Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa Dra Patricia Dalzoto Departamento de Patologia Básica Micologia Importância dos fungos Importância dos fungos Alimentos Indústria Doenças Medicamentos Corrosão Toxinas Enzimas Decompositores Biorremediação Características gerais dos fungos Eucariotos Aclorofilados Substância de reserva - glicogênio quimioheterotróficos Saprófitas Simbiontes Parasitas Classificação Classificação Linnaeus 1753 Haeckel 1865 Whittaker 1969 Woese 1977 Classificação 5 reinos (Whittaker, 1969) Classificação 3 domínios (Woese, 1977) Archaeae Bacteria Eukarya • Reino Protista • Reino Chromista (Straminipila) • Reino Fungi • Reino Plantae • Reino Animalia Howard, 2002 Os reinos Hifa e esporocistos do oomiceto Phytophthora parasitica. Disponível em: <http://www.zmed.org/B05/B05.104/B05.104.750>. Reino Chromista (Straminipila) http://www.zmed.org/B05/B05.104/B05.104.750 maggiesfarm.anotherdotcom.com/archives/3480-T... Reino Protista http://maggiesfarm.anotherdotcom.com/archives/3480-The-Blob-of-the-Week-Slime-Mold.html http://maggiesfarm.anotherdotcom.com/archives/3480-The-Blob-of-the-Week-Slime-Mold.html http://maggiesfarm.anotherdotcom.com/archives/3480-The-Blob-of-the-Week-Slime-Mold.html Reino fungi : bionerds.freeservers.com/photo6.html Filo Chytridiomycota http://bionerds.freeservers.com/photo6.html http://serc.carleton.edu/microbelife/index.html botit.botany.wisc.edu/.../Zygsporangium.html Filo Zygomycota http://botit.botany.wisc.edu/courses/Botany_130/Diversity/fungi/Zygsporangium.html www.clarku.edu/.../content/1introprogress.html Filo Ascomycota http://www.clarku.edu/.../content/1introprogress.html Filo Basidiomycota Estrutura macro e microscópica Fungos filamentosos Fungos filamentosos Fungos filamentosos Fungos leveduriformes Fungos leveduriformes Copyright © 2001, William McDonald, M.D. Revised: 31 December 2000 Fungos leveduriformes Fungos dimórficos Paracoccidioides brasiliensis 23ºC micélio 37ºC levedura A célula fúngica Parede celular Parede celular Parede celular Mananos, glucanos e outros polissacarídeos complexos em associação com polipeptídeos. Alguns fungos produzem uma cápsula polissacarídica que recobre a parede celular (ex. Cryptococcus neoformans). Cryptococcus neoformans Septos e poros Núcleo Núcleo Maioria haplóide 20 – 40 Mb Cromossomos – 4 a 16 Pulsed Field Gel Electrophoresis DNA ribosomal http://www.isth.info/img/help/its-structure.gif Membrana celular Membrana celular A membrana citoplasmática é composta de glicoproteínas, lípidos e ergosterol. A maior parte dos medicamentos antifúngicos baseia-se na inibição da síntese de ergosterol. Fisiologia Fisiologia Nutrição por absorção. pH ácido (pH 3-8). A maioria dos fungos filamentosos é aeróbia. A maioria das leveduras é anaeróbia facultativa Crescem em substratos com pouca água Degradam moléculas complexas. Aspergillus Seção Nigri Crescimento em dois meios de cultura diferentes: CYA e MEA Aspergillus Seção Nigri Esporos de diferentes espécies Aspergillus Seção Nigri Crescimento em diferentes temperaturas 15, 18, 21, 24, 27, 30, 33, 36, 40oC Reprodução Estratégias reprodutivas em fungos Estratégias reprodutivas ASSEXUAIS Fungos mitospóricos SEXUAIS Fungos meiospóricos Homotalismo Heterotalismo Reprodução sexuada Reprodução sexuada Homotalismo = “Self fertility” Heterotalismo = reprodução cruzada Genes MAT Fungos filamentosos Homotalismo Heterotalismo Genes mat Funcionais em espécies heterotálicas Loci MAT-1 e MAT-2 Codificam ativadores de transcrição Regulam a expressão do sistema sinalizador por feromônios (detecção de parceiros compatíveis) Necessários para o desenvolvimento sexual normal Estruturas reprodutivas assexuais Estrutura reprodutiva assexual endógena Esporângios Rhyzopus Estruturas reprodutivas assexuais exógenas Conidióforo Conidióforo Estruturas reprodutivas sexuais Estrutura reprodutiva sexual endógena Ascósporos Ascos podem estar agrupados em: Estruturas reprodutivas sexuais exógenas Zigósporos Basidiósporos Ciclo de vida www.answers.com/topic/fungal-genetics Estratégias de reprodução http://www.answers.com/topic/fungal-genetics http://www.answers.com/topic/fungal-genetics http://www.answers.com/topic/fungal-genetics Zygomycota Ascomycota Basidiomycota Ciclo parassexual e parameiose Micotoxinas Cover photo of painting entitled The Beggars by Pieter Bruegel the Elder (ca. 1525–1569). Copyright Réunion des Musées Nationaux/Art Resource, NY, Louvre, Paris, France “Fogo de Santo Antônio” Idade média – sintomas documentados Hospitais para tratar os doentes foram dedicados a Santo Antonio “Fogo Sagrado” ou “Fogo de Santo Antônio” Sensação de ardências nas extremidades, causada pelo ergotismo gangrenoso Ergotismo Cevada (Secale sp.) e outras gramíneas contaminadas com Claviceps purpurea. Em determinadas quantidades o ergot causa: 1. ergotismo convulsivo ou distônico: tremores, pescoço rígido (convulsões) 2. ergotismo gangrenoso: perda de dedos e membros (vasoconstrição) Outros sintomas Dor muscular; Pele fria; Fraqueza; Parada cardíaca; Perda da fala Dor de cabeça; Depressão; tontura; Confusão Inconsciência; Pânico;ALucinações Psicose; Náusea; Vômito; diarréia Aborto, infertilidade Usos dos alcalóides do ergot Dihydroergotoxina (Ergoloid Mesylate) Aumenta o metabolismo cerebral Ergonovina maleato Diminui hemorragia uterina pós-parto Ergotamina derivados enxaquecas LSD Tratamento de algumas doenças mentais. Acrônimo de LysergSaure-Diethylamid = Dietilamida Ácido Lisérgico ALCALÓIDE DO ERGOT Albert Hofmann LSD LSD Alucinações auditivas e visuais; Sinestesias (cores podem ser ouvidas e cheiros possuem cor); Perigo de suicídio involuntário (sonho de Ícaro); Falsa sensação de poder (parar carros, andar sobre a água); Flash back (distúrbio persistente da percepção) Micotoxicoses 1950’s – centenas de porcos mortos por ingestão de milho contaminado com bolores Aspergillus flavus 1960 – 100 mil perus mortos – consumo de amendoim contaminado por fungos Aspergillus flavus Micotoxinas Metabólitos secundários tóxicos, produzidos por fungos. Contaminam produtos agrícolas no campo, durante a colheita, transporte e estocagem. Fusarium Aspergillus Penicillium Micotoxinas Ampla gama de efeitos biológicos em concentrações relativamente baixas (mg/Kg ou ug/Kg) Implicações econômicas importantes Produtores de grãos Criadores de animais e aves Processadores de alimentos e rações 25% do suprimento alimentar mundial é contaminado por micotoxinas (FAO – Food and Agriculture Organization) Micetismos Micetismo faloidiano Amanita phalloides Falotoxinas e amanitinas 50 a 90% dos envenenamentos graves ou mortais Latência 6 a 48 horas Distúrbios gastrintestinais, alterações hepáticas, alucinações, morte Amanita phalloides http://nepenthes.lycaeum.org/Plants/Amanita/phalloides.html Micetismo nervoso ou muscarínico • Amanita muscaria • Muscarina e muscardina • SNP • Latência 15 a 30 minutos • Vômito, diarréias, sudorese, cólicas, dispnéia, salivação, convulsões • No Brasil, foi constatado pela primeira vez na região metropolitana em Curitiba - PR pelo botânico A. Cervi, da Universidade Federal do Paraná, em 1982. Micetismos• Micetismo gastrintestinal: vários fungos • Micetismo inconstante • Monometilhidrazina (MMH) • Latência 6 a 12 horas • Fadiga, dor de cabeça. Dor abdominal, diarréia e vômito Micoses Micoses Em relação à patogenicidade: • Micoses superficiais (dermatomicoses) • Micoses subcutâneas • Micoses profundas e sistêmicas Micoses superficiais Limitadas às camadas superficiais queratinizadas ou semiqueratinizadas da pele, aos pelos e unhas, sem lesar o tecido subcutâneo, ossos, articulações e órgãos internos. Microsporum: pelo e pele Trichophyton: pelo, pele e unha Epidermophyton: pele e unha Fatores que contribuem para o aparecimento de micoses superficiais endógenos (diabetes, AIDS, imunodeprimidos, doenças sistêmicas) exógenos (umidade, má higiene, distrofias) Tinha do couro cabeludo(M. canis, T. tonsurans, T. mentagrophytes ) Ringworm skin infection: Tinea corporis Source: Microbiology Perspectives, 1999 Pé-de-atleta (T.rubrum, T.mentagrophytes ou Epidermphyton floccosum) Tinha da unha (Trichophyton rubrum, Trichophyton mentagrophytes http://www.mdsaude.com/2008/08/fotos-candidiase.html http://www.mdsaude.com/2008/08/fotos-candidiase.html http://www.mdsaude.com/2008/08/fotos-candidiase.html http://www.mdsaude.com/2008/08/fotos-candidiase.html Micoses subcutâneas • Esporotricose • Cromoblastomicose Esporotricose • Sporothrix schenckii • Infecção do tecido subcutâneo por ferimentos • Benigna • Pacientes imunodeprimidos • Fungo dimórfico • Saprófita de solo e vegetais Cromoblastomicose • Fonsecaeae pedrosoi, Cladosporium carrionii, Phialophora verrucosa, Rhinocladiella aquaspersa, Fonsecaea compacta • Fungos demáceos • Inoculação traumática de esporos presentes no solo e na vegetação • As lesões são polimórficas, caracterizando-se por nódulos, lesões papulosas, eritêmato- descamativas, verrucosas com ou sem ulceração. • As lesões se localizam principalmente nos membros inferiores Micoses profundas e sistêmicas • Criptococose • Coccidioidomicose • Paracoccidiodomicose • Blastomicose • Histoplasmose Criptococose • Cryptococcus neoformans • Grande afinidade pelo SNC • Manifestações clíniccas: • Pulmonar • Meningoencefálica • Cutânea • Mista PARACOCCIDIOIDOMICOSE (Blastomicose sul- americana) • Paraccoccidioides brasilienseis • Fungo dimórfico • Transmissão: • Inalação de conídios • Penetração por meio de ferimentos • Manifestação: • Mucosa bucal • Pele • Pulmões • Gânglios Histoplasmose • Histoplasma capsulatum • Fungo dimórfico • Reservatório: morcegos e aves (fezes) • Transmissão: inalação de conídios • Manifestação: • Formas assintomáticas • Histoplasmose pulmonar • Histoplasmose localizada • Histoplasmose disseminada Drogas antifúngicas Drogas antifúngicas Fungos – EUCARIOTOS Efeitos colaterais Drogas antifúngicas Uso sistêmico Infecções sistêmicas Infecções mucocutâneas Uso tópico Infecções mucocutâneas Grupos de drogas antifúngicas Polienos Anfoterecina B e Nistatina Azóis Cetoconazol, Imidazol, etc. Antimetabólico Flucitosina Equinocandinas Griseofulvina Alilaminas Polienos Anfoterecina B ▫ Produzida por Streptomyces nodosus ▫ Espectro de ação amplo ▫ Indicada para o tratamento de infecções sistêmicas Histoplasmose, Blastomicose, Candidíase ▫ Alta afinidade pelo ERGOSTEROL ▫ Muitos efeitos colaterais – toxicidade renal ▫ ERGOSTEROL é muito similar ao COLESTEROL ▫ Uso sistêmico ▫ Usada em pacientes com infecções graves ERGOSTEROL Membrana celular fúngica – esterol ERGOSTEROL ERGOSTEROL substitui o colesterol, presente nas membranas de mamíferos. Nistatina ▫ Indicada para tratamento de candidíase intestinal, vaginal e oral ▫ Não é absorvida, pouco palatável ▫ Uso tópico ▫ Modo de ação: Aumenta a permeabilidade da membrana celular fúngica Mecanismo similar ao da Anfoterecina B Azóis Azóis Inibem as enzimas do citocromo p450, reduzindo a síntese do ergosterol Maior afinidade às enzimas fúngicas do que às humanas Usado no tratamento de meningite criptocócica em pacientes com AIDS Uso sistêmico Candidíase em pacientes com AIDS Itraconazol: blastomicose e histoplasmose Cetoconazol: candidíase Antimetabólico Flucitosina Candida Cryptococcus É um análogo de pirimidina. É convertido no antimetabólito 5-florouracil na célula fúngica, mas não na célula humana 5-FU inibe a enzima timidilato sintetase, e em consequência, a síntese de DNA Espectro de ação mais reduzido Equinocandinas Equinocandinas Drogas mais recentes Candida e Aspergillus Inibem a síntese de B-glucanos da parede celular fúngica Muito bem toleradas, poucos efeitos colaterais Alergias Griseofulvina Griseofulvina Interfere na formação do fuso acromático, durante a divisão celular Deposita-se na pele, liga-se à queratina e impede nova infecção Teratogênico Hepatite Alergias Alilaminas Terbinafina Dermatofitoses Inibe a síntese de esqualeno epoxidase e interfere na síntese de ergosterol Acúmulo de ergosterol-esqualeno tóxico para a célula Mecanismos de resistência
Compartilhar