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Escroto agudo

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Escroto agudo 1
Escroto agudo
Quadro doloroso súbito com 
aumento de volume da bolsa 
testicular, geralmente 
unilateral, com edema e 
rubor, podendo ser 
acompanhado por 
manifestações gerais, como 
febre, sudorese, náuseas e 
vômitos.
É um diagnóstico sindrômico, portanto, o tratamento depende da etiologia.
EPIDIDIMITE, ORQUITE E ORQUIEPIDIDIMITE AGUDA
Epididimite: causa mais comum de escroto agudo no adulto. 
Etiologia: viral, bacteriana e idiopática.
Quadro clinico: início insidioso, unilateral (raro ser bilateral), com sinais 
flogísticos, aumento de volume do conteúdo da bolsa testicular, sendo o 
epidídimo doloroso e espesso. Frequentemente, após 24h, existe 
participação do testículo, causando o que se denomina orquiepididimite.
Orquite: pouco frequente e mais comum após caxumba. Etiologia viral é a mais 
comum. Atinge mais adultos jovens. Sintomas surgem de forma insidiosa, sete 
dias após a parotidite e geralmente unilateral. Autolimitado. Pode levar a atrofia 
testicular.
Escroto agudo 2
Orquiepididimite aguda: processo inflamatório mais comum da bolsa 
testicular. Mais comum etiologia bacteriana (Chlamydia e Neisseria → <40 anos 
| Gram - → > 40 anos).
Diagnóstico: história + EF + exames de lab e imagem (hemograma, urina + 
cultura, US com doppler). 
D#: torção de cordão espermático e hérnia encarcerada.
Tratamento: repouso relativo, gelo, suspensão escrotal, analgésicos, 
AINES e ATB (cipro 10=14 dias).
Complicações: abscesso escrotal e infarto testicular. 
TORÇÃO DO CORDÃO ESPERMÁTICO
Tipos de torções:
Extravaginais: ocorrem em testículos não descidos (intraútero ou RN).
Intravaginais: qualquer idade (pico na puberdade) → anomalia de fixação 
do testículo, que permite que ele e o epidídimo flutuem livremente dentro da 
túnica vaginal.
Quadro clínico: dor de início súbito de grande intensidade, náuseas e vômitos, 
sem relação com traumas e exercícios físicos. Alterações no leucograma e 
febre são raras. Podem existir antecedentes de episódios de dor semelhantes, 
que melhoraram espontaneamente, explicando ser possível distorcerem-se por 
si.
Para diferenciar torção de orquiepididiite:
Sinal de Angell: paciente em pé e o testículo contralateral horizontalizado.
Sinal de Prehn: piora ou manutenção da dor com elevação do testículo na 
torção (melhora na orquiepididimite - sinal +).
Diagnóstico: US de escroto com doppler colorido → ausência de 
vascularização.
Escroto agudo 3
Tratamento: tentativa de distorção manual ou cirúrgica (orquidopexia bilateral 
→ fixação do testículo na bolsa escrotal).

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