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Fundo de Olho J Avaliar principalmente o nervo óptico —> procurar se os limites estão precisos, se tem um borramento, se a cor está adequada, dentre outros. J Para o exame ocorrer, é necessário que os meios estejam transparentes. J Nervo óptico: localizado ao lado da mácula. A alteração é um nervo pálido ou um nervo hiperemiado. J Mácula: o centro da mácula chama-se fóvea; nesse centro temos uma pigmentação maior e isso NÃO é patológico. A mácula é o que da a visão ao paciente; se tiver algo na frente, como uma hemorragia, microaneurisma ou exsudatos duros, o paciente terá dificuldade de enxergar. J Vítreo: em geral ele é transparente, mas com o envelhecimento pode sofrer alguma opacidade. Sem de fato atrapalhar o exame. J Outras formas de analisar a retina: tomografia de coerência óptica normal. J Hemorragias. J Drusas: marcador de degeneração macular relacionada a idade. J Microaneurismas: alteração a nível de capilares, dilatando vasos. J Exsudatos duros: alterações brancas no exame, causada por extravasamento de lipídios. J Manchas algodonosas: associadas a doenças isquêmicas. J Doenças sistêmicas: M HAS: podemos ter retinopatia hipertensiva (vasoconstrição arteriolar —> degeneração —> hemorragias/exsudatos, dentre outros). O olho é órgão alvo e dependendo do tipo de lesão, podemos estimar o risco da hipertensão e o risco de eventos cardiovasculares/morbimortalidade. Fios de prata são estreitamentos arteriolares, com alteração da cor das artérias; fios de cobre também! Mas fios de prata são mais graves. Podemos ter cruzamentos patológicos também, com um vaso esmagando o outro, chamamos de cruzamento patológico. M Oclusão da artéria central da retina: perda abrubta da acuidade visual; crises de amaurose fugaz. Cursam com retina pálida e mácula em cereja (região central com coloração diferente). Esse paciente pode progredir com um AVC e pode ter tido quadros/pródromos de perda súbita de visão. M Oclusão de veia central da retina: a hipertensão é o principal fator de risco para esse quadro. Em geral ocorre acima de 65 anos. O disco fica alterado = edema, tortuosidade vascular aumentada, edema macular, dentre outros. Paciente que não for tratado pode desencadear um glaucoma de difícil tratamento. ‘ M Diabetes: tudo indica que a projeção do número de diabéticos irá crescer até 2045. Além da alta frequência, os pacientes sabem que eles vão perder visão. Como é uma doença assintomática no começo, o paciente perde um pouco a noção. , Retinopatia diabética: pega uma parte da população em que está em idade produtiva. Essa condição que determina a gravidade é o tempo de doença e o controle glicêmico. Basicamente na retina temos fenômenos vasculares, causando edema de retina (principal causa de baixa de visão) e hemorragias. • Fisiopatologia: alteração nas proteínas do pericitos, assim como nas junções, causando alteração na conformação da parede capilar (microaneurismas). A citocina envolvida na neoangiogênese e na lesão do endotélio, a citocina pró-inflamatória produzida nesse processo é a VEGF. Temos um extravasamento de líquido para retina, causando exsudatos duros e também hemorragias quando temos o rompimento do vaso. Lesão endotelial no olho (microinfartos) causando isquemia retiniana e pontos de não perfusão. • Para evitar esses problemas, devemos ter um controle glicêmico, mas não só isso - associar também controle da síndrome metabólica, doença renal crônica, anemia, facectomia (catarata). • Classificação em: não proliferativa (SEM neovasos) e proliferativa (COM neovasos —> mais frágeis e mais susceptíveis a ruptura; os neovasos podem começar a crescer em diversos locais). • Cronicamente na retinopatia diabética proliferativa: hemorragia vítrea, descolamento de retina tracional, glaucoma neovascular. • Edema macular: principal causa de baixa de visão, causando alteração na fóvea (lembrando que ela tem naturalmente uma depressão central). As fases iniciais do edema, o paciente pode não ter alterações significativas. Se o edema se mantiver por anos, a retina pode até apresentar melhora anatômica, mas não funcional ao longo do tempo. • Tratamento: controle rigoroso de diabetes, laser focal macular em pacientes com edema macular, panfotocoagulação com retinopatia diabética proliferativa. A cirurgia é feita quando há hemorragia vítrea e que não melhora e descolamento tracional da mácula. • Prevenção: diabéticos tipo 1 podem ser examinados a primeira vez até 5 anos do diagnóstico. Diabéticos tipo 2 devem ser examinados ao longo do tempo. Exames periódicos de fundo de olho após o primeiro exame dependendo do estágio. • RD durante a gestação: saber o grau da RD no início da gravidez. Duração do DM, nível de controle metabólico antes da gestação, hipertensão durante a gestação. • Objetivo: atuar na prevenção secundária —> rasteiro da doenças. J Cristalino e flutuação da acuidade visual no diabético: devido a formação do sorbitol(glicose não está sendo metabolizada por suas vias naturais), com grande poder higroscópico, trazendo muita água e aumentando o índice de refração do cristalino, causando uma pseudomiopia. Devemos ter controle estável da glicemia por 3 meses pelo menos e depois descobrir qual o defeito do paciente no olho.
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