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LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA - com Jurisprudência e grifada

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LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
G r i f a d a e c o m J u r i s p r u d ê n c i a 
( D i z e r o D i r e i t o ) 
 
Elaborada por Giovanna Calvano 
Presidência da Re-
pública 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Ju-
rídicos 
LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. 
Texto compilado 
Mensagem de veto 
(Vide Lei nº 9.008, de 
1995) 
(Vide Lei nº 9.240, de 
1995) 
(Vide Lei nº 13.004, de 
2014) 
Disciplina a ação civil pública 
de responsabilidade por da-
nos causados ao meio-ambi-
ente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, esté-
tico, histórico, turístico e pai-
sagístico (VETADO) e dá ou-
tras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem pre-
juízo da ação popular, as ações de responsabilidade 
por danos morais e patrimoniais causados: (Redação 
dada pela Lei nº 12.529, de 2011). 
l - ao meio-ambiente; 
ll - ao consumidor; 
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histó-
rico, turístico e paisagístico; 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Inclu-
ído pela Lei nº 8.078 de 1990) 
V - por infração da ordem econômica; (Redação dada 
pela Lei nº 12.529, de 2011). 
VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisó-
ria nº 2.180-35, de 2001) 
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos 
ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de 2014) 
VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei 
nº 13.004, de 2014) 
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública 
para veicular pretensões que envolvam tributos, 
contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza 
institucional cujos beneficiários podem ser individual-
mente determinados. (Incluído pela Medida provisória 
nº 2.180-35, de 2001) 
O Ministério Público tem legitimidade para a propositura 
de ação civil pública em defesa de direitos sociais rela-
cionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
(FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. Ale-
xandre de Moraes, julgado em 9/10/2019 (repercussão 
geral – Tema 850) (Info 955). 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no 
foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá com-
petência FUNCIONAL para processar e julgar a causa. 
(SEMPRE EM 1ª INSTÃNCIA) 
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a ju-
risdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a MESMA CAUSA DE PEDIR 
ou o MESMO OBJETO. (Incluído pela Medida provisó-
ria nº 2.180-35, de 2001) 
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação 
em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou 
não fazer. 
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins 
desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patri-
mônio público e social, ao meio ambiente, ao consumi-
dor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou 
religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos 
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisa-
gístico. (Redação dada pela Lei nº 13.004, de 2014) 
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e 
a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 
2007). 
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 
11.448, de 2007). 
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 
11.448, de 2007). 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou socie-
dade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, 
de 2007). 
V - a associação que, concomitantemente: (Incluído 
pela Lei nº 11.448, de 2007). 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos ter-
mos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). 
b) (Pertinência temática) inclua, entre suas finalidades 
institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, 
ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.347-1985?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347Compilada.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Mvep359-85.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/%C2%A7L9008.htm#art1%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/%C2%A7L9008.htm#art1%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9240.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9240.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Mvep359-85.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art110
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art110
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12966.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2180-35.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11448.htm#art2
à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, ét-
nicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada 
pela Lei nº 13.004, de 2014) 
 
Os Conselhos Seccionais da OAB podem ajuizar ACP 
em relação aos temas que afetem a sua esfera local 
(art. 45, § 2º, da Lei nº 8.906/84). STJ. 2ª Turma. REsp 
1351760/PE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 
26/11/2013. 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo 
como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras asso-
ciações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-
se como LITISCONSORTES de qualquer das partes. 
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da 
ação por associação legitimada, o Ministério Público ou 
outro legitimado ASSUMIRÁ A TITULARIDADE 
ATIVA. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) 
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispen-
sado pelo juiz, quando haja MANIFESTO INTERESSE 
SOCIAL evidenciado pela dimensão ou característica 
do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser pro-
tegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) 
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os 
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e 
dos Estados na defesa dosinteresses e direitos de que 
cuida esta lei. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 
11.9.1990) (Vide Mensagem de veto) 
§ 6° (TAC) Os órgãos públicos legitimados poderão to-
mar dos interessados compromisso de ajustamento de 
sua conduta às exigências legais, mediante comina-
ções, que terá eficácia de título executivo EXTRAJUDI-
CIAL. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (Vide 
Mensagem de veto) 
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público de-
verá provocar a iniciativa do Ministério Público, minis-
trando-lhe informações sobre fatos que constituam ob-
jeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de con-
vicção. 
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e 
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam 
ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao 
Ministério Público para as providências cabíveis. 
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá re-
querer às autoridades competentes as certidões e in-
formações que julgar necessárias, a serem fornecidas 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 1º O Ministério Público (EXCLUSIVAMENTE) poderá 
instaurar, sob sua presidência, INQUÉRITO CIVIL, ou 
requisitar, de qualquer organismo público ou particular, 
certidões, informações, exames ou perícias, no prazo 
que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) 
dias úteis. 
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, 
poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em 
que a ação poderá ser proposta desacompanhada da-
queles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. 
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas to-
das as diligências, se convencer da inexistência de fun-
damento para a propositura da ação civil, promoverá o 
ARQUIVAMENTO dos autos do inquérito civil ou das 
peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de infor-
mação arquivadas serão remetidos, sob pena de se in-
correr em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Con-
selho Superior do Ministério Público (CSMP). (tem 
que homologar o arquivamento) 
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Mi-
nistério Público, seja homologada ou rejeitada a promo-
ção de arquivamento, poderão as associações legitima-
das apresentar razões escritas ou documentos, que se-
rão juntados aos autos do inquérito ou anexados às pe-
ças de informação. 
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a 
exame e deliberação do Conselho Superior do Minis-
tério Público, conforme dispuser o seu Regimento. 
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a 
promoção de arquivamento, designará, desde logo, 
outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento 
da ação. 
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão 
de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 
1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Naci-
onal - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão 
de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação 
civil, quando requisitados pelo Ministério Público. 
Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento 
de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará 
o cumprimento da prestação da atividade devida ou a 
cessação da atividade nociva, sob pena de execução 
específica, ou de cominação de multa diária, se esta 
for suficiente ou compatível, independentemente de re-
querimento do autor. 
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com 
ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. 
§ 1º (“SUSPENSÃO DA SEGURANÇA”) A requeri-
mento de pessoa jurídica de direito público interes-
sada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à se-
gurança e à economia pública, poderá o Presidente do 
Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo 
recurso suspender a execução da liminar, em deci-
são fundamentada, da qual caberá agravo para uma 
das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a par-
tir da publicação do ato. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13004.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art113
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art113
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art113
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art113
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art92p
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do 
réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao 
autor, mas será devida desde o dia em que se houver 
configurado o descumprimento. 
Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indeni-
zação pelo dano causado reverterá a um fundo gerido 
por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais 
de que participarão necessariamente o Ministério Pú-
blico e representantes da comunidade, sendo seus re-
cursos destinados à reconstituição dos bens lesa-
dos. (Regulamento) (Regulamento) (Regula-
mento) 
§ 1o. Enquanto o fundo não for regulamentado, o di-
nheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de 
crédito, em conta com correção monetária. (Renume-
rado do parágrafo único pela Lei nº 12.288, de 2010) 
§ 2o Havendo acordo ou condenação com fundamento 
em dano causado por ato de discriminação étnica nos 
termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em 
dinheiro reverterá diretamente ao fundo de que trata 
o caput e será utilizada para ações de promoção da 
igualdade étnica, conforme definição do Conselho Na-
cional de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese 
de extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção 
de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses 
de danos com extensão regional ou local, respectiva-
mente. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigên-
cia) 
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos 
recursos, para evitar dano irreparável à parte. 
Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em jul-
gado da sentença condenatória, sem que a associação 
autora lhe promova a execução, DEVERÁ fazê-lo o MI-
NISTÉRIO PÚBLICO, facultada igual iniciativa aos de-
mais legitimados. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 
1990) 
Art. 16. (INCONSTITUCIONAL) A sentença civil fará 
coisa julgada erga omnes, nos limites da competência 
territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for jul-
gado improcedente por insuficiência de provas, hipó-
tese em que qualquer legitimado poderá intentar outra 
ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova 
prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997) 
I - É inconstitucional o art. 16 da Lei nº 7.347/85, alte-
rada pela Lei nº 9.494/97. 
 
1 Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Fede-
ral, é competente para a causa a justiça local: II - no 
foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, 
para os danos de âmbito nacional ou regional, apli-
cando-se as regras do Código de Processo Civil aos 
casos de competência concorrente. 
 
II - Em se tratando de ação civil pública de efeitos naci-
onais ou regionais, a competência deve observar o art. 
93, II1, da Lei nº 8.078/90 (CDC). 
III - Ajuizadas múltiplas ações civis públicas de âmbito 
nacional ou regional, firma-se a prevenção do juízo que 
primeiro conheceu de uma delas, para o julgamento de 
todas as demandas conexas. 
STF. Plenário. RE 1101937/SP, Rel. Min. Alexandre de 
Moraes, julgado em 7/4/2021 (Repercussão Geral – 
Tema 1075) (Info 1012). 
Sen-
tença 
Difusos Coletivos 
Individuais 
homogêneos 
P
ro
c
e
-
d
e
n
te
 Fará coisa jul-
gada 
erga omnes. 
Fará coisa jul-
gada 
ultra partes. 
Fará coisa jul-
gada 
erga omnes.2 
Im
p
ro
c
e
d
e
n
te
 c
o
m
 e
x
a
m
e
 
d
e
 p
ro
v
a
s
 
Fará coisa jul-
gada erga 
omnes. 
 
Impede nova 
ação coletiva. 
 
O lesado pode 
propor ação 
individual. 
Farácoisa jul-
gada ultra 
partes. 
 
Impede nova 
ação coletiva. 
 
O lesado pode 
propor ação 
individual. 
Impede nova 
ação coletiva. 
 
O lesado pode 
propor ação 
individual se 
não partici-
pou da ação 
coletiva (por 
opt in3). 
Im
p
ro
c
e
d
e
n
te
 p
o
r 
fa
lt
a
 d
e
 
p
ro
v
a
s
 
Não fará coisa 
julgada erga 
omnes. 
 
Qualquer le-
gitimado 
pode propor 
nova ação co-
letiva, desde 
que haja prova 
nova. 
Não fará coisa 
julgada erga 
omnes. 
 
Qualquer le-
gitimado 
pode propor 
nova ação co-
letiva, desde 
que haja prova 
nova. 
Impede nova 
ação coletiva.4 
 
O lesado pode 
propor ação 
individual se 
não partici-
pou da ação 
coletiva. 
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação 
autora e os diretores responsáveis pela propositura da 
ação serão solidariamente condenados em honorários 
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da 
responsabilidade por perdas e danos. (Renumerado do 
Parágrafo Único com nova redação pela Lei nº 8.078, 
de 1990) 
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adi-
antamento de custas, emolumentos, honorários 
2 CDC estabeleceu que a coisa julgada coletiva es-
tende os seus efeitos ao plano individual (in utilibus): o 
indivíduo poderá valer-se da coisa julgada coletiva 
para proceder à liquidação dos seus prejuízos e pro-
mover a execução da sentença (art. 103, 3º). 
3 Quando o lesado pede a suspensão de sua ação in-
dividual – art. 104, CDC. 
4 MEDICAMENTO VIOXX - REsp 1302596/SP 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D92302.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0407.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D1306.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D1306.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art62
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art65
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art65
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9494.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art115
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art115
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art115
periciais e quaisquer outras despesas, nem condena-
ção da associação autora, salvo comprovada má-fé, em 
honorários de advogado, custas e despesas processu-
ais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) 
Nas ações civis públicas, o Ministério Público tem 
o dever de antecipar os honorários devidos a pe-
rito? NÃO. Não é possível se exigir do Ministério Pú-
blico o adiantamento de honorários periciais em ações 
civis públicas. Mas o perito irá trabalhar de graça? 
NÃO. A referida isenção conferida ao Ministério Público 
em relação ao adiantamento dos honorários periciais 
não pode obrigar que o perito exerça seu ofício gratui-
tamente. Da mesma forma, não se pode transferir ao 
réu o encargo de financiar ações contra ele movidas. 
Dessa forma, a solução é aplicar, por analogia, a Sú-
mula 232 do STJ: "A Fazenda Pública, quando parte 
no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio 
dos honorários do perito". 
Assim, nas perícias requeridas pelo Ministério Público 
nas ações civis públicas, cabe à Fazenda Pública à 
qual se acha vinculado o Parquet arcar com o adi-
antamento dos honorários periciais. 
STJ. 2ª Turma. AgInt-RMS 59.276/SP. Rel. Min. Mauro 
Campbell Marques, julgado em 28/03/2019. 
STJ. 1ª Turma. AgInt-RMS 59.235/SP. Relª Minª Re-
gina Helena Costa, julgado em 25/03/2019. 
STJ. 1ª Turma. AgInt-RMS 61.877/SP, Rel. Min. Sérgio 
Kukina, julgado em 16/12/2019. 
A parte que foi vencida em ação civil pública não tem 
o dever de pagar honorários advocatícios em favor 
do autor da ação. A justificativa para isso está no prin-
cípio da simetria. isso porque se o autor da ACP perder 
a demanda, ele não irá pagar honorários advocatícios, 
salvo se estiver de má-fé (art. 18 da Lei nº 7.347/85). 
Logo, pelo princípio da simetria, se o autor vencer a 
ação, também não deve ter direito de receber a verba. 
STJ. Corte Especial. EAREsp 962250/SP, Rel. Min. Og 
Fernandes, julgado em 15/08/2018. 
Existe precedente do STJ que faz uma ressalva: se a 
ação tiver sido proposta associações e fundações pri-
vadas e a demanda tiver sido julgada procedente, neste 
caso, o demandado terá sim que pagar honorários ad-
vocatícios. Assim, o entendimento do STJ manifestado 
no EAREsp 962.250/SP "não se deve aplicar a deman-
das propostas por associações e fundações privadas, 
pois, do contrário, barrado de fato estaria um dos obje-
tivos mais nobres e festejados da Lei 7.347/1985, ou 
seja, viabilizar e ampliar o acesso à justiça para a soci-
edade civil organizada." (STJ. 2ª Turma. REsp 
1796436/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
09/05/2019). 
Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta Lei, 
o Código de Processo Civil, aprovado pela Lei nº 5.869, 
de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie 
suas disposições. 
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será 
regulamentado pelo Poder Executivo no prazo de 90 
(noventa) dias. (Regulamento) 
Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses 
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os 
dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de 
Defesa do Consumidor. (Incluído Lei nº 8.078, de 
1990) 
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publica-
ção. (Renumerado do art. 21, pela Lei nº 8.078, de 
1990) 
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. (Re-
numerado do art. 22, pela Lei nº 8.078, de 1990) 
Brasília, em 24 de julho de 1985; 164º da Independên-
cia e 97º da República. 
JOSÉ SARNEY 
Fernando Lyra 
Este texto não substitui o publicado no DOU 
de 25.7.1985 
* 
Se uma associação ajuizou ACP, na condição de 
SUBSTITUTA PROCESSUAL, e obteve sentença 
coletiva favorecendo os substituídos, todos os be-
neficiados possuem legitimidade para a execução 
individual, mesmo que não sejam filiados à as-
sociação autora. STJ. 2ª Seção. REsp 
1.438.263/SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, jul-
gado em 24/03/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 
948) (Info 694). 
 
Admite-se emenda à inicial de ação civil pública, 
em face da existência de pedido genérico, ainda 
que já tenha sido apresentada a contestação. STJ. 
4ª Turma.REsp 1279586-PR, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, julgado em 03/10/2017 (Info 615). 
 
É devido o recolhimento inicial de custas judi-
ciais no âmbito de LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
COLETIVA genérica, proposta por associação, 
em nome de titulares de direito material especí-
fico e determinado. A sistemática conferida pelo 
art. 18 da LACP e pelo art. 87 do CDC aplica-se à 
fase de conhecimento. No entanto, tais benefí-
cios não incidem na liquidação individual e/ou 
cumprimento individual da sentença coletiva 
que forem instaurados, em legitimidade ordinária, 
pelos titulares do direito material em nome próprio, 
com a formação de novos processos tantos quan-
tos forem as partes requerentes, visto que sobres-
sai, nesse momento processual, o interesse 
meramente privado de cada parte beneficiada 
pelo título judicial genérico. REsp 1.637.366-SP, 
Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, 
por unanimidade, julgado em 05/10/2021, DJe 
11/10/2021. (INFO 713) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art116
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D1306.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#tituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#tituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art117http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art117
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm#art117
Tese A) Prevalecem sobre quaisquer outras 
normas locais, primárias ou secundárias, le-
gislativas ou administrativas, as seguintes 
competências de foro: 
i) em regra, do local do dano, para ação civil pú-
blica (art. 2º da Lei n. 7.347/1985); 
ii) ressalvada a competência da Justiça Federal, 
em ações coletivas, do local onde ocorreu ou deva 
ocorrer o dano de impacto restrito, ou da capital do 
estado, se os danos forem regionais ou nacionais, 
submetendo-se ainda os casos à regra geral do 
CPC, em havendo competência concorrente (art. 
93, I e II, do CDC). 
 
Tese B) São absolutas as competências: 
i) da Vara da Infância e da Juventude do local onde 
ocorreu ou deva ocorrer a ação ou a omissão, para 
as causas individuais ou coletivas arroladas no 
ECA, inclusive sobre educação e saúde, ressalva-
das a competência da Justiça Federal e a compe-
tência originária dos tribunais superiores (arts. 
148, IV, e 209 da Lei n. 8.069/1990 e Tese n. 
1.058/STJ); 
ii) do local de domicílio do idoso nas causas indivi-
duais ou coletivas versando sobre serviços de sa-
úde, assistência social ou atendimento especiali-
zado ao idoso portador de deficiência, limitação in-
capacitante ou doença infectocontagiosa, ressal-
vadas a competência da Justiça Federal e a com-
petência originária dos tribunais superiores (arts. 
79 e 80 da Lei n. 10.741/2003 e 53, III, e, do 
CPC/2015); 
iii) do Juizado Especial da Fazenda Pública, nos 
foros em que tenha sido instalado, para as causas 
da sua alçada e matéria (art. 2º, § 4º, da Lei n. 
12.153/2009); 
iv) nas hipóteses do item (iii), faculta-se ao autor 
optar livremente pelo manejo de seu pleito contra 
o estado no foro de seu domicílio, no do fato ou 
ato ensejador da demanda, no de situação da 
coisa litigiosa ou, ainda, na capital do estado, ob-
servada a competência absoluta do Juizado, se 
existente no local de opção (art. 52, parágrafo 
único, do CPC/2015, c/c o art. 2º, § 4º, da Lei n. 
12.153/2009). 
 
Tese C) A instalação de vara especializada não 
altera a competência prevista em lei ou na 
Constituição Federal, nos termos da Súmula n. 
206/STJ ("A existência de vara privativa, instituída 
por lei estadual, não altera a competência territo-
rial resultante das leis de processo."). A previsão 
se estende às competências definidas no presente 
IAC n. 10/STJ. 
(...) 
REsp 1.896.379-MT, Rel. Min. Og Fernandes, Pri-
meira Seção, por unanimidade, julgado em 
21/10/2021. (IAC 10) 
 
O PRAZO PARA O AJUIZAMENTO DA AÇÃO 
CIVIL PÚBLICA é de 5 anos, aplicando-se, por 
analogia, o prazo da ação popular (art.21 da-
Leinº4.717/65), considerando que as duas ações 
fazem parte do mesmo microssistema de tutela 
dos direitos difusos (REsp1070896/SC). 
 
O prazo de 5 (cinco) anos para o ajuizamento da 
ação popular não se aplica às ações coletivas de 
consumo. STJ. 3ª Turma. REsp 1.736.091-PE, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/05/2019 
(Info 648). 
 
PRAZO PRESCRICIONAL PARA AJUIZA-
MENTO DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL de sen-
tença proferida em ACP. No âmbito do Direito Pri-
vado, é de cinco anos o prazo prescricional para 
ajuizamento da execução individual em pedido de 
cumprimento de sentença proferida em Ação Civil 
Pública. STJ. 2ª Seção. REsp 1.273.643-PR, Rel. 
Min. Sidnei Beneti, julgado em 27/2/2013 (recurso 
repetitivo) (Info 515). 
 
Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legiti-
midade ativa para atuar na defesa de direitos difu-
sos, coletivos e individuais homogêneos dos con-
sumidores, ainda que decorrentes da prestação de 
serviço público. 
 
Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, de-
vem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis 
públicas propostas nesta e na Justiça estadual. 
 
Súmula 329-STJ: O Ministério Público tem legiti-
midade para propor ação civil pública em defesa 
do patrimônio público. 
 
Súmula 643-STF: O Ministério Público tem legiti-
midade para promover ação civil pública cujo fun-
damento seja a ilegalidade de reajuste de mensa-
lidades escolares.

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