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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO 
PROJETO INTEGRADOR V 
 
Beatriz Aparecida Muniz 
Camila de Oliveira Santos 
Cinthia Cardoso de Sousa 
Fernanda Meneses de Souza 
Gabriela Jorge D'Arena 
Ingrid Araujo de Sales Pereira 
Isabella Minervino 
Jackson Douglas Figueredo Almeida 
Marcela Aya Tenguan 
Marcely dos Santos Pedro 
Maria Laura Muterle 
Silvia de Oliveira Santos 
Victoria Maria Helena Ferreira 
Waleska de Oliveira Carvalho 
 
CENTRO CIRURGICO E A PREVENÇÃO DE IRAS 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
2 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO 
PROJETO INTEGRADOR V 
 
Beatriz Aparecida Muniz RA: SPGR010127 
Camila de Oliveira Santos RA: SPGR008942 
Cinthia Cardoso de Sousa RA:SPGR008701 
Fernanda Meneses de Souza RA: SPGR009241 
Gabriela Jorge D'Arena RA: SPGR009208 
Ingrid Araujo de Sales Pereira RA: SPGR009568 
Isabella Minervino RA: SPGR006603 
Jackson Douglas Figueredo Almeida RA: SPGR006362 
Marcela Aya Tenguan RA: SPGR009973 
Marcely dos Santos Pedro RA:SPGR009585 
Maria Laura Muterle RA: SPGR009745 
Silvia de Oliveira Santos RA: SPGR008772 
Victoria Maria Helena Ferreira RA: SPGR009545 
Waleska de Oliveira Carvalho RA: SPGR009969 
CENTRO CIRURGICO E A PREVENÇÃO DE IRAS 
O projeto de pesquisa apresentado 
ao curso de Projeto Integrador V do 
Centro Universitário São Camilo, a 
ser utilizado como diretriz à 
Avaliação Processual orientado pela 
Professora Lucia Tobase. 
SÃO PAULO 
2020 
 
3 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO DAS MÃOS ......................................... 19 
Figura 2- TÉCNINCA DE COLOCAÇÃO DO CAPOTE .................................... 20 
FIGURA 3- TÉCNICA DE COLOCAÇÃO DAS LUVAS .................................... 21 
FIGURA 4- MODELO SALA CIRÚRGICA ........................................................ 32 
FIGURA 5- MODELO SALA CIRÚRGICA ........................................................ 32 
FIGURA 6- ARQUITETURA DE UMA SALA CIRÚRGICA ............................... 36 
 
 
LISTA DE QUADROS 
QUADRO 1- FUNÇÕES GERENCIAIS E ASSISTENCIAIS DO ENFERMEIRO 
NO BLOCO CIRÚRGICO ................................................................................. 14 
QUADRO 2- FUNÇÕES DO CIRCULANTE NO CENTRO CIRÚRGICO ......... 16 
QUADRO 3- SETORES DE SUPORTE DO CENTRO CIRÚRGICO ............... 29 
QUADRO 4- CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS POR DIVERSAS 
CARACTERÍSTICAS ........................................................................................ 40 
QUADRO 5- CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DE COMPLEXIDADE DAS 
CIRURGIAS ..................................................................................................... 41 
QUADRO 6- CLASSIFICAÇÃO DO RISCO ANESTÉSICO "ASA" (SOCIEDADE 
AMERICANA DE ANESTESIOLOGIA) ............................................................ 43 
QUADRO 7- MEDIDAS REDUTORAS DE RISCO EM CIRURGIA EM 
PACIENTES COM DOENÇAS PRÉVIAS ........................................................ 44 
QUADRO 8- PRINCIPAIS PROVIDÊNCIAS RELACIONADAS AO PREPARO 
CIRÚRGICO ..................................................................................................... 44 
QUADRO 9- CONTINUIDADE OU INTERRUPÇÃO DE MEDICAMENTOS DE 
USO CRÔNICO ................................................................................................ 46 
QUADRO 10- PRINCIPAIS CUIDADOS E RISCOS NAS DIFERENTES 
POSIÇÕES CIRÚRGICAS ............................................................................... 50 
QUADRO 11- PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO PÓS-OPERATÓRIO 
IMEDIATO (RPA) ............................................................................................. 52 
QUADRO 12-COMPLICAÇÕES NO PÓS OPERATÓRIO TARDIO ................ 58 
 
file:///C:/Users/cah_s/Documents/SÃO%20CAMILO/5°%20SEMESTRE/PROJETO%20INTEGRADOR%20V/CENTRO%20CIRÚRGICO/TRABALHO%20ESCRITO.docx%23_Toc44853044
file:///C:/Users/cah_s/Documents/SÃO%20CAMILO/5°%20SEMESTRE/PROJETO%20INTEGRADOR%20V/CENTRO%20CIRÚRGICO/TRABALHO%20ESCRITO.docx%23_Toc44853045
4 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 6 
2. OBJETIVOS ................................................................................................. 8 
2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................... 8 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................. 8 
3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 9 
4. DISCUSSÕES E RESULTADOS ............................................................... 10 
4.1. CENTRO CIRÚRGICO (CC) ............................................................... 10 
4.2. LOCALIZAÇÃO ................................................................................... 10 
4.3. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ........................................................ 11 
4.4. EQUIPE CIRÚRGICA .......................................................................... 12 
4.5. FUNÇÕES DO ENFERMEIRO E COORDENAÇÃO DA 
ENFERMAGEM NO BLOCO CIRÚRGICO ................................................ 13 
4.6. FUNÇÕES DO CIRCULANTE ............................................................ 14 
4.7. ROTINAS PARA ENTRAR NO CENTRO CIRÚRGICO ...................... 17 
4.8. DEGERMAÇÃO, ESCOVAÇÃO E ANTISSEPSIA DE MÃOS E BRAÇOS 
PARA PARTICIPAR DO ATO CIRÚRGICO .................................................. 18 
4.9. PARAMENTAÇÃO PARA PARTICIPAR DO ATO CIRÚRGICO 
(CAPOTE E LUVAS) ..................................................................................... 20 
CALÇANDO AS LUVAS ............................................................................ 21 
4.10. FUNÇÕES DO INSTRUMENTADOR .............................................. 22 
4.11. IMPORTÂNCIA DO CENTRO CIRÚRGICO .................................... 24 
4.12. ATIVIDADES MAIS PRATICADAS .................................................. 26 
4.13. CARACTERÍSTICAS DO CENTRO CIRÚRGICO ........................... 27 
4.14. PREPARAÇÃO DA SALA ................................................................ 32 
4.15. FASES CIRÚRGICAS ...................................................................... 40 
 
5 
 
4.15.1. FASE PRÉ-OPERATÓRIA ........................................................... 41 
4.15.2. FASE INTRAOPERATÓRIA ......................................................... 47 
4.15.3. FASE PÓS-OPERATÓRIA ........................................................... 51 
4.16. O QUE SÃO AS IRAS ...................................................................... 60 
4.17. CENTRO CIRÚRGICO E AS IRAS .................................................. 62 
4.17.1. CLASSIFICAÇÕES ....................................................................... 63 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 68 
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS ................................................................... 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Centro Cirúrgico é um setor dinâmico onde são realizadas ações 
complexas como procedimentos anestésicos e cirúrgicos, e também, o manuseio 
de dispositivos tecnológicos. Para assegurar condutas adequadas, o bloco 
cirúrgico deve estar de acordo com as normas da Agência Nacional de Saúde 
(Anvisa) (SOARES, 2015). 
A tecnologia necessária dentro da unidade cirúrgica faz dela o setor mais 
custoso do hospital, além disso, é imprescindível o multiprofissionalíssimo 
efetivo na realização dos procedimentos. E, no que diz respeito a estrutura física, 
é projetada para controlar infecções (SOBRAL; SILVA; SOUSA; PEREIRA, 
2019). 
A localização deve distante do fluxo central visando controle de infecções, 
extravio de materiais utilizados, assim como o manuseamento adequado de 
profissionais e equipamentos, por essa razão, o centro cirúrgico é uma árearestrita (SOBRAL; SILVA; SOUSA; PEREIRA, 2019). 
O CC necessita que as áreas de suporte como farmácia, lavanderia, raios-
X, centro de material esterilizado entre outros, próximos. E, áreas de internação, 
pronto-socorro, centro de terapia intensiva e unidade coronariana (SOARES, 
2015). 
Ao finalizar a cirurgião paciente é direcionado ao centro de Recuperação 
Pós-Anestésico é o local destinado ao atendimento intensivo do paciente, no 
período que vai desde sua saída da Sala de Operação até a recuperação da 
consciência, eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais vitais. A 
depender do caso, este processo pode ocorrer na Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI). O beneficio desse atendimento é a prevenção e detecção precoce das 
possíveis complicações pós-anestésicas e pós-cirúrgicas (PRADO; SILVA; 
GRACIANO; DOMINGUES; FILHO; MICHIGAMI; RANGEL; DANELUZZI, 1998). 
 Já o Centro de Material e Esterilização (CME) é considerado uma das 
mais importantes dentro do hospital devido a sua função de preparar, administrar 
e distribuir os materiais. Os hospitais deixam esse setor atuando por 24 horas 
7 
 
para realizar as etapas de processamento, desinfecção, preparação, embalo, 
esterilização e por fim, armazenamento (APOIO, 2018). 
 Estima-se que mais de 230 milhões de cirurgias realizadas na unidade 
cirúrgica, tendo estas cerca de cinco milhões de óbitos e sete milhões de 
incidentes, sendo que metade deles poderiam ter sido evitados. Normalmente, 
problemas na estrutura da sala cirúrgica, assim como fornecimento de materiais, 
ausência de cuidado humanizado, quedas e falhas no pré-operatório são as 
principais causas e esses fatores estão correlacionados ao desempenho das 
atribuições do enfermeiro no centro cirúrgico. (SOBRAL; SILVA; SOUSA; 
PEREIRA, 2019). 
O enfermeiro que atua dentro do centro cirúrgico é gerente em questões 
assistenciais, burocráticas e organizacionais, além de coordenar a equipe. Deve 
garantir segurança ao paciente e a qualidade na assistência do mesmo 
(SOARES,2015). 
As IRAS ou Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde ou Infecções 
Hospitalares busca prevenir essas infecções, verificando formas seguras de 
atender o paciente e o profissional de saúde (OLIVEIRA; SILVA; LACERDA, 
2016). 
Tendo em vista os dados apontados anteriormente na relação entre o 
funcionamento do centro cirúrgico, centro de materiais e esterilização e as IRAS, 
foi elaborado esta análise a fim de compreender sua estrutura e mecanismo de 
ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. OBJETIVO GERAL 
 
Compreender a área hospitalar do Centro Cirúrgico a fim de relacionar 
suas funcionalidades, intervenções e procedimentos com as Infecções 
Relacionadas à Assistências em Saúde (IRAS), através dos embasamentos 
teóricos. 
 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
A) Analisar o Centro Cirúrgico (CC) abordando seus conceitos e 
funcionalidades. 
B) Analisar o Centro Cirúrgico (CC) abordando sua estrutura física, seus 
materiais e funcionalidades. 
C) Observar a equipe multiprofissional que atua na área do Centro Cirúrgico e 
quais suas funções. 
D) Relacionar as IRAS com a área e suas intervenções e precauções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O presente trabalho foi elaborado por meio de revisão bibliográfica e 
consultas em livros, revistas e artigos acadêmicos relacionados ao tema em sites 
de busca como Google Acadêmico e Scielo. Trata-se de um estudo com 
abordagem qualitativa que busca introduzir a análise da área de Centro 
Cirúrgico, interligando suas funções e precauções de IRAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
4. DISCUSSÕES E RESULTADOS 
 
4.1. CENTRO CIRÚRGICO (CC) 
 
O Centro Cirúrgico (CC) é marcado de intervenções invasivas e de 
recursos materiais com alta precisão e eficácia, com isso é de suma importância 
ter profissionais habilitados para atender diferentes necessidades do usuário 
diante da elevada densidade tecnológica e à variedade de situações que lhe 
conferem uma dinâmica de assistência em saúde. (MARTINSA, 2016). 
O Centro Cirúrgico é uma estrutura complexa, de acesso restrito, com 
normas e rotinas próprias, compondo-se em uma unidade hospitalar singular, na 
qual estão concentrados os recursos humanos e materiais necessários aos 
procedimentos anestésico-cirúrgicos, terapêuticos e diagnósticos (GUIDO, 
2008; FREITAS, 2011,). 
Com isso sua arquitetura e área física têm especificidades que devem 
atender à legislação sanitária vigente com dimensões e instalações 
diferenciadas, por ser um local de acesso restrito ao público, o centro cirúrgico é 
visto dessa forma por que atende pacientes que necessitam de cuidados 
redobrados, portanto, é uma área na qual acontece apenas a circulação dos 
profissionais que lá atuam para realizar o controle de infecções. (MARTINSA, 
2016). 
 
4.2. LOCALIZAÇÃO 
 
O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para 
pacientes críticos e próximo às áreas de suporte. As salas cirúrgicas devem ser 
de fácil limpeza e, se possível, sem janelas. (DUARTE, 2012). 
O desenho das salas cirúrgicas deve possibilitar: Exclusão de 
contaminação externa ao centro cirúrgico para as salas, evitando o trânsito de 
muitas pessoas e a Separação de áreas limpas das contaminada (DUARTE, 
2012). 
11 
 
O centro cirúrgico é dividido em três áreas: Área irrestrita: os profissionais 
de saúde podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias como, 
por exemplo, secretaria, vestiários e o corredor de entrada; Áreas semirrestritas: 
é aquela área que permite a circulação dos profissionais de tal forma que não 
intervirá na rotina de controle e manutenção da assepsia da área restrita. 
Podemos citar o expurgo, sala de estar e sala de preparo do material; Área 
restrita: é obrigatória a roupa privativa do próprio centro cirúrgico, devem ser 
usadas máscaras e gorro conforme normas da unidade e as técnicas assépticas 
devem ser utilizadas de forma rigorosa, diminuindo assim o risco de infecções. 
São exemplos as salas cirúrgicas, lavabos, sala de recuperação pós-anestésica, 
corredor interno e sala de depósito. (DUARTE, 2012). 
As atividades básicas do centro cirúrgico, segundo o Ministério da Saúde, 
são a realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos e define as 
seguintes subatividades: Recepcionar e transferir pacientes; Assegurar a 
execução de procedimentos pré-anestésicos e executar procedimentos 
anestésicos nos pacientes; Realizar a correta escovação das mãos; Executar 
cirurgias e endoscopias em regime de rotina ou em situações de urgência; 
Realizar relatório médico e de enfermagem e registro das cirurgias e 
endoscopias realizadas; Proporcionar cuidados pós-anestésicos; Garantir apoio 
diagnóstico necessário e retirar órgãos para transplantes. (DUARTE, 2012). 
 
4.3. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
 
O CC é considerado como cenário de alto risco, onde os processos de 
trabalho constituem-se em práticas complexas, interdisciplinares, com forte 
dependência da atuação individual e da equipe em condições ambientais 
dominadas por pressão e estresse. Toda a equipe cirúrgica tem a 
responsabilidade e o dever de proteger o paciente de qualquer efeito danoso da 
posição cirúrgica (CORONEL, 2016). 
A equipe multiprofissional deverá ser composta por um cirurgião que 
Realiza o ato cirúrgico podendo ser um médico cirurgião/um ou mais médicos 
auxiliares dependendo da operação; Um anestesista que é responsável por 
12 
 
escrever a medicação pré anestésica, planejar e executar a anestesia, a Equipe 
de enfermagem deve ser composta pelo enfermeiro, técnico de enfermagem e 
um auxiliar de enfermagem, tanto os técnicos quanto os auxiliares de 
enfermagem assumem o centro cirúrgico a função de circulante ou 
instrumentador e a equipe de limpeza ela é formada por auxiliares de limpeza 
que pertencem aoquadro de funcionários da instituição ou pode ser também de 
uma firma prestadoras de serviço. Esta equipe sempre trabalha sob a orientação 
técnica do enfermeiro (CORONEL, 2016). 
 
4.4. EQUIPE CIRÚRGICA 
 
É uma equipe multiprofissional coordenada pelo cirurgião e composta por 
um a três cirurgiões (primeiro e segundo auxiliares), instrumentador, 
anestesiologista e circulante. Em muitas equipes o enfermeiro assume um papel 
fundamental de prover e checar toda a estrutura. Em cirurgia de alta 
complexidade (transplantes, cirurgia com circulação extracorpórea, etc) podem 
ser necessários um perfusionista e outros técnicos especializados. Cirurgias de 
pequeno porte podem ser feitas pelo cirurgião, anestesiologista e um auxiliar que 
também faz o papel de instrumentador. Procedimentos sob anestesia local 
podem dispensar o anestesiologista. Para aumentar a eficácia e o sucesso do 
trabalho a intervenção da equipe exige corresponsabilidade, divisão harmônica 
de funções e boa comunicação entre os profissionais. A formação de uma equipe 
motivada, treinada e estável é importante fator de sucesso do serviço. 
(OLIVEIRA, 2016). 
Durante a cirurgia, o cirurgião é o responsável principal pelo paciente, pela 
definição da conduta, pela orientação da tática cirúrgica e organização do 
trabalho da equipe. O anestesista é responsável pela estratégia da anestesia e 
todas as medidas necessárias na estabilização e profilaxia de complicações 
clinicas durante a cirurgia. O cirurgião auxiliar fica atento aos procedimentos e 
se adianta em assistir na hemostasia, exposição e enxugamento de campo, 
apresenta pinças para ligaduras ou eletrocauterização, corta fios, etc., cuidando 
para não atrapalhar o cirurgião (OLIVEIRA, 2016). 
13 
 
4.5. FUNÇÕES DO ENFERMEIRO E COORDENAÇÃO DA ENFERMAGEM 
NO BLOCO CIRÚRGICO 
 
É responsabilidade primária de um enfermeiro o mapa de marcação e 
agendamento de todas as cirurgias do dia, por sala e por horário, por ele ser 
geralmente a pessoa mais capacitada para garantir que todos os cuidados 
profissionais, rotinas administrativas e de segurança do paciente, equipamentos, 
materiais, reservas de sangue ou UTI, etc, estejam disponíveis na hora certa 
para todos os pacientes agendados (OLIVEIRA, 2016). 
14 
 
Quadro 1- Funções gerenciais e assistenciais do enfermeiro no bloco 
cirúrgico 
 
 FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P.190) 
 
4.6. FUNÇÕES DO CIRCULANTE 
 
É um membro importante da equipe cirurgica e geralmente é o primeiro 
que chega á sala de operação . Idealmente a função do circulante deve ser 
assumida por um enfermeiro, mas pode ser realizada por um técnicol bem 
treinado sob supervisão e colaboração estreita com o efermeiro responsavel 
que faz a escala e define a ordem dos procedimentos durante o ato anestésico 
15 
 
e cirúrgico. As atribuições do circulante variam de acordo com a rotina do serviço, 
mas geralmente incluem alguns tipos de atribuições mostradas no anexo 2 
(OLIVEIRA, 2016). 
16 
 
 
Quadro 2- Funções do circulante no centro cirúrgico 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P.191) 
17 
 
 
4.7. ROTINAS PARA ENTRAR NO CENTRO CIRÚRGICO 
 
Geralmente o acesso de profissionais e usuários não pacientes ao centro 
cirúrgico é feito pelo vestiário, onde devem trocar a roupa (exceto a roupa intima) 
pela roupa privativa do bloco cirúrgico (macacão ou calça e jaleco do tipo scrub, 
gorros e máscara). O gorro precisa cobrir todo o cabelo. Sapatos da rua devem 
ser cobertos com propés ou trocados por tamancos ou sapatilhas exclusivos do 
bloco, porém não é necessário. É recomendado em cirurgias com uso abundante 
de irritação, o uso de botas de borracha. Qualquer peça da roupa do bloco deve 
ser trocada se for molhada, se sujar com qualquer tipo de secreção ou sangue, 
ao retornar após sair do bloco e após usar o sanitário. As roupas privadas (jaleco 
e calça) devem ser lavadas após cada uso, porém não são esterilizadas. 
Também podem ser feitas de matéria descartável não estéril. Após a troca da 
roupa, é essencial lavar as mãos com água e sabão antes de entrar o bloco 
cirúrgico, independente do que for fazer. A máscara deve ser usada bem 
ajustada sobre a boca e o nariz em toda a área de circulação restrita e pode ser 
retirada nas áreas semirrestritas, porém sempre prestando atenção para que não 
fique pendurada no pescoço, por isso o ideal é descartar a máscara ao deixar a 
área estrita ao final do procedimento e colocar uma nova ao retomar. 
Profissionais de barba devem mantê-la aparada para que possa ser contida 
dentro da máscara (OLIVEIRA, 2016). 
Todas as pessoas que trabalham no bloco cirúrgico devem se habituar a 
lavar as mãos com frequência com água e sabão, enxuga-las e desinfeta-las 
com álcool glicerinado, deixando secar espontaneamente mesmo quando não 
for participar diretamente da cirurgia e devem repetir essa operação antes e 
depois dos cuidados de cada paciente (OLIVEIRA, 2016). 
 
 
 
18 
 
4.8. DEGERMAÇÃO, ESCOVAÇÃO E ANTISSEPSIA DE MÃOS E 
BRAÇOS PARA PARTICIPAR DO ATO CIRÚRGICO 
 
São etapas obrigatórias iniciais para cirurgiões, auxiliares, 
instrumentadores ou qualquer profissional que for entrar no campo cirúrgico ou 
manipular qualquer material a escovação cirúrgica das mãos e antebraços e a 
paramentação cirúrgica. Usam-se escovas especificas descartáveis ou 
esterilizadas e uma solução degermante e antisseptica como polivinil-pirrolidona-
iodo (PVPI) a 10% ou solução de cloredixidina a 4% ou solução preconizada pela 
CCIH local (OLIVEIRA, 2016). 
- com a roupa do bloco (calça, blusa, gorro, máscara) colocada ao entrar no bloco 
cirúrgico, implementar ou supervisionar as providencias necessárias de 
organização, comunicação com a equipe do planejamento cirurgia, abordagem 
inicial do paciente, etc. antes de iniciar a escovação. Sapatos usados fora do 
bloco ou na rua devem ser coberto por um protetor de tecido ou descartável 
(propé) ou trocados por sapatos confortáveis de uso exclusivo do bloco. Tanto o 
propé como sapatos de blocos devem ser trocados sempre que molhados, 
ficaram sujos ou trafegar pelas áreas de tráfego irrestrito ou fora do bloco. 
- Retirar e guardar em local seguro anéis, alianças, pulseiras e relógio. 
- Cuidar para que as unhas sejam mantidas sempre curtas. 
- Colocar e ajustar lupas (quando necessárias) ou protetores oculares. 
- Iniciar a técnica de escovação, lavagem e antissepsia e secagem das mãos e 
dos braços (até os cotovelos). 
- Durante a escovação, as mãos devem ficar mais elevadas que os cotovelos 
para que a agua escorra em direção aos cotovelos antes de cair na pia. 
- Iniciar a escovação pelos dedos e continuar até os cotovelos, ou seja, friccionar 
o antisséptico e escovar as unhas e dedos, depois a palma e o dorso das mãos 
e depois punhos e antebraços até os cotovelos. Usar essa sequência com a 
preocupação de não retornar de uma área não limpa para outra já escovada. 
- Evitar usar força excessiva na escovação ou escovas muito duras, pois 
escoriações da pele aumentam a colonização bacteriana. 
19 
 
- Descartar a escova dentro do lavabo após a escovação cuidadosa e metódica. 
- Enxaguar as mãos elevadas como descrito com água corrente (idealmente 
estéril), evitando molhar a roupa. 
- Secar as mãos com compressa estéril que está dentro do pacote onde está o 
capote. Essa compressa deve ser desdobrada de forma sistematizada para que 
cada parte seja usada para secar dedos e mãos, braços, antebraços e cotovelos, 
nessa ordem. 
- friccionar álcool a 70% nas mãos e antebraços e deixar secar 
espontaneamente. Manter as mãos elevadas e afastadas do corpo e iniciar a 
paramentação. A imagem do passo a passo está sendo representada no anexo 
3. 
 
Figura 1- TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO DAS MÃOS 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFEMRAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 192) 
 
 
 
20 
 
4.9. PARAMENTAÇÃO PARA PARTICIPAR DO ATO CIRÚRGICO 
(CAPOTEE LUVAS) 
 
O cirurgião, auxiliares e instrumentadores devem se paramentar com 
capotes e luvas cirúrgicas esterilizados. Os capotes cirúrgicos são feitos de 
tecido de algodão ou tecido sintético impermeável e descartável. São longos até 
a altura dos joelhos, com fechamento entrelaçado e com duas amarraduras nas 
costas (pescoço e cintura). Mangas compridas que se prendem ao polegar e 
punhos de tecido elástico que são cobertos pelas luvas. A paramentação é 
iniciada logo depois que o profissional acaba de secar as mãos e os braços e 
deve seguir uma sequência técnica correta. Anexo 4 (OLIVEIRA, 2016). 
- Após confirmar que há espaço suficiente para o profissional se vestir, o 
circulante abre o pacote que contém o avental cirúrgico esterilizado, sobre uma 
mesa auxiliar 
- O profissional enxuga as mãos e os antebraços com compressa estéril que está 
junto com o capote no pacote 
- O capote está montado e dobrado de forma padronizada e correta para que, ao 
ser vestido, seja mantida a integridade da antissepsia e esterilidade. O 
profissional puxa o capote pela ponta das golas e introduz suas mãos pela 
passagem dos ombros (entrada das mangas) e o levanta para vestir as mangas 
 
Figura 2- TÉCNINCA DE COLOCAÇÃO DO CAPOTE 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P.193) 
- O circulante ou auxiliar puxa as pontas de trás próximas á gola, pegando 
sempre por dentro do capote ou na fita de amarrar. Tracionar para ajudar o 
profissional a calçar as mangas até introduzir os polegares nos cadarços que 
21 
 
sustentam a manga e amarra primeiro a parte superior do capote perto do 
pescoço do profissional. 
- Quem está se paramentando pega com a ponta dos dois cadarços que saem 
da cintura e apresenta as pontas da fita para que o auxiliar as amarre atrás, na 
altura da cintura, evitando tocar as partes externas do capote. A aba posterior do 
capote é liberada para recobrir as costas do profissional. Apesar de ser 
importante tomar cuidado para evitar contaminação dessas áreas, as costas do 
capote e a parte abaixo do joelho são consideradas áreas não estéreis 
- Quando o instrumentador ou auxiliar já está paramentado, ele pode facilitar os 
demais profissionais a vestir o capote sustentando-o na posição aberta para que 
o cirurgião enfie os braços na manga e encaixe os polegares nas fitas das 
extremidades (se houver). A seguir, o circulante é que deve amarrar o capote 
atrás, com um laço na altura da nuca e outro em volta da cintura. 
 
CALÇANDO AS LUVAS 
 
- Terminada a degermação, escovação e antissepsia das mãos e vestido o 
capote cirúrgico, o profissional abre o pacote onde estão as luvas com a ponta 
dos dedos, observa a marcação da qual é a direita e a esquerda, com cuidado 
para tocar apenas na parte de dentro dos punhos das luvas com os dedos 
desnudos e apenas na parte de fora da luva com os dedos já enluvados, a 
sequência está sendo mostrada no anexo 5 
Figura 3- TÉCNICA DE COLOCAÇÃO DAS LUVAS 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P.193) 
22 
 
- Pegar a luva direita com a mão esquerda para calçar parcialmente a mão 
direita, fazer o inverso se for canhoto. 
- Com a direita parcialmente enluvada, pegar a outra luva pela borda virada para 
fora, e calçar na mão esquerda. 
- Com as mãos parcialmente enluvadas, desvirar os punhos com cuidado, sem 
usar os polegares, para não tocar a parte desnuda do antebraço nem a parte 
virada para fora da luva que foi tocada diretamente pelos dedos. 
- Outra alternativa é um profissional já paramentado calçar a luva nos outros 
pegando a luva por sua borda virada para fora, abrindo-a e sustentando-a para 
que o outro profissional introduza sua mão já na posição correta. 
- Alguns tipos de cirurgia exigem o uso de luvas duplas (calçar uma em cima da 
outra) seja para aumentar a proteção do cirurgião, seja para facilitar a troca de 
luva de cima ao operar área potencialmente contaminada. 
- Durante a paramentação, recomenda-se que todos fiquem atentos para 
observar qualquer falha que tenha provocado contaminação e avise para 
descartar imediatamente o capote e/ou luvas contaminadas e reiniciar o 
processo de paramentação. 
 
4.10. FUNÇÕES DO INSTRUMENTADOR 
 
O instrumentador é geralmente um técnico de enfermagem especialmente 
treinado ou um técnico em instrumentação cirúrgica em casos de cirurgias de 
maior complexidade pode ser um enfermeiro especializado ou o médico 
residente iniciante. Em cirurgias menos complexas e rotineiras, frequentemente 
a instrumentação é feita por estudante de Medicina e Enfermagem devidamente 
supervisionados pelo cirurgião e demais membros da equipe cirúrgica. 
Inicialmente o instrumentador trabalha junto com o circulante, preparando a sala 
e os equipamentos para a operação proposta. Depois da escovação e 
paramentação cirúrgicas, passa a fazer as funções típicas do instrumentador 
(OLIVEIRA, 2016). 
23 
 
- Organizar todos os instrumentos cirúrgicos que serão usados, equipamentos 
de uso rotineiros e os de uso excepcional, materiais de consumo e descartáveis. 
Os instrumentos são organizados por sua função ou ordem em que serão 
usados. Contar em voz alta para que seja registrada a contagem de compressas, 
gazes e agulhas. 
- Auxiliar os demais membros da equipe a se paramentar. 
- Estar atento ao desenrolar da operação para antecipar as necessidades do 
cirurgião e manter os instrumentos prontos e limpos, preparando previamente as 
gazes montadas, porta-agulhas com fio etc. 
- Posicionar a mesa de instrumentos de formas obliqua ou perpendicular à mesa 
cirúrgica, geralmente do lado ao contrário do cirurgião, para que possa ter 
controle visual dos instrumentos da mesa, do campo operatório, do cirurgião e 
auxiliares, para acompanhar a operação e entregar e receber de volta os 
instrumentos com facilidade. 
- Selecionar e entregar os instrumentos solicitados pelo cirurgião de forma 
correta, eficiente e sincronizada com o movimento da mão do cirurgião, 
garantindo o perfeito andamento do procedimento operatório. A entrega do 
instrumento deve ser feita pelo cabo voltado para o cirurgião e a extremidade em 
posição de uso. 
- Entregar o instrumento tocando a palma do cirurgião com o instrumento já na 
posição de pega e uso. Cuidado especial na entrega do bisturi que deve estar 
com a lâmina voltada para baixo e porta-agulhas montado ou outro material 
perfuro cortante para evitar acidentes. 
- Recolher os instrumentos já usados e deixados pelo cirurgião ao lado do 
campo, limpar e reorganizar na mesa ou descartar os eventualmente 
considerados inadequados (contaminados, sujos ou funcionando mal). 
- Solicitar e receber do circulante os materiais adicionados solicitados, 
geralmente fios, gazes, compressas, drenos, seringas etc. Todos os 
instrumentos, equipamentos e materiais devem ser entregues pelo circulante ao 
instrumentador e não diretamente ao cirurgião ou aos auxiliares. 
24 
 
- Manter contagem e controle do número de compressas e gazes usadas no 
campo, para evitar o risco de que alguma seja esquecida na cavidade. Todas as 
compressas, gazes, agulhas, retos de fios etc., devem ser contados e cobrados 
antes de iniciar o fechamento das paredes. 
- Evitar interromper o cirurgião e só falar com ele o que for essencial e no 
momento adequado, evitando tirar-lhe a concentração sobre o que está fazendo. 
- Descarta em containers contra acidentes as agulhas e lâminas e demais 
materiais perfurocortantes. 
- Conferir todo o material ao final da cirurgia e organizar nas caixas para enviar 
para a limpeza e esterilização, deixando todos os instrumentos abertos (exceto 
as pinças de Backhaus, para evitar acidentes). 
O trabalho da equipe é facilitado com a eficiência, rapidez e o baixo índice 
de erros do instrumentador que é aprimorada no dia a dia, à medida que a 
mesma equipe trabalha junta. O instrumentador deve conhecer a função, 
características, especificações ediferenças dos instrumentos e materiais. Os 
porta-agulhas devem ser fechados em um ou dois clicks, só se justifica apertar 
essas pinças de fechamento estático completamente na hora do uso. A agulha 
é montada na ponta da porta agulha já na posição de uso. Passar o porta-agulha 
de comprimento correspondente à profundidade da cavidade que o cirurgião 
estiver suturando naquele momento. Reparos são fios montados, presos por 
uma extremidade com uma pinça hemostática (Kelly) reta. Gaze montada: uma 
única gaze é montada numa pinça de Allis ou Babycook (se foram usadas duas 
gazes, confirmar na devolução que as duas voltaram) (OLIVEIRA, 2016). 
 
4.11. IMPORTÂNCIA DO CENTRO CIRÚRGICO 
 
No hospital o centro cirúrgico é uma área de extrema importância e 
responsabilidade. O processo de cirurgia começa a partir do agendamento dela, 
com isso são tomadas todas as providências para que a cirurgia ocorra de forma 
tranquila dentro previsto. Essa etapa é de extrema importância pois busca 
minimizar riscos inerentes ao procedimento e mantém a equipe 
25 
 
permanentemente preparada para dar respostas rápidas dentro quaisquer 
imprevistos. (SIQUEIRA; SCHUH, 2013). 
O Centro Cirúrgico possui muita eficiência a quantidade de salas 
cirúrgicas variam de instituição para instituição e dispõe de recursos técnicos 
para qualquer tipo de intervenção. A operação segue protocolos para cirurgia 
segura garantindo atendimento contínuo e permanente sempre visando a 
segurança do paciente com atualização frequente das normas e integração com 
o Centro de Terapia Intensiva o que facilita a recuperação de pacientes de 
intervenções de alta complexidade. (SIQUEIRA; SCHUH, 2013). 
Na maioria das instituições existem dois centros cirúrgicos localizados 
normalmente em áreas distintas sendo uma das áreas denominada de 
minimamente invasivo. Esse tipo de cirurgia é dado por conta de um conjunto de 
soluções de engenharia clínica e de recursos digitais, guiadas por imagem 
combinadas ou não com procedimentos convencionais, além de permitir que o 
tratamento e o diagnóstico sejam realizados simultaneamente. A outra área é 
equipada para a realização de procedimentos de alta complexidade: como 
transplante de rim, fígado, pâncreas e coração, cirurgias cardíacas, ortopédicas 
e neurológicas. (MARTINS, 2016). 
Com o avanço tecnológico foi possível que houvesse a redução do tempo 
do trauma cirúrgico e do risco de infecção, oferecendo maior segurança para os 
pacientes e o retorno mais rápido às atividades. Algumas instituições já aderiram 
a cirurgia robótica, é uma ferramenta que tem como finalidade conseguir mais 
precisão e acarretando cansaço excessivo para o cirurgião pois possui a 
vantagem de ter uma maior mobilidade da mão, já para o paciente tem as 
vantagens de ter a cirurgia minimamente invasiva assim se torna raro o paciente 
alegar dores pós cirúrgicas. (MARTINS, 2016). 
 
 
 
 
26 
 
4.12. ATIVIDADES MAIS PRATICADAS 
 
As áreas mais praticadas por médicos cirurgiões são a ortopedia, a 
cirurgia geral/ gastrointestinal, a ginecologia/ mastologia, a urologia, a cirurgia 
plástica, a otorrinolaringologia, a oftalmologia, a neurocirurgia, a cirurgia 
vascular, a cabeça e pescoço, a cirurgia torácica e a cirurgia cardiovascular 
(COSTA, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
4.13. CARACTERÍSTICAS DO CENTRO CIRÚRGICO 
 
 
O Centro Cirúrgico é uma unidade dentro do hospital composta por várias áreas 
interligadas entre si, a fim de proporcionar ótimas condições para a realização do ato 
cirúrgico com o objetivo de proporcionar cuidados ao paciente, buscar a recuperação 
ou melhora do paciente por meio de intervenção cirúrgica, oferecer segurança e bem-
estar ao paciente (SILVIA, 2010). 
Existem três zonas que compõem o centro cirúrgico: irrestrita (proteção), semi-
restrita (limpa) e restrita (estéril). A zona irrestrita, conhecida também pela zona de 
proteção é a área comum do prédio que se interliga com o restante do hospital, onde os 
profissionais podem circular sem roupas privativas, é nela que se da a entrada de todas 
as roupas e matérias para o CC e que contém os corredor externos, vestiários, 
secretaria, local de transferências de macas etc. A zona semi-restrita, a área limpa, onde 
fica localizada a secretaria, zona de descanso dos profissionais antes das cirurgias, uma 
zona de atendimento assistencial no pré e pós-operatório. E temos a zona restrita, área 
estéril do prédio, onde podem circular um número baixo de pessoas com a 
obrigatoriedade do uso de máscaras, e nela temos o corredor de acesso para as salas 
cirúrgicas, o lavabo, onde acontece a escovação dos profissionais, a sala de operações, 
salas de recuperação pós anestésicos etc (SILVIA, 2010). 
O CC pode ser considerado um dos setores mais complexos do hospital pela 
sua especificidade. É considerada uma unidade assistencial, onde são realizadas os 
mais diversos procedimentos. Ele requer uma estrutura adequada de modo que os 
aspectos técnico-administrativos referentes à planta física e localização, às rotinas e aos 
recursos humanos sejam assegurados como mecanismos que garantam a prevenção 
e o controle dos riscos e sustentem na prática, a proteção ético-legal da equipe e da 
instituição (FRANCISCO, 2010). 
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 50, de 21 de fevereiro 
de 2002, proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), cabe ao 
centro cirúrgico (BRASIL, 2002): 
• Recepcionar e transferir pacientes; 
28 
 
• Assegurar a execução dos procedimentos pré-anestésicos e executar 
procedimentos anestésicos no paciente; 
• Proceder a lavagem cirúrgica e anti-sepsia das mãos; 
• Executar cirurgias e endoscopias em regime de rotina ou em emergências; 
• Realizar endoscopias que requeiram supervisão de médico anestesista; 
• Realizar relatórios médicos e de enfermagem e registro das cirurgias e 
endoscopias realizadas; 
• Proporcionar cuidados pós-anestésicos; 
• Garantir o apoio diagnóstico necessário; 
• Retirar e manter órgãos para transplante. 
São obrigatórios os seguintes ambientes no CC: área de recepção de 
pacientes; salas de cirurgias pequenas, médias e/ou grandes, dependendo da 
especialidade; sala de apoio às cirurgias especializadas (quando houver este 
serviço no EAS); área de escovação; área de indução anestésica; posto de 
enfermagem e serviços; sala de guarda e preparo de anestésicos; área de 
recuperação pós-anestésica/RPA e área para prescrição médica (BRASIL, 
2002). 
Referente aos ambientes considerados de apoio obrigatórios: sala de 
utilidades; banheiros com vestiários para funcionários (barreira); sala 
administrativa; laboratório para revelação de chapas (in loco ou não); sala de 
preparo de equipamentos /material; depósito de equipamentos e materiais e sala 
de distribuição de hemocomponentes (BRASIL, 2002). 
Os ambientes de apoio não obrigatórios são: copa; sala de espera para 
acompanhantes (anexa à unidade); sanitários para acompanhantes (sala de 
espera); sala de estar para funcionários; área para guarda de macas e cadeiras 
de rodas, área de biópsia de congelamento (BRASIL, 2002). 
 
 
 
 
29 
 
 
, 
 
Quadro 3- Setores de suporte do centro cirúrgico 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P.188.) 
 
 
 
 
30 
 
ATIVIDADES BÁSICAS 
 
• Realização de procedimentos cirúrgicos e endoscópicos contemplando as 
atividades de: 
• Recepcionar e transferir pacientes; assegurar a execução de procedimentos 
pré-anestésicos e executar procedimentos anestésicos nos pacientes; 
realizar a correta escovação das mãos; executar cirurgias e endoscopias em 
regime de rotina ou em situações de urgência; realizar relatório médico e de 
enfermagem e registro das cirurgias e endoscopias realizadas; proporcionar 
cuidados pós-anestésicos; garantir apoio diagnóstico necessário e retirar 
órgãospara transplantes.(SOBECC, 2018). 
 
SALAS DE CIRURGIA (DIMENSIONAMENTO): 
 
• Pequena: 20m² - dimensão mínima 3,45m 
• Média: 25m² - dimensão mínima 4,65m 
• Grande: 36m² - dimensão mínima 5,00m 
• 5% do total de leitos cirúrgicos ou 1 SC x leito HG. (SOBECC, 2018) 
 
 
SALA DE ANESTESIA 
 
• É a área destinada à permanência do paciente logo após o termino do ato 
anestésico cirúrgico até a recuperação da consciência, eliminação de 
anestésicos e estabilização dos sinais vitais; deve estar instalada dentro do 
Centro Cirúrgico ou nas suas proximidades, favorecendo o transporte rápido 
do paciente anestesiado para este local; 
 
 
 
31 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO 
 
• Dimensionamento - Varia de acordo com o porte e complexidade do BC 
Mínimo 2 macas Nº de macas = nº SC+1 (cirurgia alta complexidade a 
recuperação pode se dar na UTI); Distância entre leitos = 0,8m distância entre 
leitos e parede (exceto cabeceira) = 0,6m. (SOBECC, 2018). 
 
 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 
 
É fundamental o conhecimento prévio dos equipamentos para possibilitar 
o provimento da sala cirúrgica, estes, podem ser divididos em fixos e moveis 
(MENDES, 2013): 
 • Principais equipamentos fixos da sala de cirurgia: foco central, negatoscópio, 
painel de gases medicinais, sistema de canalização de ar e gases. 
• Principais equipamentos e acessórios móveis da sala de operação: aspirador 
de secreções, aparelho de anestesia, Bisturi elétrico, monitor multiparamétrico, 
sistema de ar forçado aquecido (SAFA), mesa de operações, bancos giratórios, 
recipiente para lixo, carro do anestesista com materiais descartáveis, coxins e 
dispositivos de visco elástico seco, escada de dois degraus, foco auxiliar, mesa 
de Mayo, mesas para instrumental cirúrgico, suportes de braços e pernas, 
hamper, soluções intravenosas, e outros 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Escadinha com dois degraus 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Manual de processos de trabalho da Divisão do Centro Cirúrgico, 2014. 
 
4.14. PREPARAÇÃO DA SALA 
 
 
O preparo da sala de operação (SO) é fundamental para a realização do 
procedimento cirúrgico e segurança do paciente. A equipe de enfermagem deve 
providenciar materiais e equipamentos para o procedimento cirúrgico, de acordo 
com o agendamento programado de cada cirurgia (pedido de cirurgia com 
requisição de materiais permanentes e descartáveis) (MENDES, 2013). 
A montagem da SO é realizada pelo circulante de cirurgia, sob a 
responsabilidade do enfermeiro, que capacita estes profissionais para o 
desenvolvimento do ato anestésico-cirúrgico, junto com a equipe médica. São 
pré-requisitos para a montagem da SO (MENDES, 2013): 
• Lavar as mãos; 
• Verificar a cirurgia programada; 
• Checar dados do paciente, o horário do procedimento, equipe, procedimento 
cirúrgico e anestésico; 
• Certificar-se do material e dos equipamentos necessários; 
Figura 5- Modelo sala cirúrgica Figura 4- Modelo sala cirúrgica 
33 
 
• Checar as condições de limpeza da sala; 
• Checar e testar o funcionamento dos equipamentos; 
• Observar se a mesa cirúrgica é adequada para o paciente; 
• Observar se o lavabo próximo à sala está munido com escovas estéreis e 
soluções para degermação; 
• Buscar na Central de Material e Esterilização (CME) o carro preparado com os 
artigos médicos esterilizados específicos, de acordo com a cirurgia programada; 
• Providenciar o Kit do paciente e o Kit de fios cirúrgicos no Centrinho com os 
materiais descartáveis e medicações; 
• Prover a sala de impressos próprios do setor; 
• Dispor os artigos em mesas auxiliares de acordo com a necessidade. 
Utiliza-se carro para a guarda de materiais e equipamentos 
necessários para procedimento cirúrgico, que fica localizado dentro da 
sala durante o procedimento (UNICAMP, 2014). 
Todo carro para a montagem de cirurgia é composto de 3 prateleiras 
e o material é disposto da seguinte forma (UNICAMP, 2014). 
• 1ª prateleira – Kit farmácia, almotolias para assepsia, soros, 
impermeáveis e fios cirúrgicos; 
• 2ª prateleira – caneta de bisturi elétrico, compressas, caixas de 
instrumentais, afastadores, bandejas, manoplas, cateterismo, cubas e 
cúpulas; 
• 3ª prateleira – Pacotes de roupas, campos e aventais cirúrgicos. 
A elaboração da escala deve ser finalizada às 12h30, para que sejam 
emitidos os relatórios de gastos cirúrgicos e CME, pelo sistema 
informatizado do HC (UNICAMP, 2014). 
 
O circulante de cirurgia é responsável por todas as cirurgias realizadas na 
sala em que foi escalado pelo enfermeiro para atuar durante o plantão. Este 
profissional irá colaborar com a equipe de cirurgiões na organização dos 
34 
 
equipamentos, materiais e medicamentos necessários para o ato cirúrgico, com 
especial atenção para a segurança do paciente (MENDES, 2013). 
A seguir, destacam-se as principais atividades e funções desempenhadas 
pelo circulante de cirurgia (MENDES, 2013) : 
• Lavar as mãos; 
• Providenciar o carro de cirurgia, o Kit do paciente e o Kit de fios na CME, 
de acordo com a cirurgia a ser realizada na SO; 
• Auxiliar o instrumentador na montagem da mesa de roupa e da mesa de 
instrumental; 
• Receber o paciente na entrada da SO; 
• Verificar se o prontuário, os exames realizados e os antibióticos foram 
encaminhados junto com o paciente; 
• Ajudar no posicionamento do paciente na mesa cirúrgica; 
 • Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica; 
• Auxiliar a manter o paciente aquecido com os acessórios disponíveis; 
• Colocar a placa dispersiva do bisturi elétrico monopolar, quando 
necessário; 
• Iniciar a abertura dos pacotes em sequência lógica, com técnica 
asséptica. Nessa etapa, observar os integradores internos dos pacotes, data e 
integridade da embalagem; 
• Colocar antissépticos e outras soluções na mesa de instrumental, 
sempre seguindo técnica asséptica; 
• Ligar o bisturi elétrico e conectá-lo ao eletrodo da placa dispersiva; 
• Ligar os equipamentos necessários; 
• Ligar o foco de luz sobre o campo operatório; 
35 
 
• Ficar atento às solicitações da equipe e ao funcionamento dos aparelhos 
durante o procedimento; 
• Realizar contagem das compressas utilizadas nas cirurgias abdominais 
e registrar; 
• Controlar o peso das compressas quando for necessário; • Manter a sala 
em ordem; 
• Providenciar a cama para transporte do paciente para o Serviço de 
Recuperação Pós-Anestésica (SRPA); 
• Preencher os impressos e anexar os integradores; 
• Evitar sair da sala durante o processo anestésico-cirúrgico; 
• Não abrir material que não seja necessário; 
• Manter distância do procedimento cirúrgico e dos equipamentos 
estéreis; • Não falar sobre o material estéril; 
• Encaminhar o quanto antes as peças para a análise laboratorial; 
• Ao término do procedimento, auxiliar a equipe nos curativos; 
• Desligar equipamentos e encaminhar os materiais utilizados para os 
devidos fins; 
• Transportar o paciente para a cama com ajuda de outros profissionais; 
• Organizar os documentos do paciente (prontuário, papeleta, exames) e 
pertences pessoais; 
 • Auxiliar no processo de transporte; 
• Realizar a passagem de plantão para o profissional responsável pelo 
paciente no SRPA; 
 • Lavar as mãos; 
• Retornar à sala e iniciar a desmontagem e limpeza concorrente. 
 
36 
 
Para que seja possível a realização do ato cirúrgico, é preciso dispor de 
uma mesa auxiliar com instrumentais e materiais específicos para a cirurgia 
(mesa auxiliar de instrumental) e outra mesa com os campos cirúrgicos e OPAS 
para paramentação (mesa auxiliar de roupa). Para tanto, de modo geral, são 
montadas duas mesas auxiliares na sala de cirurgia, entretanto há exceções nas 
quais mais mesas são montadas em virtude da quantidade de materiais 
necessários para o ato cirúrgico (MENDES, 2013). 
Figura 6- Arquitetura de uma sala cirúrgica 
 
FONTE: Google Imagens 
 
A EQUIPE NO PERÍODO DA CIRURGIAO ENFERMEIRO DEVE: 
• Receber o plantão e, sabendo sobre as salas montadas, conferir a 
presença dos itens específicos necessários para a cirurgia 
programada (ex: mesa elétrica, mesa de duas cabeceiras, 
arcoscópio). 
O TÉCNICO DE ENFERMAGEM DEVE: 
• Conferir todos os materiais dispostos em sala para o tipo de 
procedimento a ser realizado; 
37 
 
• Conferir os equipamentos e painéis; 
• Dispor a caixa de drogas anestésica preparada pela farmácia do 
CC, após solicitação do anestesista. A montagem dos 
psicotrópicos é de acordo com a necessidade de cada paciente. 
 
PAPEL DO ENFERMEIRO: 
 
São responsáveis por todas as atividades assistenciais e administrativas do 
período diurno e noturno. 
• Organizar, administrar e controlar as atividades do Centro Cirúrgico 
Obstétrico; 
• Prever e prover de recursos materiais e humanos para garantir o bom 
funcionamento da unidade; 
• Providenciar a manutenção e revisão periódica dos equipamentos em 
instrumentais cirúrgicos das Salas de Cirurgia, 
Recuperação Pós-Anestésica e Central de Materiais; 
• Controlar o uso adequado e econômico do material em geral; 
• Elaborar a escala mensal do serviço e controlar o comparecimento dos 
funcionários; 
• Realizar reuniões periódicas com a equipe de enfermagem para fins de 
avaliação do serviço; 
• Participar de reuniões com a Gerência de Enfermagem, Diretoria e Equipe 
Multidisciplinar; 
• Proporcionar integração do Centro Cirúrgico Obstétrico com os demais 
serviços do hospital; 
• Elaborar relatórios e estatísticas periódica das atividades realizadas; 
• Elaborar e atualizar rotinas de atividades e desenvolver programas de 
treinamento do Pessoal de Enfermagem; 
• Cumprir e fazer cumprir regulamentos e ordens de serviço do hospital; 
• Cumprir e zelar pelo cumprimento do Código de Ética dos Profissionais da 
Enfermagem.(MANUAL DE ROTINAS DE ENFERMAGEM DO CENTRO 
CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO E CENTRAL DE MATERIAL, 2012). 
 
 
38 
 
 ENFERMEIRO ASSISTENCIAL 
 
• Receber e passar o plantão em conjunto com a Equipe de Enfermagem e 
tomar as providências que julgar necessárias; 
• Diagnosticar as necessidades de enfermagem, elaborar e executar planos 
de Sistematização da Assistência de Enfermagem; 
• Coordenar o funcionamento das salas de cirurgia/parto, espeitando a 
programação cirúrgica e fazendo as mudanças necessárias nos casos 
imprevistos; 
• Prover a Sala Cirúrgica de pessoal, material e equipamentos necessários 
para a realização do ato cirúrgico; 
• Supervisionar e instruir os funcionários no desempenho de suas funções, 
avaliando-os periodicamente; 
• Orientar e supervisionar os funcionários no cumprimento da técnica 
asséptica; 
• Prestar assistência direta aos pacientes graves ou em emergências; 
• Executar os procedimentos de alta complexidade quando julgar necessário; 
• Elaborar as escalas diárias de serviço da equipe de enfermagem; 
• Exigir o uso de uniforme privativo completo de todo o pessoal apenas ao 
adentrar nas dependências do Centro Cirúrgico Obstétrico, não podendo 
circular pelo hospital com tal vestimenta; 
• Zelar pelos materiais e equipamentos supervisionando o seu manuseio 
adequado; 
• Fazer controle dos psicotrópicos, temperatura das geladeiras e checar os 
carros de emergências em todos os plantões; 
• Supervisionar a limpeza das salas de cirurgia, recuperação pós anestésica, 
central de material, portaria e dependências; 
• Encaminhar material para o laboratório, banco de sangue, anatomia 
patológica, internação e RH; 
• Desempenhar as funções administrativas que são delegadas pela chefia 
imediata; 
• Fazer treinamentos para manter a atualização dos funcionários; 
• Fazer cumprir normas e rotinas do Centro Cirúrgico Obstétrico; 
• Manter registros das ocorrências do plantão em livro próprio; 
39 
 
• Colaborar com as Pesquisas e Treinamentos desenvolvidos no Hospital; 
• Substituir, quando necessário, o Enfermeiro Encarregado. (MANUAL DE 
ROTINAS DE ENFERMAGEM DO CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO 
E CENTRAL DE MATERIAL, 2012). 
 
 AUXILIAR DE ENFERMAGEM 
• Receber o plantão em conjunto com a Equipe de Enfermagem e seguir a 
escala de serviço determinada pelo enfermeiro; 
• Proceder à montagem da Sala Cirúrgica/Parto conforme a cirurgia 
programada ou de emergência; 
• Colaborar com o enfermeiro na previsão dos materiais esterilizados e 
descartáveis necessários aos procedimentos cirúrgicos; 
• Testar o funcionamento de todos os aparelhos da Sala de Cirurgia/Parto; 
• Circular a sala de cirurgia atendendo a equipe cirúrgica e de anestesia 
durante todo o ato cirúrgico; 
• Executar técnicas de enfermagem junto ao paciente e recém nascido; 
• Registrar em impressos próprios, as anotações que competem à 
enfermagem; 
• Zelar pela manutenção da limpeza, equipamentos e instrumentos da Sala 
de cirurgia/parto; 
• Participar de reuniões quando convocado; 
• Cumprir o regulamento e as rotinas do Centro Cirúrgico (MANUAL DE 
ROTINAS DE ENFERMAGEM DO CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO 
E CENTRAL DE MATERIAL, 2012). 
 
O ANESTESISTA DEVE: 
• Conferir os materiais necessários para a anestesia; 
• Preparar as drogas a serem utilizadas. 
 
 Mediante todas estas checagens, considera-se a sala 
preparada. (MANUAL DE ROTINAS DE ENFERMAGEM DO CENTRO 
CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO E CENTRAL DE MATERIAL, 2012). 
 
40 
 
4.15. FASES CIRÚRGICAS 
 
 
 O paciente quando é submetido a um ato cirúrgico, entra em um processo 
chamado de perioperatório, que engloba desde internação pré operatórias até a 
alta definitiva. Está subdividido em três etapas: pré-operatório, intra-operatório e 
pós-operatório. (DRAVIEUX et al. 2018) 
 Durante todas estas fases o enfermeiro tem suas rotinas em pro ao centro 
cirúrgico, a fim de aperfeiçoar a organização, planejamento e as intervenções de 
enfermagem de todo o processo como na paramentação cirúrgica, escovação e 
nas devidas responsabilidades do instrumentador e do circulante, por meio da 
gestão da estrutura e funções assistenciais, onde engloba toda a equipe de 
enfermagem em suas determinadas funções dentro do centro cirúrgico sempre 
buscando evitar dores desnecessárias e complicações ao paciente (OLIVEIRA, 
2016). 
 Ao se iniciar o Perioperatório tem que se considerar alguns fatores como 
complexidade da cirurgia para se montar uma programação adequada para o 
quadro clínico do paciente, como pode se ver nos quadros abaixo: 
 
Quadro 4- Classificação das cirurgias por diversas características 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM ( OLIVEIRA, 2016, P. 199) 
 
41 
 
Quadro 5- Classificação do porte de complexidade das cirurgias 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 199) 
 
Além destes fatores quem se observa no início, a enfermeira leva em 
consideração a coleta de dados, onde se reúne informações do paciente dês do 
básico que se pede na primeira consulta com o médico, geralmente se tem estas 
informações na ficha como nome, idade, peso e altura, histórico de doenças, que 
este pode acarretar necessidades especiais que a equipe tem que se atentar e 
reavaliar a história clinica com a finalidade de não colocar o paciente em risco 
em nenhum momento do processo. Outros pontos que se deve ter como objetivo 
de avaliar é se há existências de alergias, condição da pele (se pode ter maior 
risco de infecção ou lesão), e se faz uso de medicamentos. (STUMM et al., 2009) 
 Além da coleta de dados, o enfermeiro classifica o procedimento geralmente 
utilizando o nome da região ou órgão como prefixo e como sufixo o tipo de 
intervenção que a área vai receber. Como por exemplo, a gastrostomia, sendo 
gastro de estomago e tomia fazendo menção a técnica de inserção ( abertura de 
cavidade) (OLIVEIRA,2016). 
 
4.15.1. FASE PRÉ-OPERATÓRIA 
 
A fase de pré-operatório tem início quando há as devidas orientações do 
procedimento ao paciente e as medidas para o preparo deste (OLIVEIRA, 2016). 
Durante esse intervalo, ocorremexames laboratoriais e de imagem, 
avaliação clínica de risco cirúrgico e anestésico, agendamento da cirurgia, 
internação e admissão no bloco cirúrgico (OLIVEIRA, 2016). 
42 
 
Nessa fase, o enfermeiro pode participar de todas essas etapas, 
dependendo do ritmo de trabalho da equipe. Todavia, as intervenções de 
enfermagem tendem a ocorrer após a internação do paciente para a cirurgia ou 
em sua chegada ao centro cirúrgico, caso haja a internação no mesmo dia 
(OLIVEIRA, 2016). 
 
4.15.1.1. PLANEJAMENTO 
 
Mapa das cirurgias do dia: é fase de planejamento que ocorre no dia anterior 
para o agendamento de pacientes com as equipes, salas, vagas dos leitos 
cirúrgicos, reserva de sangue e de UTI (OLIVEIRA, 2016). 
Procedimentos logísticos: é o consentimento informado, reserva de sangue e de 
UTI, disponibilidade de materiais e equipamentos, e checagens complementares 
como por exemplo de próteses que podem postergar a cirurgia (OLIVEIRA, 
2016). 
Reserva de sangue e de UTI: ocorre para evitar falhas, e algumas instituições 
definem uma rotina dos procedimentos e características do paciente para essas 
reservas (OLIVEIRA, 2016). 
Nessa parte, independente da rotina da equipe, a última palavra sobre a 
necessidade dessas reservas é do cirurgião e do anestesista (OLIVEIRA, 2016). 
Avaliação de risco cirúrgico: qualquer cirurgia envolve algum risco, portanto 
devem ser avaliados através de uma avaliação pré-operatória e na admissão do 
paciente para que sejam tomadas medidas específicas (OLIVEIRA, 2016). 
O relatório de risco cirúrgico é redigido pelo médico que fez a avaliação pré-
operatória e é apresentado ao cirurgião em consulta prévia (OLIVEIRA, 2016). 
A seguir, uma tabela indicando as classificações do risco anestésico, o ASA: 
 
 
 
43 
 
Quadro 6- Classificação do risco anestésico "ASA" (Sociedade Americana 
de Anestesiologia) 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 202) 
 
Medidas que reduzem o risco cirúrgico em cirurgias eletivas em pacientes com 
comorbidades: como muitas doenças e condições interferem nos riscos 
cirúrgicos, há medidas necessárias para reduzir possíveis complicações ou até 
mesmo a morte relacionada à cirúrgica (OLIVEIRA, 2016). 
Dentre os principais marcadores de riscos de mortalidade perioperatória, 
podemos citar: pacientes acima de 70 anos, angina instável, insuficiência 
cardíaca não controlada, diabetes, distúrbio de coagulação, entre muitos outros 
(OLIVEIRA, 2016). 
A seguir, uma tabela sobre medidas redutoras de risco em pacientes com 
doenças prévias: 
 
44 
 
Quadro 7- Medidas redutoras de risco em cirurgia em pacientes com 
doenças prévias 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 203) 
 
Atribuições e responsabilidades: são diversas providências, preparos e 
orientações que necessitam ser realizadas, e o enfermeiro pode ou não participar 
dessa fase (OLIVEIRA, 2016). 
Para melhor compreensão, uma tabela com as principais providências ao 
preparo cirúrgico: 
 
Quadro 8- Principais providências relacionadas ao preparo cirúrgico 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 203) 
45 
 
4.15.1.2. INTERVENÇÕES 
 
Providências anteriores: para que aconteça a admissão do paciente no dia da 
cirurgia, deve ocorrer uma avaliação da sua história clínica e fatores de riscos 
através da coleta de dados, orientações e preparos ao paciente, como 
explicação tanto sobre a cirurgia em si, como sobre a reabilitação e o 
autocuidado após (OLIVEIRA, 2016). 
Tais informações são dadas em uma consulta prévia com o cirurgião e as 
orientações podem ser feitas pelo enfermeiro (OLIVEIRA, 2016). 
Orientações prévias para o paciente sobre a cirurgia antes da internação: as 
orientações variam de acordo com o tipo de cirurgia e características do 
paciente, e podem ser dadas na consulta pré-operatória de enfermagem 
(OLIVEIRA, 2016). 
Em suma, nessa fase, é importante apresentar-se, explicar o objetivo da 
intervenção, perguntar sobre o conhecimento do paciente perante a cirurgia 
colocar-se disponível para passar quaisquer informações e dúvidas adicionais, 
além de explicar os procedimentos prévios, os de autocuidado e reabilitação, 
repassar informações da rotina do hospital para o tipo de cirurgia proposta, e 
avaliar o nível de ansiedade do paciente, sempre procurando meios de 
tranquilizá-lo (OLIVEIRA, 2016). 
Consentimento informado: explicação sobre o Consentimento Informado que 
deve ser assinado por ambas as partes, tanto cirurgião como paciente 
(OLIVEIRA, 2016). 
Como tal ação é competência do médico e da administração, cabe ao enfermeiro 
apenas realizar a checagem da tarefa (OLIVEIRA, 2016). 
Orientação sobre continuidade ou suspensão dos medicamentos de uso 
contínuo: apesar de ser uma tarefa do médico, dependendo da rotina da equipe, 
essa informação pode ser dada pelo enfermeiro (OLIVEIRA, 2016). 
 
 
46 
 
Abaixo, uma tabelo dos medicamentos: 
 
Quadro 9- Continuidade ou interrupção de medicamentos de uso crônico 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 204) 
 
Orientações e treinamentos do paciente antes da cirurgia para o autocuidado no 
pós-operatório: nessa parte, de uma forma mais breve, ocorre a orientação e 
treinamento sobre a rotina pós-operatório, envolvendo tanto paciente como seus 
familiares, combinação da estratégia de analgesia, informação prévia ao 
paciente sobre quaisquer eventos pós-operatório,como dor, sonda, dentre 
outros, ensinamento sobre as técnicas de respiração profunda e lenta, além dos 
exercícios com os membros inferiores de elevação, manutenção do ar e técnica 
de se virar de lado no leito (OLIVEIRA, 2016). 
Principais ações no pré-operatório imediato na admissão no hospital ou 
recepção no bloco cirúrgico: são os preparos da sala operatória, equipamentos, 
materiais, mesa de instrumentação, paramentação, dentre outros. Confirmação 
47 
 
da reserva de sangue e ou plaquetas. Preparação do paciente para a mesa 
operatória, com avental e gorro, além de estar devidamente coberto com 
cobertores devido ao ar condicionado do bloco, deixando os pertences pessoais 
com o acompanhante. Preparação das medicações a serem dadas após a 
cirurgia. Realizar o check list da "Cirurgia Segura" com paciente através da 
repetição deste com o nome completo, data de nascimento, nome do cirurgião 
responsável, o tipo de cirurgia e a lateralidade (checagem junto com o 
acompanhante), além da confirmação de dados na pulseira de identificação e 
prontuário. Confirmação pré-operárias de jejum, medicações, alergias, 
evacuações ou bem-estar nas últimas horas. Confirmação da assinatura do 
Consentimento Informado. Informar o acompanhante sobre o local de espera, 
conferir os pertences entregues a este do paciente e deixar que se despeçam 
(OLIVEIRA, 2016) 
 
4.15.2. FASE INTRAOPERATÓRIA 
 
 O período se inicia quando o paciente é transferido da sala de cirurgia 
para mesa cirúrgica, momento em que a equipe (cirurgião, anestesista, 
enfermeiro) tem total responsabilidade pelo doente. A equipe de enfermagem 
durante a cirurgia é responsável por fiscalizar e supervisionar o trabalho da 
equipe técnica e assegurar pela proteção do paciente. O doente se encontra 
vulnerável e impossibilitado de reagir durante a anestesia, portanto é de 
responsabilidade dos profissionais cirúrgicos promover a segurança e proteção 
do doente contra qualquer lesão ou complicação à saúde (OLIVEIRA, 2016). 
 
4.15.2.1. PLANEJAMENTO 
 
 
Rotina de cirurgia segura: Esse protocolo se inicia na admissão do 
paciente no Centro Cirúrgico e na sala de operações, é um sistema de Check 
List que deve ser revisto a todo momento. Cada item é conferido e anotado em 
uma folha específica (ver abaixo) com o objetivo de evitar erros na identificação, 
48 
 
tipo de cirurgia ou local da cirurgia, alergias, equipamentos e materiais 
específicos e necessários. (OLIVEIRA, 2016) 
 A checagem é repetida diversasvezes, ao buscar o paciente no quarto, 
ao recebê-lo no bloco, ao colocá-lo na mesa cirúrgica e antes da incisão e deve 
ser dito ao paciente o motivo para estarem fazendo tal repetição, pois pode 
parecer que os profissionais estão confusos. Esta rotina evita acidentes como 
operar a pessoa errada ou o membro errado. (OLIVEIRA, 2016) 
 Suporte emocional e controle de estresse: O enfermeiro tem o papel de 
manter o paciente calmo antes da cirurgia e tentar reduzir seu medo, 
principalmente as de grande porte, para isso ele pode estimular o paciente a falar 
sobre seus medos e preocupações, dar detalhes do procedimento como 
duração, o que vai acontecer quando ele acordar da anestesia, etc. (OLIVEIRA, 
2016) 
 
 
4.15.2.2. INTERVENÇÕES 
 
 Deve ser da conduta da enfermagem promover conforto e segurança ao 
paciente antes, durante e após o momento cirúrgico. Para levar o doente para 
sala de cirurgia, o momento deve ser cômodo e agradável, portanto, o doente 
deve ser transportado através de uma maca e se sentir frio por conta do ar 
condicionado presente na região próxima a sala cirúrgica, deve ser oferecido ao 
mesmo cobertores. Ao chegar na sala cirúrgica, o paciente deve ser transferido 
da maca para mesa operatória, em seu estado de saúde estável e sem restrições 
a mobilidade consegue transferir-se sem ajuda de um profissional, em 
contrapartida o paciente que apresenta mobilidade reduzida precisará da ajuda 
de profissionais, sendo transferido em bloco, usando um lençol dobrado e 
colocado de forma adequada sob o paciente. O doente deve ser apresentado 
aos profissionais presentes na sala cirúrgica e a função de cada técnico deve 
ser exposta. Em algumas cirurgias o paciente passa por exames de imagem 
previamente antes do início da operação, portanto os exames se necessário 
devem estar juntamente aos profissionais cirúrgicos, sendo usado normalmente 
como referência ao procedimento. Os dados da folha cirúrgica devem ser 
preenchidos e o check list inicial, também deve ser realizado (OLIVEIRA, 2016). 
49 
 
 Antes de dar início de fato a operação, é necessário que sejam verificados 
sinais vitais, glicemia capilar em caso do paciente ser diabético e averiguar 
modificações no quadro de saúde do paciente. Em caso de normalidades, o 
paciente deve ser posicionado para receber anestesia. Após receber a 
medicação, o posicionamento do paciente deve ser cuidadoso e delicado, 
evitando estiramentos e fraturas, deve ser protegido também do surgimento de 
lesões por pressão. É necessário a obtenção de um acesso venoso periférico 
calibroso, para anestesias, administração de medicamentos, derivados 
sanguíneos entre outros, caso o paciente não apresente o acesso, deve ser 
realizada a punção, para realização do procedimento, existem casos também em 
que o paciente necessitará de um acesso central, punção a qual será realizada 
pelo cirurgião ou anestesista. Após a indução anestésica ou sedação, será 
instalada a placa de neutro (OLIVEIRA, 2016). 
Em caso de monitorização estritamente necessária, deve ocorrer a 
realização do cateter vesical. Se necessário a indicação da passagem de sonda 
nasogástrica, a qual deve ser feita pela equipe de enfermagem ou anestesista 
(OLIVEIRA, 2016). 
 Cuidados com o paciente durante a cirurgia: Antes de o procedimento 
começar, é papel do enfermeiro antecipar possíveis problemas, como histórico 
de alergias, cirurgia com possibilidade de perda de grande volume de sangue (a 
reposição deve estar na sala), sinais de intubação difícil, monitorização 
anestésica completa, entre outros. O enfermeiro deve estimular o resto da equipe 
a informar possíveis riscos ao paciente (OLIVEIRA, 2016). 
Transporte do paciente ao bloco: o enfermeiro deve verificar a 
identificação do paciente e o procedimento a qual ele será submetido. Dar 
assistência para a transferência da maca/cadeira de rodas para a mesa de 
cirurgia. Dar tempo para se despedir dos parentes e manter o paciente calmo 
(OLIVEIRA, 2016). 
 Posicionamento do paciente para cirurgia: a decisão do posicionamento 
do paciente deve ser decidida por toda a equipe, principalmente cirurgião e 
anestesista. O posicionamento seguro e confortável tem como principal 
características a exposição do sítio cirúrgico, melhor controle do anestesista e 
prevenir complicações como queda, úlceras por pressão, compressão de nervos 
50 
 
e vasos, estiramento de músculos, restrição dos movimentos respiratórios e 
circulatórios, entre outros (OLIVEIRA, 2016). 
 Se faz necessário respeitar os princípios básicos de conforto do paciente, 
como alinhamento corporal confortável, pernas descruzadas, deixar a genitália 
livre, braços abertos em no máximo 90° (OLIVEIRA, 2016). 
 Sempre ficar atento às possíveis feridas por pressão, os principais pontos 
de pressão devem ser protegidos com acessórios prudentes a sala de cirurgia, 
como perneiras, apoio, travesseiros, almofadas, entre outros (OLIVEIRA, 2016). 
 
Quadro 10- Principais cuidados e riscos nas diferentes posições cirúrgicas 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 208) 
 
Suporte da equipe de enfermagem ao anestesista: Quem define o tipo de 
anestesia a ser feito é o anestesiologista de acordo com o procedimento que 
será realizado. O anestesista precisa de apoio mínimo do enfermeiro, como na 
organização de medicamentos e materiais, posicionamento do paciente e em 
possíveis urgências como reanimação cardiorrespiratória. Se o enfermeiro tiver 
especialização neste assunto, ele pode auxiliar na monitorização durante a 
manutenção anestésica (OLIVEIRA, 2016). 
 
51 
 
4.15.3. FASE PÓS-OPERATÓRIA 
 
A etapa de pós-operatório começa após a saída do paciente da sala de 
operação. Inclui a observação cuidadosa na sala de recuperação pós-anestésica 
até estabilização, transporte para o leite (enfermaria, quarto ou unidade de 
terapia intensiva), cuidados na unidade de internação, orientações de alta e 
controle após a alta. (OLIVEIRA, 2016) 
Nessa etapa, a principal função da equipe de enfermagem são os 
cuidados com o paciente, atendendo suas necessidades, tomando medidas que 
aceleram sua recuperação e monitorando sinais de intercorrências ou 
complicações. (OLIVEIRA, 2016) 
Após a recuperação inicial da anestesia e do trauma cirúrgico, começa a 
fase de reabilitação e preparo para a alta que inclui as orientações e treinamento 
de cuidados após a alta. O acompanhamento pós-alta geralmente fica sob a 
responsabilidade do cirurgião e só eventualmente exige a participação da 
enfermagem, geralmente no contexto de atenção domiciliar (OLIVEIRA, 2016). 
 
4.15.3.1. RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA 
 
A sala de pós-anestésica é onde o paciente fica logo após a finalização 
da cirurgia até que passe o efeito anestésico e seus sinais vitais se estabilizem, 
é importante a verificação para evitar possíveis complicações ou a detecção 
precoce (OLIVEIRA, 2016). 
Intercorrências mais importantes devem ser imediatamente comunicadas ao 
anestesista. Na maioria dos serviços já existe uma rotina ou fluxograma básico 
de conduta para as complicações mais frequentes, como, dor, depressão 
respiratória, hipotensão etc. (OLIVEIRA, 2016). 
 
 
 
 
52 
 
Quadro 11- Principais complicações do pós-operatório imediato (RPA) 
 
FONTE: BLACKBOOK ENFERMAGEM (OLIVEIRA, 2016, P. 213). 
 
4.15.3.2. CUIDADOS NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO 
 
Na unidade de internação ou terapia intensiva, existe uma troca de equipe 
de enfermagem responsável pelos cuidados do paciente, e com isso existe a 
necessidade de rever toda a história clínica do paciente, histórico cirúrgico, 
eventual complicação durante e após a cirurgia. A monitorização clínica dos 
dados vitais, da dor, das perdas (diurese, intestinal, sondas e drenos) precisam 
ser cuidadosamente controladas e anotadas (OLIVEIRA, 2016). 
 
53 
 
Cuidados na Unidade de Recuperação Pós-anestésica (URPA): 
Com a chegada dopaciente na URPA fazer uma avaliação rápida de cor, 
temperatura, estado de consciência, etc.), função respiratória (padrão 
respiratório, frequência ou esforço respiratório, ausculta respiratória, entrada de 
ar, saturação em relação a oxigenoterapia suplementar, capacidade de respirar 
fundo e tossir, etc.) e hemodinâmicas (pulsos, perfusão, periférica, pressão 
arterial, temperatura das extremidades, diurese, etc.) (OLIVEIRA, 2016). 
Reinstalar a monitorização usando os equipamentos da URPA (ECG, 
saturametria, pressão não invasiva, etc.). Manter observação rigorosa das 
condições respiratórias, hemodinâmicas, neurológicas, de drenos, sondas e do 
sítio cirúrgico (OLIVEIRA, 2016). 
Antes de qualquer procedimento com o paciente na unidade de 
recuperação pós-anestésica, conferir a identificação correta do paciente, pelo 
risco de confundir prontuário e identificações nas transferências entre salas 
(OLIVEIRA, 2016). 
 Com tudo, há inúmeros procedimentos a serem realizados neste período 
de pós-operatório, como deixar o ambiente silencioso e tranquilo; deixar o 
paciente em uma posição confortável, com travesseiro e cobertores; ter como 
prioridade a dor nesta fase; manter grades elevadas, supervisão continua, 
monitorização cuidadosa (eletrônica e de dados vitais), efeitos residuais 
(bloqueio autonômico) da anestesia pode causar hipotensão postural se o 
paciente se levantar; conferir o acesso venoso; Acompanhar a evolução do 
estado de consciência e capacidade de comando dentro da escala de ALDRETE; 
(OLIVEIRA, 2016). 
 
4.15.3.3. CUIDADOS DE PÓS-OPERATÓRIO 
 
Ao transferir o paciente operado da recuperação pós-anestésica para 
enfermaria ou UTI, ocorre uma nova rodada de transferência de todas as 
informações do paciente (procedimento realizado, tipo de anestesia, condições 
do paciente, intercorrências, sangramentos, drenagens, diurese, fatores de risco, 
prescrições do cirurgião e características do caso que merecem maior atenção, 
54 
 
dados vitais, balanço hídrico, medicações administradas recentemente e 
aquelas que devem ser administradas nas próximas horas, soluções que estão 
sendo infundidas, posições e condição de drenos, acessos venosos, sondas, 
curativos, etc.) (OLIVEIRA, 2016). 
Para transferência do paciente para o leito, tomar todos os cuidados para 
evitar acidentes (travar as rodas, uso de lençol sob o paciente, comando de 1, 2, 
e 3). Evitar tensão e dor na ferida cirúrgica, proteger tubo endotraqueal, acessos 
venosos, drenos, monitorização, oxigenoterapia etc. (OLIVEIRA, 2016). 
Transferir o sistema de ventilação ou oxigenoterapia e infusões para as 
bombas de infusão e equipamento da unidade para onde o paciente está sendo 
transferido, fixar os drenos, coletores, sondas, reinstalar a monitorização nos 
equipamentos da unidade que recebe o paciente (OLIVEIRA, 2016). 
A equipe que recebe o paciente deve reavaliar os dados vitais, condições 
gerais, respiratórias e hemodinâmicas do paciente inicialmente e repetir com a 
frequência necessária pela gravidade ou instabilidade do caso (OLIVEIRA, 
2016). 
PACIENTE-DIA 
Paciente que vai para casa no mesmo dia da cirurgia, fim de tarde ou 
noite, após a recuperação do efeito anestésico. Devem receber orientações para 
preparo e necessidades, as recomendações são passadas para o 
acompanhante com a orientação do cirurgião (OLIVEIRA, 2016). 
PLANO DE CUIDADOS NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO 
Monitorar os dados vitais, incluindo escala de dor e saturimetria até a 
normalização respiratória e retirada da suplementação de oxigênio. Observar 
quando ocorre a primeira micção (OLIVEIRA, 2016). 
Atenção a alertas do cirurgião e anestesista sobre o risco aumentado de 
hemorragia, infecção, apneia, etc. Dar suporte ao paciente no caso de náusea e 
vomito e providenciar recipiente para aparar o vomito e medicação antiemética 
prescrita (OLIVEIRA, 2016). 
55 
 
Garantir à paciente analgesia necessária. A dor pós-operatória é intensa 
em um terço dos pacientes e moderada em outro um terço. A dor e a experiência 
dolorosa variam com o tipo do procedimento, a sensibilidade individual e 
tolerância do paciente a dor. A aborda da dor é melhor quando discutida 
previamente com o paciente em pré-operatório. Avaliar junto com o paciente a 
eficácia da analgesia a cada 30 minutos. Opioides prescritos profilaticamente 
tendem a ser mais eficientes no pós-operatório que prescrições “se necessário” 
(OLIVEIRA, 2016). 
Ensinar e estimular exercícios respiratórios de inspiração profunda, tosse 
e espirometria de incentivo (OLIVEIRA, 2016). 
Reintrodução da dieta o mais precocemente possível. (OLIVEIRA, 2016). 
CUIDADOS COM DRENOS CIRÚRGICOS 
Drenos tubulares são frequentemente deixados nos tecidos próximos à 
incisão cirúrgica, ou em cavidades (peritoneal, torácica, mediastinal, abscessos, 
etc.) para drenagem de secreção que eventualmente seja colecionada. Pode ser 
aberto para um curativo como drenos de penrose, ou de forma fechada, para um 
reservatório com ou sem pressão negativa (Hemovac ou Jackson-Pratt). O 
volume e o aspecto da secreção drenagem deve ser numerados e sua posição 
mapeada em um desenho para que o volume drenado seja identificado por sitio. 
Volumes progressivamente maiores de sangue no curativo ou dreno devem ser 
imediatamente comunicados ao cirurgião. Irrigação ou manipulação de drenos 
devem ser realizados pelo cirurgião ou por orientação deste (OLIVEIRA, 2016). 
TROCA DE CURATIVO 
Idealmente, a primeira troca de curativo deveria ser feita pelo cirurgião 
responsável pelo caso. Manter um curativo é necessário apenas nos primeiros 
dias para auxiliar na proteção contra trauma e contaminação, além de ajudar na 
imobilização da área, manter um microambiente favorável a cicatrização, reter e 
absorver drenagens, ajudar na hemostasia quando compressivos, dar conforto 
ao paciente quando ele preferir manter a ferida cirúrgica coberta (OLIVEIRA, 
2016). 
56 
 
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE QUE TEM ALTA DIRETO PARA CASA COM 
ACOMPANHANTE RESPONSÁVEL 
• Mesmo que antes da cirurgia o paciente tenha sido informado e treinado para 
autocuidado no pós-operatório, o enfermeiro deve se reassegurar que todas 
as orientações foram dadas compreendidas, pois a falta de orientação é a 
principal causa de erros e incidentes no pós-operatório após a alta 
(OLIVEIRA, 2016). 
• Como efeitos residuais de anestésicos podem afetar a memória, todas as 
recomendações devem ser verbais e escritas e dadas na presença do 
acompanhante responsável (OLIVEIRA, 2016). 
• Explicar sobre a evolução esperada e sinais e sintomas de complicações 
(OLIVEIRA, 2016). 
• Informações sobre medicação para dor, cuidados com a ferida cirúrgica, 
retomada da alimentação e dos medicamentos de uso habitual, retomada da 
atividade física (levantar-se da cama, andar, etc.) (OLIVEIRA, 2016). 
• Recomendações sobre cuidados com a ferida cirúrgica, vigilância de 
drenagem de secreções, banho, enfaixamento, exercícios respiratórios 
(OLIVEIRA, 2016). 
• Restrições como dirigir, esportes, levantar peso, etc (OLIVEIRA, 2016). 
• Recomendações adicionais de saúde, como perder excesso de peso, parar 
de fumar, dieta saudável, etc (OLIVEIRA, 2016). 
• Telefone de contato com o cirurgião ou enfermeiro responsável e 
agendamento da consulta de controle. (Oliveira, 2016) 
PREPARO DO PACIENTE PARA ALTA HOSPITALAR 
 Um plano de alta deve ser providenciado desde a admissão do paciente 
em forma de uma lista de providencias, orientações, treinamentos, 
equipamentos, agendamento de seguimento, suporte profissional, etc 
(OLIVEIRA, 2016). 
Como regra geral, para poder ter alta, o paciente precisa estar 
deambulando com segurança a distância necessária para se locomover até um 
carro e do carro até seu quarto na sua casa, ter urinado e evacuado, estar 
tolerando a alimentação inicial, ter condições de deitar e levantar-se da cama, 
57 
 
ter capacidade para esses cuidados. Pode

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