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UNINASSAU_AULA 23.03

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Tipos de pesquisa 
De acordo com Estrela (2018), as pesquisas podem ser classificadas levando em consideração alguns aspectos de sua trajetória metodológica, tais como a abordagem das variáveis, a natureza da pesquisa, os objetivos do estudo e os procedimentos a serem realizados. A classificação se dá da seguinte forma:
Quanto à abordagem das variáveis:
Pesquisa quantitativa: preocupa-se com as variáveis quantitativas e cujos dados obtidos e resultados serão apresentados numericamente.
Pesquisa qualitativa: visa explicar os fenômenos e eventos que cercam a obtenção dos dados de maneira indutiva e utilizando inferências a partir da análise dos resultados.
 
Alguns estudos podem mesclar ambas as abordagens de pesquisa, enriquecendo, assim, o conteúdo do trabalho.
Quanto à natureza:
Pesquisa básica: pouco utilizada na prática odontológica em si, já que se preocupa com a geração de tecnologias, instrumentos e conhecimento sem, no entanto, ater-se à aplicação prática do produto final ou mesmo à devolutiva social a partir dos resultados. Seria a pesquisa em sua essência de descoberta. 
Pesquisa aplicada: soluciona problemas do cotidiano, ou seja, o conhecimento é gerado a partir de um problema do cotidiano ou da clínica, no caso da Odontologia, com o intuito de solucionar a dúvida e contribuir para a melhoria da prática.
Tipos de pesquisa 
Tipos de pesquisa 
Quanto aos objetivos:
Pesquisa exploratória: propicia uma aproximação com o problema da pesquisa, a partir do uso de ferramentas de levantamento bibliográfico ou do contato com a própria população pesquisada. As pesquisas de mercado são bons exemplos de pesquisa exploratória, que tem o intuito de conhecer preferências de consumo ou uso, por exemplo, de um determinado creme dental.
Pesquisa descritiva: é utilizada quando se deseja caracterizar uma população, como por exemplo, nos estudos de levantamento epidemiológico, visando conhecer as condições de saúde bucal de uma determinada população. 
Pesquisa explicativa: busca realizar inferências de causalidade sobre determinados assuntos. Um exemplo em Odontologia seriam pesquisas relacionadas ao uso do laser de baixa intensidade no pós-operatório de exodontia de terceiros molares e a consequente explicação para melhora e otimização do fenômeno cicatricial.
Quanto aos procedimentos:
Pesquisa experimental: viabiliza a análise da influência de variáveis em um determinado fator em estudo. As pesquisas laboratoriais de materiais odontológicos para conhecer suas propriedades são bons exemplos desse tipo de pesquisa.
Pesquisa bibliográfica: como o próprio nome já indica, faz uso de material já publicado para um maior conhecimento sobre determinado assunto. A estatística pode ser utilizada e transformar uma pesquisa bibliográfica simples em uma revisão sistemática de literatura com metanálise dos resultados, que se torna o tipo de estudo com maior impacto dentro prática baseada em evidência.
Pesquisa de campo: quando o pesquisador vai até a população pesquisada utilizando instrumentos que possibilitem essa abordagem. 
Tipos de pesquisa 
Tipos de pesquisa 
Existem outros tipos de pesquisa, mas os citados são os mais utilizados no âmbito da Odontologia.
No momento da tipificação da pesquisa na descrição metodológica, a associação de todas as classificações das pesquisas pode ser feita.
 
Por exemplo, pode-se realizar uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório de campo. O conhecimento do tipo de pesquisa a ser realizado pode interferir na maneira com que os dados serão analisados. 
Variáveis e trabalho estatístico
Para Rauen (2012), variável é aquilo que é observado na obtenção de informações acerca de determinado grupo amostral, sendo que às variáveis se pode atribuir um valor que pode ser mensurado. 
Podem ser divididas em diversos grupos a partir das possibilidades de análise e pela forma de apresentação em numéricas ou não numéricas.
A primeira delas é baseada no tipo de dados e respostas que se quer obter: 
Variáveis Quantitativas são aquelas cujos valores podem ser atribuídos por meio de números e medidas, e 
Variáveis Qualitativas são as que têm seus dados demonstrados em categorias e não em números e medidas.
Variáveis e trabalho estatístico
Na forma como as variáveis são categorizadas e organizadas: para variáveis quantitativas, é possível que sejam discretas e contínuas. 
Variáveis discretas são aquelas que podem ser representadas apenas por números inteiros, sendo utilizadas para contagem. 
	Por exemplo, o número de pacientes atendidos por dia em um consultório odontológico é uma variável quantitativa e discreta.
Já as contínuas aferem medidas que podem ser representadas por valores fracionados e que, de maneira geral, carecem de um instrumento para sua mensuração. Por exemplo, no comprimento das raízes palatinas de molares superiores em pessoas de etnia africana e australiana, a variável comprimento das raízes palatinas de molares superiores é uma variável quantitativa e contínua, pois pode assumir valores fracionados, tais como, 19,23 mm, 20,12 mm, entre outros.
Variáveis e trabalho estatístico
Variáveis e trabalho estatístico
Variáveis e trabalho estatístico
ATIVIDADE
1) Em uma pesquisa realizada em uma escola, identificou-se os seguintes indicadores:
 Idade:
 Anos de estudo:
 Ano de escolaridade:
 Renda:
 Sexo:
 Local de estudo:
 Conceito obtido na última prova de matemática:
 Quantidade de livros que possui:
Qualitativa: QL;
Quantitativa Discreta: QD; 
Quantitativa Contínua: QC
Variáveis e trabalho estatístico
ATIVIDADE
1) Em uma pesquisa realizada em uma escola, identificou-se os seguintes indicadores:
 Idade: QC
 Anos de estudo: QC
 Ano de escolaridade: QD
 Renda: QC
 Sexo: QL
 Local de estudo: QL
 Conceito obtido na última prova de matemática: QL
 Quantidade de livros que possui: QD
Qualitativa: QL;
Quantitativa Discreta: QD; 
Quantitativa Contínua: QC
As variáveis qualitativas, por representarem categorias, podem ser expressas de maneira nominal ou ordinal. 
Variáveis nominais não podem ser classificadas por ordem – de forma geral são dicotômicas, ou seja, sim ou não, animal macho ou fêmea, fumante ou não fumante, dentado ou não dentado. 
As qualitativas ordinais, por sua vez, são aquelas que demonstram hierarquização e ordem entre seus fatores, como, por exemplo, os conceitos dados a determinado produto em excelente, bom, regular, ruim ou péssimo – neste caso, o resultado e a ordem de como são classificados interfere nas inferências a serem realizadas a partir da análise dos resultados.
Variáveis e trabalho estatístico
Baseado na determinação de resultados de uma pesquisa e na manipulação da variável pelo pesquisador, estas podem ser divididas em independentes e dependentes. 
Variáveis independentes são aquelas que podem interferir ou modificar outras variáveis, sendo na maioria das vezes o fator em estudo da pesquisa. 
Já as dependentes sofrem influência da variável independente, sofrendo variações a partir da manipulação dessa.
Variáveis e trabalho estatístico
Um bom exemplo para ilustrar a diferença entre variáveis dependentes e independentes:
Suas relações é um estudo hipotético que avalie a contração de polimerização de diferentes resinas compostas a partir de fotopolimerização utilizando um tempo fixo de 40 segundos e um aparelho fotopolimerizador único. 
Neste caso, a variável independente é a fotoativação, e a variável dependente as várias contrações de polimerização de diferentes resinas compostas.
Etapas do método ou trabalho estatístico de maneira contextualizada, e as etapas em sequência são as seguintes:
Etapas do método ou trabalho estatístico de maneira contextualizada, e as etapas em sequência são as seguintes:
Etapas do método ou trabalho estatístico de maneira contextualizada, e as etapas em sequência são as seguintes:
Etapas do método ou trabalho estatístico de maneira contextualizada, e as etapas em sequência são as seguintes:
Etapas do método ou trabalho estatístico de maneira contextualizada,e as etapas em sequência são as seguintes:
REFERÊNCIAS
ESTRELA, C. Metodologia Científica: ciência, ensino, pesquisa. 3 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2017. 
MINEO, J. R. et al. Pesquisa na área biomédica: do planejamento à publicação. Uberlândia: EDUFU, 2005. 
PEREIRA, A. O. Mensuração Estatística. Arquivos Brasileiros de Psicotécnica. 1952. p. 73-77.
RAUEN, F. J. Pesquisa científica: discutindo a questão das variáveis. In: IV Simpósio de sobre Formação de Professores, 2012, Tubarão/SC. Anais... p. 1-14.
VIEIRA, S. Introdução à Bioestatística. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
VOLPATO, G. L. Guia prático para a redação científica. Botucatu: Best Writing, 2015. 
VOLPATO, G. L. Método Lógico para redação científica. Botucatu: Best Writing, 2017. 
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