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relatório fisiologia animal comparativa- raissa nyra (1)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA ANIMAL COMPARATIVA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: 
CONTROLE E INTEGRAÇÃO HORMONAL
Raissa Nyra da Silva Batista
São Luís
2020
Raissa Nyra da Silva Batista
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: 
CONTROLE E INTEGRAÇÃO HORMONAL
Relatório apresentado a disciplina de Fisiologia Animal Comparativa, ministrada pela professora Isabel Dias, para obtenção parcial de nota.
São Luís
2020
1 INTRODUÇÃO
Atividades fisiológicas e até mesmo bioquímicas estão envolvidas na manutenção de um estado de homeostasia visando à sobrevivência do seres vivos. Mudanças nesse estado de equilíbrio são notadas e vários sistemas são ativados, inclusive o sistema endócrino, que tem como objetivo restabelecer esse estado de homeostasia (GELONEZE; LAMOUNIER; COELHO, 2006).
Nesse contexto, o sistema endócrino tem a função de coordenar e integrar a atividades das células em todo o organismo, através da regulação da função celular, orgânica e pela conservação da homeostasia (MOLINA, 2014). Além disso, a regulação endócrina é um caso especial de regulação química, que está presente em todos os seres vivos, e é tão antiga quanto a vida (LIEM et al.,2012).
O sistema endócrino é formado por glândulas que secretam substâncias na corrente sanguínea para atuarem em prol do bom funcionamento do organismo. Os hormônios são transportados pela corrente sanguínea e agem inibindo ou estimulando células, tecidos ou órgãos.Sendo assim, os hormônios são usados principalmente para regular o metabolismo,crescimento,metamorfose,mudanças lentas de cor de pele,balanço hídrico, desenvolvimento sexual, reprodução e manter a homeostase (LIEM et al.,2012).
 Insulina é um hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover a entrada de glicose nas células. Esta é também essencial no metabolismo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios. Durante o consumo de carboidratos, a glicemia sobe e a insulina é secretada pelo pâncreas para promover sua regulação. Então, tal hormônio promove o armazenamento de carboidratos, em forma de glicogênio, no fígado e nos tecidos musculares, onde serão utilizados como combustível para a atividade física.
 A insulina é produzida nas células beta das ilhotas de Langerhans, do pâncreas endócrino. Atua numa grande parte das células do organismo, como nas células presentes no fígado, em músculos e no tecido adiposo. 
2 OBJETIVOS
· Observar a ação do hormônio insulina pré e pós-prandial, através da aferição da glicemia.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
· Glicosímetro 
· Fitas glicêmicas
· Álcool em gel
· Algodão
· Bombons de chocolate
Inicialmente, foi verificada a glicemia por meio do glicosímetro (primeira medição). Após essa verificação, foi realizada a ingestão de doce à base de chocolate ao leite. 
Em média, 15 minutos após o consumo, foi feita nova verificação da glicemia (segunda medição). Posteriormente, duas horas após o consumo, realizou-se novamente a aferição da glicemia (terceira medição).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente obteve-se 97 mg/dL de glicose no sangue no período pré-prandial (que antecede a alimentação),já na segunda medição houve um aumento na glicemia como expressa o quadro 1,porém esse resultado já era esperado, visto que alimentos ricos em carboidratos aumentam os níveis glicêmicos.Na terceira medição percebeu-se a diminuição da glicemia.Dessa forma, se a concentração sanguínea de glicose aumentar acima do normal, a insulina será liberada para metabolizar o açúcar no sangue para a produção de energia,a captação de glicose pelos músculos e a formação do glicogênio serão estimuladas e a glicemia voltará a diminuir como visto na terceira medição (SCHMIDT-NIELSEN, 2002). 
Quadro 1.Registros da glicemia pré e pós-prandial obtidos no vídeo. 
	Glicemia pré-prandial 
(1ª medição)
	Glicemia pós-prandial (2ª medição)
	Glicemia pós-prandial (3ª medição)
	97 mg/dL
	111 mg/dL
	95mg/dL
Fonte: elaborado pelo autor, 2020
Além disso, a insulina é um dos principais hormônios envolvidos na regulação homeostática da glicose no sangue. A mesma é produzida no pâncreas (que é considerado uma glândula mista por possuir tanto uma parte exócrina quanto endócrina) nas ilhotas de Langerhans, mais especificamente nas células betas. O efeito mais evidente da insulina é a estimulação da formação e deposição do glicogênio no músculo e fígado a partir da glicose no sangue (SCHMIDT-NIELSEN, 2002). 
O segundo hormônio envolvido com regulação homeostática da glicose no sangue é o glucagon, o mesmo é produzido nas células alphas nas ilhotas de Langerhans.O glucagon é secretado quando a glicose no sangue diminui, nesse sentido,as células alphas liberam o glucagon na circulação sanguínea onde ele se liga aos receptores nas células-alvo ativando vias que causam a liberação de glicose elevando os níveis glicêmicos (MOYES;SCHULTE, 2010).
Nesse contexto, pode-se dizer que a insulina e o glucagon ilustram o princípio de controle antagonista, pois a insulina tem sua atuação voltada para a absorção de glicose pelas células musculares e do fígado,diminuindo assim a glicose no sangue, enquanto o glucagon aumenta a liberação hepática de glicose nos líquidos corporais circulantes, portanto, um hormônio aumenta a atividade de produção de glicose e outro diminui (MOYES;SCHULTE, 2010).
Dessa maneira, nota-se que muitas funções fisiológicas estão sob controle do sistema endócrino ou são influenciadas pelas ações dos hormônios. Além disso, o sistema endócrino é formado por glândulas que produzem hormônios que atuam na reprodução, equilíbrio hídrico, crescimento, produção de leite, quantidade de cálcio no sangue e no metabolismo dos carboidratos como observado no experimento da glicemia (BRITES, 2013).
Existe uma grande quantidade de hormônios produzidos pelo corpo que vão ter atividades fisiológicas das mais diversas. Assim, pode-se citar outras situações importantes, além da síntese de insulina e glucagon ,como a produção do hormônio Antidiurético (vasopressina), que é sintetizado na hipófise posterior e está relacionado com a inibição da perda de água no corpo, além de ter a capacidade de causar a constrição dos vasos sanguíneos em todo o corpo e elevar a pressão arterial quando ele está em alta concentração.Outro exemplo importante, é a regulação da glândula paratireóide , que está localizada na face posterior da tireóide na extremidade dos lóbulos e faz a produção do paratormônio que controla (aumenta) a concentração de íons cálcio no líquido extracelular e desencadeia várias atividades fisiológicas como: estimular a absorção de cálcio;aumentar a reabsorção de cálcio pelos rins; diminuir a eliminação pela urina e liberar o cálcio dos ossos.
5 CONCLUSÃO
Através dos vídeos foi possível correlacionar o conteúdo teórico com a aula prática e observar a ação do hormônio da insulina pré e pós-prandial, como ela atua, onde é produzida e entender sua relação com sistema endócrino. Além de estudar os mecanismos de produção de hormônios nos seres vivos. Por fim, conclui-se que o sistema endócrino é essencial para o bom funcionamento do corpo, regulando e controlando todas as funções do organismo, em conjunto com o sistema nervoso. Sendo o sistema endócrino responsável pela produção dos hormônios que são substâncias químicas produzidas por uma parte do corpo que atua no sentido de ajudar no controle de alguma função em outra parte.
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REFERÊNCIAS
ALVES, N. et al . Práticas inovadoras no processo ensino aprendizagem de fisiologia humana. Revista Contexto & Saúde, Ijuí, v. 10, n. 20, p. 1227-1232, 2011. 
BARROS, W. M. et al . Seminários didáticos: ferramenta de aproximação das disciplinas básicas com a prática profissional. Rev. Ciênc. Ext. v.8, n.3, p.127-141, 2012. 
BRITES,A.D.Sistema endócrino - Regulação e controle das funções do corpo.UOL.2013.Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/sistema-endocrino-regulacao-e-controle-das-funcoes-do-corpo.htm.Acesso
em: 11 de out. 2020.
GELONEZE, B.; LAMOUNIER, R.N.; COELHO, O. R. Hiperglicemia pós-prandial: tratamento do seu potencial aterogênico. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. Vol.87, n.5, São Paulo, nov. 2006.
GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. 
LIEM,K.F.et al. Anatomia Funcional dos Vertebrados: uma perspectiva evolutiva. 3 ed.São Paulo: Cengage, 2012.
LIMA, S. A.; SILVA, E. P. F.; PONTE, E. L. Aula prática de fisiologia humana voltada para o sistema endócrino e renal em quadra poliesportiva para os estudantes de nutrição relato de experiência. Arte e conhecimento em conexão, Fortaleza, 2017.
MOLINA; P.E.Fisiologia Endócrina.4 ed. New York: AMGH Editora Ltda, 2014.
MOYES,C.D.; SCHULTE, P.M.Princípios de Fisiologia Animal.2 ed. Porto Alegre: Artmed,2010.
SCHMIDT-NIELSEN,K. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente.5 ed.São Paulo:Santos, 2002.

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