Atribuições do enfermeiro no centro cirurgico

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM
RAFAELA ARAÚJO FREITAS
2020.04.07507-1
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CENTRO CIRÚRGICO
RIO DE JANEIRO
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	2
O CENTRO CIRURGICO E AS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO	3
CONCLUSÃO	7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	8
	
INTRODUÇÃO
A palavra cirurgia vem do Grego kheirourgia, que é a junção das palavras Kheir que significa mão e érgon que significa trabalho. Atos cirúrgicos de trepanação eram realizados ainda na pré história sem nenhum método de anestesia, para aliviar pressão intracraniana e também porque acreditava-se que era um método de curar transtornos mentais.
Com o decorrer dos anos e a evolução da medicina o âmbito cirúrgico como as demais áreas da medicina ganhou inúmeros avanços que proporcionam cirurgias sem sofrimento e seguras ao paciente, podendo a cirurgia ser tanto de caráter emergencial, eletivo ou diagnóstico. Para tal execução se faz necessário dentro do hospital um setor exclusivo para a realização de cirurgias, sendo ele o Centro Cirúrgico (CC), setor esse que abrange várias áreas que se interligam para efetivação do processo cirúrgico de forma segura.
Uma das maiores preocupações no centro cirúrgico é o risco de contaminação, que em um pequeno espaço de tempo pode levar o paciente a óbito, por isso o setor deve contar com uma equipe exclusiva bem como deve ser assegurado que todos os instrumentos que serão manuseados estão livres de microrganismos patológicos ou não o qual a equipe de enfermagem por tem papel excepcional. 
Portanto, o presente estudo justifica-se na importância da assistência prestada pela equipe de enfermagem ao paciente cirúrgico, assegurando uma cirurgia segura livre de infecções que possa fazer evoluir a Sepse e fatalmente a óbito, de acordo com as determinações do SAE (Sistematização de Assistência de Enfermagem).
Descritores: Enfermeiro, Cirurgia, CC, RPA, SAE, Assistência.
O CENTRO CIRURGICO E AS ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
O Centro Cirúrgico (CC), também conhecido por Bloco Cirúrgico (BC) e/ou Unidade Cirúrgica (UC), é um setor hospitalar totalmente singular e complexo que é destinado a cirurgias de diferentes complexidades, classificadas como baixa, média e grave. (GOMES, 2014). 
A principal preocupação no centro cirúrgico é o alto risco de contaminação ao paciente que estará sujeito ao procedimento, por isso deve ser um setor isolado com uma equipe exclusiva para evitar entrada e saída de pessoal de outras áreas do hospital trazendo contaminação para a sala de cirurgia. O CC deve ser totalmente adaptado para facilitar no momento cirúrgico, desde sua estrutura que deve contar as arestas das paredes arredondadas para evitar acumulo de sujeiras, cores claras nas paredes, pisos e teto para evitar fadiga nos profissionais já que uma cirurgia pode levar horas, os instrumentais além de esterilizados devem ser depositados em seus lugares corretos, bem como todos os materiais da sala devem estar em seus devidos lugares para que caso ocorra uma adversidade durante a cirurgia e o paciente evolua para um estado de gravidade os profissionais saibam onde estão os recursos, e drogas necessários para intervir no momento.
O enfermeiro por sua vez dentro deste setor tem papel fundamental visto que acompanha o paciente no pré-operatório, durante o ato cirúrgico e no pós-operatório na Sala de recuperação pós anestésica (RPA). A equipe de enfermagem no centro cirúrgico compreende: um enfermeiro coordenador, enfermeiro assistencial, técnico de enfermagem que pode ser o circulante e o auxiliar de enfermagem.
O enfermeiro coordenador irá ser o responsável por traçar o plano estratégico de atuação da equipe, elaborar atividades de educação continuada, preencher protocolos administrativos, supervisionar atividades de rotina no CC, cumprir normas e regulamentos, providenciar matérias e equipamentos, delegar atividades de cada membro de sua equipe, dentre outras atividades de gerenciamento. 
O enfermeiro assistencial irá determinar o plano de cuidado do paciente, e assegurar que sua implementação seja cumprida, checar se o paciente esta em condições de realizar a cirurgia e reportar qualquer alteração no seu quadro, acompanhará o paciente até a sala de operação auxiliando na troca de cama, bem como no posicionamento correto e no procedimento anestésico, além de observar se todos os equipamentos instalados no paciente como cateter, sonda, eletrodos, drenos e placas de bisturi estão posicionados corretamente. Tudo isso aplicando os parâmetros indicados pela SAE desde o pré ao pós-operatório.
O circulante que pode ser o técnico ou auxiliar de enfermagem tem como função auxiliar o instrumentador e cirurgião, pegando instrumentos que faltaram ou foram solicitados de ultima hora, além de realizar procedimentos específicos em prol da segurança do paciente, sendo ele o responsável por atuar em todas as cirurgias da sala que está escalado.
Conforme supracitado, o papel do enfermeiro ao paciente cirúrgico é integral, sendo desde antes do ato cirúrgico em si ocorrer, até após o procedimento ser realizado. Após a cirurgia o paciente é levado para a Sala de Recuperação Pós Anestésica, onde ficará até que tenha sua consciência total recuperada, bem como tenha toda a eliminação de anestésico do seu corpo e esteja com os sinais vitais dentro dos parâmetros de normalidade, e será o enfermeiro que fará esse acompanhamento. 
De acordo com o COREN (2020) compreendem as atribuições do enfermeiro na RPA: 
· 1 - Receber as informações clínicas do paciente na admissão a RPA. 
· 2- Realizar exame físico dos pacientes na admissão e na alta da RPA, além dos sinais 
· vitais, verificar saturação de O2, atividade e força muscular. 
· 3- Elaborar plano de cuidados, supervisionar sua execução e realizar as atividades 
· complexas de enfermagem, com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem 
· Perioperatória (SAEP). 
· 4- Ter conhecimento da farmacodinâmica, da anestesia e da analgesia, e também de 
· fisiopatologia. 
· 5- Ter conhecimento e habilidade para o atendimento em urgências cardiorrespiratórias 
· e em reanimação cardiopulmonar. 
· 6- Atentar quanto a possíveis riscos inerentes ao ato anestésico -cirúrgico. 
· 7 - Priorizar a assistência aos pacientes com maior grau de complexidade. 8- Aplicar 
· escalas de Aldrete e Kroulik, sedação de Ramsey e dor ao longo da permanência do 
· paciente na RPA. 
· 9- Avaliar e registrar a evolução clínica do paciente em recuperação, as intercorrências, 
· os cuidados e manobras realizadas. 
· 10 - Avaliar as condições clínicas para alta do paciente, registrar e encaminhá-lo a 
· enfermaria de origem.
· 11 - Informar e orientar os familiares sobre as condições clínicas do paciente. 
· 12 - Passar as informações (como passagem de plantão) ao enfermeiro da enfermaria 
· de origem do paciente, antes de encaminhá-lo de alta.
 
CONCLUSÃO
Ao findar essa pesquisa é possível constatar que é suma importância o papel do profissional de enfermagem no Centro Cirúrgico, já que suas atribuições vão desde o pré-operatório até o pós-operatório na RPA e a longo prazo nos cuidados de feridas pós-operatórias, o que compreende um acompanhamento integral ao paciente submetido ao ato cirúrgico. Com a implementação dos parâmetros definidos pelo SAE que contribuem de forma efetiva e contínua para a segurança e boa recuperação do paciente, reduzindo o risco de infecções e complicações pós operatórias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. COREN ALAGOAS. Parecer Técnico Nº 027/2020. 2020. Disponível em <www.portalcofen.gov.br)> Acesso em: 05 Out. 2022
2. VDB SAÚDE. Qual Papel da Enfermagem no CC. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em < www.blogsaude.volkdobrasil.com.br > . Acesso em: 05 Out 2022.
3. SANTOS SOBRAL, Gláuciany Amorim et al. Atribuições do enfermeiro no centro cirúrgico. Enfermagem Brasil, v. 18, n. 4, 2019.