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GestAúo-Territorial

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GA 134- Gestão TerritorialGA 134- Gestão Territorial
Alzir Felippe Buffara Antunes
2022/2023
Ministrantes: Alzir Felippe Buffara Antunes e Naisa Batista da Luz 
2
PROGRAMA
1. Conceitos básicos sobre gestão pública e empreendedorismo. 
Processo de ocupação do território. 
2. Noções Urbanismo: história e desenvolvimento. Conceito de 
região. 
3. Conceito de gestão, engenharia urbana e planejamento urbano e 
territorial. 
4. Planejamento estratégico Desenvolvimento urbano e territorial 
sustentável. Cidade e meio-ambiente. 
5. Gestão urbana, organização administrativa urbana e orçamento 
municipal.
6. Instrumentos do planejamento urbano e territorial: Estatuto das 
Cidades . Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Zoneamento 
e parcelamento. 
7. Regularização fundiária. 
8. Gestão da infraestrutura urbana.
Bibliografia Recomendada 
3
⬩ FERRARI, Celso. Curso de Planejamento Municipal Integrado. 7º ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1991. 
⬩ CASILHA, G. Planejamento e Meio Ambiente. Livro IESD Brasil. 2009 (online)
⬩ SILVA, José Afonso.. Direito Urbanístico Brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Malheiros Editores. 2ª ed. São Paulo. (online)
⬩ SOUZA, Marcelo Lopes. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão.
⬩ OLIVEIRA, Lúcia Lippi. CIDADE: história e desafios /, organizadora. Rio de Janeiro: Ed.Fundação Getulio Vargas, 2002. 
295 p. (online)
⬩ DEL RIO, Vicente. Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento. São Paulo: Ed. PINI, 1994. 
⬩ ROLNIK, Raquel. O que é Cidade. 3ª ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1995. 
⬩ SANTOS, Milton. A Urbanização Brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.
⬩ IMPARATTO, Elade ; GINTERS, Isabel . Regularização fundiária na costa brasileira: passo a passo para regularizar as 
moradias em terras da união.Acesso: Instituto Pólis .https://polis.org.br/publicacoes/regularizacao-fundiaria-na-costa-
brasileira-passo-a-passo-para-regularizar-as-moradias-em-terras-da-uniao/. 2016.
⬩ Plataforma Global Pelo Direito à Cidade. Right to the city agenda – for the implementation of the 2030 agenda for 
sustainable development and the new urban agenda. Instituto Polis .acesso : https://polis.org.br/publicacoes/right-to-
the-city-agenda-for-the-implementation-of-the-2030-agenda-for-sustainable-development-and-the-new-urban-agenda/ . 
2018
⬩ Regularização Fundiária Urbana : Como Aplicar a Lei Federal nº 11.977/2009, Ministério das Cidades , acesso 
www.capacidades.gov.br. 2017
⬩ Estatuto das Cidades Comentado. Ministério das Cidades. acesso: www.capacidades.gov.br.2010
Gestão e Planejamento
Conceito de Geral
Gestão é atividade empreendedora de alguém que está engajado num
empreendimento, reconhece viável uma idéia para um produto ou serviço,
um objetivo, e o leva adiante. O comprometimento com o
empreendedorismo leva à inovação, que se nutre na mudança para criar
valor.
Vive-se em uma sociedade de caráter empreendedor, em uma economia
empreendedora – o que conduz a uma gestão empreendedora, pois o
empreendedor não é apenas um dinamizador: é também um gestor
eficiente.
Conceitos
Gestão municipal ideal aquela que induz, mudando o paradigma de
uma estrutura administrativa que trabalha rotineiramente ,
adotando uma filosofia permanente que permeia e envolve toda a
administração pública, tendo como técnicas de gestão o
compartilhamento da informação, do conhecimento, a
disseminação das melhores práticas, em prol do bem comum.
Palavras Chaves: 
GERIR, INFORMAÇÃO, INTEGRAÇÃO DE DADOS, CONSTITUIÇÃO, PARTICIPAÇÃO ...
Gestão no contexto do Planejamento
« Em um sentido amplo, planejamento é um método de 
aplicação, contínuo e permanente,destinado a resolver, 
racionalmente, os problemas que afetam uma sociedade situada 
em determinado espaço, em determinada época,
através de uma previsão ordenada capaz de antecipar suas 
ulteriores consequências »
Conceitos
Planejadores urbanos, os profissionais que lidam com este processo, 
aconselham municípios, sugerindo possíveis medidas que podem ser
tomadas com o objetivo de melhorar uma dada comunidade urbana, ou 
trabalham para o governo ou empresas privadas que estão interessadas
no planejamento e construção de uma nova cidade ou comunidade, fora 
de uma área urbana já existente.
Conceitos
Planejamento Regional: refere-se as ações coordenadas entre os 
diferentes espaços que compõem a região de forma a otimizar 
desenvolvimento da região .
CONHECER, PERCEBER, ENTENDER já e PLANEJAR !
A compreensão do território como um espaço com limites estabelecidos por 
fronteiras coloca, por conseguinte, a questão da exclusividade de apropriação e 
de uso, distinguindo “nós” (os incluídos, aqueles que integram o território) e os 
“outros” (aqueles que não fazem parte do território
O Território possui limites estabelecidos de apropriação, uso, gestão e controle 
de fração do espaço, como um domínio político-estatal, cujo acesso exige a 
permissão de uma autoridade, de um poder instituído concentrado na figura 
do Estado. 
Noção de Território
Percepção Geográfica
LUGAR: onde vivo , o cotidiano
PAISAGEM: vejo, sinto . Essência e Aparência
TERRITÓRIO: espaço de poder. Politico.
REGIÃO: espaço de características similares. 
O Geografo Vidal de La Blache sec XIX considera a região como uma área 
pautada por uma característica que a diferenciava de seu entorno. 
Outros autores clássicos consideravam a região como uma área natural 
marcada por um conjunto específico de elementos climáticos, geológicos, 
hidrográficos e biosféricos.
Para La Blache, inclusive, seriam os estudos regionais detalhados que 
dariam uma melhor perspectiva sobre a compreensão do todo a partir da 
soma das partes.
CONCEITO REGIÃO
Região é uma grande extensão de espaço. É um território 
que, pelo clima, solo, vegetação, produção econômica, 
cultural e outras características próprias, se diferenciam 
dos territórios próximos. É uma área delimitada, 
demarcada, estabelecida.
Por que é importante Regionalizar ? 
As Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas 
são constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes e são instituídas por lei 
complementar estadual, de acordo com a determinação do artigo 25, parágrafo 3° da 
Constituição Federal de 1988, visando integrar a organização, o planejamento e a 
execução de funções públicas de interesse comum. 
As Regiões Integradas de Desenvolvimento, por sua vez, são definidas como regiões 
administrativas que abrangem diferentes unidades da federação. Esses recortes são 
criados por legislação específica, na qual as unidades da federação que as compõem são 
elencadas, além de definir a estrutura de funcionamento e os interesses das unidades 
político-administrativas participantes. 
No caso das RIDEs, a competência de criá-las é da União, com base nos artigos 21, inciso 
IX; 43 e 48, inciso IV, da Constituição Federal (FONTE IBGE)
RMC
Território Urbano
Origem das Cidades
Modo de Produção
Aspectos da Urbanização Brasileira
Paisagem Urbana
Origem das cidades
O surgimento dos conglomerados urbanos é um fato 
histórico, geográfico e, acima de tudo, social.
Tem-se, como seu aparecimento, o fim da pré-história, 
já que no início a sociedade primitiva não desenvolveu 
a cidade, mas apenas aldeias rurais (as chamadas 
“proto-cidades”), que não eram fixas e mudavam de 
lugar com a exaustão do solo, época que compreendeu 
especialmente os períodos paleolítico, mesolítico
A separação entre a agricultura e o pastoreio e, conseqüentemente, a 
primeira divisão social do trabalho, entre o agricultor e o pastor.
Notemos que sociedade de classes precedeu, assim, a origem da cidade.
O pastor precisava dos produtos agrícolas do agricultor e este, por 
outro lado, precisava os produtos animais daquele. Começa então a 
aparecer postos de troca, onde pastores e agricultores permutavam seus 
produtos
A cidade de Ombos no Egito, é 
tida como a mais antiga cidade 
do mundo, construída em, 
aproximadamente, 4.000 a.C. 
Outras cidades antigas 
conhecidas são: Tebas, Mênfise 
Hieracompolis no Vale do Nilo; 
Harapá, Moenjo-Daro e Laore na 
Bacia do Indus
(contemporâneas das grandes 
pirâmides egípcias); Jericó, Tiro 
e Jerusalém ; e Pequim na China
Tiro, Líbano
Modelo de ocupação do Espaço 
1) Dificuldades de sobrevivência levaram os seres humanos a 
fazerem esforços conjuntos que resultaram na civilização.
2) A criação de excedentes e da agricultura conduziu a 
especialização do trabalho e ao desenvolvimento de comunidades 
dotadas de uma organização burocrática.
3) Surgimento do comércio: centro de trocas
4) Organização das atividades
Efesus, Turquia
Tyro, Libano
Evolução das Cidades
A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade.
Sempre esteve presente nas obras dos grandes filósofos da Antiguidade.
Para o Geografo Ratzel,, ela representa uma forma de aglomeração durável. 
« é todo aglomerado permanente cujas atividades não se caracterizam como 
agrícolas. A grande concentração das atividades terciárias públicas e privadas do 
aglomerado e a forma contínua dos espaços edificados onde se dá a proximidade 
das habitações da população que vive dessas atividades são atributos que 
permitem caracterizar melhor a cidade. De forma muito genérica, pode-se dizer 
que, nestas condições, a aglomeração é importante por ser organizada para o 
trabalho coletivo em atividades não-agrícolas ».
A Cidade e Modo de Produção
A urbanização é a relação entre sociedade e espaço, “é função da 
organização especifica dos modos de produção, que coexistem
historicamente numa formação social concreta” (CASTELLS,
2000,). 
Assim, sociedade e espaço não podem ser vistos
desvinculadamente, pois a cada estágio do desenvolvimento da 
sociedade, corresponderá um estágio do desenvolvimento da 
produção espacial (CARLOS, 1992).
Modo de produção em economia, é a forma de organização 
socioeconômica associada a uma determinada etapa de desenvolvimento 
das forças produtivas e das relações de produção. 
Reúne as características do trabalho preconizado, seja ele artesanal, 
manufaturado ou industrial. 
São constituídos pelo objeto sobre o qual se trabalha e por todos os meios 
de trabalho necessários à produção (instrumentos ou ferramentas, 
máquinas, oficinas, fábricas, etc.) 
Existem 6 modos de produção: 
1.Primitivo, 2.Asiático, 
3.Escravista, 4.Feudal, 
5. Capitalista, 6.Comunista.
Modo de produção comunal primitivo
É considerado o primeiro modo de produção da história. Se iniciou a partir da 
época em que o homem deixou de ser nômade e passou a plantar e caçar. Tal 
modo se baseia no uso coletivo dos meios de produção, nas relações 
familiares e no cooperativismo, semelhantemente ao que ocorre em muitas 
aldeias indígenas. Assim, no modo de produção comunal primitivo, não havia 
propriedade privada, uma vez que todos os bens e modos de produção eram 
coletivos.
Modo de produção escravista
.Os senhores, a minoria, eram proprietários dos escravos. As relações aqui 
não são de cooperação, como no modo comunal primário, mas sim, de 
domínio e sujeição, uma vez que os escravos eram vistos como 
instrumentos, como objetos, animais, etc.
Outro importante fato referente a esse sistema é que foi a partir dele – e do 
surgimento da propriedade privada – que surgiu a necessidade de se criar um 
órgão para garantir o bem-estar, a justiça, a ordem e a manutenção dos 
direitos dos proprietários de terras: o Estado.
.
Rio, Debret, 1834
Modo asiático de produção
Presente principalmente nas civilizações da antiguidade, como Egito e 
Mesopotâmia. Foi marcado pela existência de um Estado forte que 
apresentava mecanismos burocráticos e eficientes com o fim de 
submeter toda a sociedade ao seu poder. Todos os bens e meios de 
produção eram pertencentes ao Estado, sendo este encarnado pelo rei, 
imperador, etc.
Modo de produção feudal
Predominante na Europa ocidental entre os séculos V e XVI, foi marcado 
pelas relações entre senhores e servos. Os senhores eram os donos da 
terra e do trabalho agrícola do servo, contudo, os servos não eram vistos 
apenas como objetos, como no modo escravista. O servo tinha o direito 
de cultivar um pedaço de terra cedido pelo senhor e viver ali com sua 
família. Em troca, ele pagava impostos, rendas, além de trabalhar para o 
senhor. Os senhores feudais tinham certa independência em relação ao 
sistema político presente, visto que possuíam seus próprios exércitos
Byblos, 3.000ac
Primitivo: Função TROCAS
Nessa época de inicio da Idade Media, o comércio era realizado por 
mercadores "sirios", designação que incluía todos aqueles provenientes da 
parte oriental do antigo Império Romano que ia da Grécia ao Egito, incluindo 
os judeus. Esses mercadores comercializavam produtos exóticos de luxo, 
como especiarias, perfumes, tecidos finos, couros trabalhados, papiros 
azeite, tâmaras e figos 
Ephesus, Turquia Balbek, Fenícia
Até o século XI, as cidades medievais estavam reduzidas às funções 
religiosas ou administrativas, abrigando apenas a residência de um 
bispo ou de um rei. 
A intensificação da vida agrícola e comercial no Ocidente estimulou o 
seu crescimento e trouxe o aparecimento de novos centros urbanos, 
localizados ao longo das principais rotas comerciais da Itália, da 
Alemanha, dos Países-Baixos e da França. Burgos e Comunas 
Italia, Amalfi
O espaço urbano, deste modo, é estruturado, não é organizado 
ao acaso, responde então à projeção da sociedade que nele 
vive. 
Assim, as formas espaciais serão produzidas pela ação humana 
e expressarão os interesses da classe dominante ou de seus 
governantes, de determinado modo de produção, dentro de um 
modelo de desenvolvimento específico, e da maior ou menor 
participação da população nas decisões. 
Modo de Produção Capitalista
O capitalismo é um modo de produção fundado na divisão da 
sociedade em duas classes essenciais: a dos proprietários dos meios 
de produção (terra, matérias-primas, máquinas e instrumentos de 
trabalho) - sejam eles indivíduos ou sociedades - que compram a força 
de trabalho para fazer funcionar as suas empresas; a dos proletários, 
que são obrigados a vender a sua força de trabalho, porque eles não 
têm acesso direto aos meios de produção ou de subsistência, nem o 
capital que lhes permita trabalhar por sua própria conta.
O capitalismo não existe em lugar nenhum em estado puro. Ao lado 
dessas duas classes fundamentais vivem outras classes sociais. Nos 
países capitalistas industrializados, encontra-se a classe dos 
proprietários individuais de meios de produção e troca, que não 
exploram ou quase, mão-de-obra: pequenos artesãos, pequenos 
camponeses, pequenos comerciantes.
Socialismo- Modo de Produção
O Socialismo é um sistema sócio-político caracterizado pela apropriação 
dos meios de produção pela coletividade. 
Abolida a propriedade privada destes meios, todos se tornariam 
trabalhadores, tomando parte na produção, e as desigualdades sociais 
tenderiam a ser drasticamente reduzidas, uma vez que a produção 
poderia ser equitativamente distribuída.
O modo de produção rege a ocupação do Espaço
Modos de Produção e Paisagem Urbana 
Fim do 1º Modulo: Veja as atividades assíncronas 
A- Dentro do que foi visto neste modulo responda:
1- Qual relação entre GESTÃO E PLANEJAMENTO?
2- Segundo Juca Villaschi “O Planejamento territorial urbano tem sido desenvolvido e aplicado de forma a 
ordenar o crescimento das cidades e minimizar os problemas decorrentes dos processos de urbanização. E 
tem sido curiosa a experiência brasileira em planejamento urbano, já que,geralmente, ele é demandado e 
elaborado após a desorganização espacial ter−se tornado uma realidade”. Qual sua opinião a respeito?Dê 
exemplos. (1/2 h)
3- Qual a importância do conceito de região para a gestão do território? Dê exemplos. 
(tempo estimado para respostas 1/2 h). 
4- Compare a organização territorial da Cidade de Havana , Cuba e Salvador Bahia, aponte as principais 
diferenças e similitudes (1h). 
B- Crie uma apresentaçãoptt comentada ou um vídeo de no Maximo 5 minutos, mostrando a evolução 
territorial de uma cidade ao longo do tempo e baseado em sua história (uso de geotecnologias). 
Marcaremos um horário para apresentações individuais. 
(Tempo estimado para elaboração 2h).
Use o fórum , para perguntas 
Assincronas I
2o PARTE2o PARTE
Conteúdo 
⬩ Urbanização Brasileira
⬩ A cidade informal 
⬩ Paisagem urbana: texto de apoio
⬩ Morfologia Urbana 
42
Problemas Urbanos 
Ao invés de um crescimento organizado, o crescimento das 
cidades no sec XXI conta com grande assentamentos 
baseados na ocupação de áreas não propicias, que 
além da degradação ambiental, produz miséria e 
poluição. 
Listagem : Resíduos e Esgoto; Trafego; Poluição (sonora, ar, 
visual’); Carencia de Areas verdes; Arborização Urbana 
Inadequada; Ilha de Calor; Manutenção de 
Monumentos; Descaso ao Patrimônio; Degradação da 
Bacia hidrografica. ....
43
⬩ As contradições existentes na organização do espaço das cidades refletem as 
contradições da própria sociedade, sendo necessário estabelecer uma relação direta 
entre os processos espaciais e os processos sociais. 
⬩ Segundo Lipietz (2002), “o espaço humano não é nada além de uma das dimensões 
materiais (a outra é o tempo) da totalidade social.(...) A “estruturação do espaço” é 
uma das dimensões materiais da estabilização das relações estruturadoras das 
práticas sociais”.
44
⬩ O processo de desenvolvimento urbano do Brasil foi uma transformação social, pós 
Segunda Grande Guerra Mundial, promovendo uma desarmonia entre os sistemas humano 
e natural.
⬩ Urbanização : Migração pela busca do emprego 
⬩ Explosão Demográfica : década de 70
45
População 
Urbana
1960 44%
1970 56%
1980 67%
1990 75%
2000 81%
2010 85%
2020 87% 
(estimada) 
46
⬩ De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE, entre os censos de 1991 e 2000 o 
número de favelas no Brasil aumentou em 25%, mais de 1.269 municípios 
declararam em 2005 terem favelas ou outro tipo de habitações precárias. 
⬩ As favelas são formadas por populações excluídas do mercado imobiliário legal e 
busca meios alternativos de habitação. 
47
Segundo o IBGE, 
“aglomerado subnormal (favelas e 
similares) é um conjunto constituído de, no 
mínimo, 51 unidades habitacionais, 
ocupando ou tendo ocupado até perído
recente, terreno de propriedade alheia 
(pública ou não), dispostas de forma 
desordenada e densa, carentes, em sua 
maioria, de serviços públicos essenciais”.
Favela
Paranaguá, Pr
ÓRIGEM DO TERMO:
Após a vitória na Guerra de Canudos na Bahia, os soldados do exército brasileiro 
regressaram a Capital Federal (RIO). Sem receber o devido salário, os soldados 
instalaram-se provisoriamente em alguns morros da cidade, juntamente com 
outros desabrigados.
A partir daí, os morros recém-habitados ficaram conhecidos como Morro da Favela, 
em referência à uma planta típica da caatinga extremamente resistente a seca 
chamada “favela”
Espécie conhecida como favela, 
favela-de-cachorro ou favela-de-
galinha. Essa espécie pertence à 
família botânica Euphorbiaceae, é 
endêmica do domínio fitogeográfico 
Caatinga, sendo comum encontrá-la 
em afloramentos rochosos e locais de 
solos rasos
Segundo o IBGE, boa parte dos municípios brasileiros possuem
loteamentos irregulares e seus habitantes “ocupantes” não são
cadastrados. As prefeituras brasileiras muitas vezes não
possuem instrumentos para impedir as invasões e os
loteamentos ilegais.
O com o inchaço e o crescimento desordenado das cidades
desarticulado de um planejamento urbano fez com que soluções
fossem pensadas, assim é discutido o Estatuto da Cidades, 2001
(módulo III)
Entre 1950 e 1990, formaram-se 13 cidades com mais de 1.000.000 de habitantes, 
e em todas elas, a expansão urbana teve características semelhantes, ou seja, 
não cresceram a partir de projetos articulados, visando a extensão da cidade. 
Ao contrário, prevaleceu a difusão do padrão periférico, que conduziu a 
urbanização do território metropolitano, perpetuando o loteamento ilegal, a casa 
auto-construída e os distantes conjuntos habitacionais populares, como seus 
principais propulsores
A cidade formal vs a informal é a expressão da concentração da pobreza nas 
metrópoles brasileiras
Ocupações irregulares? Cidade Informal ? 
52
Modelo Centro-Periferia- Anos 60 
CENTRO 
Periferia
Cidade Informal apartada dos serviços-
Relações de trabalho . 
Entre 1950 e 1990, formaram-se 13 cidades com mais de 1.000.000 de 
habitantes, e em todas elas, a expansão urbana teve características 
semelhantes, ou seja, não cresceram a partir de projetos articulados, 
visando a extensão da cidade. 
Ao contrário, prevaleceu a difusão do padrão periférico, que conduziu a 
urbanização do território metropolitano, perpetuando o loteamento ilegal, 
a casa auto-construída e os distantes conjuntos habitacionais populares, 
como seus principais propulsores
A cidade formal vs a informal é a expressão da concentração da pobreza 
nas metrópoles brasileiras
Na sociologia, o termo “favela”, além de ser uma forma de aglomerado 
habitacional, também é uma configuração ecológica particular, definida 
segundo um padrão específico de relacionamento com a cidade. 
Um aglomerado habitacional se transforma em favela à medida que ele 
desenvolve um microssistema sociocultural próprio, organizado a partir de 
uma identidade territorial. Relações Sociais .
Com o tempo, o termo “favela” ganhou várias conotações negativas, que 
são antônimos de cidade (FORMAL) e de tudo o que a ela se atribui: 
urbanidade, higiene, ética no trabalho, progresso, civilidade, segurança.
Surge também o termo “favelado”, que é o homem construído pela
socialização em um espaço marcado pela ausência dos referenciais da
cidade. Um processo iniciado no Século XIX.
Favelas e a Informalidade
Seculo XIX, Cortiços
Precursor das Favelas 
O Cortiço 1890, obra de Aluizio de Azevedo, apresenta as 
relações sociais dos moradores de um cortiço em Botafogo, Rio. 
A PAISAGEM URBANA
Pode ser entendida como a composição de elementos da natureza no
espaço, dentre os quais a fauna e a flora, o homem e as edificações
que constrói com a sua ação no espaço geográfico.
É materialização resultante da interação do homem e os elementos
da natureza. Segundo Milton Santos a paisagem é o conjunto de formas que, num
dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas
reações localizadas entre homem e natureza
SANTOS, M. (2002). A natureza do espaço: Técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp. 384 p. 
58
"[...] a paisagem que vemos hoje não será a que veremos amanhã e nem 
tão pouco é a que foi vista ontem, pois a paisagem é produzida e 
reproduzida no decorrer do tempo, através da ação do homem e da 
sociedade sobre o território, levando em conta que cada ator social tem 
seu tempo próprio no espaço. 
Assim, a paisagem é por conseguinte objeto, concreto, material, físico e 
efetivo e é percebida através dos seus elementos, pelos nossos cinco 
sentidos, é sentida pelos homens afetivamente e culturalmente". 
(BERINGUIER, 1991, p. 7)
BERINGUIER, C. e BERINGUIER, P. (1991). Manieres paysageres une methode d’etude, des pratiques. In: 
GEODOC.Toulouse: Univesité de Toulouse. p. 5-25. 
Copacabana,1910
Copacabana, 1950
Texto para Leitura conjunta :
Alteração da Paisagem Urbana Rio de Janeiro –Começo século XIX
Texto para Leitura : Adaptado de Alfredo Suppia e Marília Scarabello
7/5/14
“A rua ensurdecedora ao redor de mim agoniza. / Longa, delgada, em grande luto, dor majestosa”. Os versos do poema “A
uma passante”, do poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867), são evocativos de uma paisagem urbana comum a
algumas metrópoles em processo de modernização entre o final do século 19 e início do 20 – inclusive o Rio de Janeiro.
Nem sempre a “Cidade Maravilhosa” foi o destino turístico e comercial mundialmente reconhecido por sua beleza. Antes
das reformas promovidas por Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902e 1906, o Rio de Janeiro era conhecido
como “Porto Sujo” ou “Cidade da Morte”, um lugar evitado pelos viajantes. A falta de planejamento urbano e de infra-
estrutura sanitária fizeram com que o Rio se tornasse foco de uma variedade de doenças como a febre
amarela, varíola, sarampo, disenteria, difteria, tuberculose e até mesmo a peste bubônica. Com a onda de imigração
européia e a migração de escravos recém-libertos, a população crescia significativamente. De 1872 a 1890, a taxa de
crescimento era de 95,8%; entre 1890 e 1906, a população aumentou em 56,3%. O caos na ocupação urbana favorecia a
disseminação de doenças, tornando a cidade insalubre, e esse panorama se refletia na economia do país.
61
Uma reforma: impactos diversos
Por conta desse cenário, os governos federal e municipal deflagraram, cada qual, seu 
processo de reforma do Rio de Janeiro. A iniciativa municipal, coordenada pelo então 
prefeito Pereira Passos, ficou vulgarmente conhecida como “bota abaixo”. Com o 
objetivo de sanear o Rio de Janeiro, controlar a propagação de doenças e modernizar 
o tráfego e a comunicação entre as regiões da cidade, a Reforma Pereira Passos, como 
ficou conhecido o processo de modernização da cidade, consistiu na demolição de 
casas – particularmente os cortiços que se multiplicavam com a imigração.
Tida até hoje por muitos como uma iniciativa de modernização excludente, a Reforma 
Pereira Passos também costuma ser apontada como responsável pelo surgimento das 
primeiras favelas no Rio de Janeiro – uma vez que a população trabalhadora mais 
pobre, expulsa de suas casas no centro, foi obrigada a ir morar nos morros para 
permanecer relativamente próxima do trabalho. Segundo Luiz Guilherme Rivera de 
Castro, professor de arquitetura e urbanismo da Universidade Mackenzie, a Reforma 
Pereira Passos significou uma grande intervenção urbana e social, instituindo a 
separação de atividades urbanas e de classes sociais, criando um centro e uma 
imagem de cidade modernizada por meio da destruição de largos trechos urbanos e 
pelo deslocamento da população que ali vivia, em nome da higiene e do 
embelezamento urbano. “
62
Ainda segundo Castro, o saldo da Reforma Pereira Passos foi positivo e negativo ao 
mesmo tempo: “a iniciativa realizou uma modernização necessária naquele momento, 
combatendo a insalubridade e realizando a adequação funcional e formal do centro da 
cidade, em particular da área portuária, mesmo que isso tenha ocorrido, 
principalmente, em função da necessidade de inserir o país no mercado internacional”, 
afirma. “Todo o processo era, também, a expressão de interesses e valores das 
oligarquias dominantes naquele período, que tinham a cidade de Paris como modelo. 
Nesse sentido, a Reforma pode ser interpretada como positiva, apesar de autoritária e 
conservadora, pois representava um esforço de modernização. Por outro lado, foi 
negativo o modo como foi implementada, de maneira incompleta e com a expulsão de 
parte da população do centro reformado, com efeitos nefastos e duradouros 
principalmente para a população mais pobre”, completa.
Um novo pensamento sobre a cidade
O historiador André Nunes de Azevedo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de 
Janeiro (PUC-Rio), salienta as divergências entre os dois planos urbanísticos para o Rio 
de Janeiro do início do século 20: um promovido pelo presidente da República, 
Rodrigues Alves, outro pelo prefeito Pereira Passos
63
A reforma urbanística, posta em prática pelo governo federal, operou-se em função
da modernização do Porto do Rio de Janeiro e tinha como valor máximo a idéia de
progresso, de desenvolvimento material, técnico e econômico. Nesse sentido, era
fundamental combater a insalubridade na cidade, ampliar e modernizar suas
artérias e revigorar a zona portuária, tudo isso com finalidades claramente
econômicas – atrair mão de obra estrangeira para atender à elite cafeeira e facilitar
o escoamento da produção.
A Reforma Pereira “foi ampla e buscou integrar as diversas regiões da cidade ao seu
centro urbano, pensado como lugar privilegiado da difusão da civilização”. Relatos
dos antecedentes e repercussões da Reforma Pereira Passos também podem ser
reconstruídos a partir da leitura de alguns clássicos da literatura brasileira, como as
crônicas de João do Rio, “repórter da pobreza na cidade” e autor de A Alma
Encantadora das Ruas (reunião de textos publicados na imprensa carioca entre
1904 e 1907), ou O Cortiço (1890), romance naturalista de Aluísio Azevedo que
relata a exploração e a precariedade na vida dos moradores das estalagens ou
cortiços cariocas do final do século XIX. .
64
Rio, 1817
65
• A cidade insalubre: Varíola, Febre Amarela, Tuberculose....
66
Avenida Rio Branco-Centro, 1923
67
68
Rio Teatro Municipal 
Fonte : LAMAS, José et al.
….e voltando a paisagem urbana…..
Existem padrões morfológicos são identificados na maioria dos conjuntos 
urbanos de médio porte, sendo que a espacialização destes padrões 
obedece a uma lógica similar que se baseia em antecedentes comuns de 
formação das cidades.
Gramado Londrina 
Estrutura
1-Malha urbana
2-Tecido urbano
3- Uso
4- Referenciais urbanos
Na malha urbana se inclui a estrutura viária propriamente dita e 
suas articulações. 
Sobre esta malha formam-se diferentes tipos de tecido urbano, 
constituído por volumetrias construídas e plantas similares, 
destinadas a uso específico, e espaços livres de diferentes
funções.
1- Tecido Urbano
Os agrupamentos de edificações, com características semelhantes, formam
manchas que configuram os tecidos urbanos.
Podem ser homogêneos ou heterogêneos.
tecido convencional no qual está incluída a área central, o centro expandido,
a área habitacional central e o casario convencional, em uma espacialização
concêntrica,
tecido jardim", constituído dos" bairros-jardins" e dos condomínios fechados,
na periferia urbana,
tecido habitacional popular que diz respeito aos conjuntos habitacionais,
tanto os unifamiliares como os verticais e os não-institucionais, e ainda o
casario popular.
73
Diferentes 
Tecidos 
2- PADRÃO DE USO E OCUPAÇÃO 
O uso determina a forma da edificação e suas dimensões. As edificações 
produzem indícios materiais que permitem definir a época em que foram 
construídas por estarem imbuídas pelos aspectos culturais de sua sociedade. 
construções significativas são instalações ferroviárias, os colégios 
tradicionais, o centro cultural e/ou teatro, os clubes, os ginásios esportivos, o 
terminal rodoviário, o aeroporto, os shopping centers e/ou entrepostos 
comerciais. As construções significativas não apresentam uma tipologia 
arquitetônica semelhante; entretanto, obedecem a uma localização similar.
As estruturas urbanas, neste caso entendidas por aquelas que funcionam 
como referenciais e/ou marco na paisagem: a rua principal de comércio, a 
praça principal, os parques urbanos e/ou grandes massas de vegetação, as 
avenidas de acesso, os centros de bairro, a avenida com atrações noturnas, 
as rodovias e/ou anel viário e os cursos e/ou corpos d'água.
Elementos Morfológicos
1- vias,
2- limites,
3- bairros, 
4- cruzamentos 
5- ícones ou monumentos
6- Aspectos Funcionais
7- Patrimônio Imobiliário 
77
3- Referenciais urbanos podem ser construções significativas e de algum 
destaque, seja pela dimensão, pelo uso ou por ambos, ou estruturas 
urbanas e/ou trechos do tecido urbano que funcionam como marco 
dentro da paisagem.
78
Fonte: Rubens do Amaral Morfologia Urbana Conceitos e Aplicações Brasília, 2017. 
79
RUA XV , Curitiba 1950 1975
Fonte : LAMAS, José et al.
81
Adequação da FORMA À FUNÇÃO 
No início dos anos 1970, com base 
no Plano Diretor, Curitiba começou 
a implantação de um novo modelo 
de sistema viário, planejado de 
forma integrada ao transporte 
coletivo e ao zoneamento – que 
determina as regras para o uso do 
solo urbano. 
A disposição das VIAS reflete o crescimento gradual das CIDADES e suas 
funções 
http://www.superbrasilia.com/aquarela/pic_maquete_a.htmRADIOMETRICA
Artérias circulares 
GEOMETRICO
Ortogonalidade e perpendicularidade 
IRREGULAR Traçado Anárquico, ruas estreitas e 
tortuosas 
Traçado 
ANDRADE, R. 2012
86
A cidade de São Paulo, um dos grandes referenciais, e geradora de padrões 
urbanísticos brasileiros, é a síntese de um processo socioeconômico geral do 
país, que se representa formalmente em escalas diversas nos grandes 
centros e nas cidades de porte médio. No caso das cidades do interior do 
estado de São Paulo, este processo de influência da paisagem urbana se 
estrutura a partir da paisagem que se configura na cidade de São Paulo, e de 
cidades do porte de Campinas e/ou Ribeirão Preto, as quais por sua vez se 
referenciam, por exemplo: os novos padrões de uso do solo, como os 
condomínios fechados e a verticalização, o tratamento das áreas públicas de 
edificação, como o padrão de arborização e jardinagem urbana, as tipologias 
arquitetônicas, o desenho de pisos e calçamentos, e ainda pela arquitetura 
símbolo de edifícios, tais como redes de lojas e instituições financeiras, entre 
outras (LANDIM 2002). 
Exemplo: 
87
Estes padrões morfológicos fornecem um modelo de paisagem, ao qual 
está ligado um modelo de qualidade de vida, em que a sociedade passa a 
valorizar a presença dos elementos globais que estão em sintonia com os 
centros de poder. 
A paisagem da cidade média do interior central paulista é então 
homogênea, como conseqüência desta forma de ocupação homogênea, a 
qual é decorrente de códigos de obras e planos diretores padronizados, 
bem como ciclos de desenvolvimento semelhantes, o que resulta em 
padrões de urbanização uniformes, associados a tipologias arquitetônicas e 
material de acabamento similares. 
LANDIM, Paula, 2002. Desenho de paisagem urbana: as cidades médias do interior central paulista .
Botucatu 
Lins 
88
Diferentes Cidades Paises Baixos
Enschede Gronigen 
Utrecht Gouda 
89
TD 2: Atividades assíncronas 
Exercício 1 - Acesse o texto de Geografia urbana disponibilizado . Realize os exercícios 1 e 3. (1 h);
Exercício 2- “Os referenciais urbanos podem ser construções significativas e de algum destaque, seja pela dimensão, 
pelo uso ou por ambos, ou estruturas urbanas e/ou trechos do tecido urbano que funcionam como marco dentro da 
paisagem”. Mostre na sua cidade quais são estes marcos. Qual a importância para comunidade ? (30 Min)
Exercício 3- Como a Leis Municipais de Uso e Ocupação do Solo alteram a morfologia urbana ao longo do tempo. 
Observe nas fachadas e na mobilidade urbana. (1,5 h).
Exercício 4- A partir da leitura do artigo denominado : O território e a paisagem: a formação da rede de cidades no Norte 
do Paraná e a construção da forma urbana. Explique a como se deu a gênese das novas cidades do Norte do Paraná, 
oriundas do ciclo do café. Verifique se este processo ocorreu em outras regiões do Brasil (Ciclo do Café ou outros) . (3 h ) 
3o Parte 3o Parte 
Conteúdo 
⬩ Financiamento das Cidades
⬩ Estatuto das Cidades 
91
Financiamento para gestão do Território 
Patrimonial: Neste caso os impostos irão incidir sobre determinado 
patrimônio, como é o caso do IPTU (imóveis), IPVA (automóveis) e ITR 
(propriedades rurais).
Renda: Neste caso o imposto é calculado considerando a renda de uma 
pessoa, física ou jurídica durante determinado período. Um bom 
exemplo é o Imposto de Renda.
Consumo: Aqui os impostos podem ser cobrados de forma indireta, ou 
seja, quando uma pessoa adquire determinado produto ou serviço, ela 
já está pagando o imposto que está embutido no valor da compra. Isto 
ocorre por exemplo com o ICMS, IPI e ISS.
MUNICÍPIO
IPTU – Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana.
ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das 
empresas.
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens 
Inter Vivos. Incide sobre a mudança de 
propriedade de imóveis
ESTADO
ICMS – Imposto sobre Circulação 
de Mercadorias. Incide também 
sobre o transporte interestadual e 
intermunicipal e telefonia.
IPVA – Imposto sobre a 
Propriedade de Veículos 
Automotores.
ITCMD – Imposto sobre a 
Transmissão Causa Mortis e 
Doação. Incide sobre herança
UNIÃO
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre empréstimos, 
financiamentos e outras operações financeiras, e sobre ações.
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. Incide sobre a renda do cidadão.
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro das empresas.
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.
Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre petróleo e 
gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível.
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado das 
empresas.
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual do salário de cada 
trabalhador com carteira assinada depositado pela empresa.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada 
empregado cobrado da empresa e do trabalhador para assistência à saúde. O valor 
da contribuição varia segundo o ramo de atuação.
LOA: Lei Orcamentária Anual 
⬩ Nos três níveis de governo FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL a Lei Orçamentária é o instrumento de 
planejamento utilizado pelos governantes para gerenciar as receitas e despesas públicas em cada exercício 
financeiro. É um elemento fundamental na gestão dos recursos públicos, uma vez que sem ele o administrador 
não recebe autorização para executar o orçamento.
⬩ Lei Orçamentária Anual compreenderá os orçamentos fiscais (poderes, fundos, órgãos da administração direta 
e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público), da seguridade social e estatais. 
Indicar fontes de recursos. 
⬩ Projeto da LOA deve ser apreciado pelo Legislativo Municipal e encaminhado ao Executivo até a data de 
encerramento do segundo período legislativo, não sendo possível aos vereadores entrar em recesso 
parlamentar até o seu cumprimento. 
95
Instrumentos de Gestão Urbana
• Constituição 1988
• Estatuto das Cidades
• Plano Diretor (Leis Municipais)
CF88- Constituição 1988: Modernidade e humanidade
Prevê direitos decorrentes daqueles ideais, a exemplo do Direito à
Vida, à Liberdade, à Igualdade, e outros.
Dignidade da Pessoa Humana, no art. 6º, da Carta Política, incluindo ali a 
moradia. Os artigos são principiológicos, norteadoras das demais,fazendo-
se necessário que a própria Constituição delineasse mais especificamente 
certos tópicos relativos às questões de maior relevância como a Política 
Urbana.
….das Políticas Urbanas, observa-se assegurado como Direito Fundamental 
o Direito à Propriedade, conforme mandamento do art. 5º, caput, “aos 
brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. E reafirma, no 
inciso XXII, que “é garantido o direito de propriedade”. 
Tais dispositivos transmitem a idéia de que o Direito de Propriedade seria 
absoluto.
Todavia, no seio dos Direitos Fundamentais, encontram-se dispostos, no 
mesmo artigo em debate, especificamente nos incisos XXIII e XXIV, que 
derrubam a preocupante conclusão, relativizando o Direito de Propriedade, 
quando afirmam que
99
“a propriedade atenderá a sua função social” e que “a lei estabelecerá o 
procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social”.
Abrindo as brechas para a realização de políticas públicas de forma 
efetiva,mesmo que tais políticas tenham que adentrar no direito de 
propriedade de terceiros, já havendo a disposição de que aquela deverá 
atender sua função social. 
CF Política Urbana, prevista em seus artigos 182 e 183
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público 
municipal, conforme diretrizes geraisfixadas em lei, tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de 
seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades 
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa 
indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, ……
101
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta 
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, 
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
ESTATUTO DAS CIDADES 
102
Regulamentação dos capítulos 182 e 183 da CF88 através da LEI 10.257 de 
10/07/2001.
Principais Instrumentos:
A- Indução do Desenvolvimento: parcelamento do solo
B- Financiamento da Política Urbana: Impostos
C- Democratização da Gestão : audiências públicas
D- Regularização Fundiária: usucapião 
Para que?
103
104
•Garantia do direito às cidades sustentáveis, entendido como o direito à
terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura
urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para
as presentes e futuras gerações.
•Gestão democrática por meio da participação da população e de 
associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, 
execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de 
desenvolvimento urbano.
•Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da 
sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse 
social
Princípios
105
Contexto
A Regularização Fundiária
“o processo de intervenção pública, sob os aspectos jurídico físico e social, 
que objetiva legalizar a permanência de populações moradoras de áreas 
ocupadas em desconformidade com a lei para fins de habitação, implicando 
melhorias no ambiente urbano do assentamento, no resgate da cidadania e 
da qualidade de vida da população beneficiada”.
O usucapião individual e coletivo, CDRU (Concessão do direito real de uso), 
Concessão de uso especial para fins de moradia e ZEIS (Zona especial de 
interesse social). 
critérios Individual:
a) a posse de área urbana com metragem máxima de duzentos e cinqüenta 
metros quadrados; 
b) a posse da área urbana ser no mínimo de 5 (cinco) anos;
c) a posse ser ininterrupta e sem oposição, com ânimo de dono; 
d) a posse da área urbana ser utilizada para sua moradia ou de sua família; 
e) não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
ASPECTOS SOCIAIS 
IMPORTANTES 
Usucapião coletivo Critérios: 
a) O possuidor pode, para o fim de contar o prazo de cinco anos, 
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam 
contínuas.
b) A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, 
mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de 
registro de imóveis.
c) Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada 
possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, 
salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo 
frações ideais diferenciadas.
d) O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de 
extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços 
dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à 
constituição do condomínio. 
e) As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão 
tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando 
também os demais, discordantes ou ausentes. 
ZEIS
As ZEIS ou AEIS (áreas de especial interesse social) não possui o 
objetivo de remoção dos assentamentos irregulares, mas sim de 
legalização e melhoria das suas condições urbanísticas. Para isso é 
criado um plano urbanístico próprio, adequado às características do 
local, para a área que será regularizada, incluindo-o dessa forma na 
malha urbana.
Objetivos das ZEIS: 
a) Incluir a população de baixa renda, que não teve condições de 
adquirir solo urbano, na cidade
b) melhorar as condições de vida dessa população com a inclusão de 
infra-estrutura e outros serviços
c) regularizar as diferenças da qualidade do imóvel para dessa forma 
impedir a diferenças no preço do terreno
d) incentivar a participação dos moradores nas decisões de melhoria 
urbanística
e) aumentar a arrecadação de impostos, para facilitar a manutenção da 
infra-estrutura
f) aumentar a oferta de terra para a população de baixa renda
109
Fonte: Município de Vila Velha- ES
https://forumpopularvv.wixsite.com/vilavelha/single-post/2017/10/08/Zonas-Especiais-de-Interesse-
Social---ZEIS
1. Plano Diretor
2. IPTU Progressivo no Tempo Desapropriação com Pagamento em 
Títulos
3. Direito de Superfície
4. Transferência do Direito de Construir
5. Outorga Onerosa do Direito de Construir ou Solo Criado 
6. Direito de Preempção
7. Usucapião Especial de Imóvel Urbano 
8. Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia 
9. Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)
10.Conselho de Política Urbana
EC: INSTRUMENTOS 
PLANO DIRETOR 
Instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a 
implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos 
agentes públicos e privados. (ABNT, 1991)
Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, 
social, econômica, política e administrativa da cidade, do município e de sua 
região, apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento 
socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das 
redes de infra-estrutura e de elementos fundamentais da estrutura urbana, 
para a cidade e para o município, propostas estas definidas para curto, médio 
e longo prazos, e aprovadas por lei municipal. (VILLAÇA, 1999, p. 238)
“O Plano Diretor é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e expansão urbana” do município (Estatuto da Cidade, 
Art. 40).
Requisitos: 
I – as ações e medidas para assegurar o cumprimento das funções sociais da cidade e 
da propriedade
urbana;
II – os objetivos, temas prioritários e estratégias para o desenvolvimento da cidade e 
para a reorganização
territorial do município;
III – os instrumentos da política urbana previstos pelo Estatuto da Cidade que serão 
utilizados para concretizar os objetivos e estratégias estabelecidas pelo plano diretor, e;
IV – o sistema de acompanhamento e controle visando a execução e implementação do 
plano diretor.
Segundo o Estatuto da Cidade, estão obrigados a elaborar o plano diretor até 
outubro de 2006, aqueles municípios que:
-possuem, de acordo com o Censo 2000, mais de 20 mil habitantes;
- estão inseridos em regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas.
Também estão obrigados a elaborar o plano diretor, embora não haja prazo 
estabelecido na lei, os municípios:
-integrantes de áreas de especial interesse turístico;
-inseridos em área de influência de empreendimentos ou atividades com 
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional, e;
- onde o poder público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos 
no § 4º do art. 182 da Constituição Federal (parcelamento ou edificação 
compulsórios, IPTU progressivo no tempo, desapropriação com pagamento 
mediante títulos da dívida pública).
ASPECTOS METODOLÓGICOS DO PLANO DIRETOR 
114
A etapa chamada 
“Metodologia” é aquela em 
que será definido o processo 
de elaboração do plano 
diretor, medianteo 
estabelecimento dos prazos, 
custos, cronograma de 
atividades, estratégia de 
mobilização da população, 
formas de divulgação do 
processo e a formação do 
Núcleo Gestor Local.
A etapa de “leitura da realidade municipal” refere-se ao levantamento de 
informações sobre o município. É o momento onde serão diagnosticados 
os problemas e potencialidades existentes.
Esta etapa contempla dois momentos distintos e complementares: a 
leitura técnica e a leitura comunitária.
Leitura da Cidade 
116
Exemplos
117
Exemplos de Chamadas 
para participação 
comunitaria. 
118
A leitura da cidade tem como objetivo conhecer bem a 
realidade da cidade, seus problemas e suas 
potencialidades. 
Ela deve trazer informações sobre como e onde as 
pessoas vivem e trabalham, os conflitos a serem 
resolvidos e as potencialidades da cidade.
As atividades e reuniões para a leitura comunitária 
devem mostrar que esse é um momento em que não se 
discute apenas o seu bairro, mas o município como um 
todo.
Elementos da Leitura Comunitária 
1- Sistema Viário e Infraestrutura
2- Saúde 
3-Segurança
4- Transporte Público
5- Educação
6- Uso e Ocupação do Solo
7-Meio Ambiente
8- Gestão Publica 
O objetivo dessa fase é visualizar e compreender “a cidade que temos”, a partir de 
questões presentes na escala do bairro até a escala regional. A comunidade deve 
conhecer e reconhecer as potencialidades e o que contam para transformar a 
realidade.
PARTICIPAÇÃO POPULAR
PRIORIDADES- Leitura Comunitária e Técnica 
Temas
1- Infraestrutura e Sistema Viário: Saneamento, transito, arruamento, 
ciclovias, áreas de lazer, asfaltamento etc...
2- Segurança: contingente policial, postos de policia, acessibilidade , 
logística 
3-Uso e Ocupação do Solo: zoneamento, ocupações e loteamentos 
irregulares, vazios urbanos, 
4- Educação: Escolas, creches, concelho tutelar
5- Saúde: postos, saúde preventiva, campanhas de vacinacao, medico 
da família
6- Meio Ambiente: qualidade do ar e agua, limpeza terrenos, lixões , 
áreas verdes, rios e saneamento
7- Transporte Público: Rede de ônibus, metro, VLB, ciclovias 
8- Politica Administrativa: melhora de politicas publicas, participação 
das decisões, lei de responsabilidade fiscal.
O que considerar?
Restrições e Deficiências (visão do cidadão) 
121
Exercicio de levantamento de prioridades
Ordem de Prioridades Entrevista
Ex: Batel
A- SEGURANÇA -65% 
B- TRANSPORTE PÚBLICO- 15%
C- SAÚDE- 13%
D- EDUCACAO- 7%
Ex: Santa Candida 
A- SAUDE- 35%
B- INFRAESTRUTURA- 22%
C-SEGURANÇA- 20%
D- TRANSPORTE PÚBLICO- 13%
E- EDUCACAO- 12%
E- MEIO AMBIENTE- 5%
Fonte: Pesquisa realizada pelos alunos turma 2017
4o Parte 4o Parte 
« Em um sentido amplo, planejamento é um método de aplicação,
contínuo e permanente, destinado a resolver, racionalmente, os
problemas que afetam uma sociedade situada em determinado
espaço, em determinada época, através de uma previsão ordenada
capaz de antecipar suas ulteriores consequências »
Carta dos Andes « Seminário de Técnicos e Funcionários em Planejamento Urbano »
Planejamento Urbano
Ponderações:
O Planejamento territorial urbano tem sido
desenvolvido e aplicado de forma a ordenar o
crescimento das cidades e minimizar os
problemas decorrentes dos processos de
urbanização. 
Graças ao ESTATUTO DAS CIDADES o planejamento 
vem recuperando sua importância para gestão 
sustentável do território. 
O planejamento deve ser integral, abrangente, isto é, deve
envolver os aspectos econômicos, sociais e físico-
territoriais da realidade a ser planejada. 
Tais aspectos são permitem o entendimento de uma mesma
realidade em um sistema. 
Objetivos
“De maneira geral, os fins que os planos nacionais de 
urbanismo têm em vista são:
• Desenvolvimento das estruturas urbanas, 
assegurando-lhes simultaneamente condições de vida e 
de trabalho sã;
• Melhoria das condições econômicas, sociais e 
culturais equilibradas, e planejamento mais intenso nas 
zonas residenciais e de trabalho;
• Melhoria das condições residenciais, dos serviços de 
tráfego e de abastecimento; 
• Robustecimento das zonas periféricas.
Planejamento, meio ambiente e sustentabilidade
Relação homem-natureza e a questionar a predominante 
visão antropocêntrica, característica da cultura ocidental, 
que coloca o homem como o centro do mundo, em que tudo 
existe a partir do interesse humano.
O Planejamento Ambiental como fator de redução da pobreza urbana será 
possível mediante o planejamento e a administração do uso do solo 
sustentável de acordo com a Agenda 21.
O Planejamento Ambiental deve fornecer sistemas de infraestrutura
ambientalmente saudáveis, em favor da sustentabilidade do 
desenvolvimento urbano, através do acesso à água, à qualidade do ar, à 
drenagem, à serviços sanitários e rejeito do lixo sólido e perigoso, 
promovendo ainda tecnologias para a obtenção de fontes de energia 
alternativas e renováveis mais eficientes, tais como a solar, hídrica e eólica 
e sistemas sustentáveis de transporte
Visões do Planejamento 
130
CIDADES SUSTENTÁVEIS
Quais são? 
Onde Ficam ? 
É Real ?
1) Pesquisa;
2) Anamnese ou Análise;
3) Diagnose (estudo minucioso);
4) Prognose (que traça o provável desenvolvimento 
futuro ou o resultado de um processo);
5) Plano Básico e Programação.
Etapas do Planejamento
Plano Diretor e Planejamento, 
qual a relação ? 
Etapas do plano
Resultado do Processo de Planejamento 
: 
1) Lei do Plano Diretor; 
2) Lei de Zoneamento; 
3) Lei do Parcelamento do Solo; 
4) Código de Obras 
5) Proposições a nível municipal, estadual e federal das obras 
e ações prioritárias 
A Lei do Plano Diretor é composta pelas disposições administrativas, 
objetivos e diretrizes do Plano Diretor, bem como pela sua definição 
conceitual. 
A Lei de Zoneamento trata especialmente da delimitação e definição 
das diferentes áreas do limite urbano do município, estabelecendo para 
elas limitações de ordem urbanística, tais como permissões de usos, índices 
de aproveitamento, taxa de ocupação, gabaritos, etc. Trata também da 
hierarquia do sistema viário e dos perfis a serem observados pelas vias 
urbanas.
*A Lei do Parcelamento do Solo trata dos requisitos necessários 
para a realização de loteamentos, desmembramentos e 
remembramentos, dos seus aspectos urbanísticos (sistema viário, 
áreas livres, dimensões mínimas dos lotes) e dos procedimentos 
necessários para sua aprovação junto à Prefeitura. 
O Código de Obras vincula-se a Lei de Zoneamento e o Código de 
Posturas do Município.
• Lei Federal 6.766, 1979 e Alterações 9.785/99 
Parágrafo único - Não será permitido o parcelamento do solo:
I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o 
escoamento das águas;
Il - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam 
previamente saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências 
específicas das autoridades competentes;
IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, 
até a sua correção
Lei de Parcelamento parâmetros 
Faixa non aedificandi ou faixa de domínio
Lote Mínimo
Alinhamento predial
Testada do lote
Fundo de lote
Divisas
Recuo
Arruamento
Talvegue
Serviços Públicos
Mobiliário Urbano
Área total e Liquida 
Adaptada Lei Federal 6.766, 1979 e Alterações 9.785/99 pelo 
município . 
Leitura Técnica: Mapas de Zoneamento e Estatisticas
Zoneamento
Áreas non aedificandi
  Terrenos alagadiços ou inundáveis
  Aterramentos nocivos à saúde
  Declividade superior a 30%, salvo exceções
  Condições geológicas precárias
  Áreas de preservação ecológica, mananciais, etc.
Levantamento do entorno edificado
  Vias principais de acesso (estradas,avenidas, etc), características 
sócio-econômicas, população e densidade, etc.
  Continuidade das vias de acesso, perfil da áreaa ser ocupada, 
avaliação do crescimento urbano, etc.
Produtos sujeitos a discussão técnica e comunitária 
Zoneamento
  ZPAM Zona de Preservação Ambiental
  ZP Zona de Proteção
  ZAR Zona de Adensamento Restrito
  ZAP Zona de Adensamento Preferencial
  ZC Zona Central
  ZA Zona Adensada
  ZE Zona de Grandes Equipamentos
  ZEIS Zona de Especial Interesse Social
Campina Grande -PB
Zoneamento 
Campinas-SP
Os Mapas Temáticos oriundos/produtos dos planos diretores:
Como são elaborado?
São realizados de acordo com as normas da semiologia gráfica?
São de fácil entendimento? 
Administração PúblicaAdministração Pública
A autonomia do Município Brasileiro esta assegurada na Constituição da 
República para todos os assuntos de seu interesse local e expressa sob o 
tríplice aspecto político (composição eletiva do governo e edição das normas 
locais), administrativo (organização e execução dos serviços públicos locais) e 
financeiro (decretação, arrecadação e aplicação dos tributos municipais).
A administração municipal, através da Prefeitura, como órgão executivo, e da 
Câmara de Vereadores, como órgão legislativo. 
Essa composição é uniforme para todos os Municípios, variando apenas o 
número de vereadores.
Os mesmos defeitos apontados na administração federal e na estadual são 
encontrados no âmbito municipal: ausência de racionalização dos serviços, 
agravada pela falta de planejamento e de pessoal técnico para a execução dos 
empreendimentos públicos reclamados pela comunidade. 
Lei de Responsabilidade Fiscal e a Gestão Pública 
Urge uma reformulação de profundidade na administração municipal
brasileira para a modernização dos métodos, sistemas e
técnicas vigentes nas Prefeituras, uma vez que as reformas até agora
empreendidas são de superfície e dirigidas quase sempre à estruturação do
quadro de servidores, como melhoria de vencimento, sem atingir e
aperfeiçoar a prestação de serviços
(MEIRELLES, 2003).
“A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada 
e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios 
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o 
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e 
a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de 
receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e 
outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito,
inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e 
inscrição em Restos a Pagar.”
A Lei de Responsabilidade Fiscal, prevê o seguinte:
“Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla 
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis 
de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o 
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o 
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à 
participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de 
elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
orçamentos”.
Lei complementar 101, 2000.
Princípios Básicos 
• Não gastar mais do que arrecadação . 
• Para fechar contas do dia a dia, nunca venda bens e evite, ao
máximo, tomar empréstimo de antecipação (ARO) - se o fizer,
por pouquíssimo tempo, ARO não pode mais “virar” o ano.
• Não crie uma obrigação permanente de gasto sem fonte
igualmente permanente de receita. 
• Não deixe as despesas com pessoal ultrapassar limites prudenciais, e jamais 
os máximos.
• Se for inevitável assumir dívida bancária, que seja apenas para
financiar investimentos fixos, cumpra os limites máximos e a
prestação futura da dívida caiba dentro de sobra projetada.
Se for vender um bem, aplique o resultado na diminuição de dívida
ou compra de outro patrimônio.
Metas fiscais são os resultados a serem perseguidos em
termos de receita, despesa e resultado, bem como dívida
Serão fixadas anualmente na lei de diretrizes
orçamentárias - LDO para o próximo ano e os dois
seguintes; todo ano podem ser revistas
Definidas em cada jurisdição (sem qualquer interferência
federal ou estadual), passarão a condicionar todo
processo de orçamento e contabilidade:
se ao longo de um ano, a receita realizada se frustrar em relação a
estimada, serão cortados automaticamente os gastos para
assegurar a meta de resultado da LDO
IMPOSTOS:
A responsabilidade fiscal começa no exercício pleno das competências
tributárias de cada governo .
Muitos Estados e a grande maioria das Prefeituras, em especial das
regiões menos desenvolvidas, nunca terão capacidade de auto-
financiamento, mas isso não os dispensa de explorar seus tributos:
- mais que instrumento financeiro, é elemento
essencial para o controle social;
- fonte de poupança para cobrir investimentos
Renunciar receita, caso das isenções ou reduções de
impostos, é o mesmo que realizar um gasto: passará a ficar sujeito as
mesmas condições e limites. Ex: COVID 19
LIMITES
Cada governo tem que caber dentro de seu território :
nenhum governo não mais financiará outro governo, nem para
renegociar dívidas, nem rolar o que já foi rolado não receberá transferências voluntárias, 
nem contrairá novos empréstimos, quem não provar cumprir a LRF - não cobrou seus 
próprios impostos, atendeu limites de pessoal e dívida
Cada governante tem que caber dentro de seu mandato:
não deixe para sucessor restos a pagar sem a suficiente disponibilidade de caixa, sob pena 
de crime no último ano de mandato, adote regime de caixa: só assuma
gasto após a efetiva entrada das receitas
Sanções
São aplicadas aos casos de distorções gritantes e,especialmente, pela não 
correção dos desvios. Sem sanções, seriam punidos as administrações eficientes.
Punições às administrações:
restrições para captação de recursos de terceiros, via convênios e financiamentos 
não se aplicam nos casos de calamidade pública e
repasses essenciais da saúde, ensino e assistência 
Crimes dos administradores:
novos crimes em leis que já previam perda de mandato inabilitação e detenção -
só distorções mais graves inova ao prever crime da denúncia infundada
Exceções 
--Medida Provisória nº 926, que alterou a Lei nº 13.979, de 13 de fevereiro de 
2020. Essa Lei dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de 
saúde pública decorrente do coronavírus.
O art. 4º da Lei com redação dada pela MP prevê a contratação por dispensa de 
licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e 
insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública.
--Decretação estado de calamidade pública (enchentes, furação, terremoto etc)
Permite também dispensa de licitação para obras emergenciais 
155
TOPICO ESPECIAL I : REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA REURB
CONCEITO
A regularização fundiária consiste no processo pelo qual se adotam 
medidas sociais, urbanísticas e principalmente jurídicas para fazer 
com que as propriedades irregulares se tornem legais. 
Refere-se à legislação voltada a organizar e regular a propriedade 
urbana e o direito à moradia no Brasil. Envolvendo o direito 
urbanístico, como um “braço” do direito ambiental (meio ambiente 
artificial) conjugado com o direito imobiliário e técnicas de 
georreferenciamento
EVOLUÇÃO 
Constituição Federal 1988
Estatuto das Cidades ,2001
Lei da Minha Casa Minha Vida (Lei 11.977/2009)
Estatuto da Metrópole, a Lei 13.089, 2015
Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017
A CIDADE INFORMAL
AS OCUPAÇÕES RECENTES
AS OCUPAÇÕES CONSOLIDADAS
Déficit Habitacional resulta: 
A regularização fundiária consiste no conjunto de medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos
irregulares e à titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à
moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado(Lei no 11.977/2009, art. 46).
Reforma agrária é a reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de
promover e proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a
distribuição da terra para realização de sua função social.
O que se deve saber sobre a REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 
A diferença entre posse e propriedade é uma dúvida comum .
Exemplo: um imóvel que não tem número de matrícula no Registro Geral de
Imóveis (RGI) é chamado de posse e, o que tem número de matrícula no RGI é
chamado de propriedade.
Uma posse terá uma Escritura de Cessão de Direitos Possessórios e, uma
propriedade terá uma Escritura Definitiva de Compra e Venda (em caso de
pagamento a vista) ou Escritura de Promessa de Compra e Venda (em caso de
pagamento a prazo).
Estatuto das Metrópoles : O que é? 
Para a efetivação dos objetivos do EM, nos termos de seu artigo 9º, deverão ser 
utilizados instrumentos como o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), 
planos setoriais interfederativos, fundos públicos, operações urbanas consorciadas 
interfederativa, zonas para aplicação compartilhada dos instrumentos urbanísticos 
previstos no Estatuto da Cidade, consórcios públicos, convênios de cooperação, 
contratos de gestão, compensação por serviços ambientais ou outros serviços 
prestados pelo Município à unidade territorial urbana e parcerias público-privadas 
interfederativa.
O PDUI é o instrumento que estabelece, com base em processo 
permanente de planejamento, as diretrizes para o desenvolvimento 
urbano da região metropolitana ou da aglomeração urbana (artigo 2º, 
VI, do EM). 
Quanto ao seu conteúdo mínimo, preceitua o artigo 12, parágrafo 1º, 
os seguintes pontos, devendo abranger zona rural e zona urbana. São 
eles:
I – as diretrizes para as funções públicas de interesse comum, incluindo 
projetos estratégicos e ações prioritárias para investimentos;
II – o macrozoneamento da unidade territorial urbana;
III – as diretrizes quanto à articulação dos Municípios no parcelamento, 
uso e ocupação no solo urbano;
IV – as diretrizes quanto à articulação intersetorial das políticas 
públicas afetas à unidade territorial urbana;
V – a delimitação das áreas com restrições à urbanização visando à 
proteção do patrimônio ambiental ou cultural, bem como das áreas 
sujeitas a controle especial pelo risco de desastres naturais, se 
existirem.
São quatro as modalidades de regularização fundiária previstas na legislação
brasileira:
a) regularização fundiária de interesse social (Lei no 11.977/2009);
b) regularização fundiária de interesse específico (Lei no 11.977/2009);
c) regularização fundiária inominada ou de antigos loteamentos (Lei no
11.977, art. 71); e
d) regularização fundiária em imóveis do patrimônio público (Lei no
11.481/2007).
Existem três dimensões para a regularização fundiária*:
(i) dimensão urbanística, com os investimentos necessários para melhoria das
condições de vida da população;
(ii) dimensão jurídica, com a utilização de instrumentos que possibilitem a
aquisição da propriedade nas áreas privadas e o reconhecimento da posse
nas áreas públicas; e
(iii) dimensão registrária, com o lançamento nas respectivas matrículas da
aquisição destes direitos, a fim de atribuir eficácia para todos os efeitos da
vida civil (Cf. Direitos que a Cidade Esqueceu, 2012, p.167).
*Em qualquer procedimento de regularização fundiária, cotejando as três dimensões, o objetivo final do conjunto de
medidas a serem tomadas é a titulação de seus ocupantes, respeitadas, é claro, a legislação urbanística e ambiental.
A devida titulação pacifica conflitos e garante verdadeiramente o direito à moradia digna.
demarcação urbanística: procedimento administrativo pelo qual o poder público, no
âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel de domínio
público ou privado, definindo seus limites, área, localização e confrontantes, com a
finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das
respectivas posses.
Prerrogativas : 
Em 11 de julho de 2017, foi publicada a Lei Nº 13.465,
“que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, institui mecanismos para
aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União”.
Auto de demarcação:
I - planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem suas medidas perimetrais, área
total, confrontantes, coordenadas georreferenciadas dos vértices definidores de seus limites, números das
matrículas ou transcrições atingidas, indicação dos proprietários identificados e ocorrência de situações de
domínio privado com proprietários não identificados em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores;
II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área constante do registro de imóveis.
§ 2o O auto de demarcação urbanística poderá abranger uma parte ou a totalidade de um ou mais imóveis
inseridos em uma ou mais das seguintes situações:
I - domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições imprecisas dos registros
anteriores;
II - domínio privado objeto do devido registro no registro de imóveis competente, ainda que de proprietários
distintos; ou
III - domínio público.
Já em seu Art. 35 “determina quais os documentos devem conter no processo de
elaboração do projeto de regularização fundiária”
I - levantamento planialtimétrico e cadastral, com georreferenciamento, subscrito por profissional
competente, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de
Responsabilidade Técnica (RRT), que demonstrará as unidades, as construções, o sistema viário, as áreas
públicas, os acidentes geográficos e os demais elementos caracterizadores do núcleo a ser regularizado;
II - planta do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das matrículas ou transcrições
atingidas, quando for possível;
III - estudo preliminar das desconformidades e da situação jurídica, urbanística e ambiental;
IV - projeto urbanístico;
V - memoriais descritivos;
VI - proposta de soluções para questões ambientais, urbanísticas e de reassentamento dos ocupantes,
quando for o caso;
VII - estudo técnico para situação de risco, quando for o caso;
VIII - estudo técnico ambiental, para os fins previstos nesta Lei, quando for o caso;
IX - cronograma físico de serviços e implantação de obras de infraestrutura essencial, compensações
urbanísticas, ambientais e outras, quando houver, definidas por ocasião da aprovação do projeto de
regularização fundiária; e
X - termo de compromisso a ser assinado pelos responsáveis, públicos ou privados, pelo cumprimento do
cronograma físico definido no inciso IX deste artigo.
Parágrafo único. O projeto de regularização fundiária deverá considerar as características da ocupação e
da área ocupada para definir parâmetros urbanísticos e ambientais específicos, além de identificar os lotes,
as vias de circulação e as áreas destinadas a uso público, quando for o caso.
Em 15 de março de 2018, foi publicado o Decreto Nº 9.310 instituindo as novas
regras aplicáveis à Regularização Fundiária Urbana, onde em seu Art. 28 traz as
considerações para fins do decreto sobre o que é considerado levantamento
topográfico georreferenciado.
O Art. 29 estabelece que os levantamento topográficos georreferenciados deverão ser
realizados conforme as normas técnicas para serviços topográficos da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, o disposto no Decreto nº 89.817, de 20 de
junho de 1984, as normas técnicas da Diretoria do Serviço Geográfico do Exército
Brasileiro e serão acompanhados de ART ou de RRT.
O Art. 30 traz a documentação mínima necessária para o desenvolvimento do projeto
de regularização fundiária, que são:
I - levantamento topográfico georreferenciado, subscrito por profissional legalmente habilitado, acompanhado de ART ou
de RRT, que demonstrará as unidades, as construções, o sistema viário, as áreas públicas, os acidentes geográficos e os
demais elementos caracterizadoresdo núcleo a ser regularizado;
II - planta do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das matrículas ou das transcrições atingidas,
quando possível;
III - estudo preliminar das desconformidades e das situações jurídica, urbanística e ambiental;
IV - projeto urbanístico;
V - memorial descritivo;
VI - proposta de soluções para questões ambientais, urbanísticas e de reassentamento dos ocupantes, quando for o caso;
VII - estudo técnico para situação de risco, quando for o caso;
VIII - estudo técnico ambiental, quando for o caso;
IX - cronograma físico de serviços e implantação de obras de infraestrutura essencial, compensações urbanísticas,
ambientais e outras, quando houver, definidas por ocasião da aprovação do projeto de regularização fundiária; e
X - termo de compromisso a ser assinado pelos responsáveis, públicos ou privados, para cumprimento do cronograma
físico, definido no inciso IX.
Auto de demarcação 
Fonte: Dickel, Alessandra . 2018
Fonte: Ministério das Cidades . 2018
Etapas
Cadastro
DICKEL, A. Geotecnologias aplicadas às necessidades da regularização fundiária de imóveis 
urbanos - Lei federal nº 13.465/2017. TTC. 2018. 
Tópico: Especial Gerenciamento Costeiro 
Caiobá, anos 50
Caiobá, anos 2000
De acordo com resolução 01/90, gerenciamento costeiro é 
um conjunto de atividades e procedimentos que, por meio 
de instrumentos específicos, permite a gestão da utilização 
dos recursos da zona costeira. 
O PNGC plano nacional de gerenciamento costeiro, lei 
7661/88 e expressa um importante compromisso com o 
desenvolvimento sustentável da zona costeira, considerada 
um patrimônio nacional. 
Lei 7661/88
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, considera-se Zona Costeira o 
espaço geográfico de interação do ar, do mar e da terra, incluindo seus 
recursos renováveis ou não, abrangendo uma faixa marítima e outra 
terrestre, que serão definidas pelo Plano.
Artigo 3° - O PNGC deverá prever o zoneamento de usos e atividades na 
Zona Costeira e dar prioridade à conservação e proteção, entre outros, 
dos seguintes bens:
I - recursos naturais, renováveis e não renováveis; recifes, parcéis e 
bancos de algas; ilhas costeiras e oceânicas; sistemas fluviais, estuarinos 
e lagunares, baías e enseadas; praias; promontórios, costões e grutas 
marinhas; restingas e dunas; florestas litorâneas, manguezais e 
pradarias submersas;
O PNGC será elaborado e executado observando normas, critérios e
padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente,
estabelecidos pelo CONAMA.
Os Estados e Municípios poderão instituir, através de lei, os respectivos
Planos Estaduais o Municipais de Gerenciamento Costeiro, observadas as
normas e diretrizes do Plano Nacional e o disposto nesta Lei, e designar os
órgãos competentes para a execução desses Planos.
O licenciamento para parcelamento e remembramento do solo,
construção, instalação, funcionamento e ampliação de atividades, com alterações das 
características naturais da Zona Costeira, deverá observar, além do disposto nesta Lei, 
as demais normas específicas federais, estaduais e municipais, respeitando as 
diretrizes dos Planos de Gerenciamento Costeiro
As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, 
sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e 
sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança 
nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica
A regulamentação desta Lei determinará as características e as 
modalidades de acesso que garantam o uso público das praias e 
do mar

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