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Ação civil pública

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AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
(LEI Nº 7.347/85) 
 CONCEITO: Ação destinada a proteger 
interesses difusos ou coletivos, 
responsabilizando quem comete danos contra 
os bens tutelados; 
 HIPÓTESES LEGAIS (art. 1º): 
 Meio ambiente; 
 Consumidor; 
 Bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico; 
 Qualquer outro interesse difuso ou coletivo; 
 Infração da ordem econômica; 
 Ordem urbanística; 
 Honra e à dignidade de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos; 
 Patrimônio público e social 
 §ú – Exclusão da ACP nos casos de 
pretensões que envolvam: 
▫ Tributos; 
▫ Contribuições previdenciárias; 
▫ FGTS; 
▫ Fundos de natureza institucional cujos 
beneficiários possam ser 
individualmente determinados. 
 COMPETÊNCIA (art. 2º): Local onde ocorreu o 
dano; 
 PEDIDOS E TIPOS DE TUTELA (art. 3º e 4º): 
Prestação pecuniária, fazer ou não fazer  
Podem ser cumuladas; 
 LEGITIMIDADE (art. 5º, 6º e 7º): 
 MP; 
 DP; 
 União, Estados, DF e Municípios; 
 Autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista; 
 Associação que esteja constituída há pelo 
menos 1 ano e que inclua, entre suas 
finalidades institucionais, a proteção ao 
patrimônio público e social, ao meio 
ambiente, ao consumidor, à ordem 
econômica, à livre concorrência, aos 
direitos de grupos raciais, étnicos ou 
religiosos ou ao patrimônio artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 Qualquer pessoa, servidor público, juízes e 
tribunais que tiverem conhecimento de 
fatos que possam ensejar a propositura da 
ação civil, remeterão peças ao Ministério 
Público para as providências cabíveis; 
 Se o MP não intervir no processo como 
parte, ele atuará obrigatoriamente como 
fiscal da lei; 
 Titularidade ativa do MP: Em caso de 
desistência infundada ou abandono da 
ação, o MP é o responsável por assumir; 
 Litisconsórcio facultativo: Entre os MPU, 
DF e dos Estados na defesa dos interesses 
e direitos protegidos pela ação civil pública 
 PETIÇÃO INICIAL (art. 8º): 
 Interessado requer perante as autoridades 
competentes as certidões e informações 
que julgar necessária  Prazo de 15 d.; 
 O MP poderá instaurar inquérito civil ou 
requerer a qualquer organismo público ou 
particular (certidões, informações, exames, 
perícias)  Prazo não inferior a 10 d. úteis; 
 As certidões ou informações requisitadas 
não podem ser negadas, salvo nos casos 
em que a lei impuser sigilo, hipótese em 
que a ação poderá ser proposta 
desacompanhada daqueles documentos, 
cabendo ao juiz requisitá-los. 
 INQUÉRITO CIVIL OU PEÇAS 
INFORMATIVAS (art. 9º): 
 Arquivamento: Se o MP se convencer da 
inexistência de fundamento para a 
propositura da ação civil, ele promoverá o 
arquivamento; 
 Remessa ao Conselho Superior do MP: 
Os autos arquivados são remetidos ao 
Conselho, sob pena de falta grave  Prazo 
3 d.; 
▫ Cabe ao Conselho o ajuizamento ou 
não da ação; 
 Em sessão do Conselho pode ser 
homologada ou rejeitada a efetuação do 
arquivamento; 
 Após esses trâmites, caso o MP entenda 
que há provas dos danos, ele deverá ajuizar 
a ACP. 
 CRIME (art. 10): Recusa, retardamento ou 
omissão de dados técnicos indispensáveis à 
propositura da ACP, quando requisitados pelo 
MP  Reclusão de 1 a 3 anos; 
 TUTELA ESPECÍFICA E TUTELA 
PROVISÓRIA (art. 11, 12 e 1.070-CPC): 
 Art. 11: Na ação de obrigação de fazer ou 
não fazer, o juiz determinará o cumprimento 
da prestação da atividade devida ou a 
cessação da atividade nociva, sob pena de 
execução específica, ou de cominação de 
multa diária, independentemente de 
requerimento do autor; 
 Art. 12: O juiz pode conceder mandado 
liminar, com ou sem justificação prévia; 
▫ §1º: O Presidente do TJ poderá 
suspender a execução da liminar, a 
requerimento da PJ de direito 
público interessada  Evitar grave 
lesão; 
▫ Dessa decisão cabe agravo no 
prazo de 15 d.; 
▫ §2º: A multa aplicada em face de 
decisão liminar, será após o trânsito 
em julgado da decisão favorável ao 
autor  Mas será devida desde o 
dia em que se houver configurado o 
descumprimento. 
 CONDENAÇÃO EM DINHEIRO (art. 13): Se 
houver condenação em $$ indenização pelo 
dano causado reverterá a um fundo gerido por 
um Conselho Federal ou por Conselhos 
Estaduais, de que participarão 
necessariamente o MP e representantes da 
comunidade  Sendo seus recursos 
destinados à reconstituição dos bens lesados; 
 Acordo ou condenação com fundamento 
em dano causado por ato de 
discriminação étnica: A prestação em $$ 
reverterá diretamente ao fundo relacionado 
a este tema  Utilizada para ações de 
promoção da igualdade étnica 
 EFEITO SUSPENSIVO (art. 14 e 15): Para 
evitar dano irreparável à parte; 
 Após 60 dias do trânsito em julgado da 
sentença condenatória, caso não haja a sua 
execução pela associação autora, o MP 
deverá fazê-la. 
 EFEITO DA SENTENÇA (art. 16): A sentença 
da ACP faz coisa julgada erga omnes, nos 
limites da competência territorial do órgão 
prolator 
 MÁ-FÉ (art. 17): Se houver má-fé na 
proposição da ACP, a associação autora e os 
diretores responsáveis pela propositura da 
ação serão solidariamente condenados em 
honorários advocatícios e ao décuplo das 
custas, sem prejuízo da responsabilidade por 
perdas e danos.

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