Buscar

ADM 2 - Orçamento na CF

Prévia do material em texto

ORÇAMENTO 
PÚBLICO
Orçamento na CF
Livro Eletrônico
2 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Orçamento na CF ..............................................................................................................................................................4
1. Finanças públicas na Constituição de 1988 .................................................................................................4
2. Orçamento na Constituição Federal.................................................................................................................6
2.1. Plano Plurianual (PPA) ........................................................................................................................................7
2.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ................................................................................................... 10
2.3. Lei Orçamentária Anual (LOA) .......................................................................................................................14
3. Ciclo Orçamentário ..................................................................................................................................................20
3.1. Elaboração ................................................................................................................................................................ 22
3.2. Aprovação ................................................................................................................................................................25
3.3. Execução ................................................................................................................................................................... 28
3.4. Controle .....................................................................................................................................................................30
4. Créditos Adicionais .................................................................................................................................................33
5. Sistema Integrado de Administração Federal (SIAFI) ........................................................................39
5.1. Inovações ...................................................................................................................................................................45
Resumo ...............................................................................................................................................................................46
Mapa Mental .....................................................................................................................................................................51
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................52
Gabarito ..............................................................................................................................................................................60
Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................61
Referências ....................................................................................................................................................................... 74
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
ApresentAção
Olá. Tudo bem com você? Vamos lá?
Como visto na nossa última aula, alguma das disposições constitucionais sobre esse 
tema sofreram recentes alterações, por meio das Emendas Constitucionais n. 100/19, 102/19, 
103/19, 105/19, 106/2020, 109/2021, 113/2021 e 120/2022. Atenção a essas novidades, pois 
podem ser objeto de cobrança em prova!
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula. O seu feedback é muito importante para o aprimo-
ramento constante deste trabalho.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
ORÇAMENTO NA CF
1. FinAnçAs públicAs nA constituição de 1988
A política econômica de um país compreende o conjunto de ações governamentais para se 
atingir determinado objetivo (sociais ou macroeconômicos), utilizando-se de instrumentos afe-
tos a economia de um país. Entre esses objetivos, pode-se citar, por exemplo, a estabilização 
de preços, desenvolvimento econômico, pleno emprego, distribuição de riquezas etc.
As políticas econômicas podem ser divididas em: política fiscal, política monetária e polí-
tica regulatória.
As finanças públicas lidam principalmente com a atividade fiscal, por meio da administra-
ção das receitas e despesas públicas. O Estado pode tanto aumentar as receitas como reduzi-
-las. O mesmo ocorre com as despesas: pode tanto aumentá-las como reduzi-las. A depender 
da medida tomada, espera-se um resultado diferente sobre a economia nacional.
Na Constituição, o capítulo pertinente às finanças públicas se divide em duas seções, Nor-
mas Gerais e Dos orçamentos.
Quanto às normas gerais é importante conhecer a literalidade dos artigos 163, 163-A, 164 
e 164-A da Constituição, que compõe essa seção:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I – finanças públicas;
II – dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades con-
troladas pelo Poder Público;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
III – concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV – emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V – fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 40, de 2003)
VI – operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios;
VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
VIII – sustentabilidade da dívida, especificando: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
a) indicadores de sua apuração; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 109, de 2021)
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação; (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
e) planejamento de alienação de ativos com vistasà redução do montante da dívida. Parágrafo 
único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação 
das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 
109, de 2021)
Obs.: � Parcela significativa dessas atribuições foi tratada na Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LC n. 101/00), contudo, não integralmente!
Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informa-
ções e dados contábeis, orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema es-
tabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, de forma a garantir a rastreabilidade, a 
comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser divulgados em meio 
eletrônico de amplo acesso público. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 108, de 2020)
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional 
e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o obje-
tivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas 
fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar 
referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 109, de 2021)
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilida-
de dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 109, de 2021)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc40.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc40.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc40.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
6 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
2. orçAmento nA constituição FederAl
A vinculação entre o planejamento governamental e o orçamento é efetivada na Constitui-
ção de 1988 por meio de três diferentes leis/instrumentos: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
A iniciativa de elaboração dessas leis é de competência exclusiva (só ele pode fazer isso!) 
do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República), devendo apresentar os respectivos pro-
jetos de lei nos prazos previstos no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCTs).
Esses prazos deveriam estar sendo tratados em lei complementar federal. Contudo, essa 
lei complementar prevista no §9º do art. 165 da Constituição ainda não foi criada, mantendo 
em vigor os prazos previstos no ADCTs.
CF 88 Art. 165 § 9º - Cabe à lei complementar:
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem 
como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados 
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das pro-
gramações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.
A despeito de atualmente os prazos de elaboração do PPA, LDO e LOA estarem previstos na 
Constituição, sua regulamentação deve se dar por meio de lei complementar FEDERAL (não é 
nacional), ou seja, tais prazos não devem ser seguidos obrigatoriamente pelos demais entes 
da federação (Estados, Distrito Federal e Municípios)!
Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisa-
dos por uma comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão 
status de Leis Ordinárias.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento 
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresenta-
das anualmente pelo Presidente da República
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos 
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da 
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o 
art. 58.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Assim, cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e aprovar (projeto 
vai para sanção do Presidente). No tocante à fiscalização, ela está a cargo também do Poder 
Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União.
001. (IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA-ES/2020) O modelo orçamentário brasileiro é de-
finido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se dos seguintes instrumentos:
I – Plano Plurianual – PPA.
II – Lei das Diretrizes e Bases Orgânicas – LBO.
III – Lei do Planejamento Estatutário - LPE
IV – Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
V – Lei Orçamentária Anual - LOA.
Estão corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente II, III e IV.
c) somente III, IV e I.
d) somente I, IV e V.
e) somente II, IV e V.
São instrumentos do modelo orçamentário brasileiro: PPA - I, LDO - IV e LOA - V.
Letra d.
002. (IBADE/PREFEITURA DE LINHARES-ES/2020) O artigo n.165, da CRFB, estabelece o 
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e, também:
a) os orçamentos anuais.
b) os orçamentos mensais.
c) os orçamentos semestrais.
d) os orçamentos trimestrais.
e) os orçamentos das sociedades de economia mista.
Além do PPA e LDO, o sistema orçamentário é composto pelas leis orçamentárias anuais.
Letra a.
2.1. plAno pluriAnuAl (ppA)
A Constituição de 1988 inovou ao prever,além da Lei Orçamentária Anual, mais duas outras 
peças orçamentárias: o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
O Plano Plurianual (PPA) representa a peça máxima do planejamento do Estado, sendo sua 
elaboração, competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. A Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias e Lei Orçamentária Anual deverão ser compatíveis com suas diretrizes, bem como os 
planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição.
Esses planos nacionais, regionais e setoriais possuem período de vigência até mais lon-
gos do que o PPA, sendo considerados de longo prazo. No entanto, eles devem observar (ser 
compatíveis/adequados) o PPA. Alguns exemplos desses planos e programas: Plano Nacional 
de Educação – PNE (duração de 10 anos), Plano Nacional de Cultura – PNC (10 anos), Plano 
Nacional de Viação – PNV (revisto a cada 5 anos).
Fiquem atentos ao fato de que o PPA reflete o planejamento de médio prazo. Assim, apesar 
de ser o principal instrumento do planejamento no Brasil, deve ser considerado de médio prazo 
e não de longo prazo.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser inicia-
do sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade.
De acordo com a CF/88, o PPA estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes, metas e 
objetivos da Administração Pública com relação às despesas de capital e outras delas decor-
rentes, bem como para as relativas aos programas de duração continuada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Obs.: � Despesas de capital: despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aqui-
sição de um bem de capital (equipamentos e instalações necessários para a produção 
de outros bens ou serviços. Ex: fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos, etc.).
O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da sessão le-
gislativa ordinária do primeiro ano do mandato do Chefe do Poder Executivo, ou seja, até 31 de 
agosto, devendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até 22 de dezembro do mesmo ano, data 
do encerramento da sessão legislativa ordinária.
O PPA tem vigência de 4 anos, compreendendo o segundo ano de mandato do Presidente 
da República até o primeiro ano de mandato do seu sucessor, ou seja, o prazo de duração do 
PPA não coincide com o mandato presidencial. Essa medida visa evitar rupturas no Planeja-
mento Estatal, mantendo assim, pelo menos no primeiro ano do mandato do sucessor, o Pla-
nejamento estabelecido pelo seu antecessor.
A Mensagem Presidencial que encaminhou o PPA 2020-2023 detalhou 3 dimensões, a saber:
• Dimensão estratégica: que trata das diretrizes e temas, dentro de cinco eixos
− Institucional
− Social
− Ambiental
− Econômico
− Infraestrutura
• Dimensão tática (intermediária): estruturada em programas finalísticos, com objetivos 
e metas regionalizadas, e programas de gestão (ações administrativas ou organizacio-
nais). Ah, os programas finalísticos e de gestão configuram o elo entre PPA, LDO e LOA.
• Dimensão operacional: ações que instrumentalizam o alcance de tais objetivos e metas.
003. (IBADE/SEA-SC/2022) Sobre o Plano Plurianual (PPA), está correto o que se diz em:
a) Tem prazo de 4 (quatro) anos e é responsável por apontar diretrizes, objetivos e metas para 
a administração pública.
b) Tem prazo de 5 (cinco) anos e é responsável por apontar diretrizes, objetivos e metas para 
a administração pública.
c) Tem prazo anual e é responsável por apontar diretrizes, objetivos e metas para a adminis-
tração pública.
d) É responsável por estabelecer parâmetros necessários à alocação dos recursos no orça-
mento anual, estimando receitas e despesas para um exercício financeiro.
e) É responsável por orientar a elaboração dos orçamentos fiscais, da seguridade social e de 
investimento do poder público para um exercício financeiro.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
O PPA tem vigência de 4 anos, tendo por escopo estabelecer de forma regionalizada as diretri-
zes, metas e objetivos da Administração Pública com relação às despesas de capital e outras 
delas decorrentes, bem como para as relativas aos programas de duração continuada.
Letra a.
2.2. lei de diretrizes orçAmentáriAs (ldo)
Para fazer o vínculo entre o planejamento de médio prazo e a Lei Orçamentária Anual, a 
Constituição Federal de 1988 trouxe um importantíssimo instrumento do Orçamento, a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias.
A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelece-
rá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória susten-
tável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alte-
rações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento.
Nova redação dada pela EC n. 109/2021)
Assim, a cabe LDO:
• compreender as metas e prioridades da administração pública federal;
• estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com 
trajetória sustentável da dívida pública,
• orientar a elaboração da lei orçamentária anual,
• dispor sobre as alterações na legislação tributária; e
• estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Sobre a disposição de alterações na legislação tributária pela LDO, é importante dizer que 
dispor sobre o tema (falar sobre o assunto) é diferente de dizer que qualquer alteração na 
legislação tributária deva estar prevista previamente na LDO para que a medida possa en-
trar em vigor.
O Projeto de Lei da LDO deve ser encaminhado até 8 meses e meio antes do encerramento 
da sessão legislativa ordinária, ou seja, até 15 de abril, devendo ser aprovado até 17 de julho.
A mensagem que encaminhar o projeto da LDO apresentará, em anexo específico, os ob-
jetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções 
para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício 
subsequente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Ainda sobre o prazo para sua aprovação pelo Poder Legislativo, a Constituição Federal 
trouxe uma regra muito interessante e particular, de que o Congresso Nacional não poderá 
entrar em recesso no meio do ano se não aprovada a LDO.
E o PPA e a LOA têm essa mesma previsão?Não! Apenas o rito da LDO tem essa previsão. Essa regra deve-se ao fato de que a LDO 
deve servir de parâmetro para aprovação da LOA ainda naquele exercício. Iria contra um dos 
objetivos da LDO, caso sua discussão ou aprovação coincidissem com a da LOA.
Assim, como a LOA deve ser apresentada até 31 de agosto, nada mais lógico do que a LDO 
ser aprovada antes dessa data, lembrando que o Congresso entra em recesso dia 17 de julho.
Quanto à vigência da LDO, essa será superior a um ano, em torno de um ano e meio, pois 
é aprovada no meio do ano, servindo para orientar a elaboração da LOA. Além disso, no ano 
seguinte a LDO continua vigendo, dispondo sobre regras sobre a execução e acompanhamento 
do orçamento aprovado.
A importância da LDO aumentou com a publicação da Lei Complementar n. 101/00, 
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que ampliou os objetivos da LDO, passando a dispor 
também sobre:
• Equilíbrio entre receitas e despesas;
• Critério e forma de limitação de empenho;
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação de programas;
• Demais condições e exigências para a transferência voluntária de recursos (transferên-
cias de recursos a entidades públicas e privadas).
A LRF ainda criou dois importantíssimos anexos que deverão compor a LDO. O Anexo de 
Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais compreenderão:
Anexo de Metas Fiscais
•	 Metas anuais de resultado nominal e primário para o exercício e para os dois seguintes;
•	 Montante da dívida para o exercício em questão e para os dois seguintes;
•	 Demonstrativo das metas anuais, com memória e metodologia de cálculo que a justifiquem, 
comparando-as com os últimos três anos;
•	 Evolução do patrimônio Líquido dos últimos três anos, destacando a origem e aplicação dos 
recursos obtidos com alienação de ativos;
•	 Avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos 
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhadores, e dos demais fundos e programas 
de natureza atuarial;
•	 Demonstrativo da estimativa e compensação de renúncia de receita e avaliação da expansão 
das despesas de caráter continuado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Anexo de Riscos Fiscais
•	 Conterá a avaliação e providências necessárias em relação aos passivos contingentes e outros 
riscos capazes de afetar as contas públicas
Veja como isso apareceu na LRF:
§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, re-
sultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifi-
quem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e 
evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a 
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo 
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão 
das despesas obrigatórias de caráter continuado.
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os 
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as provi-
dências a serem tomadas, caso se concretizem.
§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objeti-
vos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus 
principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.
Resultado de recente alteração na Constituição (EC n. 102/19), a LDO passou a conter um 
anexo com a previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que 
serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento.
Esse anexo deverá compreender as despesas para o exercício a que se refere e, pelo me-
nos, para os 2 exercícios subsequentes.
A ideia dessa alteração legislativa é garantir que investimentos públicos não fiquem sem 
o correspondente financiamento nos exercícios em que ocorrer sua execução (ex: construção 
de uma obra pública que durar mais de um ano).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
004. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) Antes de fazer o orçamen-
to de cada ano, o Poder Executivo Federal prepara e encaminha para ser discutida no Poder 
Legislativo Federal (Congresso Nacional) outra Lei, chamada Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO). Diante do exposto e considerando a relevância da LDO para o país, julgue as alternativas 
abaixo e assinale a correta.
a) A LDO traz uma série de regras para elaborar, organizar e executar o orçamento, mas não 
definir as prioridades que deverão estar contempladas na LOA
b) O planejamento tático se relaciona com a LDO, a qual se refere à tática de verificar as metas 
e prioridades do orçamento
c) É o orçamento público propriamente dito e é discutida e aprovada todo ano
d) É a LDO que diz quais são as despesas mais importantes que o Poder Executivo deve fazer a 
cada ano, mas não faz a ligação entre o plano estratégico de médio prazo, estabelecido no PPA
e) No PPA estão as grandes prioridades para um período de quatro anos, é na LDO que diz 
quais são as despesas mais importantes que o Poder Executivo deve fazer a cada dois anos.
A única alternativa correta é aquela que relaciona a LDO ao plano tático, característica da defi-
nição de metas e prioridades que deverão constar da lei orçamentária anual.
Letra b.
005. (IBADE/PREFEITURA DE COSTA MARQUES-RO/2022) Considerando os instrumentos 
de planejamento e orçamento, é correto afirmar sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO:
a) com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes, objetivos e metas 
de médio prazo da administração pública.
b) tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o 
exercício financeiro.
c) sua finalidade está ligada ao mandato constitucional de “redução das desigualdades 
regionais”.
d) uma das principais funções é estabelecer parâmetros necessários à alocação dos recursos 
no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos 
contemplados no PPA.
e) de um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, 
de outro, quem são os beneficiários desses recursos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratoresà responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
A LDO tem como um de seus principais objetivos fazer a ponte entre o planejamento estabele-
cido no PPA e a lei orçamentária anual, orientando a elaboração desta.
Letra d.
2.3. lei orçAmentáriA AnuAl (loA)
Última peça orçamentária que compõe a estrutura de planejamento e orçamento da CF/88, 
a Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito do Governo, onde estarão consig-
nadas a previsão das receitas e fixação das despesas.
Guardem isso: fixação de despesas e previsão de receitas!
O examinador adora trocar essas informações. Às vezes, ele coloca numa questão que no 
orçamento são previstas as despesas e fixadas as receitas. Errado!!! Temos que entender a 
lógica: como podemos fixar as receitas do governo? Não há como. O governo não tem certeza 
de que receberá essas receitas. Todo mundo vai pagar os seus impostos? E qual o valor exato? 
Impossível de saber, não é?
Por outro lado, as despesas devem sim ser fixadas. Desta forma, é vedado o início de pro-
gramas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual!
Mas cuidado, o examinador por dizer de maneira genérica que orçamento prevê receitas 
e despesas. O que você tem que ter em mente é que não se pode falar em fixação de receita. 
Isso é o mais importante.
Da mesma forma que os demais instrumentos orçamentários, a competência para sua 
elaboração é exclusiva do Chefe do Poder Executivo. Este consolidará as propostas orçamen-
tárias dos demais poderes (Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e 
irá apresentá-la ao Congresso Nacional na forma de um projeto de Lei.
O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da sessão 
legislativa ordinária do mandato do Chefe do Poder Executivo, ou seja, até 31 de agosto, de-
vendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até o encerramento da sessão legislativa ordinária, 
22 de dezembro do mesmo ano. A lei orçamentária possuirá vigência de um ano (Princípio da 
anualidade).
Para ajudá-los, vamos aproveitar para ver um quadro comparativo dos prazos e vigências 
do PPA, LDO e LOA:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Conforme visto na última aula, a Lei Orçamentária Anual será composta pelo orçamento 
fiscal, pelo orçamento da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas.
006. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) O orçamento fiscal, de in-
vestimentos das empresas e da seguridade social, refere-se à/ao:
a) Lei de orçamento anual.
b) Lei de diretrizes orçamentária.
c) Plano plurianual.
d) Lei de responsabilidade fiscal.
e) Anexo de metas fiscais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
A lei orçamentária anual é composta pelos orçamentos fiscal, da seguridade social e de inves-
timentos das empresas.
Letra a.
A Constituição determina que os Orçamentos Fiscal e de Investimento das Estatais deve-
rão buscar a redução das desigualdades inter-regionais.
CF/88, Art. 165, § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o 
plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo crité-
rio populacional.
Mas e o orçamento da seguridade social?
Bem, nesse caso não deve ser buscada essa redução das desigualdades. Pegadinha re-
corrente em provas, mas de fácil possibilidade de você se lembrar dela. Basta entender que o 
orçamento de seguridade possui um objetivo muito específico, que é financiar a saúde, previ-
dência e assistência social, desta forma, não se alinha a esses objetivos a redução das desi-
gualdades inter-regionais.
O projeto de lei orçamentária deverá ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do 
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios 
e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Esses são os chamados incenti-
vos fiscais.
Assim como fez com a LDO, a Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe algumas disposições 
sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA). De acordo com a LRF, são vedados créditos com fina-
lidade imprecisa ou com dotação ilimitada, bem como investimentos com duração superior 
a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a 
sua inclusão.
O projeto de lei orçamentária anual, compatível com o PPA/LDO/LRF, deverá:
• Conter demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os ob-
jetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais (LDO);
• Acompanhar medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despe-
sas obrigatórias de caráter continuado;
• Conter Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante, com base na re-
ceita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO. A reserva se destina ao atendimento 
de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos;
• Conter todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as recei-
tas que as atenderão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de 
crédito adicional.
A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar 
a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação 
específica.
007. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) Conforme a Lei Comple-
mentar n. 101, de 04 de maio de 2020, todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária 
ou contratual, e as receitas que as atenderão, devem constar do(a):
a) Plano Plurianual.
b) Lei das Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei de Responsabilidade Fiscal.
d) Lei Orçamentária Anual.
e) Lei de Gestão Fiscal.
Vide artigo 5º da LRF que trata sobre a Lei Orçamentária Anual:
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, 
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os 
objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;
II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como 
das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de 
caráter continuado;
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na 
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
§ 1º Todas as despesas relativas à dívidapública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as 
atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
§ 2º O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de 
crédito adicional.
§ 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a 
variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A76
18 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Resultado de recente alteração na Constituição (EC n. 102/19), a lei orçamentária anual - 
LOA poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos 
investimentos plurianuais e daqueles em andamento.
A lógica aqui é a mesma do anexo acrescentado na LDO, garantir recursos e viabilizar in-
vestimentos públicos. Ainda com esse objetivo, a União ficou responsável por organizar e man-
ter registro centralizado de projetos de investimento contendo, por Estado ou Distrito Federal, 
pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a execução 
física e financeira.
Ah, e tem uma lei que você já conhece que disciplina a elaboração do orçamento. Você se 
lembra? Lei 4.320/64:
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamen-
tos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acôrdo com o dispos-
to no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.
A Lei n.. 4.320/64 ainda determina que o Projeto de Lei Orçamentária Anual compreenderá 
a discriminação das receitas e despesas, de forma a evidenciar a política econômica-financei-
ra e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade 
e anualidade.
Por fim, a Lei 4.320/64, no seu art. 2º, trouxe quadros que deverão integrar ou acompanhar 
o orçamento. Vejamos:
Art. 2º
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do 
Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I – Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II – Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n.s 6 a 9;
III – Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de 
obras e de prestação de serviços.
EXEMPLO
Quer visualizar isso melhor? Dê uma passadinha no link abaixo, onde estão todos os arquivos/
links relacionados a um projeto de lei orçamentária. Só um conselho: não gaste muito tempo 
visitando essa página, pois o seu foco é passar no concurso e esses detalhamentos do PLOA 
são bastante específicos, ok?
http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art5xvb
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm#anexo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm#anexo
http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa
19 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
008. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) Prevê a Lei n. 4.320/64 que 
a Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a po-
lítica econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de 
unidade, universalidade e anualidade. E, integrará a Lei do Orçamento?
a) Créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições legais
b) Exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insufi-
ciências de caixa
c) Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação
d) Fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura
e) Discriminação da receita e da despesa identificados por números de códigos decimal.
Segundo art. 2º da Lei n.. 4.320/64:
Art. 2º
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do 
Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I – Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II – Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n.s 6 a 9;
Letra c.
009. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) Considerando o §2, do Art. 
2, da Lei n. 4.320/64 é correto afirmar que acompanhará a Lei de Orçamento?
a) Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo
b) Todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada
c) Dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, 
serviços de terceiros e transferências
d) Cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra como despesa, do orça-
mento da entidade
e) Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm#anexo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm#anexo
20 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Segundo art. 2º da Lei n.. 4.320/64:
Art. 2º
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do 
Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I – Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II – Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n.s 6 a 9;
Letra e.
010. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) O modelo orçamentário 
brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil e compõe-se de três instrumen-
tos, sendo eles o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orça-
mentária Anual - LOA. O instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício 
a que se refere é a/o:
a) Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
b) Lei Orçamentária Anual – LOA.
c) Plano Plurianual – PPA.
d) Lei Orgânica da Saúde – LOS.
e) Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.
Na LOA efetivamente estarão apresentados os programas de trabalhos e as dotações consig-
nadas com a finalidadede viabilizar sua execução.
Letra b.
3. ciclo orçAmentário
Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados 
os aspectos físicos e financeiros dos programas do setor público, composto pelas seguintes 
etapas: elaboração/planejamento, discussão/aprovação, execução e controle/avaliação da Lei 
Orçamentária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm#anexo
21 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Essa é a forma clássica de apresentação do ciclo orçamentário, contudo, vocês precisam 
conhecer o ciclo orçamentário ampliado.
Uma vez que o ciclo orçamentário também envolve a Lei de Diretrizes Orçamentárias – 
LDO – e o Plano Plurianual – PPA, a partir da Constituição de 1988, esse ciclo se estende em 
oito fases, quais sejam:
• formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de 
recursos pelo Executivo;
• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
• apreciação, adequação e autorização legislativa;
• execução dos orçamentos aprovados;
• avaliação da execução e julgamento das contas.
Essa abordagem com 8 fases é de autoria do consultor aposentado de orçamento da Câ-
mara dos Deputados, o Sr. Osvaldo Sanches.
Tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio, fi-
nalidade distinta e periodicidade definida.
Diferentemente da Lei Orçamentária Anual que possui duração de um exercício, coinci-
dindo com o ano civil, o ciclo orçamentário não se limita ao período de um ano, pois, como 
vimos, envolve todas as etapas anteriores e posteriores à execução orçamentária e financeira 
do orçamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
3.1. elAborAção
A elaboração e apresentação da proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) é competência 
exclusiva do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República – PR). Assim, não pode um 
parlamentar ou mesmo o Presidente do Supremo Tribunal Federal apresentar o projeto de Lei 
Orçamentária Anual ao Congresso.
Os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas encaminharão suas propostas 
orçamentárias (não é o projeto, é apenas a proposta) para o Poder Executivo, dentro dos limi-
tes impostos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O Poder Executivo consolidará as propostas orçamentárias dos demais poderes (Legis-
lativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e irá apresentá-las ao Congresso 
Nacional na forma de um único projeto de Lei.
O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal compreende as atividades de elaboração, 
acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos 
e pesquisas socioeconômicas, sendo composto pelo Ministério da Economia, pelos órgãos 
setoriais e pelos órgãos específicos.
São finalidades desse Sistema:
• Formular o planejamento estratégico nacional;
• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando à 
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, 
estadual, distrital e municipal.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
O órgão central era o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Atual-
mente está inserido no Ministério da Economia! Ele possui a Secretaria de Orçamento Federal 
(SOF) e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal é regulado pela Lei n. 10.180/01, que disci-
plina ainda os Sistemas de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Caberá à SOF definir as estratégias e diretrizes do processo de elaboração da LOA. Nesse 
sentido, as setoriais e unidades orçamentárias dos outros Poderes e órgãos estarão vincula-
das tecnicamente (orientação normativa) as diretrizes da SOF, apesar de não estarem vincula-
das hierarquicamente.
As setoriais são responsáveis por unificar as propostas das unidades orçamentárias de 
um mesmo órgão ou poder e repassá-las à SOF até o dia 14/8, conforme dispõe a LDO 2021.
Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas não encaminharem as 
suas propostas no prazo acima, o Poder Executivo considerará como proposta a Lei Orçamen-
tária vigente, ajustando-a aos limites impostos pela LDO aprovada.
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão 
ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP é o é o sistema informatizado 
que suporta os processos de Planejamento e Orçamento do Governo Federal. É o resultado da 
iniciativa de integração dos sistemas e processos a partir da necessidade de:
• Otimizar procedimentos;
• Reduzir custos;
• Integrar e oferecer informações para o gestor público e para os cidadãos.
Com o SIOP, os usuários dos diversos Órgãos Setoriais, Unidades Orçamentárias e Agentes 
Técnicos integrantes do sistema, bem como outros sistemas automatizados, registram suas 
operações e efetuam consultas on-line. De modo geral, o SIOP atende os servidores da Admi-
nistração Pública que exercem atividades nas áreas de planejamento, orçamento, compras, fi-
nanças, convênios e controle, além de cidadãos interessados nos temas de orçamento público 
e políticas públicas.
São macroprocessos envolvidos no planejamento e orçamento da União tratados no SIOP:
• Elaboração e revisão do Projeto de Lei do Plano Plurianual – PLPPA
• Elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – PLDO
• Elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA
• Operacionalização das Alterações Orçamentárias (Créditos)
• Tratamento de Emendas Parlamentares ao Orçamento (Orçamento Impositivo)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
• Receitas
• Acompanhamento das Estatais
• Acompanhamento Físico das Ações Orçamentárias
• Monitoramento do PPA
• Outras funcionalidades específicas.
Com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham, no SIOP, a abertura 
desses limites segundo a estrutura programática da despesa. Considerando a escassez de 
recursos, cadaórgão setorial observará, no processo de alocação orçamentária, pela melhor 
distribuição, tendo em vista as prioridades e a qualidade do gasto.
De acordo com o MTO 2022, o processo de detalhamento da proposta setorial, via SIOP, 
compreende três etapas decisórias: UO (Unidade Orçamentária), órgão setorial e Órgão Cen-
tral. Cada momento é tratado exclusivamente pelos atores orçamentários responsáveis pela 
respectiva etapa decisória e não pode ser compartilhado, o que confere privacidade e seguran-
ça aos dados.
3.1.1 Novo Regime Fiscal
Durante um período de 20 anos, as despesas primárias constantes dos Orçamentos Fiscal 
e da Seguridade Social da União serão limitadas pelo valor do exercício imediatamente ante-
rior, corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publi-
cado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice que vier a 
substituí-lo, apurado no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária.
Texto alterado pela EC n. 113/21.
Para fins da elaboração do projeto de lei orçamentária anual, o Poder Executivo conside-
rará o valor realizado até junho do IPCA, relativo ao ano de encaminhamento do projeto, e o 
valor estimado até dezembro desse mesmo ano. Essa estimativa do índice, juntamente com 
os demais parâmetros macroeconômicos, será elaborada mensalmente pelo Poder Executivo 
e enviados à comissão mista de orçamento.
Texto incluído pela EC n. 113/21.
O resultado da diferença aferida entre as projeções feitas e a efetiva apuração do índice 
previsto será calculado pelo Poder Executivo, para fins de definição da base de cálculo dos 
respectivos limites do exercício seguinte, a qual será comunicada aos demais Poderes por 
ocasião da elaboração do projeto de lei orçamentária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Texto incluído pela EC n. 113/21.
Se verificado, na aprovação da lei orçamentária, que a proporção da despesa obrigatória 
primária em relação à despesa primária total foi superior a 95% (noventa e cinco por cento), 
aplicam-se sanções ao respectivo Poder ou órgão, até o final do exercício a que se refere a 
lei orçamentária, em especial quanto às despesas de pessoal, com restrições a nomeações e 
aumentos salariais.
Texto alterado pela EC n. 109/21.
Ficam fora desse limite e consequentemente das sanções:
• transferências constitucionais;
• créditos extraordinários;
• despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições;
• despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes; e
• transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios de parte dos valores arrecadados 
com os leilões dos volumes excedentes ao limite a que se refere a Lei n. 12.276/2010 
(cessão onerosa do exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás 
natural e de outros hidrocarbonetos fluido), e a despesa decorrente da revisão desses 
contratos de cessão.
Texto incluído pela EC n. 102/19.
3.2. AprovAção
Finalizada a elaboração da Proposta, essa será apresentada ao Congresso Nacional por 
meio de Mensagem Presidencial (instrumento oficial de comunicação entre Presidente e Con-
gresso), devendo conter:
I – resumo da política econômica do País e análise da conjuntura econômica, com indica-
ção do cenário macroeconômico e suas implicações sobre a proposta orçamentária;
II – resumo das políticas setoriais do governo;
III – avaliação das necessidades de financiamento do Governo Central relativas aos Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social, evidenciando a metodologia de cálculo e os parâmetros 
utilizados;
IV – indicação do órgão que apurará os resultados primário e nominal, para fins de avalia-
ção do cumprimento das metas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
V – demonstrativo sintético dos principais agregados da receita e da despesa;
VI – demonstrativo do resultado primário das empresas estatais federais com a metodolo-
gia de apuração do resultado; e
VII – demonstrativo da compatibilidade dos valores máximos da programação constante 
do Projeto de Lei Orçamentária com os limites individualizados de despesas primárias calcula-
dos pelo Novo Regime Fiscal (teto de gastos).
A proposta orçamentária (bem como as demais leis orçamentárias – PPA e LDO, e de cré-
ditos adicionais), apesar da sua natureza de lei ordinária, possui rito especial. Ela é discutida 
concomitantemente em ambas as casas do Congresso Nacional – CN (na forma de seu regi-
mento comum), por meio da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização 
(formada por deputados e senadores), sendo votada em sessão conjunta do CN.
Ao contrário ao que ocorre em outras tramitações legislativas, as emendas parlamentares 
serão todas apresentadas nessa comissão mista, que ficará responsável por analisá-las e emi-
tir parecer.
Qualquer emenda ao PLOA (PPA e LDO tb) deverá ser apresentada à Comissão de Orça-
mentos. Para ser aprovada, a emenda deverá, nos ditames constitucionais, seguir os seguintes 
preceitos:
• Sejam compatíveis com PPA e LDO;
• Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre:
− Dotações para pessoal e seus encargos;
− Serviço da dívida;
− Transferências tributárias constitucionais;
• Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões na redação da LOA.
As emendas apresentadas no Congresso podem ser individuais de cada parlamentar, de 
comissão (das comissões existentes na Câmara e no Senado) ou de bancada estadual.
Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado 
erro ou omissão de ordem técnica ou legal, devendo ser apresentado os cálculos que susten-
tem a revisão dos valores anteriormente definidos.
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamen-
tária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, 
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
É permitida a proposta de emenda ou modificação de algum projeto caso este ainda não 
tenha sido analisado pela Comissão Mista de Orçamento.
E se o Chefe do Poder Executivo, nosso Presidente da República, desejar realizar uma 
alteração no projeto de lei, será possível?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Sim, a Constituição determina que o Presidente poderá, por meio TAMBÉM de Mensagem 
ao Congresso Nacional, modificar o projeto, desde que não tenha se iniciada a votação sobre 
aquele item na Comissão Mista. Iniciada a votação einh? Guarde isso.
E se o Poder Legislativo não receber a proposta orçamentária no prazo fixado na legislação?
Pera aí!! Estamos falando aqui que o Poder Executivo é o responsável pelo envio do PLOA 
(Projeto de Lei Orçamentária) ao Legislativo, certo? Mas... e se o Poder Executivosimplesmente 
não mandar? Se o Poder Executivo tiver uma dor de barriga ou simplesmente cruzar os braços, 
fazer bico e disser que não envia Projeto nenhum? Ufa, a Lei n. 4.320/64 previu essa situação:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Or-
gânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
Então é isso! O Poder Legislativo vai e fala assim: não vai enviar não? Não? Então a gente 
vai usar a LOA atual. Bem feito!
011. (IBADE/PREFEITURA DE SANTA LUZIA D`OESTE-RO/2020) Sabemos que o orçamento 
público é um instrumento de planejamento e uma Lei. Na legislação encontram-se contempla-
dos os recursos a serem usados pelo governo, provenientes dos impostos, taxas e contribui-
ções, e são esses tributos que serão revertidos em obras e serviços que beneficiam a socieda-
de brasileira. Sobre orçamento público e seus instrumentos, é correto afirmar que:
a) o orçamento público está previsto na Constituição Federal de 1988, assim são instrumentos 
de planejamento apenas o Plano Plurianual (PPA); e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
b) o planejamento é a segunda etapa do processo orçamentário, sendo que a primeira consiste 
na aprovação pelo executivo dos instrumentos componentes do ciclo.
c) o governo precisa fazer pequenos investimentos para atender a sociedade brasileira, porque 
a construção de rodovias e hidrelétricas deverão ser realizadas pela iniciativa privada.
d) o PPA, a LDO e a LOA dão suporte à elaboração e execução orçamentária brasileira, mas 
estes instrumentos não são estritamente relacionados entre si.
e) podemos definir o orçamento público como sendo o ato legal, pelo qual o Poder Legislativo 
aprova e autoriza que sejam realizadas despesas pelos demais Poderes, o Executivo, o Judici-
ário e o próprio Legislativo.
São instrumentos do modelo orçamentário brasileiro: PPA, LDO e LOA. Cada uma dessas leis 
tem como base a lei anterior.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Quanto à lei orçamentária anual, cabe ao Poder Executivo apresentar a proposta dessas leis e 
ao Legislativo aprová-las, autorizando que sejam realizadas despesas pelos demais Poderes, 
o Executivo, o Judiciário e o próprio Legislativo.
Letra e.
3.3. execução
Após a etapa de discussão e aprovação da Lei Orçamentária, iniciam-se as rotinas para 
viabilizar a execução do orçamento. Assim, trinta dias após aprovação da Lei Orçamentária 
Anual, conforme disposto no art. 8º da LRF, o Poder Executivo publicará cronograma mensal 
de desembolsos de recursos financeiros, por meio de Decreto.
Serão objeto de programação financeira, as fontes cujos recursos transitem pelo órgão 
central de programação financeira. A programação financeira correspondente às dotações 
descentralizadas, quando decorrentes de termo de convênio ou similar (transferências volun-
tárias), será da responsabilidade do órgão descentralizador do crédito.
Salvo as despesas com pessoal e encargos sociais, precatórios e sentenças judiciais, os 
cronogramas anuais de desembolso mensal dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministé-
rio Público da União e da Defensoria Pública da União serão repassados na forma de duodéci-
mos. Isso está consignado no § 3º do art. 63 da Lei n. 14.116/2020 (LDO 2021).
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, bimestralmente todos os poderes de-
verão verificar a compatibilidade entre os recursos financeiros disponíveis e a execução 
orçamentária.
Caso seja verificada a possibilidade de incompatibilidade desse sistema, cada Poder de-
verá preceder contingenciamento de despesas/empenhos, até que o fluxo das receitas se re-
estabeleça, de acordo com os critérios definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. À medida 
que o fluxo se reestabelecer, deverá se proceder o descontigenciamento proporcionalmente a 
essa recuperação.
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relató-
rio resumido da execução orçamentária.
Observa-se que a finalidade do decreto de programação orçamentária e financeira e de 
limitação de empenho e movimentação financeira (contingenciamento) é garantir o cumpri-
mento das metas de resultados fiscais e de obter maior controle sobre os gastos públicos.
Na esfera federal, esse processo é gerido pelo Sistema de Administração Financeira Fe-
deral (Lei n. 10.180/2001), sendo composto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), como 
órgão central do sistema, e pelos órgãos setoriais. Esse sistema tem por finalidade buscar o 
equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.
Próximo passo para viabilizar a execução do orçamento é providenciar que os créditos or-
çamentários e os recursos financeiros estejam disponíveis para as unidades executoras.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
29 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Obs.: � Quando tratamos de orçamento, utilizamos o termo crédito, já quando a abordagem é 
financeira, utilizamos o termo recurso.
A transferência inicial de recursos financeiros do órgão central do Sistema Financeiro (STN) 
às unidades setoriais é conhecida como Cota. A transferência desses recursos aos órgãos da 
mesma estrutura é conhecida como Sub-repasse. Já quando o recurso é transferido para outro 
órgão orçamentário essa transação é conhecida como Repasse.
Vamos lá...
Para os Créditos Orçamentários os nomes são outros. Dotação é a transferência do crédito 
inicial (podemos dizer que o crédito é o portador da dotação). Provisão é a descentralização 
interna de orçamento. E Destaque é a descentralização para outro órgão.
Então vamos lá de novo:
Na descentralização orçamentária entre órgãos e/ou entidades que integram o orçamento fis-
cal e da seguridade social são mantidas as classificações institucional, funcional, programáti-
ca e econômica da despesa. Essas classificações serão vistas na aula sobre despesa pública.
Importante trazer também o que diz o art. 66 da Lei 4.320/64. Veja:
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias poderão quando expressamen-
te determinado na Lei de Orçamento ser movimentadas por órgãos centrais de administração geral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
30 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal, de uma para 
outra unidade orçamentária, quando considerada indispensável à movimentação de pessoal dentro 
das tabelas ou quadros comuns às unidades interessadas, a que se realize em obediência à legis-
lação específica.
Ainda quanto a descentralização de créditos, importante também fazer referência ao De-
creto n. 10.426/2020, que dispõe sobre a descentralização de créditos entre órgãos e entida-
des da administração pública federal integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade So-
cial da União, por meio da celebração de termo de execução descentralizada- TED. De acordo 
com o referido decreto:
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
I – termo de execução descentralizada - TED - instrumento por meio do qual a descentralização de 
créditos entre órgãos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da 
União é ajustada, com vistas à execução de programas, de projetos e de atividades, nos termos es-
tabelecidos no plano de trabalho e observada a classificação funcional programática;
E se o orçamento não foi aprovado, como fica a execução? Anualmente, a LDO aprovada prevê 
que, nos casos de a proposta orçamentária anual não for aprovada no prazo estipulado, algu-
mas despesas de caráter inadiáveis e outras que são elencadas na LDO poderão ser executa-
das até que o projeto seja aprovado.
É o que diz o art. 65 da LDO 2021. Veja:
Art. 65. Na hipótese de a Lei Orçamentária de 2021 não ser publicada até 31 de dezembro de 2020, 
a programação constante do Projeto de Lei Orçamentária de 2021 poderá ser executada para o 
atendimento de:
(Vejamos alguns exemplos):
• ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil ou relativas a 
operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO);
• concessão de financiamento ao estudante;
• outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor pre-
visto, multiplicado pelo número de meses decorridos até a publicação da respectiva Lei.
3.4. controle
O Controle e Avaliação são classificados dependendo do órgão ou entidade que exerce a 
fiscalização. Assim, quando o controlador for do mesmo Poder, o controle será considerado 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
31 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
interno (CGU controlando o MEC), quando o controle for realizado por uma entidade externa 
aquele Poder (TCU controlando o MEC), o controle será externo.
Apesar de ser considerado a última etapa do ciclo orçamentário, o controle e avaliação do 
orçamento não precisam esperar o fim da execução orçamentária para acontecer. Atualmente, 
o controle pode ser prévio (antes), concomitante (durante) ou posterior (depois) à execução do 
orçamento.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das 
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, 
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional (com 
auxílio do Tribunal de Contas da União - TCU), mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder.
O TCU é responsável por apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da 
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em 60 dias a contar de seu 
recebimento.
O julgamento das contas do Presidente será realizado pelo CN. Já em relação aos admi-
nistradores e demais responsáveis por dinheiros, o julgamento será feito pelo próprio tribunal.
Quanto ao controle interno, cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) deve 
manter uma estrutura de controle interno, que, como o próprio nome já indica, se refere à fiscali-
zação dos atos de cada Poder, por uma unidade ou sistema dentro da estrutura daquele Poder.
O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (Lei n. 10.180/01) visa à avaliação 
da ação governamental e da gestão dos administradores públicos federais, por intermédio da 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, e a apoiar o controle 
externo no exercício de sua missão institucional.
Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal a Controladoria Geral da 
União (CGU), como órgão central, e os órgãos setoriais. Na Lei n. 10.180/01, a função de órgão 
central é atribuída à Secretaria Federal de Controle Interno, no entanto, atualmente, essa faz 
parte da estrutura da CGU.
São objetivos do Controle Interno:
• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos progra-
mas de governo e dos orçamentos da União;
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, 
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
32 de 75www.grancursosonline.com.br
Orçamento na CF
ORÇAMENTO PÚBLICO
Allan Mendes e Vinícius Ribeiro
As pessoas responsáveis pelo controle interno de cada Poder, ao tomarem conhecimento 
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao TCU, sob pena de responsa-
bilidade solidária.
Obs.: � A responsabilidade solidária se contrapõe à responsabilidade subsidiária. Na subsidi-
ária, o responsável tem o benefício de ordem. E o que significa isso? Significa que o 
responsável subsidiário só será cobrado após a cobrança do responsável principal. No 
caso da solidária, como não há benefício de ordem, o responsável solidário poderá ser 
cobrado primeiro, não há ordem de cobrança.
 � Desta forma, caso o servidor da área de controle interno não comunique uma irre-
gularidade ao TCU, poderá vir a ressarcir os cofres públicos, independentemente da 
cobrança do responsável pela irregularidade.
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato também poderá denunciar irre-
gularidades e ilegalidades ao TCU. Atenção! Diferentemente da pessoa responsável pelo con-
trole interno, que é obrigado a fazer essa comunicação, para essas outras pessoas, trata-se de 
faculdade, não havendo responsabilização pela sua inércia.
Vejamos as disposições sobre controle trazidas pela Lei 4.320/64:
TÍTULO VIII
Do Contrôle da Execução Orçamentária
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 75. O contrôle da execução orçamentária compreenderá:
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o 
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em têrmos monetários e em têrmos de reali-
zação de obras e prestação de serviços.
CAPÍTULO II
Do Contrôle Interno
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de contrôle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo 
das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante 
e subseqüente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de 
gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os 
responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legis-
lação, caberá o contrôle estabelecido no inciso III do artigo 75.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para OSORIO BATISTA FABRO - 06494912974, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
33 de 75www.grancursosonline.com.br

Continue navegando