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ESCROTO AGUDO
Anatomia
· Pele, túnica dartos (mais externa/ superficial), túnicas vaginais (mais internas), músculo cremaster, ducto deferente, artéria testicular, plexo pampiniforme, testículos, epidídimo (é o chapeuzinho do testículo, ou seja, está na porção superior do testículo), apêndices.
· A bolsa testicular é constituída de pele, dartos, fáscia espermática externa, fáscia cremastérica, fáscia espermática interna e túnica vaginal. Apresenta um septo mediano que divide a bolsa testicular em dois compartimentos, contendo cada um, o testículo e epidídimo com seus respectivos apêndices. Esses órgãos são acometidos por afecções agudas que, conforme a etiologia pode ser classificada em processos vasculares, processos infecciosos ou inflamatórios, traumáticos ou tumorais. 
Definição
· O escroto agudo se caracteriza pela presença de dor local forte, edema importante e alteração da consistência das estruturas da bolsa testicular. 
· Aumento do volume escrotal / Edema.
· Doloroso.
· Náuseas, sudorese e inquietação.
· Potencial urgência urológica!
· O diagnóstico preciso e rápido deve ser feito e muitas vezes uma cirurgia em caráter de emergência pode ser necessária para preservação do testículo. 
Causas
· Torção do cordão espermático (Torção Testicular).
· Torção dos apêndices testiculares.
· Orquiepididimites / Orquite / Epididimite.
· Hérnia inguino-escrotal.
· Hidrocele.
· Edema idiopático do escroto (dermatite, picada de inseto).
· Celulite.
· Tumor.
· Vasculites (Púrpura de Henoch-Schönlein).
Uma vez que as causas mais frequentes de escroto agudo são as causas inflamatórias (orquiepididimites) e vasculares ou isquêmicas (torção testicular), vale sempre ressaltar o diagnóstico diferencial entre elas.
Investigação
· Anamnese, Exame físico e Exame complementar (USG com Doppler).
· Tempo é vital: Duração dos sintomas e Início do tratamento.
- O período de tempo é crítico para salvar o testículo do dano sofrido pela isquemia tanto morfologicamente quanto em relação à espermatogênese.
· Deve-se afastar torção de cordão espermático causa mais perigosa e com possível perda de testículo!
Torção do cordão espermático (Torção testicular)
· 1/3 dos escrotos agudos.
· Classificação: 
A) Extra vaginal (torção fora da túnica vaginal): ocorre no RN, pela descida testicular até a bolsa escrotal. 
B) Intravaginal (torção dentro da túnica vaginal): Maioria dos casos; ocorre em crianças maiores e em adultos, com pico na puberdade (pico de produção hormonal, com aumento do volume/peso do testículo, favorecendo que ele rotacione), Testículo em badalo de sino (fixação anormal da túnica vaginal – porção do cordão espermático junto com a túnica). 
Testículo em badalo de sino na imagem 2
Quadro clínico:
· Dor início súbito, grande intensidade, com irradiação inguinal ou abdominal (lembra a cólica de litíase renal).
· Náuseas e vômitos. 
Exame físico:
· Testículo edemaciado e doloroso à palpação.
· Elevado pela torção do cordão o testículo sobe (igual cabelo cacheado).
· Horizontalizado (Sinal de Angel) 
· Fixo.
· Epidídimo medial (e não mais em porção superior).
· Ausência ou diminuição do reflexo cremastérico.
· Sinal de Prehn negativo (elevação do testículo não alivia a dor, diferencia de processos inflamatórios). 
Consiste em estimular a parte interna da coxa, obtendo como resposta positiva, a elevação do testículo, por causa da contração do músculo cremáster. A presença do reflexo cremastérico exclui a hipótese de torção do testículo! 
Exames complementares:
Existem dois exames principais que podem mostrar a anatomia do cordão e o fluxo sanguíneo, são a ultrassonografia com Doppler do escroto e a cintilografia escrotal com emprego de tecnésio 99m.
· USG doppler de bolsa escrotal Comprometimento da irrigação, ausência de fluxo testicular.
- A ultrassonografia com Doppler é um exame pouco invasivo, de custo acessível, fácil acesso, rápido, mostrando uma sensibilidade de 89,9% e especificidade de 98,8% em mãos experientes. 
· Cintilografia testicular radiofármaco; é um exame demorado (não sendo viável na situação de isquemia). 
- A cintilografia escrotal também demonstra com precisão a irrigação dos testículos, porém demanda mais tempo e não é acessível na maioria dos serviços.
Tratamento:
· Manobras manuais no atendimento precoce podem reposicionar o testículo, desfazendo a torção com alívio imediato da dor. 
· Tempo de isquemia 6h (para torção completa).
· Tratamento Cirúrgico o quanto antes.
· A incisão deve ser feita na rafe da bolsa, permitindo o acesso a ambos os compartimentos escrotais. A viabilidade do testículo torcido deve ser avaliada e o mesmo é fixado à parede.
Fixar do outro lado para previnir.
Torção dos Apêndices Testiculares
· Quadro clínico semelhante à torção testicular, mas menos intensas.
· Hidátide de Morganni. 
· Exame físico:
- Apêndice testicular aumentado.
- Doloroso à palpação.
- Coloração escura (Blue dot ponto azulado, pode ou não estar presente, porém quando é encontrado é sinal patognomonico de torção de apêndice). 
· USG doppler:
- Localiza lesão.
- Fluxo testicular normal.
· Tratamento:
- Sintomáticos.
- Cirurgia para casos de exceção A exploração cirúrgica está indicada quando persiste o quadro doloroso ou quando o quadro clínico confunde-se com torção do testículo.
Orquiepididimites
· Doenças inflamatórias dos testículos e epidídimo.
· Quadro clínico Instalação gradual (desconforto que vai piorando); Acompanham queixas urinárias; Sintomas gerais (febre, prostração).
· Exame físico Aumento escrotal; Hiperemia; Dor intensa; Sinal de Prehn positivo (elevação testicular alivia a dor). 
Orquites
· Comprometimento testicular é quase sempre bilateral.
· Secundárias a doenças virais caxumba (tropismo para glândulas).
· Infecções urinárias Pacientes com uropatias obstrutivas baixas (congênitas ou adquiridas).
· As orquites na maioria das vezes são secundárias a disseminação hematogênica, em especial de infecção viral, onde o foco primário pode estar localizado na parótida, trato respiratório ou amigdalas.
· O tratamento é feito de forma sintomática utilizando analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos, cuidados locais (suspensório escrotal e gelo).
Epididimites
· Adultos jovens Agente etiológico mais frequente: Chlamídia e Gonococcus (DTS).
· Crianças ITU. 
· USG doppler Aumento do volume testicular por edema; Espessamento do epidídimo; Aumento do fluxo vascular.
· Tratamento Suspensório testicular; AINE / Analgésico / Antibióticos; Cirurgia (se abscessos escrotais). 
Hidrocele Comunicante
· Aumento do volume.
· Em geral dor é leve. 
· Conduto peritônio vaginal patente, permitindo passagem de líquido do peritônio até a bolsa escrotal.
· Piora no final da tarde e melhora com o repouso (pela ação da força da gravidade).
· Diagnóstico: transiluminação da bolsa escrotal. 
· Fechar o conduto por cirurgia. 
Hérnia Ínguino-escrotal encarcerada
· Abaulamento inguinal associado.
· USG demonstra alças intestinais. 
Púrpura de Henoch Schönlein
Edema escrotal idiopático
· Compromete a parede da bolsa sem afetar o conteúdo.
· Sem fator etiológico definido (idiopático).
· Evolução favorável Dermatite, Picada de inseto. 
Trauma da Bolsa escrotal
· Diagnóstico sugerido pela história.
· Exame físico Aumento do volume, Equimoses (mancha arroxeada) e Hematomas (coleção de sangue).
· USG doppler avalia Conteúdo escrotal e integridade do testículo. 
VCM - VITÓRIA CORREIA MOURA

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