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Recuperação Judicial e Falência

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RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
E 
FALÊNCIA
Prof. Ms. Vinícius Rios
prof_vinicius_rios
viniciuscrios@gmail.com
Quem sou eu?
Pessoa capaz; namorei; noivei e casei (muito bem casado e apaixonado);
Graduado em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul/SP;
Mestre em Direito pela PUC/SP;
Doutorando em Direito pela PUC/SP;
Atuante na área de Direito Civil e Empresarial (13 anos – Telecomunicações);
Professor Universitário (Estácio e UNIP).
Minhas RECUPERAÇÕES DIÁRIAS
Início
Apresentação
Presença
Atividades (Seminários, Questões, Discussões...) 
Provas
Panorama da Matéria
Livros Básicos
Leituras
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Lei. 11.101/05
Recuperação Judicial
Recuperação judicial: tem como objetivo sanear o estado de crise econômica-financeira em que se encontra o empresário devedor, preservado assim os interesses de toda a coletividade, como empregados e credores. 
Beneficio: é um privilégio concedido pela lei ao empresário em crise que atenda aos pressupostos e requisitos exigidos legalmente.
Viabilidade da empresa: somente as empresas viáveis devem ser objeto de recuperação judicial. O exame da viabilidade deve ser feito, pelo Judiciário, em função de vetores como a importância social, a mão de obra e tecnologia empregadas, o volume do ativo e passivo, o tempo de existência da empresa e seu porte econômico.
Princípios: preservação da empresa, função social e o estímulo à atividade econômica. (art. 47 LREF)
Finalidade da Recuperação Judicial
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. (art. 47 LREF)
MAPA MENTAL DO TEMA:
 RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Requisitos – Art.48/LREF
Empresário 
Exercício regular da atividade empresarial há mais de 2 anos;
Não ser falido e, se foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes. 
Não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de Recuperação Judicial.
Não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de Recuperação Judicial com base no plano especial para microempresas e empresas de pequeno porte.
Não ter sido condenado ou ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por crime falimentar. 
Processamento de Recuperação Judicial
Do Pedido e do Processamento da Recuperação Judicial (art. 51 e 52)
Do Plano de Recuperação Judicial (art. 53 e 54)
Do Procedimento de Recuperação Judicial (art. 55 a 69)
Do Pedido e do Processamento da Recuperação Judicial 
Petição Inicial (Art. 51) 
Juiz analisa PI e será processada a RJ (Art. 52)
Publicação do Edital (Art. 52, §1) Despacho + Relação de Credores
PETIÇÃO
INICIAL
Requisitos Essências (319/CPC)
Requisitos Especiais (Art. 51 da LREF)
 Estado de crise econômico-financeira;
 Expor as causas da concretas da crise;
 Demonstrativos contábeis dos últimos 03 exercícios sociais; 
 Relação nominal de credores; 
 Relação integral dos empregados;
 Certidão de Regularidade (JC).
Despacho de Processamento		
Nomeação do Administrador Judicial 
Suspensão de todas as ações/execuções contra o devedor (art. 6 LREF e súmula 581 STJ) – exceção dívidas tributárias
Apresentar contas mensais 
Intimação do MP e Fazendas 
Expedição de edital (art. 52 da LREF)
Do Plano de Recuperação Judicial
Prazo de 60 dias (convolação em Falência – art. 73, II LREF)
Liberdade do pedido (meios de recuperação judicial - art. 50 LRFE)
Não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para créditos trabalhistas (art. 54 LREF) 
Publicação do edital com o plano de recuperação
Do Procedimento de Recuperação Judicial
Objeção: instrumento processual para credor rejeitar o plano, no prazo de 30 dias – art. 55 LREF
Convocação da Assembleia Geral Credores 
AGC: Poderá aprovar o plano ou recusar (falência) (art. 56, § 4 LREF)
Composição da AGC: (art. 41 e 45 LREF)
1º Credores trabalhistas e acidente de trabalho (maioria dos credores presentes)
2º credores com garantia real (maioria dos credores presentes e maioria dos créditos presentes)
3º Demais credores (maioria dos credores presentes e maioria dos créditos presentes)
Comitê de Credores
O comitê é um grupo encarregado de resolver assuntos específicos. O comitê de credores é um “órgão” que tem a função de representar os credores no processo de recuperação de empresas ou falência.
Nesse sentido, o comitê de credores, como órgão representativo, tem alguns poderes legais de decisão.
Composição do Comitê 
 Art. 26/LRF
Em relação à formação desse órgão colegiado, ela é constituída pelos próprios credores em número de três, e a sua composição se dá com:
I – um representante indicado pelos credores trabalhistas;
II – um representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia (penhor, hipoteca) e com privilégios especiais;
III – um representante indicado pelos credores quirografários (comuns) e com privilégios gerais;
IV – um representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte.
Obs.: É preciso considerar que o representante de cada classe terá dois suplentes. A deliberação da escolha ocorre na assembleia geral dos credores – art. 26/LRF – caput.
Atribuições do Comitê de Credores Art.27/LRF
Várias são as atribuições do comitê de credores. Algumas são comuns à recuperação judicial e à falência e outras são específicas à recuperação judicial (e não à falência). Iremos iniciar com as atribuições comuns e, em seguida, passaremos para as especiais (LRF, art. 27).
ATRIBUIÇÕES COMUNS na recuperação judicial e na falência (art. 27, I):
1) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial;
2) comunicar ao juiz a violação de direitos dos credores;
3) requerer ao juiz a convocação de assembleia geral de credores;
4) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados etc.
ATRIBUIÇÕES ESPECIAIS na recuperação judicial são (LRF, art. 27, II):
1) fiscalizar a administração do devedor, emitindo relatórios mensais sobre a situação;
2) verificar se o plano de recuperação está sendo cumprido etc.
Remuneração do Comitê de Credores
Os membros do comitê de credores NÃO terão sua remuneração custeada pelo devedor (na recuperação judicial) ou pela massa falida (na falência), mas, sim, pela disponibilidade de caixa (LRF, art. 29).
Regras para o Administrador Judicial e Membros do Comitê de Credores 
Após a nomeação serão intimados para, no prazo de 48 horas, assinarem o “termo de compromisso” de bem e fielmente desempenho ao cargo que assumir, bem como gerir todas as responsabilidades relacionadas a função.
Obs.: Ver Art. 33/LRF e Art. 34/LRF.
Impedimentos 
– 
Administrador Judicial ou Membros do Comitê 
– 
Art. 30/LRF
Não poderá ser administrador judicial ou membro do comitê de credores pessoa que ao exercer, nos últimos 5 anos, um dos cargos tenha: 
sido destituído; 
deixado de prestar contas; 
tido suas contas desaprovadas.
Também não poderá exercer essas funções pessoas que tenham alguma relação com o devedor, como: 
parentes até o 3º grau; 
amigos; 
Inimigos; 
representantes do devedor.
Responsabilidade:
Administrador Judicial e Membros do Comitê 
– 
Art. 32/LRF
O administrador judicial e os membros do comitê de credores respondem pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por atuar com dolo ou culpa.
Quando essa atuação se der por meio de decisão do comitê de credores, o membro dissidente (que discordar da decisão) deve fazer constar seu voto divergente para eximir-se da responsabilidade.
Assembleia Geral de Credores
Assembleia significa reunião de pessoas para determinado fim.
Assembleia geral de credores é um órgão colegiado, composto por credores do devedor, exceto os tributários, como será visto a seguir.No geral, em suas atribuições (que serão vistas adiante), a assembleia geral de credores é soberana, não podendo o juiz se sobrepor às suas decisões, salvo casos de comprovada fraude e violação do ordenamento jurídico quanto às normas de ordem pública.
Aprovação do Plano 
(Tácita ou Expressa)
A aprovação do plano de recuperação judicial pode se dar de forma tácita ou expressa.
a) Tácita quando o devedor apresenta o plano e nenhuma objeção é realizada pelos credores. 
b) Expressa se dá quando o plano é submetido à aprovação da assembleia geral de credores.
Quanto à aprovação do plano feita pela assembleia geral de credores, ela se dá mediante o cumprimento das formalidades exigidas pela lei, como a votação e a aprovação da proposta em cada classe de credores, nos termos dos arts. 41 e 45.
Novação
Com a homologação do plano de recuperação judicial haverá a novação dos créditos anteriores ao pedido, obrigando, assim, o devedor e todos os credores a ele sujeitos (LRF, art. 59, caput).
O instituto da novação está disciplinado no Código Civil, nos arts. 360 a 367, aplicáveis ao caso, portanto, no que for compatível.
Obs.: A decisão judicial que conceder a recuperação judicial constituirá título executivo judicial, de acordo com o novo Código de Processo Civil, art. 515 (LRF, art. 59, § 1º).
Créditos sujeitos aos efeitos a Recuperação Judicial
Todos os créditos existentes na data do pedido e ainda não vencidos estão sujeitos aos efeitos da recuperação judicial. (art. 49, caput da LREF)
Créditos trabalhistas e acidente de trabalho (sem limitação);
Créditos com garantia real;
Crédito com privilégio especial;
Crédito com privilégio geral;
Créditos quirografários;
Credito subordinado.
Obs. Fornecimento (art. 67 LREF)
Habilitação da crédito	 		
Prazo: art. 7, §1º = 15 dias contados da publicação do edital
Endereçado para o administrador judicial
45 dias para o administrador publicar nova lista (art. 7, §1º )
Ação de impugnação (13 e 15 LREF)
Devedor, credor e MP podem apresentar impugnação (art. 8º LREF)
Créditos excluídos da recuperação judicial
Exceções (excluídos): 
 Créditos constituídos após a recuperação judicial.
 Credores fiscais (art. 57 e 6º, §7º da LREF)
 Credor proprietário fiduciário, arrendador mercantil, compra e venda de imóvel cujo contrato contenha cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, ou ainda o titular de reserva de domínio. (art. 49, §3º LREF) 
 Credores de aditamento de contrato de câmbio (ACC) (art. 49, §4º da LREF)
 Cessão fiduciária de recebíveis (trava bancária): é uma forma de garantia constituída sobre bens móveis em beneficio de credores. (Lei 10.931/04)
Obs. Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. (art. 49, § 1º LREF)
Plano aprovado pelos credores
Decisão concessiva: aprovação + CND art. 57 LREF (STJ REsp nº 1.187.404 de 2013 /STF 2018)
Novação: a novação é uma forma de extinção da obrigação. Art. 59, caput ( não atinge coobrigados, avalistas e regresso – 49, §1 LREF)
É título executivo judicial
Cabe agravo de instrumento
Encerramento da Recuperação Judicial
Proferida a decisão da concessão, o devedor permanecerá em recuperação judicial até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da concessão da recuperação judicial. (art. 61 LREF)
Não cumprimento do plano – execução ou falência (art. 62 da LREF)
Sentença de encerramento da recuperação judicial (art. 63 da LREF)
Recuperação Extrajudicial – Art. 161/LRF
Conceito de Recuperação Extrajudicial
A Recuperação Extrajudicial é um meio “alternativo” para prevenir que a empresa em venha a falência.
A recuperação extrajudicial consiste na convocação de credores para: 
a) contratar dilação no prazo dos pagamentos ou diminuição dos valores “no âmbito privado”;
b) mas que necessitam de homologação do juízo judicial.
Extrajudicial
Denomina-se “extrajudicial”, pois as negociações são firmadas no âmbito privado, e não em um processo judicial, sendo apenas homologadas pelo juiz (título executivo judicial – Art. 515/CPC, passível de execução).
Assim como a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial também é uma tentativa de solução para a crise econômica de um agente econômico. É uma tentativa de saneamento/reorganização da empresa em crise, visando a evitar o processo falimentar.
Objetivos da Recuperação Extrajudicial
Possibilitar a superação do estado de crise econômico-financeira do devedor;
Manter a fonte produtora (de riquezas);
Manter os empregos e interesses dos credores;
Promover a preservação da empresa e sua função social, bem como estimular a atividade econômica.
Requisitos da Recuperação Extrajudicial – Art. 48/LREF
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;  
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Créditos Abrangidos da Recuperação Extrajudicial – Nova Redação (Art. 161, § 1º)
Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do pedido. 
a) créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva categoria profissional;
b) Créditos com garantia real;
c) Credores quirografários;
d) Créditos subordinados.
Obs.: Não abrange – Crédito de contrato de câmbio e credor titular de propriedade fiduciária.
 
Recuperação Extrajudicial Parcial – Art. 162/LREF
O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram.
Neste aspecto, a vantagem está em poder direcionar a renegociação conforme as particularidades do tipo de atividade e consequente desenho do passivo da empresa.
O devedor poderá requerer a homologação de um plano que vincule a todos os credores, se a adesão for de credores que representem mais da metade de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos (LREF, art. 163, caput). 
Assim, ainda que haja credores que discordem do plano, e por isso não lhe aderiram, eles estarão obrigados a aderir.
Recuperação Extrajudicial Total – Art. 163/LREF
Suspensão de Ações – Recuperação Extrajudicial – Art. 163, § 8º /LREF
Ações de execução;
Prazo – 180 dias/prorrogáveis;
Comprovação de quórum de mais de 50%.
Obs.: Ações que visam tributos não são suspensas.
Requisitos para Homologação do Plano Extrajudicial – Art. 162/163, § 6º 
O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram.
1) sua justificativa (exposição da situação de crise);
2) documentos com as condições e as assinaturas dos credores que aderiram;
3) exposição da situação patrimonial;
4) demonstrações contábeis do último exercício social e as levantadas especialmente para instruir o pedido;
5) relação nominal completa de credores discriminando a natureza dos respectivos créditos.
Homologação
A recuperação extrajudicial, por ser um acordo com credores, possui natureza contratual, mas o juiz, para homologá-la, vai verificar se não é contrária à ordem pública e aos bons costumes.
Na recuperação extrajudicial o devedor leva ao juízo o plano pronto para homologação, junto com a petição inicial.
Não cabimento de pedidode Homologação
Não será possível a homologação da recuperação extrajudicial se: 
houver pendente pedido de recuperação judicial; ou 
O devedor tiver obtido o benefício da recuperação judicial ou extrajudicial há menos de 2 anos (LRF, art. 161, § 3º).
Juiz - Homologação
O juiz determinará a publicação de edital a publicação de edital eletrônico com vistas a convocar os credores do devedor para apresentação de suas impugnações ao plano de recuperação extrajudicial. convocando os credores do devedor para apresentarem suas impugnações, no prazo de 30 dias da publicação (LRF, art. 164, caput, § 2º).
Art. 165. O plano de recuperação extrajudicial produz efeitos após sua homologação judicial.
Obs.: O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial – Art. 161, § 4º.
Descumprimento do Plano de Recuperação Extrajudicial
Se houver descumprimento do plano, o credor signatário pode requerer a decretação da falência do devedor, por ter em mãos a sentença homologatória, que é um título executivo judicial.
De qualquer forma, de acordo com a lei, no Art. 167 fica assegurada a possibilidade de o devedor fazer outros tipos de acordos privados com seus devedores.
Falência
Empresário (art. 1º da LFRE)
Empresário individual: pessoa natural que se inscreve no registro de empresas a fim de que possa legalmente desenvolver, em seu próprio nome e sob sua exclusiva responsabilidade, uma atividade econômica de produção ou circulação de bens ou prestação de serviços mediante organização empresarial. Não é pessoa jurídica, no entanto, possui inscrição no CNPJ/MF para recolher tributos. Exercício individual da empresa. (966 CC)
EIRELI – Empresa de Individual de Responsabilidade Limitada (980A CC). Exercício individual da empresa. (Obs.: inclusão do §7º, artigo 980A CC)
Sociedade empresarial: união de esforços produtivos por duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. Exercício coletivo da empresa. (art. 981 – 1.141 CC) Sociedade Unipessoal – artigo 1.052 CC, §1 Lei 1º (13.874/19 Declaração de Direitos de Liberdade Econômica). Exercício individual da empresa.
47
Excluídos da Falência (Art. 2º da LFRE)
Total ou absoluta: 
Empresas públicas e sociedades de economia mista.
Parcial ou relativa: 
Instituições financeiras, cooperativas de crédito, consórcios (BACEN);
Entidades de previdência complementar e sociedade seguradora, (SUSEP);
Operadores de plano de saúde, (ANS);
Sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Importancia e interesse público
48
Sujeito Ativo (Art. 48 LREF e 97 LREF)
Importancia e interesse público
49
Recuperação Judicial: 
Devedor empresário; 
Cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante; 
Sócio remanescente.
Falência: 
Devedor empresário; 
Cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante;
O cotista ou o acionista;
Qualquer credor.
Aspectos comuns à Falência e à Recuperação
Juízo Competente 
Administrador Judicial – Aspectos gerais
Comitê de Credores
Assembleia Geral de Credores
Competência (Art. 3º da LFRE)
51
Justiça Estatual (art. 109 CF)
Juízo do principal estabelecimento do devedor (art.3 LF)
Juízo de falência é universal (art.76 LF)
Aptidão atrativa com exceções à:
Ações não reguladas pela LF (art.76 LF)
Reclamações trabalhistas (art. 114 CF)
Execuções tributárias (art. 187 CTN)
União Federal (art.109 CF, I)
Ação que demanda obrigação ilíquida (art.6 LF)
Conceito de Falência - (Art. 75 da LFRE)
Falência é um processo de execução coletiva, no qual todo patrimônio de um empresário declarado falido (Pessoa Física ou Pessoa Jurídica) é arrecadado, visando o pagamento da universalidade de credores. 
É um processo judicial complexo que compreende a arrecadação dos bens, sua administração e conservação, bem como a verificação e o acertamento dos créditos, para posterior liquidação dos bens e rateio entre os credores. Compreende também na punição de atos criminosos praticados pelo devedor falido. 
Pressupostos da falência
a) Devedor empresário (artigos 1º e 2º da LFRE) 
b) Insolvência (artigo 94, 5º, 96 da LFRE)
c) Sentença declaratória da falência (art. 99 LFRE)
 
Insolvência
Conceito: A insolvência é a condição patrimonial do devedor que possui passivo superior ao ativo.
Confessada (autofalência – art. 105 LF);
Presumida (art. 94 LF)
54
Insolvência 
A insolvência jurídica é presumida de acordo com os ditames legai:
 A impontualidade injustificada (art. 94, I)
Deixar de pagar no vencimento
Sem relevante razão de direito
Título executivo
Protesto (Lei 9.492/97)
Superior 40 SM
Litisconsorte (art. 94, §1°)
 Frustração da execução (art. 94, II)
Execução sem pagamento ou deposito 
Sem bens suficientes à penhora
 Prática de atos de falência enumerados na lei. (art. 94, III)
Liquidação precipitada 
Negócio simulado
Alienação irregular do estabelecimento
Simulação de transferência do estabelecimento
Garantia real
Abandono o estabelecimento empresarial
Descumprimento do plano de recuperação judicial
55
Processo falimentar
1º Pré-falimentar: inicia-se com o pedido de falência, sua criação, defesa, até a sentença (“discussão”).
2º Falência propriamente dita: após a sentença que declara a falência, serão apurados os bens do devedor, seu passivo, os negócios firmados, habilitados os créditos, apuradas eventuais fraudes e, finalmente, feito o rateio e os pagamentos dos credores (“decretação da falência”).
3º Pós-falimentar: essa fase cuida da reabilitação jurídica e empresarial (“pedido de reabilitação”).
Pedido de falencia/Pré falência : começa com petição inicial e conclui com a sentença declaratória de falência
Etapa falencial: começa com a sentença declaratória e termina com o encerramento da falência 
56
Pré-Falimentar
Petição Inicial 
Auto falência – art. 105 
Terceiro – art. 97
Fundamento – art. 94
Contestação 
Depósito elisivo
Arts. 95, 96 e 98
Sentença 
(art.99)
Termo legal
Prazo de 05 dias para apresentar lista de credores
Nomeará Administrador Judicial 
Recurso (art.100)
Denegou – Apelação (Improcedência)
Decretou – Agravo de instrumento 
(Procedência)
Fluxo (Pré-Falimentar)
Inicial
Art.3 Juízo 
Art. 97 Autor
Contestação
Art. 95 RJ
Sentença
Art. 99 Sentença
Art. 2 Réu
Art. 94 Motivo
Art. 96 Tese
Art. 98 Depósito
Art. 100 - Decretou agravou / Denegou - Apelou
Pré-Falimentar
Pedido de falência: 
falência requerida com base na impontualidade ou na frustração de execução (art. 94, I e II LREF); 
falência requerida em razão da ocorrência de atos denominados falências, eleitos pelo legislador (art. 94, III LREF)); e
pedido de autofalência (art. 105 LREF).
b) Contestação (art. 95, 96 e 98 da LREF).
c) Sentença (art. 99 LREF).
Sentença (Instrução e julgamento)
 SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA
Síntese do pedido, identificação do falido e nome dos administradores.
Termo legal da falência.
Relação nominal de credores (05 dias, sob pena de crime de desobediência). 
Prazo para habilitação dos créditos. 
Suspensão das ações e execuções.
Proibição da prática de qualquer ato de disposição de bens.
Diligências para salvaguardar os interesses das partes, inclusive prisão preventiva.
Anotação da expressão “falido” no Registro Público de Empresas.
Nomeação do administrador.
Expedição de ofícios aos órgãos públicos para levantamento de bens e direitos do falido.
Continuação provisória das atividades e lacração dos estabelecimentos.
Convocação da AGC se necessário para constituição de Comitê de Credores.
 Intimação do Ministério Público e comunicação das Fazendas Públicas. 
Falência propriamente dita (Etapa Falimentar)
Termo de responsabilidade
Administrador Judicial
(art. 21/33)
Arrecadação dos bens e custódia dos bens 
Inventário
(Art. 108 a 114)
Pagamento dos credores
Classificação 
(art. 149 - 153)
Realização do ativo
Liquidação(art. 139 a 148)
Efeitos da Falência 
Afastamento do devedor
Inabilitação do devedor de qualquer ato empresarial (Art. 102)
Arrecadação do Bens (Art. 108)
Eventuais pedidos de restituição (Art. 85)
Quadro geral de credores – Art. 7 / 8)
 Publicação de relação de credores
 15 dias para habilitação
 Nova publicação de relação dos credores (45 dias)
 10 dias para impugnação
Realização do ativo (Art. 139)
Suspensão das execuções trabalhistas (Art. 6)
Créditos extraconcursais (Art. 84)
Créditos concursais (Art. 83)
Pagamento aos Credores
Antes do pagamento dos créditos concursais: (art. 149 LREF)
 Restituições (art. 86 LREF) 
Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 03 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 05 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa. (art. 151 LREF)
Créditos extra concursais (art. 84 LREF)
Classificação dos Créditos
Extraconcursais - (Art. 84) São pagos antes dos credores:
As despesas cujo pagamento antecipado seja indispensável à administração da falência, inclusive na hipótese de continuação provisória das atividades. (art. 150)
Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 03 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa. (art. 151)
Valor efetivamente entregue ao devedor em recuperação judicial pelo financiador (art. 69-A)
Restituições (art. 86) 
Remuneração do administrador judicial e auxiliares
Créditos trabalhistas de serviços prestados após a decretação da falência
Às obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial
Às quantias fornecidas à massa falida pelos credores
Às despesas com arrecadação, administração, realização do ativo, distribuição do seu produto e custas do processo de falência; 
Às custas judiciais relativas às ações e às execuções em que a massa falida tenha sido vencida
Aos tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 da LREF. 
Classificação dos créditos
b) Concursais - (Art. 83)
I - Créditos trabalhistas e de acidentes de trabalho até 150 SM
II – Créditos com garantia real até o limite do valor do bem 
III – Créditos tributários
IV – Créditos com privilégio especial (ex. LC 147/14) – art. 964 CC
V - Créditos com privilégio geral - art. 965 CC
VI – Créditos quirografários
VII – Multas contratuais e penas pecuniárias por infração de leis
VIII – Créditos subordinados.
IX - os juros vencidos após a decretação da falência
Sentença de Encerramento da Falência 
Sentença de encerramento da falência (art. 156)
Reabilitação do falido (art. 158) 
Pagamento de todos os créditos
Pagamento de mais de 25% dos quirografários
Fluxo Pós Falimentar (Reabilitação do Falido)
Após a sentença de encerramento da falência, termina o processo falimentar propriamente dito. Contudo, o falido poderá ter interesse em promover, posteriormente, a sua reabilitação. Para voltar a exercer atividade empresarial, inclusive, o falido deve obtê-la necessariamente. 
A reabilitação compreende a extinção das responsabilidades civis (art. 158) e penais do falido (art.94 CP).
Apresentar requerimento de declaração de extinção das obrigações, acompanhado da prova de quitação dos tributos relativos ao exercício do comércio (CTN, art. 191).
Falido reabilitado civil e criminalmente, pode voltar a explorar regularmente atividade empresarial. Se não requereu sua reabilitação, os efeitos da inabilitação limitam-se a 5 anos, contados da extinção da punibilidade (LF, art. 181, § 1º).
Recuperação Judicial Especial (MP e EPP)
Os requisitos dos arts. 48 e 51 e as regras de processamento são comuns às modalidades de recuperação judicial ordinária e especial, impondo ao devedor que declare sua intenção de valer-se do procedimento especial ao apresentar seu pedido inicial, comprovando uma daquelas condições – microempresário ou empresário de pequeno porte (LREF, art. 70, § 1º).
As principais distinções entre os planos de recuperação judicial ordinário e especial são: 
a) a legitimidade ativa para o plano especial, destinado aos microempresários e empresários de pequeno porte; 
b) a extensão do universo de credores abrangidos; 
c) a simplificação do procedimento; e 
d) a possibilidade de adoção de um único meio de recuperação – dilatório/remissório: dilação do prazo para pagamento dos credores em até 36 meses e proposta de abatimento do valor das dívidas.
Recuperação Judicial Especial 
Destinado a Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte
Procedimento simplificado (art. 170 CF)
Facultativo
Parcelamento em 36 vezes
Art. 70 a 72 LREF

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