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Formas de Governo 
Prof. Ivonaldo da Silva Mesquita 
1. Conhecer as classificações formuladas por Aristóteles e Maquiavel, que estão nas origens
das classificações contemporâneas;
2. Apontar as principais características da Monarquia como forma de governo;
3. Estabelecer as principais características da República como forma de governo.
Objetivos da aula: 
As Teorizações Aristotélica e Maquiavélica 
As Teorizações Aristotélica e Maquiavélica na Origem das Formulações Contemporâneas de
Formas de Governo.
Embora as classificações apresentadas por dois ícones da Filosofia Política envolva uma tipologia
não mais usada nos dias atuais, o objetivo desta segmentação temática é compreender o
desenvolvimento histórico das formas de governo a partir das classificações Aristotélica (na
Antiguidade) e Maquiavélica (representativa do início da Modernidade).
Classificação Tradicional de Aristóteles
GOVERNO DE UM SÓ
Forma pura = Monarquia
Forma impura = Tirania
GOVERNO DE ALGUNS
Forma pura = Aristocracia
Forma impura = Oligarquia
GOVERNO DE TODOS
Forma pura = Democracia
Forma impura = Demagogia
Visão de Parte da Doutrina (Dalmo Dallari)
O presidencialismo não deixa de ser um sistema misto em que coexistem as três formas
aristotélicas puras de governo (monarquia, aristocracia e democracia).
a) O Poder Executivo seria a expressão de um governo unipessoal monárquico (governo de um
só).
b) O Poder Judiciário simbolizaria um corpo aristocrático cuja nota central é o déficit
democrático porque não eleito pelo povo (governo de alguns).
c) O Poder Legislativo, este, sim, representando o componente democrático do sistema
(governo da maioria).
Classificação Tradicional de Maquiavel
Repúblicas
Principados
Classificação de Maquiavel 
As duas formas de governo na atualidade: 
• MONARQUIA (origem em Aristóteles)
• REPÚBLICA (origem em Maquiavel)
Monarquia como Forma de Governo 
A transmissão do poder se dá em virtude dos laços de sangue (hereditariedade), sendo que o
término do direito de ser o monarca somente ocorre com a morte ou com a comprovada ausência
de condições de cumprir suas atribuições (vitaliciedade).
A condução ao exercício da função de monarca não decorre da escolha popular (a não
representatividade popular), sendo que o monarca não tem responsabilidade política e, por isso,
não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão estatal (irresponsabilidade política como
ausência de prestação de contas).
Muitas monarquias dos dias atuais são formas de governo que se guiam pelo regime democrático
(monarquias parlamentaristas).
Vale, pois, afastar a confusão costumeira de associar a ideia de monarquia aos estados autocráticos
ou mesmo Estados absolutistas.
Não que as monarquias absolutas tenham deixado de existir, mas, nos dias atuais, são minoria em
face daquelas que adotam regimes democráticos.
Monarquia como Forma de Governo 
A República tem como traços marcantes o acesso ao poder por meio de sufrágio censitário
(república aristocrática) ou universal (república democrática), enquanto a permanência é limitada
temporalmente por meio de mandato fixo, durante o qual, via de regra, há a responsabilização do
governante.
São características da República: a temporalidade, a eletividade e a responsabilidade.
República como Forma de Governo 
Características Fundantes da República
Temporalidade – Mandato, com prazo de duração pré-determinado. 
Para evitar o continuísmo, veda-se a reeleição sucessiva.
Eletividade – O chefe de governo é eleito pelo povo, porém não se 
reconhece a sucessão hereditária, ou seja, sempre haverá a 
participação do povo no processo eleitoral de escolha.
Responsabilidade – O chefe de governo é politicamente responsável, 
ou seja, deve prestar contas de seus atos, diretamente ao povo ou, 
indiretamente, a um órgão de representação popular.
Não sendo a forma republicana, cláusula pétrea constitucional, há quem entenda existir condições
jurídicas para um retorno da monarquia no Brasil pela via de emenda à constituição.
Vale lembrar, que em 21 de abril de 1993, esta pergunta foi formulada ao povo brasileiro pela via
plebiscitária, sendo que o mesmo se manifestou pela permanência da república, embora 13,4%
dos cidadãos tenham se declarado favoráveis ao retorno da monarquia.
República é Cláusula Pétrea no Brasil?
O conceito de res publica projeta a ideia-força de governo da coisa pública.
Portanto, o conceito pelo ângulo da chamada res publica tem horizonte mais amplo alcançando o
combate à degradação política pela corrupção dos agentes políticos, bem como o afastamento de
práticas nocivas, como, por exemplo, o nepotismo e o patrimonialismo.
República como Forma de Governo
Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país “P”
resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via
federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os
mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no
Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando
estabelecer qualquer resquício personalista ao poder.
A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre
a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de
governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com
eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de
responder politicamente pelos seus atos.
Questão Discursiva 
Pergunta-se:
a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria
política atualmente estudada?
b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a
finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica?
Pesquise e responda.
Questão Discursiva

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