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Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: a) Descrever o agente etiológico da hanseníase, transmissão da doença, quadro clínico, diagnóstico, diagnósticos diferenciais, tratamento e prognóstico. → Agente etiológico Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, um micro-organismo de elevada infectividade, porém baixa patogenicidade, isto é, poucos indivíduos infectados adoecem. O Agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente, fracamente gram- positivo, que infecta os nervos periféricos e, mais especificamente, as células de Schwann. → Transmissão Aérea → contato prolongado Alta infectividade, baixa patogenicidade Incubação prolongada ➔ Alvos → pele e nervo → lesão hipocromica e falta de sensibilidade A doença acomete principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos (localizados na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos), mas também pode afetar os olhos e órgãos internos (mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, etc.). → Clínica • Principais sinais e sintomas Áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato; • Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência – a pessoa se queima ou se machuca sem perceber; • Pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente sem sintomas; • Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose); • Pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local • Classificação Paucibacilares (PB): presença de até cinco lesões de pele com baciloscopia de raspado intradérmico negativo, quando disponível Multibacilares: MB – presença de seis ou mais lesões de pele OU baciloscopia de raspado intradérmico positiva 1. Forma indeterminada PB → tem cura Macula hipocromica, sem pelo. Baciloscopia (-) • Se tem boa resposta, consegue combater a doença. Se não tiver, progride para forma tuberculoide. A lesão de pele geralmente é única, mais clara do que a pele ao redor (mancha), não é elevada (sem alteração de relevo), apresenta bordas mal delimitadas, e é seca (“não pega poeira” – uma vez que não ocorre sudorese na respectiva área). Há perda da sensibilidade (hipoestesia ou anestesia) térmica e/ou dolorosa, mas a tátil (habilidade de sentir o toque) geralmente é preservada. A prova da histamina é incompleta na lesão, a biópsia de pele frequentemente não confirma o diagnóstico e a baciloscopia é negativa. 2. Forma tuberculoide PB Placa eritematosa ou hipocromica delimitada, baciloscopia (-). Resposta imune esta atuante contra o bacilo. Manifesta-se por uma placa (mancha elevada em relação à pele adjacente) totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro claro (forma de anel ou círculo). Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo espessado com perda total de sensibilidade no seu território de inervação. Nesses casos, a baciloscopia é negativa e a biópsia de pele quase sempre não demonstra bacilos, e nem confirma sozinha o diagnóstico. Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 3. Forma Virchowiana Lesão infiltrava difusa, baciloscopia (+). Não da pra definir as lesões, por isso é infiltrativo. Fácies leonina, não tem resposta imune lutando contra o bacilo, ele replica com facilidade. Forma mais contagiante da doença. O paciente virchowiano não apresenta manchas visíveis; a pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados (aspecto de “casca de laranja”), poupando geralmente couro cabeludo, axilas e o meio da coluna lombar (áreas quentes). Na evolução da doença, é comum aparecerem caroços (pápulas e nódulos) escuros, endurecidos e assintomáticos (hansenomas). Quando a doença encontra-se em estágio mais avançado, pode haver perda parcial a total das sobrancelhas (madarose) e também dos cílios, além de outros pelos, exceto os do couro cabeludo. A face costuma ser lisa (sem rugas) devido a infiltração, o nariz é congesto, os pés e mãos arroxeados e edemaciados, a pele e os olhos secos. O suor está diminuído ou ausente de forma generalizada, porém é mais intenso nas áreas ainda poupadas pela doença, como o couro cabeludo e as axilas. É comum queixas de câimbras e formigamentos nas mãos e pés. Dores nas articulações. Avaliar e buscar alterações de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil no território desses nervos (facial, ulnar, fibular, tibial), e em áreas frias do corpo, como cotovelos, joelhos, nádegas e pernas. Na hanseníase virchowiana o diagnóstico pode ser confirmado facilmente pela baciloscopia dos lóbulos das orelhas e cotovelos. 4. Dimorfa → boderlaine Placas eritematosas variadas, baciloscopia (+) Várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (pouco definida). Há perda parcial a total da sensibilidade, com diminuição de funções autonômicas (sudorese e vasorreflexia à histamina). É comum haver comprometimento assimétrico de nervos periféricos. ➔ Diagnostico Essencialmente clínico (1 dos achados) Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 Lesão com alteração de sensibilidade (térmica – dolorosa – tátil) Acometimento de nervo periférico (espessamento, neuropatia) Baciloscopia (lóbulos e cotovelos + lesão) ➔ Tratamento → reações Hansênicas Tipo 1 → reação reversa → celular Lesão cutânea aguizada, piora da neuropatia Prednisona Tipo 2 → eritema nodoso → imunocomplexos Nódulos SC eritematoso, orquite, glomerulite Talidomida ➔ Controle Contactantes: exames dermatoneurológicos Assintomáticos: 1 dose de BCG 2 cicatrizes: não fazer BCG b) Explicar a fisiopatologia da hanseníase e sua relação com as alterações neurológicas. c) Descrever os principais nervos acometidos na hanseníase. d) Estabelecer o diagnóstico sindrômico (síndrome deficitária motora/déficit de força), topográfico (distrofia muscular), etiológico (Becker ou Duchenne) do caso relatado, explicando também o tratamento e prognóstico. e) Identificar a principal doença que faz diagnóstico diferencial com fraqueza flutuante (miastenia gravis), sua epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico. ------------------------------- Questões 01) Assinale a assertiva incorreta sobre hanseníase. A) A forma indeterminada geralmente é a primeira manifestação da doença. V B) Fáscies leoniona é uma possível manifestação da forma virchowiana da doença, V ● C) O comprometimento neural é pouco provável na forma tuberculoide. {Com menor frequência, pode se apresentar como um único nervo espessado com perda total de sensibilidade no seu território de inervação} Pode haver alopecia parcial ou total. Em algumas ocasiões, pequenos nervos espessados parecem emergir das placas e constituem o que se denomina de lesão tuberculoide “em raquete”. D) Lesões eritematosas com centro hipocrômico determinado aspecto anular ou foveolar são frequentes na forma dimorfa. E) O eritema nodoso hansênico é mais frequente nas formas multibacilares. Referência: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_ pratico_hanseniase.pdf 02) Com relação à epidemiologia clínica da hanseníase, assinale a alternativa CORRETA: A) A principal forma de contágio da doença é inter- humana e o maior risco está relacionado à convivênciadomiciliar com paciente bacilífero sem tratamento. Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 B) Apesar de terem sido encontrados tatus, chipanzés e macacos infectados com M, leprae, a transmissão ocorre exclusivamente do homem para o homem. C) Nas formas multibacilares, o período de incubação pode ser de dois a cinco anos, já nas paucibacilares, de cinco a dez anos. D) O tempo de multiplicação dos bacilos é de 40 a 45 dias, sendo que após sete dias, cerca de 20% destes pode permanecer viáveis no meio ambiente. Explicação: O homem é considerado o único reservatório natural do bacilo, apesar de existirem trabalhos demonstrando a infecção em animais silvestres como tatus e macacos. O contágio da hanseníase se dá pelo contato íntimo e prolongado com pessoas infectadas. As principais vias de contágio do bacilo são, provavelmente, as mucosas das vias aéreas superiores e áreas da pele erosadas. Eles podem também ser eliminados pela urina, fezes, suor, leite materno, secreções vaginais e esperma. Dessa forma, a principal forma de contaminação da doença é a inter-humana, e o maior risco está relacionado com a convivência domiciliar com doente bacilífero sem tratamento. Referência: https://cidades.ucam-campos.br/wp- content/uploads/2013/08/ana-paula-moura- 2012.pdf 03) Homem, após um quadro de diarreia ha uma semana evoluiu com quadro de fraqueza progressiva que ascende dos membros inferiores para os membros superiores, simétrico e com reflexos osteotendinosos abolidos. Qual é o diagnóstico mais provável desse paciente? A) Miastenia gravis {Bloqueio da transmissão neuromuscular causado por autoanticorpos contra o receptor de acetilcolina presente na membrana pós-sináptica das placas motoras. Os casos soronegativos para esse anticorpo podem ser causados por autoanticorpos contra uma proteína chamada quinase músculoespecífica, também presente na placa motora... É a doença da junção neuromuscular mais comum do mundo! Existe uma droga que pode desencadear um quadro de miastenia autoimune... É a penicilamina!!!} B) Botulismo { É transmitida por uma bactéria Clostridium Botulinum.Doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Há três formas de botulismo: botulismo alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal. Embora o local de produção da toxina botulínica seja diferente em cada uma delas, todas as formas caracterizam-se pelas manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais.} C) Porfiria aguda { A porfiria aguda intermitente (PAI) é um distúrbio hereditário genético raro caracterizado por uma deficiência parcial da porfobilinogênio deaminase (PBGD), também conhecida como hidroximetilbilano sintase, a terceira enzima na via biossintética do heme.} D) Guillain barre Definição: Polineuropatia inflamatória aguda, autolimitada, na maioria das vezes do tipo desmielinizante, de mecanismo autoimune pós- infeccioso. Fisiopatologia: Fenômeno autoimune desencadeado por uma infecção respiratória ou gastrointestinal. Os agentes infecciosos mais relacionados são o Campylobacter jejuni (intestinal), o citomegalov írus e o EBV (respiratórios). Em cerca de 75% dos casos, pode- se detectar a infecção 1-3 semanas precedendo a doença. A patogênese provavelmente depende da imunidade humoral, já que em até 50% dos casos podem ser detectados autoanticorpos anti-GM1 (glicofosfolipídeo 1). Na síndrome de Miller- Fisher (uma variante da SGB), mais de 90% dos casos têm autoanticorpos anti-GQ1b! Quadro clínico: Instalação hiperaguda (horas ou dias). Inicia-se com lombalgia associada a disestesias nas extremidades dos membros inferiores, que se tornam paréticos ou mesmo plégicos. Portanto, ocorre uma paraparesia ou paraplegia, que sempre é do tipo flácida e arreflexa. Nos dias subsequentes, o comprometimento ascende para os membros superiores que, Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 inicialmente, ficam arreflexos e então podem tornar-se paréticos ou plégicos também. Diagnostico: É dado principalmente pelo quadro clínico, às vezes necessitando da exclusão de uma síndrome medular pelo exame de imagem. O exame de liquor apresenta uma alteração característica: dissociação albuminocitológica (aumento de proteínas sem aumento da celularidade). Tratamento: O paciente deve estar internado, de preferência no CTI! Deve-se fazer a profilaxia do tromboembolismo venoso e manter cuidados gerais com a pele (evitar escaras), além de suporte nutricional enteral e fisioterapia motora para evitar contraturas. A causa mais comum de óbito são as complicações pulmonares secundárias (pneumonia nosocomial, por causa do longo tempo de ventilação mecânica). As arritmias podem levar à morte súbita... O tratamento específico deve ser iniciado com uma das seguintes opções: (1) imunoglobulina IV; (2) plasmaférese. A mortalidade gira em torno de 5%. Cerca de 80% dos pacientes apresentam boa recuperação durante os próximos meses. Os corticoides não têm benefício nessa doença... Referencia: MEDcurso 04) Lactente chega à unidade de emergência com queixa de que não consegue andar direito há 2 horas. Família conta que mora junto com a avó de 80 anos e provavelmente ele ingeriu as medicações prescritas para a avó. Ao exame observa-se instabilidade postural, marcha com base alargada, dismetria bilateral, nistagmo horizontal bilateral. Qual a síndrome neurológica? A) Ataxia cerebelar apendicular. B) Ataxia cerebelar axial. C) Ataxia cerebelar axial e apendicular. D) Ataxia cerebelar e déficit de neurônio motor superior Ataxia: incoordenação de movimento Distúrbios cerebelares Os distúrbios cerebelares têm inúmeras causas, incluindo malformações congênitas, ataxias hereditárias e doenças adquiridas. Os sintomas variam de acordo com a causa, mas tipicamente abrangem ataxia (marcha normal com base alargada em decorrência do comprometimento da coordenação muscular). O diagnóstico é clínico e também por exames de imagem às vezes por exames genéticos. O tratamento geralmente é apenas de suporte, a menos que a causa seja adquirida ou reversível. O cerebelo tem 3 partes: 🡺 O arquicerebelo (vestibulocerebelo): contém o lobo floculonodular, que se localiza na região medial. O arquicerebelo ajuda a manter o equilíbrio e a coordenar os movimentos oculares, da cabeça e do pescoço; está interconectado intimamente ao núcleo vestibular. 🡺 Verme da linha média (paleocerebelo): auxilia a coordenação dos movimentos do tronco e das pernas. As lesões do verme causam anormalidades posturais e de marcha. 🡺 Hemisférios laterais (neocerebelo): controlam os movimentos rápidos e finamente coordenados dos membros, predominantemente dos membros superiores. 🡺 A ataxia cerebelar é produzida por lesões do próprio cerebelo ou suas conexões nos pedúnculos cerebelares, ponte ou núcleo rubro. 🡺 Quadro clínico: É comumente associada com hipotonia, que resulta na manutenção defeituosa da postura; falta de coordenação dos movimentos voluntários (tremor intencional, dismetria terminal, decomposição do movimento). Em razão do importante papel do cerebelo no controle dos movimentos oculares, as anormalidades deste são uma consequência frequente da doença cerebelar, incluindo nistagmo e oscilações oculares relacionadas, paresias, além de movimentos sacádicos e de busca defeituosos 🡺 INTOXICAÇÃO POR DROGAS: 🡺 Quadro clínico: A disfunção pancerebelar manifestada por nistagmo, disartria e ataxia de membros e da marcha é um aspecto proeminente de muitas síndromes de Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 intoxicação por drogas. Os agentes que produzem estas síndromes incluem etanol, sedativo-hipnótico(barbitúricos, benzodiazepínicos, moprobamato), anticonvulsivantes (fenitoína) e alucinógenos (especialmente fenciclidina). As doses terapêuticas de sedativos ou anticonvulsivantes comumente produzem nistagmo, mas outros sintomas cerebelares implicam toxicidade. 🡺 Tratamento: A ataxia cerebelar induzida por drogas está frequentemente associada com um estado confusional. Na maioria dos casos, apenas o atendimento geral de apoio é necessário. 05) Após reparação de uma lesão nervosa, a primeira percepção sensorial que retorna é: A) A dor. B) O estímulo vibratório. C) O toque estatico. D) O toque em movimento. A recuperação da sensibilidade cutânea profunda – ou seja, dor causada por pressão profunda – constitui o primeiro sinal de recuperação. Esse sinal é seguido do retorno da dor cutânea superficial vagamente localizada. O controle vasomotor também retorna aproximadamente ao mesmo tempo. Mais tarde, as sensações de calor e de frio são recuperadas. O tato leve e a discriminação tátil são as últimas sensações a retornar; essas sensações voltam dentro de muitos meses e, com frequência, são incompletas. 06) Em relação ao tratamento da hanseníase marque a alternativa INCORRETA: A) O tratamento deve ser de fácil acesso e gratuito com a poliquimioterapia. B) A definição do tratamento depende também da classificação quanto ao número de lesões em paucibacilares ou multibacilares. ✔ O paciente PB receberá uma dose mensal supervisionada de 600 mg de Rifampicina, e tomará 100 mg de Dapsona diariamente (em casa). O tempo de tratamento é de 6 meses (6 cartelas). ✔ O paciente MB receberá uma dose mensal supervisionada de 600 mg de Rifampicina, 100 mg de Dapsona e de 300 mg de Clofazimina. Em casa, o paciente tomará 100 mg de Dapsona e 50 mg de Clofazimina diariamente. O tempo de tratamento é de 12 meses (12 cartelas). C) A baciloscopia positiva classifica o caso como multibacilar, independente do número de lesões. Assim o tratamento é feito para hanseníase multibacilar. D) No tratamento da forma multibacilar, utilizase apenas a Dapsona e Rifampicina como drogas. 🡺 O paciente MB receberá uma dose mensal supervisionada de 600 mg de Rifampicina, 100 mg de Dapsona e de 300 mg de Clofazimina. Em casa, o paciente tomará 100 mg de Dapsona e 50 mg de Clofazimina diariamente. O tempo de tratamento é de 12 meses (12 cartelas). Caso a Dapsona precise ser suspensa, deverá ser substituída pela Ofloxacina 400 mg (na dose supervisionada e diariamente) ou pela Minociclina 100 mg (na dose supervisionada e diariamente). Caso haja náuseas, administre metoclopramida uma hora antes de tomar o medicamento. 🡺 NOTA: As medicações diárias deverão ser tomadas 2 horas após o almoço para evitar intolerância gástrica e eventual abandono do tratamento por esse motivo. Se ainda assim houver dor epigástrica, introduzir omeprazol, ranitidina ou cimetidina pela manhã. 07) Sobre o diagnóstico da hanseníase, assinale V ou F. (V ) É essencial avaliar os olhos, nariz, mãos e pés em busca de comprometimento. (F ) Não é preciso realizar exame de nervos periféricos, visto que esses não são afetados na doença. (V ) A sensibilidade térmica pode ser realizada através de dois tubos de ensaio, um aquecido e outro frio. Atividade integradora 7°P Isadora Campos 05/02/23 (V) A baciloscopia é o exame complementar mais útil no diagnóstico, é de fácil execução e baixo custo 08) Em relação à Distrofia de Duchenne, marque a alternativa INCORRETA: A) A distrofia de Duchenne é mais agressiva do que a de Becker. B) As crianças com Distrofia de Duchenne geralmente aparetam normais ao nascimento, podendo ter aumento de enzimas musculares. C) Os primeiros achados clínicos são: quedas frequentes, dificuldade para correr e pular como as outras crianças. D) Existe uma predileção inicial por fraqueza nos membros superiores. → Distrofia de duchenne A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética considerada rara, que causa um tipo de degeneração muscular progressiva e fraqueza, conhecida como distrofia. É o tipo mais comum de distrofia muscular, sendo causada por mutações no gene DMD e resulta na ausência uma proteína do músculo, chamada Distrofina. Os sintomas começam no nascimento e nos primeiros anos de vida, e o desenvolvimento é normal. Classicamente, os sintomas de fraqueza muscular iniciam entre os três e cinco anos de idade, e tem a característica de piorar com o tempo. Mais comum em meninos 09) Quanto à distrofia muscular de Becker, é correto afirmar: A) É a forma mais maligna das distrofinopatias. B) É semelhante à DMD, porém com início da doença mais precoce. C) A eletromiografia tem padrão neurogênico. D) Há redução total da distrofina no músculo. E) O início dos sintomas se dá após 6 anos de idade → A distrofia muscular de Becker (DMB) faz parte das distrofinopatias que ocorrem devida mutações no gene que expressa à proteína distrofina, localizado no cromossomo X1. A distrofina está presente no citoesqueleto muscular e sua deficiência causa instabilidade e rompimento do sarcolema. Esse parece ser o principal fator da miopatia ocorrida na DMB, resultando em fraqueza muscular progressiva2. O comprometimento da função cardíaca ocorre na maioria dos casos de DMB, com o miocárdio afetado pelo processo miopático, sendo sua progressão imprevisível e com papel determinante na sobrevida de tais pacientes1. Normalmente, o início dos sintomas neuromusculares precede o comprometimento cardíaco, mas, em alguns casos, isto pode acontecer de maneira inversa. A gravidade da disfunção cardíaca neste grupo de pacientes pode levar ao transplante deste órgão 10) A Miastenia Gravis (MG) caracteriza-se por uma história detalhada dos sintomas de fraqueza muscular e fatigabilidade. Sobre a MG, é correto: A) A Miastenia Gravis (MG) é uma doença autoimune da porção pré-sináptica da junção neuromuscular caracterizada por fraqueza flutuante que piora com o repouso e melhora com o exercício B) Na maioria dos pacientes, a MG é causada por antígenos contra receptores de acetilcolina (ACh). O papel destes antígenos na etiologia da MG foi claramente estabelecido nos anos 70, quando a plasmaferese provou ser eficaz no acúmulo dos mesmos e na consequente melhora funcional por mais de 2 meses. C) encontramos na MG: fraqueza adquirida de músculos voluntários incluindo aqueles inervados por nervos cranianos; flutuação e fatigabilidade; resposta eletromiográfica com decremento de amplitude do potencial muscular de pelo menos 10% após estimulação repetitiva a 3-5 Hz. D) no tratamento da MG, a piridostigmina aumenta permanentemente o catabolismo da acetilcolina (Ach) pela acetilcolinesterase, diminuindo a quantidade e a duração deste neurotransmissor na fenda sináptica e, consequentemente, melhorando a força muscular.
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