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Ictericias J Icterícia neonatal: sinais clínicos mais frequentes e importantes que pode ocorrer no recém- nascido. Sua pele pode ficar progressivamente de coloração amarelada. Sua evolução geralmente é benigna. Mas, pode ocorrer um acúmulo de bilirrubina indireta, que é a bilirrubina tóxica e causar aumento da bilirrubina no cérebro. J Por que o recém-nascido fica ictérico? Pois o sistema hepático não está totalmente m a t u ra d o , e n t ã o e l e passa a ter aumento dos n í v e i s d e bilirrubina no sangue. Por p r o d u ç ã o alta ou por acúmulo. J Situações em q u e a b i l i r r u b i n a pode aumentar: anemia hemolítica autoimune, deficiência de G6PD, esferocitose hereditária, hematomas, policitemia, uso de sulfonamidas e ácido acetilsalicílico. O RN já nasce com maior volume de eritrócitos, menor quantidade da proteína 1B1 (menor captação hepática), aumento da beta-glucuronidase (desconjuga bilirrubina) intestinal e redução de bactérias intestinais. J Destinos da bilirrubina direta: eliminação fecal por estercobilina, regurgitação ao plasma como direta (urobilinogênuio) e depois excretada no rim e uma parte pode ser transformada em bilirrubina indireta, pela ação da beta glucuronidase, enzima presente no intestino do paciente (e isso ocorre quando o bebê não consegue eliminar fezes direito). J Zonas de kramer: J Como saber se a icterícia é fisiológica ou patológica? M Fisiológica: progride MENOS tanto na extensão, quanto na intensidade. Começa logo após 24h de vida, atinge pico máximo no 3 dia, não ultrapassa de 12mg/dL e declina em 7 dias e nos prematuros pode durar um pouco mais. , Prevenção: início precoce da amamentação. Se o bebê está amamentando, o reflexo gastrocólico está em funcionamento e o bebê está defecando a cada vez que come. , Potencialização (aumentam ou antecipam): HAS materna —> bebê viveu num regime de falta de oxigênio, aleitamento materno com dificuldade, baixa ingesta/jejum, número de evacuações reduzido, cefalohematoma ou tocotraumatismo, irmão anterior tratado com fototerapia, descendência asiática e filho de mãe diabética (mãe diabética produz mais insulina no bebê, e a insulina leva a eritropoiese). M Patológica: Surge antes das 24h de vida, valores de BT >13mg/ d L , e v o l u ç ã o maior do que 7 dias. OBS: incompatibilidade do sistema Rh —> realizar imunoglobulina URGENTE na MÃE! Passou de 72h do nascimento, não vai ter toda ação. Toda gestante Rh negativa, com pai Rh positivo ou desconhecido deve receber imunoglobulina anti-D. Quando fazer —> situações de risco como aborto ou ameaça de aborto, gravidez molar nas primeiras 12 semanas, gravidez ectópica nas primeiras 12 semanas, na gestação normal entre 28-34 semanas. Doença hemolítica do recém nascido (QC: reação antígeno-anticorpo, com icterícia e anemia; quadros leves tratar com fototerapia; quadros moderados risco de encefalopatia se não tratar e grave pode ocorrer óbito intrauterino) —> rhogan É PARA A GRÁVIDA até 72h após nascimento, mas em até 28 a proteção é PARCIAL! J Diagnóstico das bilirrubinas: tipagem sanguínea mae e RN, pesquisa de anticorpos coombs direto (anticorpo que agridem a hemácia ligados na hemácia = PESQUISAR NO BEBÊ) e coombs indireto (anticorpo que agridem a hemácia livre no sangue = PESQUISAR NA GRÁVIDA), BT e frações, hemograma completo, contagem de reticulócitos. Solicitar também exames para pesquisa da G6PD. J Outras causas de icterícia patológica: não necessariamente vão ocorrer somente em RN. M Incompatibilidade do sistema ABO (icterícia, anemia e esplenomegalia presente nas formas moderadas a grave), favismo (pessoas com deficiência de G6PD —> cursando com esferocitose, eliptocitose, dentre outros; comum em pessoas que não tem a enzima e ingerem feijão de fava ou dipirona, sulfas como o bactrim.). J Tratamentos: O valor da bilirrubina indica o que fazer. Toda icterícia precoce vou ter que tratar, colher exames, investigar. Além disso, toda icterícia tardia, cuja zona de kramer (zona amarelada) já ultrapassou do umbigo. M Leve a moderado: fototerapia (a bilirrubina indireta torna-se hidrossolúvel com a fototerapia, podendo ser excretada sem passar pelo fígado). M Grave: exasanguineotransfusão (realizar a substituição do sangue do bebê, tirando sangue do bebê e substituindo por um sangue de um doador; assim, removemos os anticorpos, retiramos as bilirrubinas e liberamos o bebê do risco de afetar o sistema nervoso). Fazer isso quando a fototerapia falhar (em geral depois de 24 se não houver queda da bilirrubina) ou quando a bilirrubina estiver acima de 20. J Riscos da icterícia neonatal: crianças com encefalopatia bilirrubinica, desenvolvendo paralisia cerebral. Ou desenvolver kernicterus, que é impregnação da bilirrubina no tecido cerebral. J Icterícia colestática no RN: falha na excreção da bile —> redução do fluxo biliar —> acúmulo de bile das vias biliares intra e extra-hepáticas, regurgitação da BD para o sangue e aumento dos níveis séricos. Pode cursar com hipocolia fecal e colúria. M Sinais clínicos importantes: hiperbilirrubinemia conjugada —> icterícia com pigmentação da esclera, hepatomegalia e esplenomegalia, acolia fecal ou fezes descoradas, baixo ganho ponderal e urina escura que mancha a fralda. M Etiologias: extrahepáticas (artresia de vias biliares, cisto do colédoco, obstrução biliar extrínseca), intrahepáticas (hepatite neonatal, septicemias bacterianas, infecções congênitas como sífilis/toxoplasmose/rubéola, hepatite transinfecciosa, hepatites virais e cirrose hepática). Todo RN com 2 a 3 semanas deve ser investigado!! M Ingestigação: B e frações, urina I, hemograma com plaquetas, USG (cisto do colédoco, dilatação da via biliar extra-hepática), biópsia hépatica (diagnóstico de colestase intra-hepática e determinação do prognóstico —> cirrose).
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