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Infecções da pele

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Estrutura e função da pele
Área e espessura da pele Adulto médio: 1,9 m² de área–
Espessura: 0,05 a 3,0 mm–
Componentes da pele Epiderme: parte fina e externa–
Dermis: parte interna e espessa–
Epiderme Várias camadas de células epiteliais–
Stratum corneum: células mortas com queratina–
Barreira física contra micro-organismos–
Dermis Principalmente tecido conectivo–
Folículos pilosos e ductos das glândulas sudoríparas e de óleo–
Via de entrada para micro-organismos–
Transpiração Fornece umidade e nutrientes–
Contém sal, lisozima e peptídeos antimicrobianos–
Inibe alguns micro-organismos–
Sebo Secretado pelas glândulas sebáceas–
Composto de lipídios, proteínas e sais–
Impede ressecamento da pele e pelos–
Ácidos graxos inibem alguns patógenos–
Nutritivo para muitos micro-organismos–
Infecções da pele
 Página 1 de Medicina 2 
Membranas mucosas
Características Revestem cavidades do corpo–
Camadas de células epiteliais unidas–
Conectadas à membrana basal–
Funções Secretam muco–
Possuem cílios no sistema respiratório–
Prendem partículas e micro-organismos–
Expulsam do corpo–
Propriedades Ambiente ácido–
Limita população microbiana–
Olhos lavados pelas lágrimas com lisozima–
Destrói paredes celulares de bactérias–
Área de mucosa total Cerca de 400 m² em um ser humano médio–
Maior que a superfície da pele–
Microbiota normal da pele
Características Inóspita para maioria dos micro-organismos–
Suporta crescimento de certos micróbios–
Bactérias aeróbicas Produzem ácidos graxos a partir do sebo–
Inibem crescimento de outros micro-organismos–
Micro-organismos Resistentes ao ressecamento e sal–
 Página 2 de Medicina 2 
Micro-organismos 
resistentes
Resistentes ao ressecamento e sal–
Gram-positivos: estafilococos e micrococos–
Bactérias da pele Crescem em pequenos agrupamentos–
Lavagem diminui, mas não elimina–
Áreas úmidas do corpo Axilas e entre as pernas–
Maior quantidade de micróbios–
Responsáveis pelo odor corporal–
Difteroides Bacilos gram-positivos pleomórficos–
Propionibacterium acnes (anaeróbicos)–
Corynebacterium xerosis (aeróbicos)–
Levedura Malassezia 
furfur
Causa descamação da pele (caspa)–
Tratamento com xampus contendo cetoconazol, piritionato de 
zinco ou sulfeto de selênio
–
Ativos contra a levedura–
Doenças microbianas da pele
Lesões e erupções Nem sempre indicam infecção–
Podem ser doenças sistêmicas afetando órgãos internos–
Tipos de lesões Vesículas: pequenas, cheias de fluido–
Bolhas: diâmetro maior que 1 cm–
Máculas: lesões planas e avermelhadas–
Pápulas: lesões elevadas–
Pústulas: lesões elevadas com pus–
Classificação das doenças Baseado no órgão mais afetado: pele–
Erupções Exantema: erupção de pele causada por doença–
Enantema: erupções nas membranas mucosas–
Diagnóstico Baseado no surgimento de erupções–
Doenças bacterianas da pele
Causas frequentes Staphylococcus–
Streptococcus–
 Página 3 de Medicina 2 
Streptococcus–
Infecções superficiais Comuns na pele–
Causadas por estafilococos e estreptococos–
Adaptam-se bem às condições da pele–
Características das bactérias Enzimas invasivas–
Produção de toxinas–
Infecções de pele por estafilococos
Características dos 
estafilococos
Bactérias gram-positivas esféricas–
Formam agrupamentos irregulares–
Divididas em coagulase-positivas e coagulase-negativas–
Staphylococcus 
epidermidis 
(coagulase-
negativas)
Comuns na pele, cerca de 90% da microbiota normal–
Patogênicos apenas quando a barreira da pele é rompida–
Staphylococcus 
aureus 
(coagulase-
positivas)
Residente permanente das passagens nasais em 20% da população–
Pode sobreviver por meses nas superfícies–
Possui muitos fatores de virulência e meios de evadir as defesas do 
hospedeiro
–
Produz toxinas danosas–
Pode causar sepse e afetar o trato gastrintestinal–
Resistente a opsonização e a lisozima–
Difícil de tratar, cepas resistentes a antibióticos–
Infecções de pele 
causadas por S. 
aureus
Foliculite: espinhas ou pelos encravados–
Hordéolo: infecção do folículo piloso nos cílios–
Furúnculo: abscesso, região localizada de pus circundado por tecido 
inflamado
–
Carbúnculo: dano extensivo a tecidos vizinhos, massa endurecida e 
profundamente inflamada
–
Impetigo: infecção de pele altamente infecciosa, afeta principalmente 
crianças de 2 a 5 anos, dissemina por contato direto
–
Streptococcus 
pyogenes e 
infecções de pele
Impetigo
Causado por Streptococcus pyogenes e/ou Staphylococcus aureus–
Duas formas: não bolhoso (mais comum) e bolhoso–
Lesões curam sem tratamento e sem deixar cicatrizes–
Impetigo bolhoso e síndrome da pele escaldada estafilocócica
 Página 4 de Medicina 2 
Causados por toxina estafilocócica–
Toxina A: causa impetigo bolhoso–
Toxina B: causa síndrome da pele escaldada–
Surtos comuns em berçários de hospitais–
Síndrome do choque 
tóxico (SCT)
Potencialmente fatal–
Sintomas: febre, vômitos, erupções semelhantes a queimaduras 
solares, choque e falência de órgãos
–
Associada ao uso de tampões vaginais altamente absorventes–
Toxina da síndrome do choque tóxico 1 (TSCT-1) produzida e espalhada 
pela corrente sanguínea
–
Sintomas devido às propriedades superantigênicas da toxina–
SCT não menstrual ocorre após cirurgias nasais, incisões cirúrgicas e 
em mulheres que acabaram de dar à luz
–
Infecções de pele por estreptococos
Características 
dos 
estreptococos
Bactérias gram-positivas e esféricas–
Crescem em cadeias–
Causam diversas condições clínicas, como meningite, pneumonia, dor de 
garganta, otite média, endocardite, febre puerperal e cáries dentárias
–
Toxinas e 
enzimas 
produzidas
Hemolisina: lisa eritrócitos e outros tipos de células–
Categorização: alfa-hemolíticos, beta-hemolíticos e gama-hemolíticos (não 
hemolíticos)
–
Estreptococos 
beta-
hemolíticos e 
Streptococcus 
pyogenes
Associados a doenças humanas–
Subdivididos em grupos sorológicos (A a T)–
Streptococcus pyogenes: estreptococos do grupo A (GAS)–
Responsáveis por diversas doenças humanas, algumas fatais–
Mais de 80 tipos imunológicos baseados na proteína M–
Fatores de 
virulência
Proteína M: evita ativação do complemento e fagocitose; auxilia adesão e 
colonização das membranas mucosas
–
Cápsula de ácido hialurônico: pouco imunogênica, semelhante aos tecidos 
conectivos humanos
–
Estreptocinases: dissolvem coágulos sanguíneos–
 Página 5 de Medicina 2 
Estreptocinases: dissolvem coágulos sanguíneos–
Hialuronidase: degrada ácido hialurônico dos tecidos conectivos–
Deoxirribonucleases: degradam DNA–
Estreptolisinas: lisam eritrócitos e são tóxicas para neutrófilos–
Consequências 
das infecções
Podem ser localizadas ou destrutivas se atingirem tecidos mais profundos–
Erisipela: infecção da derme por S. pyogenes
Erupções avermelhadas com bordas elevadas–
Pode causar destruição de tecidos locais ou sepse–
Geralmente inicia na face, frequentemente precedida por dor de 
garganta estreptocócica
–
Febre alta comum–
Sensível a antibióticos β-lactâmicos, especialmente cefalosporina–
–
Infecções 
invasivas por 
estreptococos 
do grupo A
Aproximadamente 15.000 casos por ano nos EUA–
Inicia-se por pequenas rupturas na pele–
Sintomas precoces frequentemente ignorados–
Fascite necrosante: rápida destruição de tecidos–
Alta taxa de mortalidade por choques sistêmicos (>40%)–
 Página 6 de Medicina 2 
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Exotoxina A e 
síndrome do 
choque tóxico 
estreptocócica 
(SCT 
estreptocócica)
Exotoxina A: superantígeno produzido por cepas de estreptococos com 
proteína M
–
Antibióticos de amplo espectro usados devido à possibilidade de múltiplos 
patógenos bacterianos
–
SCT estreptocócica: semelhante à SCT estafilocócica
Menor probabilidade de erupção–
Maior probabilidade de bacteremia–
Ativação de neutrófilos e liberação de enzimas danosas, levando achoque e dano a órgãos
–
–
Infecções por Pseudomonas
Características das 
Pseudomonas
Bacilos bacterianos gram-positivas, aeróbicos–
Encontradas no solo, fontes de água e ambientes úmidos–
Resistente a muitos antibióticos e desinfetantes–
Espécie mais proeminente: Pseudomonas aeruginosa (patógeno 
oportunista)
–
Dermatite por 
Pseudomonas
Erupção autolimitada com duração de cerca de duas semanas–
Associada ao uso de piscinas, saunas e banheiras–
Causada por aumento de alcalinidade, menor efetividade do cloro e 
maior concentração de nutrientes dissolvidos
–
Outras infecções 
por Pseudomonas
Otites externas ("ouvido de nadador")–
Infecções nosocomiais de cateteres ou aparelhos médicos–
Infecções em pacientes com fibrose cística pulmonar de origem 
genética
–
Infecções em pacientes queimados, especialmente queimaduras de 
segundo e terceiro graus
–
 Página 7 de Medicina 2 
Características das 
infecções por P. 
aeruginosa
Produz exotoxinas e endotoxina–
Cresce em densos biofilmes–
Infecções geram pus de coloração azul-esverdeada (pigmento 
piocianina)
–
Tratamento Resistência relativa aos antibióticos–
Quinolonas e novos antibióticos β-lactâmicos específicos para 
Pseudomonas como drogas de escolha
–
Sulfadiazina de prata útil no tratamento de queimaduras infectadas por 
P. aeruginosa
–
Úlcera de Buruli
Características e 
prevalência
Doença encontrada principalmente na África Central e do Oeste–
Também ocorre em áreas temperadas e tropicais pontuais ao redor do 
mundo (México, Austrália e algumas regiões da América do Sul)
–
Causada pelo Mycobacterium ulcerans, semelhante às micobactérias 
causadoras da tuberculose e lepra
–
Sinais e sintomas Progresso lento e poucos sinais e sintomas precoces graves–
Eventualmente, forma uma úlcera profunda que pode se tornar 
massiva e seriamente danosa
–
Se não tratada, pode requerer cirurgia plástica ou amputação do 
membro
–
Fatores de risco e 
epidemiologia
Associada ao contato com águas paradas ou de pântanos–
Incidência crescente, atualmente excedendo a lepra e, em algumas 
áreas, até mesmo a tuberculose
–
Classificada pela Organização Mundial da Saúde como um risco global à 
saúde pública
–
Diagnóstico e 
tratamento
Diagnóstico baseado na aparência da úlcera, com maior vigilância em 
áreas endêmicas
–
Tratamento com drogas antimicobacterianas, como combinações de 
estreptomicina e rifampicina
–
Acne
Prevalência Doença de pele mais comum em seres humanos–
Afeta cerca de 17 milhões de pessoas nos Estados Unidos–
Mais de 85% dos adolescentes apresentam acne em algum grau–
 Página 8 de Medicina 2 
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Mais de 85% dos adolescentes apresentam acne em algum grau–
Tipos de acne 
e tratamentos
Acne comedonal (leve)
Causada pelo entupimento dos folículos pilosos com células mortas da 
pele e sebo
–
Forma pontos brancos (comedos) ou massas de ponta escura 
(comedones)
–
Tratamento com agentes tópicos: ácido azeláico (Azelex), ácido 
salicílico ou retinoides (derivados da vitamina A)
–
1.
Acne inflamatória (moderada)
Originada da ação bacteriana, principalmente do Propionibacterium 
acnes
–
Causa inflamação e resulta em pústulas e pápulas–
Terapia focada na prevenção da produção de sebo (agentes tópicos não 
são eficientes)
–
2.
Acne cística nodular
Requer tratamentos diferentes dos outros tipos de acne–
3.
Fatores que 
afetam a 
formação de 
sebo
Hormônios como estrogênios e androgênios–
Gravidez, alguns contraceptivos hormonais e mudanças hormonais 
relacionadas à idade podem reduzir a formação do sebo
–
Dieta não apresenta efeito conhecido na produção de sebo–
Observações 
importantes
A cor escura dos comedones não é causada por sujeira, mas pela oxidação de 
lipídeos
–
Agentes tópicos não afetam a produção de sebo, que é a causa primária da 
acne
–
Acne e 
Tratamentos
Isotretinoína (Accutane)
Reduz a formação de sebo–
Teratogênica: causa danos graves ao feto em desenvolvimento–
Usada principalmente para casos severos de acne–
Antibióticos e Peróxido de Benzoíla
Tratam a acne inflamatória, afetando o P. acnes–
Peróxido de benzoíla é efetivo contra algumas bactérias, especialmente o 
P. acnes
–
Resseca a pele e ajuda na liberação dos folículos entupidos–
Disponível em géis ou combinado com antibióticos, como clindamicina 
(BenzaClin) e eritromicina (Benzamycin)
–
Tratamentos Alternativos
 Página 9 de Medicina 2 
Sistema Clear Light
Exposição da pele à luz azul de alta intensidade–
Aprovado para acne leve a moderada–
1.
Tratamento Smoothbeam
Utiliza raios laser–
Acelera a cicatrização e previne a formação de espinhas–
Aprovado para acne leve a moderada–
2.
ThermoClear
Aparelho portátil que libera um pequeno pulso de calor nas lesões–
3.
Acne Cística 
Nodular 
(Severa)
Caracterizada por nódulos ou cistos inflamados e cheios de pus na pele–
Deixa cicatrizes proeminentes na face e no tronco, afetando psicologicamente
o paciente
–
Principal tratamento: isotretinoína, com precauções para evitar a 
administração em mulheres grávidas
–
Doenças Virais da Pele
Verrugas e Tratamentos
Causa Crescimentos cutâneos benignos causados por vírus–
Mais de 50 tipos de papilomavírus conhecidos–
Transmissão Por contato, inclusive sexual–
Tratamentos 
Médicos 
Comuns
Crioterapia
Aplicação de nitrogênio líquido extremamente frio–
1.
Eletrodessecação
Dessecação com corrente elétrica–
2.
Ácidos
Utilização de ácidos para queimar verrugas–
Compostos contendo ácido salicílico são especialmente efetivos–
3.
Aplicações Tópicas
Drogas prescritas, como podofilox ou imiquimod (Aldara)–
Imiquimod estimula a produção de interferons de efeito antiviral–
4.
Tratamentos Alternativos5.
 Página 10 de Medicina 2 
Laser–
Injeções de bleomicina (droga antitumoral)–
Associação 
com Câncer
Embora as verrugas não sejam câncer, alguns cânceres de pele e cervicais 
estão associados à infecção por papilomavírus
–
Incidência de verrugas genitais atingiu proporções epidêmicas–
Varíola
Características Doença causada pelo vírus Variola virus–
Duas formas: varíola maior (taxa de mortalidade de 20% ou mais) e varíola 
menor (taxa de mortalidade de menos de 1%)
–
Transmitida pela via respiratória–
História Estima-se que 80% da população europeia na Idade Média contraíram 
varíola
–
Causou grande devastação entre os índios norte-americanos–
Última vítima de um caso natural de varíola em 1977 (Somália)–
Erradicação Primeira doença a ser erradicada da população humana–
Campanha de vacinação mundial coordenada pela Organização Mundial da 
Saúde
–
Vírus da varíola mantido em duas instalações: Estados Unidos e Rússia–
Bioterrorismo e 
Vacinação
A varíola seria perigosa se usada como agente de bioterrorismo–
Estoques de vacina estão sendo acumulados por precaução–
Vacinação atualmente limitada a grupos específicos, como militares e 
profissionais da saúde
–
Vacina poderia causar mortes significativas entre indivíduos 
imunocomprometidos
–
Pesquisas em 
Antivirais
Em andamento para encontrar tratamentos efetivos–
Cidofovir é um dos candidatos investigados–
Falta de pacientes sintomáticos de varíola impede testes significativos–
Varíola Símia 
(Monkeypox)
Doença semelhante à varíola humana–
Surgiu em zoológicos entre macacos da África e do leste da Ásia–
Vírus endêmico e circula em pequenos animais–
Surtos ocasionais em humanos–
Sintomas semelhantes aos da varíola humana–
Taxa de mortalidade: 1 a 10% em adultos africanos, maior em crianças–
Transmissão de animais para humanos, limitada entre humanos–
A vacinação contra varíola apresenta efeito protetor contra varíola símia–
A Organização Mundial da Saúde monitora surtos da doença–
Varicela 
(Catapora) e 
Herpes Zoster
Doença infantil branda–
Baixa taxa de mortalidade,geralmente associada a complicações como 
encefalites ou pneumonias
–
Meio das mortes ocorrem entre adultos–
Causada pelo herpesvírus varicela zoster (human herpesvirus 3)–
Adquirida quando o vírus entra no trato respiratório–
Lesões vesiculares na pele, com duração de 3 a 4 dias–
Lesões se enchem de pus, se rompem e formam crostas antes de 
cicatrizarem
–
Localizadas principalmente na face, garganta e costas, mas também podem 
ocorrer no peito e ombros
–
Infecção durante o início da gravidez pode causar danos graves ao feto em 
cerca de 2% dos casos
–
 Página 11 de Medicina 2 
cerca de 2% dos casos
Síndrome de 
Reye
Complicação severa ocasional de catapora, gripe ou outras doenças virais–
Sintomas: vômito persistente, disfunção cerebral, sonolência, 
comportamento agressivo, coma e morte
–
Taxa de mortalidade: antes próxima a 90%, agora cerca de 30% ou menos 
devido à melhoria dos tratamentos
–
Afeta principalmente crianças e adolescentes–
Uso de aspirina para baixar a febre em casos de varicela ou gripe aumenta 
as chances de desenvolvimento da síndrome de Reye
–
Sobreviventes podem apresentar dano neurológico–
Herpes Zoster Causado pela reativação do vírus varicela zoster latente em gânglios da 
raiz dorsal
–
Reativação pode ser devido ao estresse ou diminuição da competência 
imune relacionada ao envelhecimento
–
Vesículas semelhantes às da varicela, localizadas em áreas distintas–
Lesões distribuídas ao redor da cintura ou em outras áreas, como face, 
peito e costas
–
Infecção limitada a apenas um lado do corpo, seguindo a distribuição do 
nervo sensorial cutâneo afetado
–
Infecções nos nervos podem resultar em dano nervoso, afetando a visão ou 
causando paralisia
–
Sensação de queimação e dores severas são sintomas frequentes–
Dor persistente por meses ou anos é denominada neuralgia pós-herpética–
Forma clínica diferente do vírus que causa a varicela–
Raramente ocorre em pessoas com menos de 20 anos; maior incidência 
entre adultos mais velhos
–
Pouco comum apresentar mais de uma vez–
Tratamento com drogas antivirais: aciclovir, valaciclovir e fanciclovir–
Tratamento com antivirais obrigatório em pacientes imunossuprimidos e 
com acometimento visual
–
 Página 12 de Medicina 2 
Varicela em 
Vacinados
Vacina composta por vírus vivos e atenuados licenciada em 1995–
Casos de varicela diminuíram sistematicamente desde então–
Efetividade da vacina (cerca de 97%) diminui com o tempo–
Varicela em pessoas previamente vacinadas se torna relativamente comum–
Casos brandos, com erupções que não se parecem muito com a varicela 
típica
–
Dose de reforço da vacina pode ser necessária para controle completo da 
doença
–
Recomendações Preocupação com enfraquecimento gradual da imunidade conferida pela 
vacinação na infância, gerando população de adultos suscetíveis
–
Recomendação atual: adultos com mais de 60 anos recebam uma nova 
dose da vacina zoster, mesmo que já tenham tido varicela ou herpes zoster
–
Herpes Simples (HSV-1 e HSV-2)
HSV-1 Transmissão principalmente pelas vias orais ou respiratórias–
Infecção normalmente ocorre na infância–
90% da população dos EUA já foi infectada–
Causa herpes labial (doloroso, vesículas próximas à margem vermelha dos 
lábios)
–
Permanece latente no gânglio do nervo trigêmeo–
 Página 13 de Medicina 2 
Recorrência ativada por exposição à radiação ultravioleta, problemas 
emocionais, mudanças hormonais
–
Transmissão por contato de pele (herpes gladiatorum)–
HSV-2 Transmissão principalmente por contato sexual–
Causa herpes genital–
Difere do HSV-1 em constituição antigênica e efeitos em células cultivadas–
Latente no gânglio do nervo sacral, localizado próximo à medula espinal–
Raramente causa encefalite herpética (mais grave que HSV-1, taxa de 
mortalidade de até 70% quando não tratada)
–
Encefalite 
Herpética
Causada por HSV-1 ou HSV-2–
Tratamento com aciclovir pode levar à cura–
Taxa de mortalidade em um surto se manteve em 28%–
Apenas 38% dos sobreviventes não apresentaram danos neurológicos 
sérios
–
Profissionais e 
Suscetibilidade
Enfermeiros, médicos e dentistas são suscetíveis à infecção ocupacional 
pelo HSV-1
–
Crianças com úlceras herpéticas orais também são mais suscetíveis–
Aftas Diferentes de herpes labial, ocorrência associada a fatores como estresse e 
menstruação
–
Lesões dolorosas em membranas mucosas móveis (língua, bochechas, 
parte interna dos lábios)
–
Normalmente curam em alguns dias, mas frequentemente recorrentes–
Sarampo
 Página 14 de Medicina 2 
Características Doença viral altamente contagiosa, dissemina por via respiratória–
Quarentena não é eficaz na prevenção de surtos–
Vacina tríplice viral (MMR) praticamente eliminou o sarampo dos 
EUA
–
Sem reservatório animal, imunidade grupal é difícil de obter–
Objetivo mundial atual: controle do sarampo pela vacinação, não 
erradicação
–
Redução na mortalidade: de 873.000 óbitos em 1999 para 345.000 
em 2005
–
Meta: redução de 90% na mortalidade até 2010–
Vacina tem taxa de efetividade de cerca de 95%–
Casos de infecção ainda ocorrem em pessoas que não obtêm ou 
retêm boa imunidade
–
Sarampo é perigoso para crianças com menos de um ano, mais 
propensas a complicações
–
Vacinação e Proteção 
Materna
Antes da vacina, crianças protegidas por anticorpos maternos 
gerados pelo contato prévio da mãe com a doença
–
Anticorpos maternos produzidos em resposta à vacinação não são 
tão eficientes em prover proteção
–
Vacina não é eficiente quando administrada em bebês, vacinação 
não é feita antes dos 12 meses de idade
–
Crianças vulneráveis por um período significativo–
Sarampo: Sintomas, 
Complicações e 
Desenvolvimento
Inicia no trato respiratório superior–
Período de incubação: 10 a 12 dias–
Sintomas iniciais semelhantes a um resfriado–
Erupção macular começa na face e se espalha para o tronco e 
extremidades
–
Lesões na cavidade oral: manchas de Koplik (pequenas manchas 
vermelhas com pontos centrais azul-esbranquiçados)
–
Complicações e Riscos Perigoso, especialmente para crianças e idosos–
Complicações frequentes: infecções do ouvido médio e 
pneumonias (causadas pelo vírus ou infecções bacterianas 
secundárias)
–
Encefalite: acomete cerca de 1 em 1.000 vítimas do sarampo, 
podendo causar danos cerebrais permanentes
–
Fatalidade: aproximadamente 1 em 3.000 casos, principalmente –
 Página 15 de Medicina 2 
Fatalidade: aproximadamente 1 em 3.000 casos, principalmente 
crianças
–
Panencefalite 
Esclerosante Subaguda
Rara (cerca de 1 em 1.000.000 de casos), acomete principalmente 
homens
–
Surge de 1 a 10 anos após a recuperação do sarampo–
Desenvolvimento de sintomas neurológicos severos–
Morte ocorre dentro de poucos anos–
Rubéola
Características, 
Sintomas e 
Complicações 
Também conhecida como sarampo alemão–
Doença viral mais branda que o sarampo–
Sintomas comuns: erupção macular (pequenas manchas vermelhas) e 
febre baixa
–
Complicações raras, encefalites podem ocorrer em cerca de 1 em 
6.000 casos (maioria em adultos)
–
Transmissão: via respiratória–
Período de incubação: 2 a 3 semanas–
Recuperação: gera imunidade firme–
Síndrome da Rubéola 
Congênita
Causada pela infecção da mãe no primeiro trimestre da gravidez–
Riscos para o feto: surdez, catarata, defeitos cardíacos, retardo 
mental, morte
–
Cerca de 15% dos bebês com síndrome da rubéola congênita morrem 
no primeiro ano
–
Prevenção e 
Vacinação
Identificação de mulheres não imunizadas e em período fértil–
Teste sorológico para detecção de imunidade em alguns estados dos 
EUA
–
Vacina contra rubéola introduzida em 1969–
Mais de 90% das pessoas vacinadas ficam protegidas por pelo menos 
15 anos
–
Menos de 10 casos anuais de síndrome da rubéola congênita 
relatados devido às medidas preventivas
–
Vacina não recomendada para mulheres grávidas–
Pessoas com defeitos imunológicos não devem receber vacinas vivas 
contra qualquer doença
–
Eritema Infeccioso (Quinta Doença)
Nome originado de uma listade doenças com erupções na pele datada de 1905–
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Nome originado de uma lista de doenças com erupções na pele datada de 1905–
Causada pelo parvovírus humano B19–
Cerca de 20% das pessoas infectadas não apresentam sintomas–
Sintomas: similares a um caso leve de gripe, com erupção facial semelhante à marca
deixada por um tapa no rosto
–
Consequências em adultos: anemia, artrites ou, mais raramente, abortos–
Roséola Infantil
Doença branda e comum na infância–
Sintomas: febre alta por alguns dias, seguida de erupção que cobre a maior parte do 
corpo e dura de um a dois dias
–
Recuperação leva à imunidade definitiva–
Causada pelos vírus Herpesvírus humano 6 e 7 (HHV-6 e HHV-7)–
HHV-7 responsável por 5 a 10% dos casos–
Ambos os vírus podem estar presentes na saliva da maioria dos adultos–
Doenças da Pele Causadas por Fungo
Micoses Cutâneas Causadas por fungos denominados dermatófitos, que colonizam 
pelos, unhas e camada externa da epiderme
–
Dermatomicoses ou tíneas são os nomes técnicos dessas 
infecções fúngicas
–
Tipos comuns de tíneas:
Tínea da cabeça: afeta o couro cabeludo, comum em 
crianças do ensino fundamental
–
Tínea crural: afeta a virilha–
Tínea do pé: também chamada de pé-de-atleta–
–
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Fungos envolvidos:
Trichophyton: afeta pelos, pele e unhas–
Microsporum: afeta pelos e pele–
Epidermophyton: afeta pele e unhas–
–
Tratamentos tópicos disponíveis sem prescrição médica: 
miconazol e clotrimazol
Para o pé-de-atleta: alilamina com terbinafina, naftifina ou 
butenavina
–
Tratamento oral para infecções em cabelo e unhas: 
griseofulvina, itraconazol e terbinafina (com cautela 
devido aos efeitos colaterais graves)
–
–
Diagnóstico: exame direto de raspados da área afetada, tratados 
com hidróxido de potássio (KOH) e analisados sob microscopia 
óptica
–
Micoses Subcutâneas Mais sérias que as micoses cutâneas–
Causadas por fungos que habitam o solo, especialmente com 
vegetação em decomposição
–
Penetram a pele através de pequenas aberturas ou ferimentos–
Exemplo comum nos Estados Unidos: esporotricose
Causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii–
Maioria dos casos ocorre entre jardineiros ou pessoas que 
trabalham com terra
–
Fungo frequentemente invade o sistema linfático e forma 
lesões similares
–
Pode ser fatal–
Tratamento: ingestão de solução diluída de iodeto de 
potássio
–
–
No Brasil:
Esporotricose relacionada a pessoas que lidam com o solo–
Casos também atribuídos a arranhaduras de gatos com 
esporos do fungo nas garras
–
Considerada uma zoonose–
–
Candidíase
Microbiota bacteriana suprime o 
crescimento de fungos nas 
membranas mucosas
Candida albicans é a espécie mais comum–
Morfologia pode apresentar formações de pseudo-
hifas
–
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Candidíase ocorre quando há 
crescimento excessivo de C. albicans
Pode causar infecções na cavidade oral, vaginites e 
infecções de pele e membranas mucosas
–
Tratamento da candidíase Aplicações tópicas de miconazol, clotrimazol ou 
nistatina
–
Candidíase sistêmica pode resultar em doença 
fulminante e morte
–
Tratamento com fluconazol é a droga de escolha–
Novas drogas antifúngicas como micafungina e 
anidulafungina estão disponíveis
–
Infecções parasitárias da pele
Sarna
A sarna é uma doença causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei–
Primeira conexão documentada entre um organismo microscópico e uma doença humana–
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Sintomas e Causas da 
Sarna
Intensa coceira local–
Túneis sob a pele feitos pelo ácaro–
Lesões inflamatórias causadas por infecções secundárias–
Transmissão por contato íntimo, inclusive sexual–
Prevalência da Sarna Cerca de 500.000 pessoas com sarna procuram tratamento cada ano 
nos Estados Unidos
–
Infestação mais prevalente em países em desenvolvimento–
Tratamento da Sarna Diagnóstico feito pela análise microscópica de raspados de pele–
Tratamento pela aplicação tópica de permetrina ou, em casos 
difíceis, ivermectina oral
–
Pediculose (piolho)
Infestação de piolhos em 
humanos
Problema que persiste por milhares de anos–
Proliferação de piolhos em 
crianças de classe média e rica 
nos EUA
Transmissão fácil de pessoa para pessoa–
Pediculus humanus capitis Piolho da cabeça, diferente do piolho do corpo–
Alimenta-se do sangue do hospedeiro–
Sintomas da infestação de 
piolhos
Coceira, resultado da sensibilização à saliva do piolho–
Ato de se coçar pode resultar em infecções bacterianas 
secundárias
–
Características do piolho da 
cabeça
Fêmea deposita muitos ovos (lêndeas) por dia–
Ovos ficam anexados à haste dos fios de cabelo próximo ao 
couro cabeludo
–
Casca vazia dos ovos é branca e visível–
Piolho se adapta às hastes cilíndricas do cabelo de pessoas 
brancas
–
Incidência de piolhos em pessoas negras nos EUA é baixa–
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Tratamentos para piolho da 
cabeça
Muitas opções disponíveis
Popularmente associados a condições sanitárias 
inadequadas
–
Medicamentos de venda livre
Nix (inseticida baseado em permetrina)–
Rid (inseticida baseado em piretrina)–
Resistência tem se tornado comum–
Outras preparações disponíveis
Inseticida malation (Ovide)–
Lindane (mais tóxico e proibido em algumas regiões)–
Tratamento de dose única
Administração oral de ivermectina–
Novo produto baseado em silicone
LiceMD: atóxico e efetivo–
Princípio ativo: dimeticona, bloqueia os tubos de respiração 
do piolho
–
Remoção física das lêndeas
Opção de tratamento–
Procedimento difícil e demorado–
Surgimento de serviços profissionais para remoção de 
piolhos em algumas cidades
–
Serviços são caros mas considerados válidos pelas mães 
ocupadas
–
REFERÊNCIA: MICROBIOLOGIA. TORTORA. 9a ed. C21: 
Doenças microbianas da pele e dos olhos.
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