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Avaliação Marcha Patológica

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AVALIAÇÃO MARCHAS PATOLÓGICAS 
 
 
- Explicar e justificar as fases alteradas nas marchas patológicas: ceifante, 
parkinsoniana, atáxica, escarvante e em tesoura. 
Marchas patológicas: 
➢ Ceifante: 
− As causas da disfunção da marcha em pacientes com hemiplegia se devem a controle 
motor desordenado, fraqueza e falta de controle muscular voluntário, interferência 
ocasionada pelo tônus e pela rigidez muscular anormal, e um mecanismo 
desordenado de controle postural. 
− Durante o balanço, disparos musculares atípicos, padrões de iniciação inapropriados 
e incapacidade de manter os disparos apropriados são mais perceptíveis. O momento 
para a frente geralmente está perdido, resultando em uma marcha entrecortada e 
ineficiente. 
− Se a pelve estiver retraída, o início da fase de balanço costuma ocorrer com a 
elevação pélvica e o encurtamento do tronco. 
− O comprimento do passo da perna envolvida é menor. 
− A fase de apoio é caracterizada por um tempo de apoio duplo maior, o que reflete o 
maior tempo sobre o membro afetado. Dados cinéticos demonstram uma perda do 
faseamento normal e da modulação da atividade muscular ao longo do ciclo da 
marcha. 
 
➢ Parkinsoniana: 
− Os pacientes com mal de Parkinson sofrem dificuldades em todas as três subtarefas 
da marcha: aceitação do peso, apoio simples e avanço do membro. Essas limitações 
funcionais são causadas pela constelação de disfunções e sintomas que afligem o 
paciente com mal de Parkinson: fraqueza, rigidez, ativação e sequenciamento 
muscular anormal, perda de flexibilidade, deformidades e formação de contraturas, 
além de coordenação dos movimentos debilitada. 
− Nos membros inferiores, é comum o desenvolvimento de contraturas nos flexores do 
quadril e do joelho, nos adutores do quadril e nos flexores plantares. Essas mudanças 
geram um efeito negativo sobre a capacidade de sustentar, adequadamente, o peso 
do membro inferior, uma função que exige extensão do quadril, controle do joelho e 
flexão dorsal do tornozelo pelo menos até o ponto neutro. 
− O tronco flexionado para a frente costuma levar a uma deformação cifótica, a qual, 
com o tempo, compromete a mobilidade do tronco e a força antigravitacional dos 
grupos musculares flexor e extensor. 
− Em virtude dessas mudanças e dos sintomas de acinesia e bradicinesia, o padrão de 
marcha de um paciente com mal de Parkinson tem várias características clínicas 
peculiares. 
− Os movimentos do quadril, do joelho e do tornozelo são reduzidos, e há uma falta de 
extensão generalizada do quadril e do joelho, bem como de flexão dorsal no 
tornozelo. 
− Os movimentos do tronco e da pelve estão reduzidos, resultando na falta do balanço 
recíproco dos braços, rotação e dissociação limitadas, além de incapacidade do 
movimento pélvico de contribuir efetivamente para o ciclo de marcha limitando a 
rotação, diminuindo o torque e reduzindo o avanço do membro. → O comprimento da 
passada está bem menor, de forma que o paciente caminha com passos pequenos 
e “arrastados”. 
− Não ocorre o contato do calcanhar no contato inicial, mas sim um pé plano ou uma 
progressão dos dedos para o calcanhar. O tronco pode estar encurvado, flexionado 
e rigidamente limitado em rotação. 
 
➢ Atáxica: 
− A alteração cerebelar acarreta em marcha atáxica. A ausência de coordenação 
provoca movimentos espasmódicos irregulares. 
− O equilíbrio tende a ser deficiente e a base de sustentação ao caminhar é larga 
(marcha abduzida). Em geral, a pessoa tem dificuldade para caminhar em linha reta 
e tende a cambalear. O movimento recíproco do membro superior também parece 
ser espasmódico e irregular.Todos os movimentos parecem exagerados. 
− Na marcha atáxica, o comprimento do passo é desigual, a largura é irregular, não há 
ritmo e os pés costumam ser levantados muito alto. 
− A relação normal entre as fases de apoio e balanço da marcha está alterada e, em 
geral, não há balanço dos braços.Tipicamente, o movimento é de base ampla, e há 
evidências de estabilidade proximal insuficiente na altura dos ombros e da pelve. 
− O movimento durante a marcha também é afetado, secundariamente, por geração 
de força inadequada, anormalidades de sequenciamento e incapacidade de regular 
a postura. 
− A função de apoio pode ser afetada por interferência de várias restrições, como 
fraqueza, sobretudo nos extensores do quadril e do joelho, contratura, disfunção 
sensorial e tônus anormalmente baixo ou movimento descoordenado. 
− Durante o balanço, são mais notáveis a ativação muscular atípica, padrões de 
iniciação inadequados e a incapacidade de manter uma ativação muscular 
adequada. 
− O avanço para a frente do membro costuma apresentar base ampla e abdução do 
membro, com evidências de dismetria, ocasionando mau posicionamento do membro 
durante o apoio. 
 
➢ Escarvante: 
− Marcha escarvante ou do pé caído. O paciente com uma marcha escarvante 
apresenta fraqueza ou paralisia dos músculos dorsiflexores, acarretando pé caído 
(steppage). Para compensar e evitar o arrastamento dos pododáctilos contra o solo, 
o paciente eleva o joelho além do normal. No contato inicial, o pé bate contra o solo 
por causa da perda de controle dos músculos dorsiflexores decorrente de lesão dos 
músculos, de sua inervação periférica ou de raízes nervosas que os inervam. 
− O músculo gastrocnêmio é um músculo biarticular que faz a flexão plantar do 
tornozelo e a flexão do joelho. Durante a sustentação de peso, o peso do corpo pode 
forçar certo grau de dorsiflexão e, assim, a contratura do músculo gastrocnêmio força 
a extensão do joelho. Além disso, há elevação precoce do calcanhar durante o 
impulso (apoio terminal), o joelho é levantado mais alto durante a fase de balanço e 
os dedos do pé tocam o solo primeiro durante o toque do calcanhar (contato inicial). 
 
➢ Em tesoura: 
− A espasticidade dos músculos adutores do quadril causa a marcha em tesoura 
(também denominada marcha espástica). 
− Essa marcha é mais evidente durante a fase de balanço, quando o membro inferior 
sem apoio balança em direção ao membro inferior de apoio, encostando-se nele ou 
cruzando-o. Não é preciso dizer que há estreitamento da base da marcha. O tronco 
pode se inclinar sobre o membro inferior de apoio quando o membro inferior em fase 
de balanço tenta ultrapassá-lo. 
− No balanço, a adução excessiva do quadril está ligada ao alinhamento medial de todo 
o membro. Este começa no balanço inicial, quando o quadril está fletido, e progride 
durante o balanço. 
− O resultado de uma excessiva adução no balanço é uma base de apoio diminuída. 
Referências: 
S., L. L. Cinesiologia Clínica e Anatomia, 6ª edição.Grupo GEN, 2018. 
9788527734004. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734004/. Acesso em: 20 Mar 
2021 
J., M. D. Avaliação Musculoesquelética. Editora Manole, 2010. 9788520451960. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451960/. 
Acesso em: 20 Mar 2021 
 
A., H.P.; (EDS.), B.D.B. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. Editora Manole, 2014. 
9788520449776. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520449776/. Acesso em: 19 Mar 
2021

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