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Protocolo de saúde da mulher CICLO MENSTRUAL Período fértil ▪ Período no qual há grande probabilidade de concepção. Como calcular? Por seis meses, acompanhar assiduamente o ciclo menstrual e verificar a duração dos ciclos, a contar do primeiro dia da menstruação até o próximo. - Anotar o ciclo mais curto e mais longo (28 dias e 32 dias, por exemplo). Devem ser subtraídos 18 dias do ciclo mais curto e 11 dias do ciclo mais longo. · Mais curto 28 dias – 18 = 10 · Mais longo 32 dias – 11 = 21 · Período fértil: entre o 10º e o 21º dia do ciclo. Atraso menstrual ▪ Acolhimento da queixa com história de atividade sexual, possíveis irregularidades no ciclo menstrual ▪ Questionar sobre sintomas sugestivos de gravidez (p. ex., náusea/vômitos, aumento de volume mamário) ▪ Avaliar regularidade de uso de contraceptivo ▪ Atentar a situações oportunas para uso de contracepção de emergência (relação desprotegida nos últimos cinco dias e ocorrência de violência sexual) DUM – data da ultima menstruação ▪ Data do PRIMEIRO DIA DE SANGRAMENTO DO ÚLTIMO CICLO MENSTRUAL ▪ Ex. Paciente comparece ao UBS referindo atraso menstrual. DUM: 12/08/2020. Refere ainda, que seu ciclo tem duração aprox. de 28 dias. De quanto tempo é o atraso menstrual da paciente? → DUM 12/08/2020 e considere que estamos no dia 22/09/2020 → 20 + 22 = 42 dias 42-28= 14 dias de atraso menstrual Gravidez confirmada Risco de aborto PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO PERIODICIDADE ▪ Mínimo de 6 consultas durante toda a gestação; com consultas intercaladas entre Enf e Med. ▪ Até 28a semana – mensalmente; ▪ Da 28a até a 36a semana – quinzenalmente; ▪ Da 36a até a 41a semana – semanalmente. ANTECEDENTES FAMILIARES PROTOCOLOS SAÚDE DA MULHER 1 • Hipertensão Arterial • Diabetes Mellitus • Doenças Congênitas • Gemelar na família • Diabetes Mellitus • Cardiopatias • Nefropatias • Anemias • Epilepsia • Tireoidopatias ANTECEDENTES PESSOAIS • HAS • Diabetes Mellitus • Cardiopatias • Nefropatias • Anemias • Epilepsia • Tireoidopatias • ITU prévias • ISTs • Doenças neurológicas • Doenças psiquiátricas • Malária • Hanseníase • Tuberculose • Alergia • Transfusão sangue • Viroses • Cirurgias ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS ▪ Número de gestações/partos/ via de parto /abortos. Ex: G4/P2/C2/A1 ▪ Intervalo interpartal ▪ Número de filhos vivos ▪ Óbitos neonatais precoces e tardios ▪ Óbitos fetais GESTAÇÃO ATUAL • DUM / DPP / IG • Peso prévio/altura (calcular IMC) • Hábitos (fumo/álcool/drogas) • Hábitos alimentares • Ocupação habitual NÃO SEI A DUM EXATA!!! ▪ Se o período foi no início, meio ou final do mês, considerar como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente.Data atual: 22/09/2020 IDADE GESTACIONAL (IG) ▪ Objetivo: estimar o tempo de gravidez/a idade do feto (11% a 42% incorretas). · Data da ultima menstruação → pega DUM e tira do que tá faltando no mês, depois somar os dias até a data atual. Divide o numero de dias por 7 que resulta nas semanas e o que sobra são os dias. DATA PROVÁVEL DO PARTO A partir da DUM → Soma 7 ao DIA e subtrai 3 ao MÊS (ou soma 9 se janeiro/fevereiro/março) ▪ Se a DUM for de abril a dezembro: some + 7 ao DIA, diminua – 3 do MÊS e acrescente + 1 ao ANO. Se o DIA ultrapassar 30 ou 31 dependendo do mês (ou 28/29 em fevereiro), considere o mês seguinte. DPP = 32 / 02 / 2011 considerar: fevereiro é de 28 dias (32 – 28 = 4), o Mês seguinte a fevereiro é março (03), então DPP = 04 / 03 / 2011. IMUNIZAÇÃO ▪ dT (3 doses) ▪ Hep B (3 doses) ▪ Influenza (dose única) – em todas as gestações ▪ dTpa (a partir da 20a semana de gestação) – em todas as gestações ▪ Febre amarela e tríplice viral - só administra em situações excepcionais onde avalia risco e beneficio (área endêmica). EXAME FÍSICOExame GO · Exame mamário · Medida da altura uterina · Ausculta BCF · Peso/altura/IMC · Medida PA/pulso/FR · Inspeção pele/mucosas · Palpação da tireoide · Ausculta cardiopulmonar · Exame abdome/membros · Pesquisa de edemas Ganho de peso recomendado (em kg) na gestação segundo o estado nutricional inicial CLASSIFICAÇÃO DO RISCO GESTACIONAL Com o objetivo de reduzir a morbimortalidade materno-infantil e ampliar o acesso com qualidade, é necessário que se identifiquem os fatores de risco gestacional o mais precocemente possível. Dessa forma, o acolhimento com classificação de risco pressupõe agilidade no atendimento e definição da necessidade de cuidado e da densidade tecnológica que devem ser ofertadas às usuárias em cada momento. FATORES QUE PERMITEM O PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO BÁSICA Fatores socioeconômicos e individuais - Idade: <15 ou >35 - Ocupação - Instabilidade familiar - Baixa escolaridade - IMC acima ou abaixo do normal - Baixa estatura (<1,45M) - Ambientes desfavoráveis Antecedentes obstétricos - Macrossomia - RN com restrição de crescimento, pré-termo e malformado - Síndromes hemorrágicas e hipertensivas - Nuliparidade ou Multiparidade - Intervalo interpartal abaixo de 2 anos e acima de 5 anos - Cesáreas prévias ou cirurgias uterinas Gravidez atual - Anemia, ganho ponderal inadequado e ITU FATORES QUE PODEM INDICAR O PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO • Condições prévias - Cardiopatias; - Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); - Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); - Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); - Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); - Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG); - Doenças neurológicas (como epilepsia); - Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); - Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); - Alterações genéticas maternas; - Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; - Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); - Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); - Hanseníase; - Tuberculose; - Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; - Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. • História reprodutiva anterior - Morte intrauterina - HAS gestacional - Esterilidade/Infertilidade - Abortamento habitual • Gravidez atual - Restrição do crescimento intrauterino; - Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; - Gemelaridade; - Malformações fetais ou arritmia fetal; - HAS e DM gestacional - ITU de repetição e pielonefrite (2 ou + episódios) - Desnutrição materna severa. - Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional). - NIC III. - Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-RADS III ou mais. - Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso. - Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis, como o condiloma), quando não há suporte na unidade básica. - Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual. - Adolescentes com fatores de risco psicossocial. SINAIS INDICATIVOS DE ENCAMINHAMENTO À URGÊNCIA/EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA - Pré-eclâmpsia e eclampsia (suspeita ou confirmada) - TVP - Crise HAS - Amniorrexe prematura - Trabalho de parto prematuro - Febre sem sinais de IVAS - Abdome agudo - Oligodrâmnio - Óbito fetal - Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular/corioamnionite ou outra infecção que necessite de internação hospitalar. - Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de placenta, placenta prévia), independentemente da dilatação cervical e da idade gestacional. ADENDO IMPORTANTE SOBRE HAS: ▪ Pré-eclâmpsia: caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (> 300 mg/24h) após a 20a semana de gestação em mulheres previamente normotensas; ▪Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas; ▪ As alterações hipertensivas da gestação estão associadas a complicações graves fetais e maternas e a um risco maior de mortalidade materna e perinatal. Nos países em desenvolvimento, a hipertensão gestacional é a principal causa de mortalidade materna, sendo responsável por um grande número de internações em centros de tratamento intensivo. EXAMES COMPLEMENTARES – 1º TRI ▪ hemoglobina e hematócrito; >11g/dl – Normal/< 8g/dl - Grave ▪ eletroforese de hemoglobina; ▪ tipagem sanguínea e fator Rh; ▪ glicemia de jejum; ▪ urina tipo I; ▪ urocultura e antibiograma; ▪ teste rápido para sífilis ou VDRL;TOXOPLASMOSE IGG E IGM - IgG e IgM reagente: toxo durante a gestação - IgM reagente: toxo recente - IgG reagente: toxo prévia - IgG e IgM não reagente: suscetível ▪ teste rápido para HIV ou sorologia (anti-HIV I e II); ▪ sorologia para hepatite B (HBsAg); ▪ toxoplasmose IgG e IgM; ▪ malária (gota espessa) em áreas endêmicas; ▪ parasitológico de fezes; ▪ ultrassonografia obstétrica? Segundo o MS, somente UMA → Decisão conforme disponibilidade, necessidade e vontade da gestante EXAMES COMPLEMENTARES – 2º TRI ▪ Coombs indireto (4/4 semana) - O teste de coombs é um tipo de exame de sangue que avalia a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas do sangue, provocando a sua destruição. Lembrar da questão do RH... · Mulher (+)? Não pedir · Mulher (–) e homem (-)? Não pedir · Mulher (–) e homem (+)? Pedir · Mulher (–) e homem desconhecido? Pedir ▪ Teste de tolerância à glicose EXAMES COMPLEMENTARES – 3º TRI ▪ hemoglobina e hematócrito; ▪ glicemia de jejum; ▪ urina tipo I; ▪ urocultura e antibiograma; ▪ teste rápido para sífilis ou VDRL; ▪ teste rápido para HIV ou sorologia (anti-HIV I e II); ▪ sorologia para hepatite B (HBsAg); ▪ toxoplasmose IgG e IgM; ▪ malária (gota espessa) em áreas endêmicas; ▪ parasitológico de fezes; PRESCRIÇÕES - Ácido fólico 5mg/dia (1cp) até a 12º semana de gestação - preconiza tomar antes da concepção. - Sulfato Ferroso (Ferro elementar 40mg/dia) até o fim da gestação (suplementação) Grande parte dos protocolos vigentes prevê autorização de prescrição destes fármacos por parte do enfermeiro. ACOMPANHAMENTO - Avaliação odontológica - Agendamento das próximas consultas - Avaliar outras queixas - Alimentação - Hemorragias SEMPRE AVALIAR SSVV EM TODAS AS CONSULTAS Dados vitais - Avaliar sentada ou em decúbito lateral esquerdo: • pulso; • frequência respiratória; • Aferição de pressão arterial (PA); • frequência cardíaca; • temperatura axilar. CONSULTAS SUBSEQUENTES Revisar ficha pré-natal Realizar: ▪ Anamnese atual ▪ Medida da altura uterina ▪ Confirmar idade gestacional ▪ Interpretar exames laboratoriais ▪ Tomar medidas corretivas ▪ Verificar calendário vacinação ▪ Avaliar parecer outras especialidades ▪ Solicitar exames rotineiros ▪ Solicitar outros exames, se necessário ▪ Adotar medidas de acordo com IG AS 3 PERGUNTAS BÁSICAS - Movimentação fetal (a partir da 20º semana) - Perda transvaginal (sangramentos, secreções, corrimentos e dispareunia) - Débito urinário OUTRAS ORIENTAÇÕES ▪ Estímulo ao parto normal ▪ Preparação para o aleitamento ▪ 120 dias de licença-maternidade ▪ Dispensa trabalhista para exames e consultas ▪ Estabilidade até 5 meses após o parto ▪ Descanso de meia-hora (2x por dia) para amamentação no trabalho (até 6 meses de idade) ▪ O pai tem direito à licença-paternidade de cinco dias contínuos logo após o nascimento do bebê. ▪ O pai tem direito a participar do pré-natal. ▪ O pai tem direito a acompanhar a gestante durante o pré-parto, parto e pósparto. ▪ A gestante pode escolher um acompanhante para o parto, de sua escolha. PRÉ-NATAL MASCULINO ▪ Na primeira consulta de Pré-Natal convidar o pai a fazer o pré-natal masculino. ▪ Incentivá-lo não só a acompanhar as consultas durante os nove meses de gestação da parceira como também a realizar exames preventivos. ▪ O princípio é: ele precisa se cuidar para cuidar da família ▪ O principal objetivo é combater Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), por meio de exames de sífilis, HIV e hepatites virais B e C; ▪ Tipagem sanguínea; ▪ Na oportunidade, médicos também diagnosticam hipertensão arterial, diabetes, colesterol e outros agravos. PUERPÉRIO ▪ Preferencialmente, consulta domiciliária na primeira semana após o parto ▪ Consulta de puerpério até 42 dias; ▪ Orientar sobre métodos contraceptivos (planejamento familiar) - Contraceptivo oral? Progesterona, lembrem-se. ▪ Acompanhamento da criança na UBS; ▪ Imunização da criança; ▪ ALEITAMENTO: indicado com exclusividade até os 6 meses de vida da criança. A partir dos 6 meses e até 2 anos de idade ▪ Existem contraindicações? São raras as situações que contraindicam a amamentação. Entre as maternas, encontram-se as mulheres com câncer de mama que foram tratadas ou estão em tratamento, mulheres HIV+ ou HTLV+, mulheres com distúrbios graves da consciência ou do comportamento. · HEP B - A amamentação deve ser feita mesmo que o bebê ainda não tenha recebido a vacina da hepatite B. Apesar do vírus da hepatite B ser encontrado no leite materno da mulher infectada ele não existe em quantidade suficiente para causar a infecção no bebê. · HEP C - Uma mãe infectada com hepatite C pode amamentar seu filho sem problemas, pois é sabido que a amamentação não é uma forma de transmitir a hepatite C. O vírus é encontrado no leite materno, mas não apresenta risco para a criança. · Sífilis - Durante o aleitamento, ocorrerá a transmissão apenas se houver lesão mamária por sífilis. · Tuberculose Pulmonar - Segundo a Academia Americana de Pediatria, recém-nascido de mãe com tuberculose pulmonar em fase contagiante ou bacilífera, sem tratamento ou com menos de 3 semanas de tuberculostáticos no momento do parto, deve ser separado da mãe mas alimentado com o leite humano ordenhado, uma vez que a transmissão geralmente se dá pelas vias aéreas. A mãe deve realizar pesquisas do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) no escarro até sua negativação, quando poderá ter contato com o bebê. · Quimio ou Radioterapia - mulheres que estão recebendo algum tipo de quimioterapia oncológica ou submetidas a radiofármacos devem ponderar junto ao médico responsável ALEITAMENTO – USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS Contraindicações para aleitamento: · Álcool - 1 hora por dose · Tabaco - ...- Risco x benefício · Maconha - 24 horas · LSD (papel, doce) - 48 horas · Cocaína/Crack (farinha, pó, óleo , pedra) – 24 horas · Anfetaminas/Ecstasy (bala) – 36 horas · Heroína/Morfina – 24 horas ORIENTAR SOBRE OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO - Fortalece o vínculo afetivo; - Favorece a involução uterina e reduz o risco de hemorragia; - Contribui para o retorno ao peso normal; - Contribui para o aumento do intervalo entre gestações (contracepção); - Protege contra o câncer de mama; - Melhora o sistema imunológico da criança; - Questões financeiras - Menor incidência de alergias, complicações respiratórias e doenças gastrointestinais na criança Mamada Adequada ▪ A cabeça da criança deve estar mais elevada que o corpo. ▪ Na pega correta, a boca do bebê deve estar bem aberta, o lábio inferior fica virado para fora, a aréola fica visível acima da boca do bebê e o queixo toca na mama. ▪ Mamada livre ▪ Esvaziar uma mama antes de oferecer a outra Orientações sobre a ordenha do leite para mulheres que retornarão ao trabalho/estudo ou que desejam doar: • Lavar as mãos, realizar a ordenha em recipiente (de preferência com tampa plástica e que tenha sido fervido por 15 minutos), desprezando os primeiros jatos; • Guardar em geladeira por 24 horas, no congelador por 15 dias; caso não tenha estes equipamentos, pode ser fervido por 15 minutos e deve ser consumido em até seis horas; • Descongelar na geladeira e aquecer em banho-maria. SAÚDE MENTAL DA PUÉRPERA Baby blues – 3º ao 4º dia - Transitório, frequente (50 a 90%) - Choro, flutuação de humor, irritabilidade, fadiga,tristeza, insônia, dificuldade de concentração, ansiedade relacionada ao bebê. DPP (Depressão pós-parto) – 2ª a 3ª semana - Transtorno moderado a severo, persistente (10 a 19%) - Tristeza, choro fácil, desalento, abatimento, labilidade, anorexia, náuseas, distúrbios de sono, insônia inicial e pesadelos, ideias suicidas, perda do interesse sexual. PREVENÇÃO DE NEOPLASIAS Câncer de mama: neoplasia muito prevalente em idosas · Redução da morbimortalidade com o diagnóstico precoce · De 50 a 69 anos faz cada 2 anos. MAMOGRAFIA – RASTREAMENTO Mamografia – Casos de urgência ▪ Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos ▪ Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual ▪ Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade ▪ Retração na pele da mama ▪ Descarga papilar sanguinolenta unilateral ▪ Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos ▪ Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral ▪ Presença de linfadenopatia axilar ▪ Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja ▪ Mudança no formato do mamilo Rastreamento ▪ Exame Clínico das Mamas (ECM)? – profissional de saúde que faz, é incerto ▪ Autoexame das Mamas (AEM)? – MS recomenda que não faça CÂNCER CERVICAL – PAPANICOLAU Estima-se que 12% a 20% das brasileiras entre 25 e 64 anos nunca realizaram o exame citopatológico, que é a principal estratégia de rastreamento do câncer de colo do útero e de suas lesões precursoras. ▪ Fatores de risco: múltiplos parceiros sexuais, relações sem preservativo, infecções pelo HPV. Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se utilizada desde o início da relação sexual. · Periodicidade: anual, porém, após dois exames sem alterações a periodicidade passa a ser a cada 3 anos. · População alvo: Mulheres de 25 a 64 anos que já iniciaram ou tenha vida sexual ativa. Segundo o último protocolo, não há indicação para o exame em mulheres que não tem história de atividade sexual. CUIDADOS E PROCEDIMENTOS - Lubrificantes, espermicidas, relação sexual com preservativo (48h) - História de atividade sexual - Antecedentes obstétricos (G, P n/c, A) - Possíveis cirurgias - Antecedentes patológicos (principalmente ISTs) - DUM (pelo menos 5 dias após o término da menstruação) - Dispareunia, sangramentos, disúria CUIDADOS DURANTE E APÓS EXAME: - Observação do cólo do útero e anexos - PRIVACIDADE - Identificação da lâmina e/ou frasco - Possível sangramento pós-coleta - Orientações sobre autocuidado -Agendamento de retorno para resultado OBSERVAÇÕES E EXCEÇÕES: • Gestante? O exame pode ser feito em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês. Não está contraindicada a realização do exame em mulheres grávidas, porém a coleta deve ser feita com a espátula de Ayre e não usar escova de coleta endocervical, independente da idade gestacional → Ectocérvice • Histectimizadas? Preservou o cólo? SIM: Rotina normal/NÃO: Não coletar • Imunossuprimidas? HIV, Transplantadas, em tratamento de CA ou tratamento com corticosteróides - Semestral 1º ano e após anual VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Atendimento nos casos de violência ▪ Violência contra a mulher pode ser definida como qualquer ato ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada. ▪ Notificação compulsória. ▪ Física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. ▪ Como identificar violência? MENSURA-SE QUE SOMENTE 10% DE TODOS OS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER SÃO NOTIFICADOS! Atendimento nos casos de violência sexual ▪ É garantido à mulher o direito à anticoncepção de emergência, principalmente em casos de violência sexual (Lei n.o 9.263, de 1996). ▪ Para maior efetividade, deve ser iniciada até 72hs após a relação, porém, pode ser administrada até 5 dias após (quanto mais tempo, menor efetividade). ▪ A Lei 7.498/86 (exercício da enfermagem) assegura o direito do enfermeiro prescrever medicamentos previamente estabelecidos em protocolos (em alguns locais o enfermeiro pode prescrever a anticoncepção de emergência). ▪ Não é um medicamento abortivo. • Medicamento para anticoncepção de emergência (DIAD, Póslov, pílula do dia seguinte): → LEVONORGESTREL 1,5mg · 2 cp de 0,75mg com o intervalo de 12 horas OU · 1 cp de 1,5mg dose única · Estudos demonstram que a efetividade de ambos tratamentos são semelhantes. No entanto, quanto mais vezes tomar, menor eficácia. PEP – Profilaxia pós-exposição ▪ Método no qual é administrado medicamentos antirretrovirais a fim de prevenir o contágio pelo vírus HIV. ▪ Antigamente, era disponível somente em situações excepcionais (violência sexual e acidentes de trabalho), hoje, é disponível a qualquer pessoa que entre nos critérios para administração. ▪ Deve ser administrada até 72 horas pós-exposição (preferencialmente nas duas primeiras horas) ▪ O tratamento dura 28 dias ▪ O acompanhamento é feito por 6 meses ▪ A efetividade é acima de 95%, mas está intimamente ligada com a administração assídua dos medicamentos. ▪ ONDE TEM A PEP??? - O local de referência pode variar de um município para outro (Ex: CADIP, CTA, hosp. de referência) - UPA (fins de semana, feriados e noite) - Quanto mais rápido o atendimento, maior efetividade. ▪ É realizado também a testagem sorológica (HIV, Sífilis, Hep B e C); ▪ Realizado acompanhamento médico, laboratorial e psicológico a fim de proporcionar atenção integral à mulher.
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