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Botulismo em Cães e Gatos

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Botulismo
Clostridium botulinum, uma bactéria grampositiva, anaeróbica, formadora de esporos e saprófita do solo, produz neurotoxina causadora de paralisia neuromuscular. Os casos naturais de cães têm sido atribuídos à ingestão de carne deteriorada, ou de carne crua. A moléstia em gatos é similar à ocorrente em cães, embora não haja descrição da afecção de ocorrência natural. Assim que é ingerida, a toxina é absorvida pelo estômago e parte superior do intestino delgado, até os linfáticos. A toxina circula até a junção neuromuscular dos nervos colinérgicos, onde exerce seus efeitos. A toxina botulínica impede a liberação pré-sináptica de acetilcolina. O bloqueio da liberação de acetilcolina resulta em moléstia generalizada do neurônio motor e na disfunção parassimpática.
Sinais Clínicos
 Os sinais clínicos consistem de astenia ascendente simétrica, desde a parte posterior dos membros torácicos, que pode resultar em quadriplegia. Os reflexos dos membros estão deprimidos, e as respostas dos nervos motores cranianos estão afetadas, o que causa midríase, redução do tono mandibular, diminuição dos reflexos de engasgamento, e salivação excessiva. Pode estar presente megaesôfago. A percepção da dor está intacta, e não ocorrem atrofia muscular e nem hiperestesia. A morte pode resultar da paralisia respiratória. A duração da enfermidade nos cães que se recuperam tem variado de 1 a 3 semanas.
Diagnóstico
 Os parâmetros hematológicos e bioquímicos não são afetados. A eletromiografia (EMG) demonstrou que a disfunção do neurônio motor inferior em cães clinicamente afetados se deve a problema a nível da junção neuromuscular, e talvez na condução dos nervos perifêricos.620 diagnóstico de botulismo é confirmado pelo achado da toxina no soro, fezes, vômito, ou amostra de alimento ingerido.
Tratamento
O tratamento auxiliar é extremamente importante, visto que ocorrerá recuperação espontânea nos animais moderadamente afetados, se puderem ser evitadas as infecções respiratórias e do trato urinário. Os animais afetados devem ser protegidos (acolchoados), quando na produção de decúbito, e ajudados às refeições (alimentos sólidos e líquidos). Para o tratamento específico, a antitoxina não é de fácil obtenção, e seu uso é controverso. A despeito da ingestão da toxina pré-formada, foi recomendada a administração de penicilina ou metronidazol, para a redução da população intestinal potencial de Clostridium. Atoxina botuhffica é destruída pelo aquecimento a 100’C durante 10 minutos. A proibição do acesso à carne putrefeita e o cozimento de qualquer alimento fornecido aos cães são medidas que reduzirão a prevalência da enfermidade.
 
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