Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GABRIEL GALEAZZI 1 TRAUMA AVALIAÇÃO INICIAL, VIAS AÉREAS E TRAUMA TORÁCICO ATENDIMENTO INICIAL DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL DAS MORTES 1º Pico → Prevenção primária 2º Pico → Atendimento inicial adequado 3º Pico → Atendimento inicial + cuidados hospitalares Com o objetivo de reduzir os óbitos do 2º e 3º pico, criou-se o conceito de hora de ouro (Golden Hour) CENÁRIO DE TRIAGEM Método SALT Atendimento imediato Vítimas com ferimentos graves e risco de vida Atendimento retardado Vítimas com lesões que requerem tratamento dentro de 6h Atendimento mínimo Feridos com capacidade de deambular Conduta expectante Vítimas de lesões graves que dificilmente sobreviverão com os recursos disponíveis Óbito HIERARQUIZAÇÃO DO ATENDIMENTO As lesões que matam mais rápido devem ser identificadas e resolvidas primeiro A: VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL Proteção adequada da coluna cervical (por meio da aplicação de colar cervical, headblocks e prancha rígida) Permeabilidade completa das vias aéreas B: RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO Assegurar que as trocas gasosas e estejam adequadas É necessário o funcionamento adequado dos pulmões e a integridade da caixa torácica e do diafragma C: CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA Controlar os focos de hemorragia externa por meio de compressão Realizar reposição volêmica por meio de, no mínimo, dois acessos de calibre 18g. Inicialmente 1000mL de ringer lactato aquecido e, caso seja necessário, administração de hemoderivados Diagnosticar todos os potenciais focos de sangramento interno Sangramentos intra-abdominais; Sangramentos secundários às fraturas de pelve e ossos longos; Sangramentos intratorácicos; Sangramentos retroperitoneais Diagnosticar outros potenciais de comprometimento hemodinâmico Tamponamento cardíaco Pneumotórax hipertensivo Contusão cardíaca grave Trauma raquimedular D: ESTADO NEUROLÓGICO E: EXPOSIÇÃO COM CONTROLE DO AMBIENTE Despir completamente a vítima para identificar outras lesões potenciais Controle da hipotermia Administração de fluidos aquecidos (39°C) Controle da temperatura da sala Cobertores aquecidos A hipotermia faz parte da TRÍADE LETAL: HIPOTERMIA, COAGULOPATIA E ACIDOSE 1º Pico (segundos/minutos) •TCE grave •Rotura cardíaca •Laceração de grandes vasos 2º Pico (minutos/horas) •Pneumotórax hipertensivo •Lesão de víscera maciça •Somatório de lesão de múltiplos sistemas 3º Pico (dias/semanas) •Embolia pulmonar •Sepse •Pneumonia •Disfunção de múltiplos órgãos Abertura ocular (AO) 1-4 • Espontânea (4) • À fala (3) • À pressão (2) • Nenhuma (1) Resposta verbal (V) 1-5 • Orientada (5) • Conversa confusa (4) • Palavras inapropriadas (3) • Sons incompreensíveis (2) • Nenhuma (1) Melhor resposta motora (M) 1-6 • Obedece a comandos (6) • Localiza estímulo tátil (5) • Flexão normal (4) • Flexão anormal/decorticado (3) • Extensão anormal/descerebração (2) • Nenhuma (1) Lesões que devem ser obrigatoriamente diagnosticadas durante a avaliação primária •Obstrução da via aérea •Pneumotórax hipertensivo •Pneumotórax aberto •Hemotórax maciço •Tamponamento cardíaco •Lesão da árvore traqueobrônquica GABRIEL GALEAZZI 2 MEDIDAS AUXILIARES NA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA Eletrocardiograma Oximetria de pulso Capnografia e Gasometria arterial Sonda gástrica e Sonda urinária Sonda por via nasal é contraindicada em suspeita de fratura de base de crânio Sondagem vesical é contraindicada em suspeita de trauma de uretra (Cardinais de lesão uretral: equimose de períneo e de escroto; presença de sangue no meato uretral) Radiografias Tórax AP e Pelve AP, FAST e E-FAST LPD AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Anamnese direcionada (AMPLA) “A” – Alergias “M” – Medicações em uso “P” – Passado médico/prenhez “L” – Líquidos e alimentos ingeridos “A” – Ambiente, eventos e mecanismo de trauma Exame minucioso da cabeça aos pés Medidas auxiliares da avaliação secundária RX de membros RX de coluna Exames contrastados TC Exames endoscópicos AS MEDIDAS DE AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA NUNCA DEVEM SER APLICADAS PARA PACIENTES INSTÁVEIS OU QUE NÃO TERMINARAM A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL Toda vítima de trauma é uma potencial portadora de lesão vertebro-medular Primeira medida → PROTEÇÃO CERVICAL AVALIAÇÃO E MANEJO INICIAL DAS VIAS AÉREAS Todas as vítimas de trauma, à exceção daquelas com indicação de via aérea definitiva, devem receber oxigênio de forma passiva, por meio de uma fonte com alto fluxo (10-15L/min) em uma máscara não reinalante com reservatório de O2 Sinais como ausência de resposta verbal, respiração ruidosa e esforço respiratório devem chamar atenção para potencial comprometimento da via aérea Corpos estranhos Sangre e secreção Queda da base da língua com obstrução da hipofaringe (causa mais comum de obstrução das vias aéreas) Manobras para desobstrução de via aérea Chin Lift – Elevação do mento Jaw Thrust – Tração anterior da mandíbula As manobras de desobstrução de via aérea devem ser realizadas mantendo a posição neutra, sendo a hiperextensão proibida A cânula orofaringe (de Guedel), é um dispositivo que auxilia na manutenção da perviedade e no controle da queda da língua VIA AÉREA DEFINITIVA Sonda em posição traqueal, com balonete insuflado abaixo das pregas vocais, ligada a uma fonte enriquecida de oxigênio Indicações Apneia ou incapacidade de manter oxigenação adequada Risco de aspiração GCS < 8 Convulsões reentrantes Sangramento profuso de via aérea Risco iminente de comprometimento da via aérea Fraturas de fase Lesão térmica Hematoma cervical VIAS AÉREAS DEFINITIVAS NÃO CIRÚRGICAS Intubação orotraqueal Método de escolha para instalação de via aérea definitiva no trauma Sequência rápida de intubação Pré-oxigenação Sedativo (etomidato 0,3mg/kg) Bloqueador neuromuscular (succinilcolina 1 a 2mg/kg) Predispõe hipercalemia, contraindicada em pacientes queimados com traumas musculoesqueléticos extensos Contraindicações Sangramento profuso de via aérea Trauma maxilofacial extenso Edema de glote Distorções anatômicas grosseiras do pescoço Lesões que podem ser diagnosticadas durante a avaiação secundária - "Risco potencial de morte" •Pneumotórax simples •Hemotórax •Tórax instável •Contusão pulmonar •Trauma cardíaco contuso •Rotura de aorta •Rotura traumática de diafragma •Rotura traumática de esôfago GABRIEL GALEAZZI 3 Intubação nasotraqueal Indicado para pacientes com respiração espontânea e a aplicação dessa técnica depende muito da experiência da equipe Contraindicações Apneia Suspeita de fratura de base de crânio Hematoma retroauricular (Sinal de Battle) Equimose periorbital (Sinal do Guaxinim) Otorragia e hemotímpano Otoliquorréia Rinorréia VIAS AÉREAS DEFINITIVAS CIRÚRGICAS Indicações Hemorragia profusa Trauma maxilofacial extenso Edema de glote ou distorção da anatomia cervical Quaisquer outros fatores que impossibilitem a visualização ou transposição da laringe Cricotireoidostomia cirúrgica Via aérea cirúrgica de escolha Contraindicações Fratura de laringe Crianças com idade <12 anos Devido ao risco de lesão da cartilagem cricóide., por ser o único elemento responsável por sustentar a porção superior da traqueia em crianças Técnica Identificação do limite inferior da cartilagem tireoide e do limite superior da cartilagem cricoide Entre as duas cartilagens (membrana cricotireóidea), é feita uma incisão na pele, até que se atinja a membrana É aberta a membrana transversamente e logo em seguida, é dilatado o orifício com uma pinça hemostática ou com o cabo do bisturi Por meio desseorifício, pode-se introduzir um tubo endotraqueal (com diâmetro de 5-7mm ou então uma cânula de traqueostomia, também com diâmetro de 5-7mm) Traqueostomia É relegada à última escolha Indicada nos casos de fratura de laringe sem possibilidade de intubação orotraqueal e em crianças com idade < 12 anos O ATLS contraindica a realização de traqueostomia percutânea por punção em qualquer vítima de trauma, pois necessita de hiperextensão do pescoço Via aérea definitiva Indicação Contraindicação Tubo orotraqueal Via aérea definitiva de eleição, desde que não haja contraindicações Impossibilidade de visualizar ou transpor as estruturas da laringe Tubo nasotraqueal Indicado por pacientes em ventilação espontânea Depende da experiência da equipe Apneia Suspeita de fratura de base de crânio Impossibilidade de visualizar ou transpor as estruturas da laringe Cricotireoidostomia Via aérea cirúrgica de escolha no trauma Indicada sempre que houver contraindicações ou impossibilidade de intubação orotraqueal Fratura de laringe Crianças com idade < 12a Traqueostomia Fratura de laringe Crianças < 12a Via aérea de exceção VIAS AÉREAS ALTERNATIVAS (NÃO DEFINITIVAS) Dispositivos de ventilação extraglóticos e supraglóticos Máscara laríngea (ML) Cricotireoidostomia por punção Tubo laríngeo Tubo esofágico multilúmen TRAUMA TORÁCICO PNEUMOTÓRAX SIMPLES Consiste no aprisionamento de ar na cavidade pleural, entre as pleuras visceral e parietal Pode ser secundário a um trauma penetrante ou contuso O mecanismo mais comum para sua formação é a laceração do parênquima com extravasamento de ar para a cavidade pleural Quadro clínico Dor torácica Redução de murmúrio vesicular Diminuição da expansibilidade torácica Timpanismo à percussão Hipóxia A intensidade dos sinais varia de acordo com a extensão do pneumotórax Tratamento Drenagem de tórax GABRIEL GALEAZZI 4 Tratamento conservador → Conduta expectante Características necessárias para tratamento conservador → Deve ser feita por especialista Paciente assintomático Pneumotórax pequeno Sem proposta de ventilação por pressão positiva Sem proposta de transporte aéreo subatmosférico A ventilação por pressão positiva e o transporte aéreo subatmosférico podem agravar o pneumotórax hipertensivo ou transformar um simples em hipertensivo PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Desenvolve-se quando há escape de ar para o espaço pleural de tal modo que o ar se acumule ali sob pressão O paciente evolui para um quadro de colapso ventilatório, secundário à atelectasia do pulmão acometido e colapso circulatório (choque), secundário à redução importante do retorno venoso Quadro clínico Ausência de murmúrio vesicular Aumento do hemotórax acometido Timpanismo/Hipertimpanismo à percussão Hipóxia Taquipnéia Taquicardia Hipotensão Turgência jugular Desvio de traqueia contralateralmente ao lado acometido Diagnóstico é clínico e a terapia nunca pode ser retardada Tratamento De emergência Toracocentese com agulha no 5º espaço intercostal ou descompressão torácica digital Definitivo Drenagem torácica tubular em selo d’água PNEUMOTÓRAX ABERTO (FERIMENTO SOPRANTE) É uma condição secundária à uma perfuração torácica grande, que apresente um diâmetro igual ou superior a 2/3 do diâmetro da traqueia Quadro clínico Lesão na parede torácica, de tamanho > 2/3 do diâmetro da traqueia Redução do murmúrio vesicular e da expansibilidade torácica Hipertimpanismo Taquipneia Hipoxemia Tratamento De emergência Curativo de três pontas O curativo funciona como uma válvula, permitindo que, na expiração, o ar saia da cavidade torácica pela ferida, mas impede que haja entrada de ar no tórax à inspiração Definitivo Drenagem sob selo d’água e reparo da lesão torácica O dreno não deve ser introduzido pelo mesmo orifício da lesão HEMOTÓRAX É definido com a presença de sangue na cavidade pleural Essa condição pode ser classificada como hemotórax maciço, nos casos em que o volume de sangue > 1500mL, ou quando ocupa 1/3 do volume total do tórax Quadro clínico Expansibilidade reduzida, porém, com movimentos torácicos presentes Murmúrio vesicular reduzido no lado acometido Macicez à percussão Sinais de hipovolemia podem estar presentes Não há turgência jugular Tratamento Drenagem torácica fechada em selo d’água Saída de mais de 1500mL ou a perda contínua em volume > 200mL/h durante 2-4h → Toracotomia Reposição volêmica com cristaloides e transfusão sanguínea se necessário Característica Hemotórax Pneumotórax Pneumotórax hipertensivo Ausculta pulmonar MV diminuído MV diminuído MV diminuído Percussão Macicez Timpanismo Timpanismo Desvio de traqueia Ausente Ausente Pode estar presente Turgência jugular Ausente Ausente Pode estar presente Repercussão hemodinâmica Presente se maciço, ausente se pequeno Ausente Presente LESÃO DA ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA Lesão grave, a maioria dos pacientes tem óbito na cena do trauma Quadro Clínico Hemoptise Enfisema subcutâneo extenso Insuficiência respiratória Vazamento de ar em grande quantidade após a drenagem de tórax Ausência de expansão do pulmão, mesmo após a drenagem torácica GABRIEL GALEAZZI 5 Diagnóstico Clínica + Broncoscopia Tratamento Medidas terapêuticas iniciais Passagem de um segundo dreno de tórax, buscando otimizar a expansão pulmonar Intubação orotraqueal sob broncoscopia, com insuflação do cuff distal à lesão Tratamento definitivo Toracotomia TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR Tórax instável Disjunção completa de um segmento ósseo da cavidade torácica Existe pelo menos dois pontos de fratura em dois arcos costais consecutivos ou uma fratura associada à disjunção costocondral Contusão pulmonar Resultante de trauma do parênquima pulmonar propriamente dito A lesão produz edema do parênquima através do acúmulo de sangue e exsudato O principal evento associado às complicações e mal prognóstico no tórax instável é a contusão pulmonar subjacente Quadro clínico de contusão pulmonar Hipoxemia Fratura de arcos costais É comum ausência de fratura em contusão pulmonar em crianças Movimentação reduzida da caixa torácica Piora progressiva Padrão compatível com infiltrado nas áreas traumatizadas em RX Uma consequência é a respiração paradoxal (patognomônico), que consiste na protrusão do segmento fraturado à expiração e intrusão durante a inspiração Tratamento Suporte ventilatório Analgesia potente Evitar hiperidratação Fisioterapia respiratória de início precoce FRATURAS DE COSTELAS, ESTERNO E ESCÁPULA Fraturas de esterno, escápula, 1º e 2º arcos costais → Trauma de alta energia Fratura de costelas → Lesões de maior incidência no arcabouço torácico Podem ter diversos tipos lesões associadas Tratamento conservador Analgesia Fisioterapia respiratória LESÕES CARDIOVASCULARES TAMPONAMENTO CARDÍACO Consiste na restrição do enchimento cardíaco secundário ao acúmulo de sangue no saco pericárdico Fisiopatologia Restrição de enchimento diastólico → Redução da pré-carga → Redução da pós-carga → Choque obstrutivo Comum em traumas penetrantes Ferimentos na Zona de Ziedler → Suspeita de tamponamento cardíaco Limite superior: linha horizontal do ângulo de Louis Limite inferior: 10ª costela Limite lateral direito: linha paraesternal direita Limite lateral esquerdo: linha axilar anterior esquerda Quadro clínico Tríade de Beck Hipofonese de bulhas cardíacas Turgência jugular Hipotensão Pulso paradoxal (queda superior a 10mmHg à inspiração) pode estar presente Diagnóstico FAST de janela pericárdica Tratamento Toracotomia anterolateral esquerda (de emergência) ou esternotomia Pericardiocentese (Punção de Marfan) = Medida de exceção Paciente instável, sem possibilidade de esternotomia O pneumotórax hipertensivo pode simular um tamponamento cardíaco Característica Tamponamento cardíaco Pneumotórax hipertensivo Ausculta pulmonar Sem alterações MV diminuído Percussão torácica Sem alterações Timpanismo Desvio de traqueia Ausente Pode estar presente Turgência jugular Pode estar presente Pode estar presente Repercussão hemodinâmica Presente Presente LACERAÇÃO AÓRTICA Grande causa de morte imediata na cena do trauma, nos casos de sobrevivência costuma haver lesão incompleta Local mais comum de rotura → aorta descendente, próximo ao Lig. Arterioso GABRIEL GALEAZZI 6 Sinais de rotura são inespecíficos Suspeitar sempre que houver trauma de alta energia, especialmente quando houver desaceleração abrupta Sinais radiológicos de laceração aórtica Alargamento de mediastino (achado mais comum) Obliteração do botão aórtico Desvio de traqueia para direita e/ou depressão do brônquio fonte esquerdo ou elevação do brônquio fonte direito Presença de hemorragia extrapleural apical e/ou hemotórax à esquerda Presença de fratura de 1º ou 2º arcoscostais ou escápula Diagnóstico TC com contraste Tratamento Medidas iniciais Controle da FC (80bpm) e PAM (60-70mmHg) Analgesia + Betabloqueador Tratamento definitivo Reparo endovascular Reparo aberto CONTUSÃO MIOCÁRDICA Secundário a impacto de alta energia sobre parede anterior do tórax Apresentação clínica varia de isquemia a choque refratário Achados comuns Extrassístoles Alterações do segmento ST Taquicardia sinusal Fibrilação atrial Bloqueios de condução Conduta: Monitorização ECG por no mínimo 24h FERIMENTOS DA TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL São lesões situadas abaixo do plano dos mamilos e acima do rebordo costal Podem acometer diafragma, fígado, cólon, baço e fundo gástrico Conduta Laparoscopia Laparotomia exploradora (em caso de paciente instável) LESÃO TRAUMÁTICA DE DIAFRAGMA Maior parte secundária a ferimentos penetrantes Lesões mais exuberantes → Traumas abdominais contusos Hérnia diafragmática aguda → Mais comum à esquerda e em traumas contusos Fígado tem efeito protetor Quadro clínico Dor abdominal Dor referida em ombro Vômitos Disfagia Falta de ar Diagnóstico Videolaparoscopia Se houver instabilidade hemodinâmica → Laparotomia LESÃO TRAUMÁTICA DE ESÔFAGO Maior parte secundária a ferimentos penetrantes. Raras em ferimentos contusos Sintomas são inespecíficos, podem incluir disfagia e hematêmese Achados no RX Pneumomediastino Derrame pleural Alterações do contorno mediastinal Tratamento Toracotomia + Sutura de esôfago + Drenagem pleural bilateral + Drenagem de mediastino INDICAÇÕES DE TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO Indicação Parada cardiorrespiratória traumática → Trauma + PCR (AESP, FV, Assistolia) Causas mais comuns Hipoxemia grave Pneumotórax hipertensivo Hipovolemia Tamponamento cardíaco Contusão miocárdica grave Conduta Manobras de RCP Via aérea definitiva Reposição volêmica agressiva Descompressão/drenagem torácica bilateral Persistência da parada → Toracotomia de reanimação Indicações de toracotomia de emergência no hemotórax traumático •Saída de volume > 1500mL no momento da drenagem •Perda de sangue contínua > 200mL/h por 2-4h Outras indicações de toracotomia de emergência no trauma •Taumponamento cardíaco •Lesão de árvore traqueobrônquica •Rotura traumática de aorta sem possibilidade de reparo endovascular •Rotura ou perfuração esofágica
Compartilhar