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Antieméticos e gastrointestinais_

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UNIT - Medicina P5- Bianca Lima de Souza
Antieméticos e gastrointestinais 
FARMACOLOGIA
Doenças que mais acometem o trato
gastrointestinal: úlcera péptica
gástrica; náuseas e vômitos; DRGE;
lesões por estresse; úlcera péptica
duodenal;
● Fatores agressivos: H. pylori;
AINEs; Ácido; pepsina; cigarro; 
● Fatores protetores: muco;
bicarbonato; prostaglandinas;
● Os fármacos usados no TGI
podem ser divididos em: 
○ Fármacos que reduzem a
acidez intragástrica;
○ Fármacos que promovem
a defesa da mucosa;
● A fase gástrica inicia após
passagem do alimento em
direção ao estômago;
● O estômago tem função de
armazenamento, secreção do
fator intrínseco para absorção de
vitamina B12, digestão química e
mecânica, mistura dos alimentos,
entre outras. 
● Será regulada por um reflexo
longo antecipatório que
promove a liberação de
secreções, além de reflexos
curtos que possibilitam a
distensão da parede e a produção
de substâncias. 
● Partes do estômago: EEI,
cárdia, fundo, corpo, antro e
piloro;
● Tem-se presença de células
oxínticas, células principais,
células mucosas do colo, células
G, células D, células parietais e
células semelhantes às
enterocromafins com diferentes
secreções.
● A fase gástrica depende da
regulação da liberação do HCl
pela célula parietal, que promove
a digestão proteica e ocorre por
influência de vários mecanismos. 
● Após distensão do estômago pelo
alimento, a gastrina estimula a
secreção ácida por ação direta
nas células parietais ou
indiretamente por meio da
histamina, sendo que a
acetilcolina promove estimulação
por vias diretas e também
indiretas, ativando a produção de
histamina e gastrina. 
● Os produtos da digestão da
proteína também podem
influenciar diretamente a
produção de gastrina e,
consequentemente, de HCl. 
● Enquanto isso, a somatostatina
estimulada pelo H+ promove uma
retroalimentação negativa que
modula a liberação de HCl e
pepsina.
● O estômago também realiza
processos de quebra mecânica
pelos processos de propulsão,
mistura e retropropulsão. 
● No estômago apenas uma
pequena quantidade de
nutrientes é absorvida, pois suas
células epiteliais são
1
Introdução
2. Fisiologia da secreção
gástrica
2
impermeáveis, sendo o principal
sítio de absorção é o intestino
delgado pelas microvilosidades.
● Apesar de consagrados, com o
advento dos antagonistas de
receptores H2 e os IBPs, os
antiácidos foram substituídos
gradativamente.
● Proporcionam conforto transitório
e rápido em quadros ocasionais
de dispepsia ou refluxo
gastresofágico.
● Os antiácidos são bases fracas
que reagem com o ácido gástrico
formando água e um sal, para
diminuir a acidez gástrica. 
● Como a pepsina (uma enzima
proteolítica) é inativa em pH
acima de 4, os antiácidos
reduzem a atividade da pepsina.
● Os antiácidos variam amplamente
em composição química,
capacidade de neutralizar o ácido,
conteúdo de sódio, palatabilidade
e preço. 
● A eficácia de um antiácido
depende da sua capacidade de
neutralizar o HCl gástrico e do
fato de o estômago estar repleto
ou vazio (o alimento retarda o
esvaziamento do estômago,
permitindo mais tempo para o
antiácido reagir). 
● Antiácidos comumente usados
são combinações de sais de
alumínio e magnésio, como
hidróxido de alumínio e hidróxido
de magnésio [Mg(OH)2]. 
● O carbonato de cálcio (CaCO3)
reage com o HCl formando
dióxido de carbono (CO2) e
cloreto de cálcio (CaCl2) e é
também comumente usado. 
● A absorção sistêmica do
bicarbonato de sódio [NaHCO3]
pode produzir alcalose metabólica
transitória.
● Os antiácidos são usados para o
alívio sintético da úlcera péptica e
da DRGE. Eles também podem
promover a cicatrização de
úlceras duodenais. 
● Para eficácia máxima, devem ser
administrados após a refeição. 
● Bicarbonato de sódio: A
absorção de cloreto de sódio pode
exacerbar a retenção de líquido
em pacientes com insuficiência
cardíaca, hipertensão e
insuficiência renal;
2
3. Antiácidos
3
● Carbonato de cálcio: o uso de
doses excessivas de bicarbonato
de sódio ou de carbonato de
cálcio com derivados do leite
contendo cálcio pode levar ao
desenvolvimento de
hipercalcemia, insuficiência renal
e alcalose metabólica;
● Sais de magnésio: não
absorvidos podem causar diarreia
osmótica;
● Sais de alumínio: podem
provocar constipação intestinal.
Os sais de magnésio e de
alumínio costumam ser
administrados juntos em
formulações comerciais para
minimizar o impacto sobre a
função intestinal. São absorvidos
e excretados pelos rins.
● Não se devem administrar
antiácidos dentro de 2 horas após
a ingestão de doses de
tetraciclinas, fluoroquinolonas,
itraconazol e ferro.
● Farmacocinética: são mais
eficazes quando administrados
em suspensões;
● Os antiácidos podem ser
administrados 1 a 3 h após as
refeições e ao deitar. A presença
de alimento é suficiente para
elevar o pH gástrico e prolongar
os efeitos de neutralização dos
antiácidos.
● Podem elevar o pH urinário;
● O bicarbonato de sódio pode
exacerbar a retenção de líquido,
sugerindo certa cautela em
pacientes com insuficiência
cardíaca, hipertensão e
insuficiência renal.
● O aumento do pH gástrico, por
exemplo, pode reduzir a absorção
de fármacos como cetoconazol,
digoxina, captopril, isoniazida,
entre outros.
● Efeitos adversos: O hidróxido
de alumínio tende a causar
constipação, ao passo que o
hidróxido de magnésio tende a
produzir diarreia. 
● A absorção dos cátions dos
antiácidos (Mg2+, Al3+, Ca2+),
em geral, não é problema em
pacientes com função renal
normal; entretanto, podem
ocorrer acúmulo quando há
comprometimento renal.
● A secreção gástrica é estimulada
por acetilcolina (ACh),
histamina e gastrina. 
● As ligações de ACh, histamina ou
gastrina com seus receptores
resulta na ativação de
proteinocinases, que, por sua vez,
estimulam a bomba de prótons
H+/K+-adenosina trifosfatase
(ATPase) a secretar íons
hidrogênio em troca de K+ para o
lúmen do estômago. 
● Bloqueando competitivamente a
ligação da histamina aos
receptores H2, esses fármacos
reduzem a secreção do ácido
gástrico. 
● A cimetidina foi o primeiro
antagonista do receptor H2 da
histamina. Todavia, sua utilidade
é limitada por seus efeitos
adversos e suas interações.
● Ações: Os antagonistas de
receptor H da histamina atuam
seletivamente nos receptores H2
do estômago. 
● Eles são antagonistas
competitivos da histamina e
totalmente reversíveis.
USOS TERAPÊUTICOS
→ Úlceras pépticas: Os quatro
fármacos são igualmente eficazes para a
cicatrização das úlceras gástricas e
duodenais. Os pacientes com úlceras
induzidas por AINEs se possível devem
suspender seu uso ou fazer uma troca e
ser tratados com IBPs, pois esses
fármacos curam e previnem úlceras
futuras de modo mais efetivo.
→ Úlceras de estresse agudo: Os anti-
histamínicos H2 são usados
3
4. Antagonistas dos
receptores H2
4
normalmente por infusão intravenosa
para prevenir e lidar com essas úlceras
em pacientes de alto risco. O uso dos
IBPs é preferível nessa indicação.
→ DRGE: Doses baixas de antagonistas
H2, atualmente disponíveis, parecem
eficazes na prevenção e no tratamento
da queimação (DRGE) somente em cerca
de 50% dos pacientes. Os antagonistas
H2 atuam somente no controle da
secreção ácida. Por isso, eles não aliviam
os sintomas por, pelo menos, 45
minutos. Por essa razão, os IBPs são
preferidos atualmente no tratamento da
DRGE.
→ Dispepsia não ulcerosa: Os
antagonistas dos receptores H2 são
comumente usados para o tratamento
da dispepsia intermitente não causada
por úlcera péptica. Nunca foi possível
demonstrar de modo convincenteo
benefício desses fármacos em
comparação com o placebo.
● Sofrem metabolismo hepático de
primeira passagem;
● A nizatidina sofre pouco
metabolismo de primeira
passagem, apresentando
biodisponibilidade de quase
100%.
● Os antagonistas H2 mostram-se
particularmente efetivos na
inibição da secreção ácida
noturna (que depende, em
grande parte, da histamina), ao
passo que exercem impacto
moderado sobre a secreção de
ácido estimulada pelo alimento
(estimulada pela gastrina, pela
acetilcolina e pela histamina);
● As doses recomendadas mantêm
uma inibição do ácido de mais de
50% durante 10 horas; por esse
motivo, esses fármacos
costumam ser administrados 2
vezes ao dia;
● A absorção pode ser aumentada
pela presença de alimentos ou
diminuída por antiácidos.
● Farmacocinética: Após
administração oral, os
antagonistas H2 se distribuem
amplamente pelo organismo
(incluindo o leite materno e por
meio da placenta) e são
excretados principalmente na
urina. 
● Cimetidina, ranitidina e
famotidina também estão
disponíveis em formulações IV. 
● A meia-vida de todos esses
fármacos pode aumentar em
pacientes com disfunção renal.
● Efeitos adversos: Em geral, são
bem tolerados. 
● A cimetidina tem efeitos
endócrinos porque atua como
um antiandrogênico não
esteroidal. Os efeitos incluem
ginecomastia e galactorreia. 
● Os demais não produzem os
efeitos antiandrogênicos nem
estimulantes de prolactina.
● Outros efeitos no sistema nervoso
central (SNC), como confusão e
alterações mentais, ocorrem
primariamente em pacientes
idosos ou após administração IV. 
● A cimetidina inibe várias
isoenzimas CYP450 e pode
interferir em outros fármacos,
como varfarina, fenitoína e
clopidogrel. 
● Administração intravenosa rápida
dos antagonistas H2 pode causar
bradicardia e hipotensão pelo
bloqueio de receptores H2
cardíacos;
● Também pode ocorrer aumento
rebote na liberação de HCl
quando a administração desses
fármacos é interrompida de modo
abrupto.
● Todos os antagonistas H2 podem
reduzir a eficácia de fármacos
que exigem um ambiente
ácido para absorção, como o
cetoconazol.
4
5
● Hoje há disponíveis cinco IBPs:
omeprazol, esomeprazol,
lansoprazol, rabeprazol e
pantoprazol.
● Os IBPs se ligam à enzima H+/K+-
ATPase (bomba de prótons) e
suprimem a secreção de íons
hidrogênio para o lúmen gástrico. 
● A bomba de prótons ligada à
membrana é a etapa final da
secreção de ácido gástrico;
● Omeprazol, esomeprazol e
lansoprazol estão disponíveis em
formulações de venda livre para
tratamento de curto prazo da
DRGE.
● Ações: Esses fármacos são pró-
fármacos com um revestimento
entérico ácido-resistente para
protegê-los da degradação
prematura pelo ácido gástrico. 
● O revestimento é removido no
meio alcalino do duodeno, e o
pró-fármaco, uma base fraca, é
absorvido e transportado à célula
parietal. 
● Ali, ele é convertido no fármaco
ativo e forma uma ligação estável
covalente com a enzima H+/K+-
ATPase. 
● São necessárias cerca de 18
horas para ressintetizar a enzima,
e a secreção ácida é interrompida
durante esse período. 
● Existem produtos disponíveis de
uso oral, de venda livre e sujeitos
à prescrição, contendo omeprazol
associado com bicarbonato de
sódio para absorção mais rápida.
● Os IBPs são superiores aos
antagonistas H2 no bloqueio da
produção de ácido e na
cicatrização das úlceras. 
● São os fármacos preferidos no
tratamento e na profilaxia de
úlceras de estresse e para o
tratamento de DRGE, esofagite
erosiva, úlcera duodenal ativa e
condições hipersecretoras
patológicas. 
● Se o IBP diário só é parcialmente
eficaz contra os sintomas da
DRGE, melhora-se o controle com
o aumento da dosagem para duas
vezes ou associa-se com um
antagonista H2. 
● Os IBPs também diminuem o risco
de sangramento das úlceras
causadas por ácido acetilsalicílico
e outros AINEs e podem ser
usados para prevenção ou
tratamento. 
● Os IBPs também são usados
como antibacterianos, para
erradicar H. pylori.
● Todos esses fármacos são
eficazes por via oral. 
● Para obter o efeito máximo, os
IBPs devem ser ingeridos de 30 a
60 minutos antes do desjejum.
● A presença de alimento
concomitante à administração
dos IBPs reduz a
biodisponibilidade dos mesmos.
Os fármacos dessa classe têm
meia-vida sérica em torno de 1
hora e meia.
● A inibição da bomba de prótons é
irreversível, a secreção ácida
pode permanecer suprimida por
24 a 48 h, até que ocorra síntese
de novas bombas de prótons e
sua incorporação na membrana
luminal das células parietais.
● Nem todas as bombas de prótons
são inativadas com a primeira
dose do medicamento, são
necessários de 3 a 4 dias de
medicação diária.
● Esomeprazol, lansoprazol e
pantoprazol também estão
5
5. Inibidores da Bomba de
Prótons
6
disponíveis em formulações de
uso IV. 
● Embora a meia-vida desses
fármacos no plasma seja de
poucas horas, eles têm duração
de longa ação devido à fixação
covalente à enzima H+/K+-
ATPase. 
● Efeitos adversos: Os IBPs
geralmente são bem tolerados.
Omeprazol e esomeprazol podem
diminuir a eficácia do clopidogrel.
Podem aumentar o risco de
fraturas, particularmente se a
duração do uso for de 1 ano ou
mais. 
● A supressão prolongada do ácido
gástrico com os IBPs (e os
antagonistas H2) pode resultar
em carência de vitamina B12,
porque o ácido é necessário para
a sua absorção. O pH gástrico
elevado também pode prejudicar
a absorção de carbonato de
cálcio. 
● Pode ocorrer diarreia e colite por
Clostridium difficile em pacientes
que recebem IBP.
● Os IBPs causam poucos efeitos
adversos, e os mais comuns
consistem em náuseas, dor
abdominal, diarreia e flatulência.
● Efeitos adversos podem incluir
hipomagnesemia e maior
incidência de pneumonia.
● Pode haver interação com
varfarina (esomeprazol,
lansoprazol, omeprazol e
rabeprazol), diazepam
(esomeprazol e omeprazol),
ciclosporina (omeprazol e
rabeprazol), entre outras.
● São usados para o tratamento
de DRGE, úlceras pépticas e
duodenais, úlceras
relacionadas à infecção por H.
pylori, 
SUCRALFATO:
● Esse complexo de hidróxido de
alumínio e sacarose sulfatada se
liga a grupos carregados
positivamente em proteínas da
mucosa normal e necrótica. 
● Formam géis complexos com as
células epiteliais;
● Menos de 3% do fármaco intacto
e alumínio são absorvidos pelo
trato intestinal, é excretado nas
fezes o restante;
● O sucralfato cria uma barreira
física que protege a úlcera da
pepsina e do ácido, permitindo a
cicatrização.
● O sucralfato é administrado em
uma dose de 1g, 4 x ao dia, com
o estômago vazio (pelo menos 1
hora antes das refeições).
● É eficaz no tratamento das
úlceras duodenais e na prevenção
das úlceras por estresse, mas seu
uso é limitado devido à
necessidade de dosificações
diárias múltiplas e interações. 
● Como requer um pH ácido para
sua ativação, o sucralfato não
deve ser administrado com IBPs,
antagonistas H2 ou antiácidos. 
● Efeitos Colaterais: Constipação
intestinal;
● Pode interferir na absorção de
outros fármacos. 
● Não previne as úlceras induzidas
pelos AINEs e nem cicatriza
úlceras gástricas.
SUBSALICILATO DE BISMUTO:
● Este fármaco é usado como
componente de tratamento
quádruplo para cicatrizar úlceras
pépticas. 
● Uso Clínico: H. Pilory e Diarréia do
Viajante;
● Além da sua ação antimicrobiana,
ele inibe a atividade da pepsina,
aumenta a secreção de muco e
interage com glicoproteínas na
mucosa necrótica, revestindo e
protegendo a úlcera.
● Efeito citoprotetor devido
aumento da secreção de
prostaglandinas, muco e
bicarbonato; inibição da pepsina e
6
6. Fármacos que promovem
a defesada mucosa
7
sedimentação preferencial dos
compostos nas crateras das
úlceras.
● O subsalicilato de bismuto diminui
a frequência das evacuações e as
evacuações liquidas na diarréia
infecciosa aguda.
● Sofre rápida dissociação no
estômago, possibilitando a
absorção e é rapidamente
absorvido e excretado na urina.
● Pode provocar enegrecimento das
fezes;
● Em altas doses pode resultar em
toxicidade do salicilato.
● Podem reduzir a
biodisponibilidade das
tetraciclinas e outros fármacos
quelantes;
● Não se recomenda o uso
pediátrico.
● A prostaglandina E2 e a
prostaciclina agem no receptor
EP3 nas células parietais inibindo
a secreção de HCl;
● A prostaglandina E2, produzida
pela mucosa gástrica, inibe a
secreção de ácido e estimula
a secreção de muco e
bicarbonato (efeito
citoprotetor). 
● A deficiência de prostaglandinas
pode estar envolvida na
patogênese das úlceras pépticas. 
● Misoprostol, um análogo da
prostaglandina E1, está
aprovado para a prevenção de
úlceras gástricas causadas por
AINEs.
● Precisa ser administrado 3 a 4 x
ao dia;
● Excretado na urina;
● O uso profilático do misoprostol
deve ser considerado em
pacientes que estão recebendo
AINEs e se encontram sob risco
moderado ou alto. 
● O misoprostol é contraindicado na
gravidez, pois pode estimular as
contrações do útero. 
● Efeitos adversos: Diarreia e
náuseas dose-dependentes.
Assim, os IBPs são os fármacos
preferidos para a prevenção de
úlceras causadas por AINEs.
● Estimular seletivamente a função
motora do intestino;
● Aumentam a pressão do esfíncter
esofágico inferior são úteis na
DRGE;
● Melhoram o esvaziamento
gástrico gastroparesia;
● Intensificam o trânsito colônico e
podem ser úteis no tratamento da
constipação.
METOCLOPRAMIDA E DOMPERIDONA
● A metoclopramida e a
domperidona são antagonistas
dos receptores dopamínicos D2;
● No trato gastrintestinal, a
ativação dos receptores de
dopamina inibe a estimulação
colinérgica do músculo liso;
sendo o bloqueio desse efeito o
principal mecanismo procinético;
● Aumentam a amplitude
peristáltica do esôfago e
7
7. Análogos das
prostaglandinas
8. H. pylori
9. Procinéticos
8
aceleram o esvaziamento
gástrico;
● Não exercem nenhum efeito
sobre a motilidade do intestino
delgado ou do colón;
● A metoclopramida e a
domperidona também bloqueiam
os receptores dopamínicos D2 na
zona de gatilho quimiorreceptora
do bulbo, resultando em poderosa
ação antináusea e
antiemético.
● Doença do refluxo
gastroesofágico: são utilizados no
tratamento da DRGE sintomática; 
● Comprometimento do
esvaziamento gástrico: são
amplamente usados no
tratamento de pacientes com
esvaziamento gástrico tardio. 
● Dispepsia não ulcerosa: levam
a uma melhora sintomática em
um pequeno número de pacientes
com dispepsia crônica.
● Prevenção dos vômitos: são
usadas na prevenção e no
tratamento dos vômitos.
● Estimulação da lactação pós-
parto: Pode ser recomendada
para promover a lactação pós-
parto.
● Efeitos colaterais: Em 10 a 20%
dos pacientes, idosos, ocorrem
inquietação, sonolência, insônia,
ansiedade e agitação devido ao
efeito no SNC.
● Efeitos extrapiramidais
(distonia, acatisia, manifestações
parkinsonianas)- bloqueio dos
receptores dopamínicos centrais,
25% dos pacientes doses altas e
em 5% terapia de longo prazo.
● A metoclopramida quando usada
tempo prolongado
desenvolvimento de discinesia
tardia.
● Podem aumentar os níveis de
prolactina causando galactorreia,
ginecomastia, impotência e
distúrbios menstruais.
● A domperidona é muito bem
tolerada, não atravessa a barreira
hematoencefálica, os efeitos
neuropsiquiátricos e
extrapiramidais são raros.
BROMOPRIDA
● Bloqueio de receptores D2 no
SNC e no trato gastrintestinal
aumento da atividade
colinérgica de maneira indireta,
estimulando a motilidade
gastrintestinal;
● O pico de concentração 2,5 a 3 h
após administração;
● 10 a 14% da dose administrada é
excretada de maneira inalterada
pela urina; o restante é
metabolizado no fígado;
● Biodisponibilidade: 54 a 74%
(via oral) e 78% (via
intramuscular).
● Uso clínico: Distúrbios da
motilidade gastrintestinal,
náuseas e vômitos de origem
central e periférica, refluxo
gastroesofágico e em
procedimentos radiológicos do
trato gastrointestinal.
● Reações adversas :
inquietação, sonolência e fadiga,
com menor frequência pode
ocorrer insônia, cefaléia, tontura
e náuseas.
● Atravessa a barreira
hematoencefálica, antagonizando
receptores d2 no estriado,
induzindo sintomas
extrapiramidais.
● Hipófise, o antagonismo d2
estimula a secreção de prolactina
e induz efeitos como galactorreia
e ginecomastia.
● Não se recomenda seu uso na
gravidez.
● Efeitos na motilidade
gastrintestinal podem ser
antagonizados por fármacos
anticolinérgicos.
● Potencialização dos efeitos
sedativos quando se administra
bromoprida junto com álcool ou
outros depressores do snc.
● Liberação de catecolaminas; 
8
9
● Diminuição da absorção de
fármacos pelo estômago
(digoxina) ou aumento da
absorção no intestino delgado
(paracetamol, tetraciclina,
levodopa, etanol).
LAXATIVOS FORMADORES DE MASSA
● São colóides hidrofílicos não
digeríveis que absorvem água,
formando um gel emoliente e
volumoso, que provoca
distensão do cólon e promove
peristalse.
● As preparações comuns incluem
produtos vegetais naturais (psilio,
metilcelulose) e fibras sintéticas
(policarbofila).
● A digestão bacteriana das fibras
vegetais no interior do colón pode
resultar em aumento da distensão
e flatulência.
LAXATIVOS AMOLECEDORES
● Os fármacos comuns incluem o
docusato (oral ou enema) e os
supositórios de glicerina;
● O óleo mineral é um óleo
viscoso claro que lubrifica o
material fecal, retardando a
absorção de água das fezes.
● É utilizado na prevenção e no
tratamento da impactação fecal
em crianças de pouca idade e em
adultos debilitados.
● Pode ser misturado com sucos.
● A aspiração pode resultar em
pneumonite grave por lipídeo.
● O uso em longo prazo pode
comprometer a absorção das
vitaminas lipossolúveis (A, D, E,
K).
LAXATIVOS OSMÓTICOS 
● São compostos solúveis, porém
não absorvíveis, que resultam
em aumento da liquefação
das fezes, devido a um aumento
obrigatório da água fecal.
● Estão disponíveis em três
modalidades:
→ Laxantes Salino: que contêm
magnésio ou fosfato sendo o último mais
absorvido.
→ Açúcares Indigeríveis: Lactulose,
um dissacarídeo sintético formado por
galactose e frutose, que sofre a ação
bacteriana liberando ácidos graxos de
cadeia curta que estimulam a motilidade
intestinal e atraem água para o lúmen
intestinal.
→ Soluções eletrolíticas de
polietilenoglicol (PEG): ficam retidas
no lúmen intestinal em virtude da alta
natureza osmótica e costumam conter
em sua formulação uma mistura
isotônica de sulfato de sódio,
bicarbonato de sódio, cloreto de sódio e
cloreto de potássio, evitando perdas
eletrolíticas.
LAXATIVOS ESTIMULANTES
● Exercem efeitos diretos em
enterócitos, neurônios
intestinais e na musculatura
lisa do trato gastrintestinal. 
● Esses efeitos parecem ocorrer
como resultado da indução
inflamatória com acúmulo de
água, eletrólitos e aumento da
motilidade intestinal.
● Estão disponíveis em três
modalidades:
→ Antraquinonas: derivados de plantas
como Aloe vera (babosa), Rhamus
purshiana (cáscara-sagrada) e Cassia
senna (sene).
→ Óleo de Rícino:
→ Derivados de Difenilmetano:
Bisacodil e picossulfato de sódio
● A diarréia é causada pela
sobrecarga osmótica presente
no intestino, incluindo secreção
de eletrólitos e água no lúmen
9
10. Laxativos
11. Agentes antidiarréicos
10
intestinal e exsudação de
proteínas e líquidos.● A aceleração do trânsito e
redução na absorção de líquidos
também pode induzir diarréia.
● Investigação etiológica facilita
o tratamento.
LOPERAMIDA
● É um agonista opióide de venda
livre;
● Não atravessa a barreira
hematoencefálica;
● Não exibe nenhuma propriedade
analgésica;
● Atua em receptores μ periféricos,
é um antidiarréico que aumenta
o tônus do esfíncter anal e
tem atividade antissecretora
contra a toxina da cólera e
alguns tipos de toxina da E.
coli.
ANTAGONISTAS DO RECEPTOR 5-HT3
DE SEROTONINA 
● A ondansetrona é o protótipo
desse grupo.
● Propriedades antieméticas
potentes, mediadas, por meio do
bloqueio dos receptores 5-HT3
centrais no centro do vômito e na
zona de gatilho quimiorreceptora,
e principalmente pelo bloqueio
dos receptores 5-HT3
periféricos nos nervos aferentes
espinais e vagais intestinais
extrínsecos.
● A ação antiemética limita-se aos
vômitos atribuíveis a estimulação
vagal; 
● Não inibem os receptores
dopamínicos ou muscarínicos.
● Não exercem efeitos sobre a
motilidade esofágica ou gástrica;
● Podem retardar o trânsito
colônico.
● Efeitos adversos: prisão de
ventre ou diarreia, cefaléia e
tontura.
● Atenção para pacientes com
histórico de arritmias.
● Usos clínicos: São
extremamente úteis em náuseas
e vômitos induzidos por
quimioterapia, radioterapia e pós-
operatório.
● São eficazes na hiperêmese
gestacional; entretanto, não
devem ser administrados a
mulheres que estejam grávidas
ou amamentando sem prescrição
médica.
ANTI-HISTAMÍNICOS
● A difenidramina e sal
dimenidrinato são antagonistas
de primeira geração dos
receptores de histamina H1.
● A prometazina é outro
antagonista H1.
● Ambas têm também propriedades
anticolinérgicas.
● Meclizina, um antagonista de
primeira geração, mas que não
tem propriedades anticolinérgicas
significativas.
● Farmacocinética: rápida
absorção após administração oral,
alcançando concentrações
máximas em torno de 1 a 2 h. Os
antagonistas de primeira geração
10
12. Agentes antieméticos
11
penetram facilmente no SNC. O
efeito costuma perdurar de 4 a 6
h.
● Meclizina pode ter duração maior,
em torno de 12 a 24 h após a
administração.
● Efeitos adversos: Atravessam a
barreira hematoencefálica e
causam sedação. O dimenidrinato
e a prometazina têm ações
anticolinérgicas, podem causar
efeitos como boca seca e
retenção urinária, assim como
ressecamento das vias
respiratórias.
● Usos clínicos: Prevenção da
cinetose.
● Deve-se ter cuidado na êmese
gestacional em razão do possível
efeito teratogênico,
especialmente com os anti-
histamínicos de primeira geração.
● A difenidramina pode ser usada
com segurança na gestante, mas
não na amamentação, em razão
de sua excreção no leite materno.
CANABINÓIDES
● O dronabinol é um canabinóide
natural extraído da Cannabis
sativa, popularmente conhecida
como maconha.
● Pode ser sintetizado
quimicamente.
● Mecanismo de ação: O
mecanismo de ação antiemética
do dronabinol é desconhecido,
mas provavelmente envolve
receptores CB1 nos neurônios ao
redor do centro do vômito.
● Uso Clínico: O dronabinol tem
sido empregado como agente
antiemético na quimioterapia.
Além disso, estimula o apetite e
tem sido útil também em
pacientes com AIDS e anorexia.
● Farmacocinética: Altamente
lipossolúvel, é absorvido
rapidamente após administração
oral, com início de ação em torno
de 1h e picos máximos atingidos
entre 2 e 4 h.
● Sofre metabolismo de primeira
passagem no fígado, a
biodisponibilidade é reduzida (10
a 20%), apesar da alta
lipossolubilidade.
● A metabolização hepática resulta
em metabólitos ativos e inativos
que são excretados, pela via
biliar-fecal; 
● O dronabinol e seus metabólitos
ligam-se amplamente às
proteínas plasmáticas (> 95%); 
● Efeitos adversos: O dronabinol
causa efeitos semelhantes aos da
maconha, como euforia,
sonolência, desinteresse, tontura,
ansiedade, nervosismo, pânico,
distúrbios do raciocínio, entre
outros.
● Pode induzir a uma hiperatividade
simpaticomimética que leva a
palpitações, taquicardia,
vasodilatação, hipotensão e
congestão conjuntival (olhos
injetados).
● A interrupção repentina do
fármaco pode levar a uma
síndrome de abstinência.
● Em razão de sua grande afinidade
pelas proteínas plasmáticas, o
dronabinol pode deslocar outros
fármacos relacionados, e é
necessário muitas vezes um
ajuste de dose.
 
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