Buscar

69324594-ad88-4d25-b982-ba089b754c3f

Prévia do material em texto

Podcast 
Disciplina: Históricos e pressupostos da Terapia Cognitivo-
Comportamental 
Título do tema: Esquemas e erros cognitivos 
Autoria: Aline Monique Carniel 
Leitura crítica: Mariane Lopez Molina 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre a identificação e 
reestruturação dos esquemas e erros cognitivos durante uma sessão de 
psicoterapia. 
Os esquemas disfuncionais e os erros cognitivos são conceitos importantes 
para a Terapia Cognitivo-Comportamental, pois permitem compreender os 
padrões cognitivos que refletem sobre os pensamentos do paciente e suas 
queixas. Durante a psicoterapia, os erros cognitivos tendem a surgir atrelados 
as queixas dos pacientes desde as sessões iniciais, já os esquemas 
disfuncionais podem ser notados com o passar do tempo, através da repetição 
de modelos cognitivos no decorrer das sessões. 
Mas como o psicólogo pode identificar os esquemas e os erros cognitivos? 
Primeiramente, o profissional deverá conhecer a teoria que fornece o 
embasamento para a compreensão das cognições, das distorções cognitivas e 
suas implicações sobre a vida das pessoas. 
Posteriormente, deve atentar-se para a repetição das temáticas que surgem 
como “fundo” das queixas apresentadas pelo paciente. Por exemplo, um 
indivíduo pode estar incomodado em seu trabalho, por não se sentir 
reconhecido (apesar de ter sido promovido). Também poderá ter conflitos em 
sua casa, por achar que seus familiares não o valorizam (mesmo que sua 
família diga o contrário). 
Embora as queixas estivessem atribuídas à ambientes diferentes, elas 
mantiveram o mesmo padrão cognitivo, a tendência de desconsiderar as 
evidências contrárias as ideias de não ser reconhecido e valorizado. Esse erro 
cognitivo pode ser categorizado como o erro “Desconsiderar o Positivo”. É 
importante que o terapeuta conheça as classes de erros cognitivos existentes, 
para que possa auxiliar o paciente para percebê-los e estruturá-los. 
Não é necessário que o paciente reconheça qual tipo de distorção está 
expressando, mas deve compreender que essas ideias são disfuncionais. Após 
a psicoeducação do paciente sobre os erros cognitivos e a identificação de que 
ele está apresentado pensamentos distorcidos, o terapeuta deve ajudá-lo a 
encontrar quais são as evidências que poderiam apoiar ou refutar suas 
hipóteses. 
W
B
A
1
0
4
0
_
v1
.0
 
 
Considerando o exemplo do paciente que apresenta a distorção cognitiva de 
desconsiderar os aspectos positivos das situações, o terapeuta poderia indagá-
lo sobre quais foram os eventos que demonstram que ele não é reconhecido no 
ambiente de trabalho. Em seguida, o ajuda a perceber se existem outras 
evidências contrárias a essa ideia. Assim sucessivamente em todos os erros 
cognitivos apresentados. 
Além disso, o paciente deve ser ensinado a questionar se esses pensamentos 
são válidos, ou seja, baseados nos fatos e não em suas premissas. Também 
devem perguntar se eles são úteis, se contribuem para seu desenvolvimento e 
resolução de problemas. Após perceber que não são válidos e úteis, o paciente 
não verá sentido em embasar suas atitudes a partir de suas distorções. Esse 
trabalho favorece o tratamento de transtornos mentais, o autoconceito, as 
habilidades sociais e a saúde mental das pessoas. 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

Continue navegando