECO.
Tratamento:
Suporte + antiarrítmicos +/- 
inotrópicos.
CIR 1 - Trauma I 5
para o lado afetado.
Diagnóstico:
Raio x: presença de 
consolidações.
Conduta:
Analgesia + O2
IOT + VM se hipoxemia 
(satO2 < 90% ou PaO2 < 60 
mmHg)

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