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Universidade Tiradentes - Medicina P3 Avaliação neonatal TUTORIA 1.1 MATURIDADE FETAL: ● A maturidade fetal diz respeito ao desenvolvimento completo dos órgãos fetais. ● A maturidade é principalmente em relação ao pulmão, porque esse é o último órgão a se desenvolver. Pré-termo: até 36 semanas e 7 dias Termo: 37 a 42 semanas Pós-termo: depois de 42 semanas Pulmão fetal : ● Tem seu desenvolvimento por volta da 3ª semana de gestação, porém é a partir da 16ª até a 24ª semana que tem seu desenvolvimento mais intensificado. ○ Pneumócitos tipo I: São células de revestimento alveolar ○ Pneumócitos tipo II: Células responsáveis pela produção de surfactante, uma substância importante para que os alvéolos pulmonares não se colabem no final da expiração. ● O surfactante pulmonar diminui a tensão superficial entre o ar e o líquido no interior dos alvéolos ● Quanto menor a IG ao nascimento maior é o risco de desenvolvimento de Síndrome do desconforto respiratório (SDR) (34 semanas = 20%) ● O líquido proveniente do pulmão fetal contribui para a formação do Líquido Amniótico, logo, o surfactante pulmonar fetal pode ser estimado pelo líquido amniótico Avaliação da maturidade fetal : ● Avaliação pela idade fetal: a partir de 37 semanas é considerado feto a termo (259 dias contados a partir do 1º dia da última menstruação) ○ US do 1º trimestre: Através do comprimento crânio-caudal. ○ US do 2º trimestre: medem o diâmetro bi- parietal do fêmur e úmero. ● Avaliação placentária: intensidade, quantidade e extensão de calcificação da placenta, avaliado pelo exame US. ○ Grau I: Presença de pequenas calcificações intra placentárias ○ Grau II: Presença de calcificações na placa basal ○ Grau III: Compartimentação da 1 Entender os parâmetros para avaliação da vitalidade e maturidade do RN: placenta pela presença de calcificação da placa basal à coriônica ● Altura uterina: A AU cresce 1 cm por semana a partir da 20/22 semana até a 34ª semana, e a mesma tem relação com a idade gestacional ● Amniocentese: É feita uma punção na cavidade amniótica, com coleta de líquido amniótico ● Aminioscopia:É feito através do amnioscópio; É preciso que a paciente tenha um certo grau de dilatação para que o exame seja realizado; Devemos verificar se há presença de grumos no líquido amniótico. ● Dosagem da creatinina no LA: O rim é um dos últimos ó rgãos a se desenvolver. Portanto, se dosarmos a creatinina e verificarmos que o rim está desenvolvido, por lógica o pulmão também estará. ● Contagem das células orangiófilas: São células descamativas da epiderme fetal ricas em gorduras presentes no LA; Maturidade da pele fetal = Maturidade pulmonar ● Células Lugol positivas: são células fetais imaturas da epiderme. O lugol cora as células imaturas. Quanto maior for a quantidade de células coradas pelo lugol, menor é a maturidade fetal. ● Teste de Clements: Avaliação indireta da presença de surfactante no L A: Pesquisa de esfingomielina e lecitina. É feita a amniocentese e retirada de líquido amniótico. ● Peso de nascimento: ● Alto peso: >4000g ● Baixo peso: <2500g ● Muito baixo peso: <1500g ● Extremo baixo peso: <1000g ● Relação do peso de nascimento com idade gestacional: Reflete a qualidade do crescimento fetal e permite a determinação de risco para problemas perinatais. (Curva de crescimento intrauterino, de Alexandre). ○ Adequado para a idade gestacional (AIG): Se o peso de nascimento está entre o 10º e 90º percentil, para determinada idade gestacional. ○ Pequeno para a idade gestacional (PIG): Abaixo do 10º percentil. ○ Grande para a idade gestacional (GIG): Acima do 90º percentil. ● M e d i d a s d o R N : mensuração do peso de nascimento antropometria (comprimento, perímetro cefálico 2 e torácico) poderão ser postergados e realizados no momento antes do primeiro banho e comparar suas medidas com curvas padrões. ○ Comprimento 48-52 cm; ○ Perímetro cefálico: normalmente, 33 e 35 e nos prematuros, 33 a menos. ○ Perímetro torácico: no RN à termo, em geral, 1 a 2 cm menor que o perímetro cefálico. ● Avaliação da idade gestacional: Devem ser realizados, preferencialmente, com 12 horas de vida. Os métodos de avaliação clínica mais utilizados em nosso meio são de capurro (nas primeiras 48 horas), de fácil e rápida execução, analisa apenas 6 características do que foi estudado por Dubowitz. Esses métodos de avaliação se baseiam em parâmetros físicos e neuromusculares que demonstram um padrão previsível de maturação com o decorrer da gravidez. Assim, apesar da idade gestacional, calculada em tempo, seja precisa, ela não avalia a maturação dos vários sistemas. Todos os métodos são somados a uma fórmula que irá dar como resultado a idade gestacional em dias/semanas. → Pele: inicialmente rosa com vasos proeminentes em abdome que gradativamente tornam-se menos visíveis à medida que vai adquirindo quantidades progressivas de queratina, a pele apresenta-se cada vez mais espessa, opaca e descamativa. → Vérnix: (substância branca e gordurosa que recobre a pele do bebê, proveniente do acúmulo de secreções das glândulas sebáceas, células epiteliais e lanugem) em grande quantidade no RN pré-termo, diminui com o progredir da idade gestacional e torna-se cada vez mais espaço. No RN à termo, limita-se às regiões de dobras. → Lanugo: lunagem fina e longa começa aparecer com 19-20 semanas; é abundante com 27-28 semanas; e desaparece primeiramente na face tronco e membros. No RN, a termo é ausente ou escasso, pode estar presente apenas nos ombros. → Unhas: aparecem a partir da 20ª semana no RN pós-termo podem ser bem longas. → Região plantar: as pregas plantares surgem pela atividade muscular e compressão intra uterina e se desenvolvem a partir dos dedos em direção ao calcanhar. → Glândula e aréola mamária: inicialmente imperceptível, a aréola torna-se cada vez mais visível, e o mamilo puntiforme. Com o aumento progressivo da glândula mamária, auréola adquire contornos elevado. 3 → Orelha: mole e plana, com pouca cartilagem, torna-se mais firme e encurvada quanto maior a idade gestacional. → Genitália externa feminina: depende em parte do estado nutricional fetal. O clitóris é proeminente com 30-32 semanas; os grandes lábios, inicialmente pequenos e separados, crescem em tamanho e volume e cobrem o clítoris do RN a termo. → Genitália externa masculina: os testículos com 30 semanas podem ser palpados no canal inguinal. Na 37ª semana, encontram-se na porção superior da bolsa escrotal e completam o trajeto com 40 semanas; As rugas do escroto surgem na porção anterior, com aproximadamente 36 semanas, e completam-se com 40 semanas. No RN pós-termo, a bolsa escrotal apresenta-se pendular e enrugada. → Tônus muscular: Aumento progressivo no sentido, caudo-cefálico. Com 28 semanas, o RN apresenta-se hipotônico com os 4 membros em extenção. Com 30 semanas, aparece leve flexão de pés e joelhos; o padrão flexor progride para a coxa e quadril com aproximadamente 34 semanas; Nesta fase, os membros superiores permanecem estendidos; Com 35 semanas, inicia-se a flexão dos cotovelos; Com 40 semanas ocorre flexão dos 4 membros, com resistência à extensão passiva. → Ângulos flexores tornam-se gradativamente mais agudos com o aumento do tônus flexor. → Reação de progressão tônica: surge inicialmente até membros inferiores, com 32 semanas; Segue até o tronco, com 36 semanas e se completa até o pescoço com 40 semanas. 1.2 VITALIDADE FETAL: ● Avaliação do bem-estar fetal ● Orienta a escolha do momento ideal para a interrupçãodas gestações, nas quais os riscos de permanência da vida fetal superam o do ambiente extra - uterino. ● Vitalidade (presença de batimentos cardíacos, movimentos corporais, respiratórios, tônus fetal e quantidade de líquido amniótico) ● Na ausência de vitalidade, casos de óbito fetal, observa-se que o útero não aumenta, as mamas perdem o ingurgitamento, pode haver eliminação de colostro e perda dos fenômenos congestivos do aparelho genital. Avaliação da vitalidade fetal : ● Mobilidade fetal: Se o bebe está bem, ele tem mobilidade; ○ Os movimentos fetais (MF) podem variar de 4 a 100 em uma hora. ○ São máximas entre 28 a 34 semanas de gestação. ○ No termo, a gestante só reconhece 40% dos MF ○ A mobilidade fetal é avaliada pelo mobilograma 4 ○ Quando o feto não está bem, ele poupa energia não se mexendo ● Altura uterina: Avalia o crescimento fetal Se o feto está bem ele cresce, se não está bem ele não cresce para economizar energia. ● Batimentos cardíacos fetais: Cardiotocografia ○ Linha de base – 110 a 160 ○ Variabilidade 10 a 25 ○ Feto pré-termo: 120 – 160 bpm ○ Feto à termo: 110 a 160 bpm ● Pontuação: ○ Linha de base (110-160 bpm) – 1 ponto ○ Variabilidade (10-25 bpm) – 1 ponto ○ Acelerações transitórias (15 segundos e 15 bpm) – 2 pontos ○ Desacelerações (nenhuma) – 1 ponto ● Classificação: ○ Ativo - índice de 4 e 5 – normal ○ Hipoativo - índice de 2 e 3 – suspeito ○ Inativo - índice de 0 e 1 – anormal ● Perfil Biofísico fetal: É o ultrassonografista que faz, a partir da 26ª semana; Exame não invasivo; Avalia marcadores agudos e crônicos: ○ Marcadores agudos: ○ Frequência cardíaca fetal (CTG e AT) ○ Movimentos respiratórios fetais ○ Movimentos corporais fetais ○ Tônus fetal ○ Marcador crônico: Líquido amniótico (medida do maior bolsão) ÍNDICE APGAR: ● É um método prático de avaliar sistematicamente os recém- nascidos logo após o nascimento. ● Uma pontuação baixa pode ser resultado de estresse fetal, prematuridade e fármacos dados para a mãe durante o parto. ● Baixos índices de Apgar e o pH sanguíneo da artéria umbilical predizem morte neonatal. ● Recém-nascidos que não conseguiram iniciar a respiração devem receber a reanimação rapidamente (ainda no primeiro minuto de vida – “o minuto de ouro”) e observação atenta. SINAL 0 1 2 Frequência cardíaca Ausente Abaixo de 100 Acima de 100 Padrão respiratório Apneia Gasping, irregular Regular, chorando Tônus muscular Flácido Hipotônico Moviment ação ativa Resposta ao a cateter na narina (teste depois que a orofaringe está limpa) Sem resposta Careta Tosse ou espirro Cor Cianose central, pálido Corpo rosa, cianose das extremidad es Completa mente rosa → Desconforto respiratório: Avalia o esforço e ritmo respiratório. A presença de dificuldade pode revelar tanto o comprometimento pulmonar como extra pulmonar. 5 → Traumas obstétricos: lesões de pele e de partes moles, fraturas, lesões do sistema nervoso central, do sistema nervoso periférico e lesões viscerais. → Defeitos externos: malformações externas que exigem atendimento de urgência. → Exame da placenta e cordão umbilical: as alterações grosseiras podem auxiliar no cuidado neonatal e contribuir para o estabelecimento diagnóstico de situações como desnutrição, asfixia, infecções e etc. → Choro deve ser audível, de timbre variável e harmônico: a qualidade dos choro, assim como a intensidade de estímulos para consolar a criança também são fatores que devem ser registrados. O choro excessivo, difícil de acalmar, deve ser considerado como irritabilidade anormal. Pode estar associado a alterações clínicas e neurológicas. → Atividade espontânea: Observe a expressão facial, qualidade, amplitude, quantidade e simetria de movimentos nos vários estados de alerta da criança. No RN com boa vitalidade, ou seja, RN, à termo com tônus normal, choro ou respiração regular e movimentação ativa, com apgar de 1 e 5 minutos acima de 7, recomenda-se após 1 hora de contato pele a pele, sejam verificados: ● Temperatura: cerca de 37 °C, com variações entre 36,5 °C e os 37,5 °C. ● Frequência respiratória: Pode- se avaliar por ausculta ou observação direta, durante, no mínimo, 1 minuto. A frequência normal no RN a termo varia de 30 a 60 incursões por minuto. ● Pressão Arterial: Pode ser aferida com monitorização intravascular direta ou através de aparelhos oscilométricos ou de Doppler. Entre 60-90 mmHg para a máxima e 30-60 mmHg para a mínima. ● É uma das manifestações mais frequentes do período neonatal. ● Coloração amarelada da pele e/ ou conjuntivas ● É definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) > 1,5 mg/ dL ou de bilirrubina direta (BD) > 1,5 mg/dL, desde que esta represente mais do que 10% do valor de bilirrubina total (BT). ● É visível na avaliação clínica quando BT sérica excede 5 mg/ dL. ● Desenvolve-se em 85% dos RN a termo, e também a maior parte dos prematuros. FISIOPATOLOGIA: ● Pode ter origem na sobrecarga de bilirrubina no hepatócito por conta da produção aumentada de BI: o RN produz 2 a 3 vezes mais bilirrubina do que o adulto. ● O RN tem maior quantidade proporcional de hemoglobina e menor vida média das hemácias, que é de 70 a 90 dias. ● O catabolismo de 1 g de hemoglobina fornece 34 mg de bilirrubina (No RN/dia: 6 a 10 mg/kg). ● A classificação da icterícia neonatal: ○ Hiperbilirrubinemia indireta: aumento sérico da fração livre (BI) ○ Hiperbilirrubinemia direta: acúmulo da fração conjugada, ou direta (BD). Uma vez presente na corrente sanguínea, a bilirrubina é transportada até o fígado, onde é excretada juntamente com a bile e, 6 2. Compreender a fisiopatologia da icterícia, a classificação de Krammer e o manejo com fototerapia: posteriormente, chega ao intestino delgado por meio dos dutos biliares. Em seguida, o excesso é eliminado nas fezes e na urina. Em pessoas que sofrem com icterícia, existem problemas no processamento e excreção da bilirrubina por parte do fígado e/ou dos ductos biliares. Como resultado, a concentração da substância no sangue aumenta consideravelmente. HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA: ● O ideal é dosar as bilirrubinas em todos os bebês ictéricos. ● A amostra de sangue coletado deve permanecer envolto em papel alumínio para evitar o contato com a luz e a degradação da bilirrubina. ● Os aparelhos apresentam coeficiente elevado de correlação (0,91 a 0,93) com a BT sérica até valores de 13 a 15mg/dL em RN a termo e pré‐termo. ● Valores ≥ 13 mg/dL devem ser confirmados pela mensuração sérica de BT. ● Investigação: Bilirrubina total e frações; hemoglobina; hematócrito; contagem de reticulócitos; tipagem da mãe e RN; Prova de Coombs direta. ● A icterícia nas primeiras 24 a 36 horas de vida alerta para a presença de doença hemolítica por incompatibilidade sanguínea Rh ou ABO. ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: ● Trata-se de quadro comum, benigno e autolimitado. ● Reflete uma adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina. ● A literatura classicamente atribui o valor de 13 mg/dL como o máximo para delimitar a icterícia fisiológica. CAUSAS NÃO FISIOLÓGICAS: ● Alguns fatores de risco para hiperbilirrubinemia indireta com necessidade de tratamento: ○ Mãe de tipagem O, e/ou Rh negativo ○ Irmão prévio que necessitou de tratamento ○ Mãe diabética ○ Peso de nascimento entre 2.000 e 2.500 g e/ou idade gestacional entre 35 e 38 semanas: por conta da capacidade diminuída da conjugação hepática da bilirrubina e da dificuldade na sucção e deglutição. ○ Sexo masculino ○ Baixo aporte de leite materno na primeira semana de vida, com perda exageradade peso pelo RN ○ Alta precoce da maternidade. ○ Primeiras 24 horas de vida. ● Jejum prolongado: que favorece a absorção da bilirrubina no nível intestinal e seu maior aporte para a circulação sanguínea. ● Hipotireoidismo congênito. ● Nos casos de céfalo‐hematoma, equimoses ou outros sangramentos pode manifestar a hiperbilirrubinemia. ● Deficiência de G6PD que é uma doença genética associada ao cromossomo X. ● “Icterícia por leite materno”, de início entre 3 e 5 dias de vida, pico após 2 semanas e declínio lento, desaparecendo entre 3 e 12 semanas. Não há necessidade 7 de tratamento e não se indica a descontinuidade do aleitamento. ABORDAGEM DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA: ● Nomograma de Bhutani: Esse nomograma classificou os riscos do valor de BT, com predomínio de BI, em RN com 35 semanas ou mais. ● A designação de risco de RN saudável de termo é baseada nos valores de bilirrubina específicos para sua idade em horas de vida. ● A classificação orienta liberar ou não a alta hospitalar e elaborar o plano de investigação e tratamento da icterícia. INCOMPATIBILIDADE DE RH (ANTÍGENO D): ● A hemólise ocorre quando as hemácias do feto e RN, portadoras do antígeno D, são destruídas por anticorpos maternos IgG anti‐D. ● São mães sensibilizadas em gestações anteriores que não receberam imunoglobulina específica, com prova de Coombs indireta positiva. Teste da Antiglobulina Direto (Coombs direto): é uma técnica laboratorial para determinar se os eritrócitos foram fixados in vivo (opsonizados) por imunoglobulinas, complemento, ou ambos. Teste da antiglobulina indireta (Coombs indireto): é usado em exames pré-natais de gestantes Rh negativo e em exames de sangue antes de transfusões sanguíneas. Ele detecta se a pessoa de sangue Rh negativo possui anticorpos contra o tipo positivo. Reticulócitos: São hemácias imaturas, que são liberadas no sangue, quando há uma falta das mesmas, como numa hemólise. ● A intensidade da hemólise: ○ Formas leves: icterícia tratável no máximo por fototerapia e anemia, que pode perdurar entre 1 e 3 meses. ○ Formas moderadas: tratadas com fototerapia por vários dias, às vezes com indicação de exsanguinotransfusão (EST) anemia mais profunda e também encontrada até 1 a 3 meses. ○ Formas graves: com hidropsia fetal e péssimo prognóstico. O Coombs direto é sempre positivo, e a contagem de reticulócitos, alta. INCOMPATIBILIDADE ABO: ● Caracterizada pela tipagem A ou B em RN de mãe O, seja Rh positivo ou negativo. ● Mais encontrada na primeira gestação. ● A icterícia costuma aparecer nas primeiras 24 ou 36 horas de vida, e a hemólise pode ocorrer por até 2 semanas. ● O nível de BT pode atingir valores altos, como 20 mg/ dL. ● Menos grave do que a incompatibilidade Rh. ● Usualmente tratada por fototerapia; em alguns casos, a EST é indicada. ● Prova de Coombs positiva pode ser evidenciada em 20% dos casos, sem traduzir hemólise maciça. 8 TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA: ● Compreendem a fototerapia, EST e a imunoglobulina standard endovenosa. ● A conduta depende aos resultados da triagem para bilirrubina baseada no nomograma de Bhutani. ● Há vários aplicativos de celular que fornecem a conduta a ser tomada de acordo com a Academia Americana de Pediatria, com base no valor da bilirrubina total, tempo de vida e fatores de risco. ● A fototerapia com proteção ocular visa a reduzir os níveis de bilirrubinas que poderiam indicar EST. ○ A eficácia depende do comprimento de onda da luz, da irradiância espectral e da superfície corpórea exposta à luz. ○ É um procedimento bastante comum nas maternidades brasileiras. ○ É popularmente conhecida como banho de luz. ○ O equipamento emite uma luz clara (a luz azul é considerada a mais eficaz) capaz de quebrar o excesso de bilirrubina presente na corrente sanguínea, de forma que ela seja eliminada mais rapidamente pelo organismo. ○ O recém-nascido deve ser colocado nu sob o equipamento de fototerapia. ○ De tempos em tempos, é necessário mudá-lo de posição. ○ O tempo de tratamento varia de acordo com a resposta de cada paciente e a consequente redução dos níveis de bilirrubina no sangue. ○ Percentil 95 indica-se fototerapia de alta intensidade. Não deve haver interrupção de exposição do RN, sequer para mamar. ● EST: É um procedimento invasivo, de elevada morbidade; Inclui complicações metabólicas, hemodinâmicas, infecciosas, vasculares, hematológicas Pode haver reações pós‐transfusional e enxerto‐hospedeiro. HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA: ● A elevação do nível de BD resulta de distúrbios hepáticos ou doenças sistêmicas potencialmente graves. ● A icterícia colestática: ○ Aumento prolongado da bilirrubina conjugada ○ Redução da excreção pelas células parenquimatosas hepáticas ou doença do trato biliar. ○ Causada por uma obstrução extra ou intra- hepática ao fluxo biliar ○ Resulta em retenção de substâncias que normalmente são excretadas na bile ○ Outras manifestações: urina de cor escura, fezes acólicas (descorada) e hepatomegalia. ● Valores de referência: hiperbilirrubinemia grave → aumento da bilirrubina conjugada > 1 mg/ dL, se BT < 5 mg/ dL, ou quando bilirrubina conjugada > 9 20% da bilirrubina total se BT > 5 mg/dL.12 ● Os recém‐nascidos desenvolvem icterícia nas primeiras 8 semanas de vida. No início do quadro aparentam bom estado geral e adequado ganho de peso. ● Testes laboratoriais: níveis elevados de bilirrubina conjugada, discretos ou moderados aumentos de aminotransferases e elevação da gama-glutamiltranspeptidase (GGT). ● A hepatite neonatal idiopática: Aumento prolongado da bilirrubina conjugada e pelo achado histológico de células gigantes em biópsia hepática. ● A sepse neonatal causada por organismos Gram‐positivos ou Gram‐negativos está associada a colestase. ● Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e sífilis) os recém‐nascidos podem evoluir com icterícia colestática. ● Erros inatos do metabolismo cursam com hiperbilirrubinemia direta (galactosemia ou tirosinemia) ● T = Toxoplasmose; ● O = Outras (Chamydia trachomatis, gonorreia e varicela); ● R = Rubéola; ● C = Citomegalovírus; ● H = Herpes simplex; ● S = Sífilis Faz-se o exame, quando o RN tem algum sinal e/ou sintoma sugestivo de infecção congênita, já que a mãe no pré-natal já faz exames relacionados. TOXOPLASMOSE: ● É uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii ● Infecta os seres humanos por meio da ingestão de oócitos ou de cistos. ● São encontrados nas fezes de gato, na água, em frutas ou verduras contaminadas, em carne crua ou malcozida ou durante jardinagem em solos contaminados. ● Na maioria das vezes assintomática ● A prevalência de toxoplasmose congênita foi de 0,9:1.000 neonatos com taxa de transmissão materna de toxoplasmose congênita de 18,5%. ● Em 80 a 90% dos casos, a infecção aguda é assintomática em pacientes imunocompetentes. ● A imunidade humoral e celular restringe a ação patogênica do parasita, assumindo a forma cística e caracterizando a forma crônica da infecção. ● Quando os sintomas ocorrem, são geralmente inespecíficos, como fadiga, febre, cefaleia, mal-estar, mialgia e linfadenopatia. ● A primoinfecção pelo T. gondii na gestação pode levar ao acometimento fetal, provocando abortamento, prematuridade e infecção congênita com ou sem malformações. ● A maioria dos recém-nascidos infectados é assintomática ao nascimento, e os efeitos da doença podem levar meses ou anos para se manifestarem. 10 3. Descrever as infecções congênitas TORCHS(fator de risco, fisiopatologia e achados clínicos): ● Sinais sugestivos de toxoplasmose congênita incluem: tétrade de Sabin (coriorretinite, hidrocefalia e calcificações intracranianas, retardos mentais) anemia, trombocitopenia, pneumonia, icterícia. ● Quanto mais tardia for a infecção durante a gestação, mais cresce o risco de transmissão fetal. OUTROS: ● Clamídia: ○ Infecção de transmissão sexual mais comum a nível mundial. ○ É uma infeção bacteriana que afeta o útero e o colo do útero nas mulheres e, nos homens, a uretra. ○ Pode provocar aborto espontâneo ou recorrente. ○ Na gravidez pode estar na origem da ruptura prematura de membranas, coriomnionite (inflamação das membranas fetais – âmnio e córion), restrição do crescimento fetal e parto prematuro. ● Gonorreia: ○ Causada por uma bactéria Neisseria gonorrhoeae ○ Segunda doença sexualmente transmissíveis mais comum a nível mundial. ○ Pode não apresentar sintomas. ○ O corrimento vaginal ou do pénis e ardor ao urinar são alguns dos sintomas mais comuns. ○ Na gravidez pode provocar aborto séptico, ruptura prematura das membranas, restrição do crescimento fetal e parto prematuro. ● Varicela: ○ Causada pelo vírus da varicela-zóster, da família herpes-vírus ○ Disseminado pela inalação de partículas ou por contato com lesões infectantes. ○ Acomete 90% das crianças ○ Período de incubação é de 15 dias ○ Na gestação: associada à alta morbimortalidade materna e fetal. ○ Sintomas: iniciam como quadro gripal (febre, mal- estar) seguido por rash cutâneo pruriginoso, com evolução rápida das máculas e pápulas para vesículas e crostas. ○ 7:10.000 gestantes. ○ Na infância essa doença é geralmente leve e autolimitada ○ Síndrome da varicela congênita: caracterizada por membros hipotróficos, microcefalia, hidrocefalia, catarata, RCF e retardo mental. ○ Risco de desenvolvimento da síndrome varia de 0,4 a 2% se houver infecção materna durante as 20 primeiras semanas. ○ A contaminação periparto é de 25%. Costuma ser grave, principalmente se houver prematuridade, logo deve-se iniciar o tratamento. RUBÉOLA: ● É uma infecção viral exantematosa 11 ● Transmitida por meio da inalação de partículas contaminadas. ● A infecção na gestação pode causar malformações congênitas no feto. ● A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realizou uma grande campanha de vacinação contra a rubéola em mulheres com idade entre 17 e 39 anos. Houve redução de 99% dos casos notificados ● Em 2009, o Ministério da Saúde promoveu a campanha de vacinação “Brasil Livre da Rubéola”, imunizando mais de 70 milhões de pessoas. ● O Brasil alcançou a meta de eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita até o ano de 2010. ● Os sintomas da doença geralmente ocorrem 14 a 21 dias após a inoculação do vírus, sendo geralmente leves e autolimitados. ● O quadro clínico típico é o rash maculopapular pruriginoso, que inicia no tórax e se alastra para as extremidades, durando cerca de 3 dias. ● Podem estar associados sintomas como febrícula, artralgia, conjuntivite, coriza, dor de garganta, tosse, cefaleia e mal- estar. Linfadenopatia, principalmente suboccipital, pós- auricular e cervical. ● Raras complicações incluem artrite crônica, trombocitopenia, encefalite, miocardite, pericardite, hepatite, anemia hemolítica e síndrome hemolítico- urêmica. CITOMEGALOVÍRUS: ● É um herpes-vírus que pode permanecer latente no hospedeiro após a infecção primária e ser reativado periodicamente. ● É um vírus com baixa infectividade, mas com alta disseminação devido ao período prolongado de excreção viral pelas pessoas infectadas. ● A soropositividade entre adultos é alta, chegando a 45 a 100%, dependendo da região, da etnicidade e de fatores socioeconômicos. ● A transmissão ocorre por via respiratória e por contato com secreções infectadas (urina, saliva, sêmen, secreção cervical, leite materno). ● A infecção pelo CMV é geralmente assintomática em gestantes imunocompetentes. ● A infecção primária pelo vírus pode causar febre baixa, faringite, mialgia, artralgia, cefaleia, fadiga e linfadenopatia. ● O período de incubação é, em média, de 4 a 12 semanas. ● A infecção congênita ocorre por disseminação hematogênica para a placenta e, em seguida, para o feto. ● A transmissão pode ocorrer durante a primoinfecção ou durante as recorrências, sendo o risco fetal maior na infecção primária (30-40%). ● No início da gestação, a citomegalovirose está relacionada ao abortamento espontâneo. ● A incidência anual de infecção pelo CMV é de 0,7% de todos os nascidos vivos. ● Os sintomas mais comuns relacionados são trombocitopenia, hepatite, coriorretinite, surdez neurossensorial, RCF e retardo mental. 12 ● 10% dos recém-nascidos assintomáticos desenvolverão surdez na infância. HERPES SIMPLEX: ● É um ADN vírus da família dos herpes vírus, apresentando dois subtipos: ● Herpes simplex 1 (HS1) – principal agente causal de herpes labial; ● Herpes simplex 2 (HS2) – principal agente causal do herpes genital, uma das infeções de transmissão sexual mais comum, transmissível por contacto direto. ● A transmissão vertical mãe-filho pode ser intrauterina (5% dos casos) ● A transmissão no período intraparto – que vai desde o início do trabalho de parto até à expulsão da placenta (85% dos casos) ● A transmissão pode ser no pós- parto (10% dos casos). ● A infecção intrauterina (durante a gestação) apresenta um prognóstico muito grave com microcefalia, hidranencefalia, coriorretinite e microftalmia, sendo a mortalidade muito elevada e as sequelas graves nos bebês que sobrevivem. SÍFILIS: ● É uma doença de origem bacteriana de transmissão sexual. ● Período de incubação entre 10 a 90 dias ● Evolução de forma lenta. ● Na gravidez, é causa de aborto espontâneo, morte fetal, parto pré-termo e infeção congénita do recém-nascido. ● O rastreio da sífilis é obrigatório na vigilância pré-natal (nos 3 trimestres da gravidez). ● A gravidade da infeção depende de vários fatores como: ● Estádio da doença materna; ● A idade da gravidez (até às 15 semanas o risco é menor); ● O tratamento da gestante; ● Resposta imunológica do bebé. ● O único tratamento eficaz é a penicilina. Se a grávida estiver infectada, o companheiro também deverá ser rastreado e tratado. 13 Inclui testes e exames realizados nos RN, que previnem e detectam doenças precocemente, com o objetivo de evitar morbidade e mortalidade. As doenças detectadas, sejam elas congênitas ou genéticas, quando diagnosticadas na fase pré‐sintomática nos RN, permite intervenções clínicas precoces e proporciona tratamento adequado. A partir da criação da Política Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) pelo Ministério da Saúde em 2001, aconteceu a oficialização desse processo com a triagem biológica (teste do pezinho), triagem auditiva e triagem ocular. TRIAGEM AUDITIVA: ● A incidência da perda auditiva na população infantil: 1 a 6:1.000 nascidos vivos ● A política de triagem auditiva deve ser universal para todos os RN, sendo realizado esse teste até os 3 meses de vida para detecção e intervenção precoce quando necessário. ● Segundo a Academia Americana de Pediatria existem fatores de risco potenciais para alterações auditivas em RN como: ○ Asfixiados (APGAR < 6 no quinto minuto); • ○ História familiar de surdez congênita; ○ Infecções congênitas do grupo STORCH; ○ Hiperbilirrubinemia (> 15 no RN a termo e > 12 no prematuro); ○ Septicemia neonatal/meningite; ○ Hemorragia intraventricular; ○ Convulsões ou outra doença de sistema nervosocentral (SNC) ○ Anomalias craniofaciais; ○ Espinha bífida; ○ Defeitos cromossômicos; ○ Uso de drogas ototóxicas; ○ Peso de nascimento < 1.500 g; ○ Ventilação mecânica por mais de 5 dias ● É recomendado na alta hospitalar realizar a triagem auditiva universal por meio das emissões otoacústicas transientes (EOAT) e pesquisa do reflexo cócleo palpebral (RCP). ● Os RN com triagem auditiva normal e sem fatores de riscos para perda auditiva realizam esse teste 1 vez, porém aqueles com presença de quaisquer fatores de risco descritos, devem ser acompanhados e realizar avaliações periódicas durante os dois primeiros anos de vida. ● Em caso de falha no primeiro teste de EOAT, o pediatra deve recomendar a realização da otoscopia e a curva timpanométria para verificar se a falha ocorreu por alteração condutiva. TRIAGEM VISUAL: ● No Brasil, no âmbito do SUS foi implantado pelo PNTN em 2001. ● O pediatra deve orientar a realização do teste do olhinho (reflexo vermelho) em todos os recém‐nascidos. 14 4. Conhecer os exames para detecção de afecções neonatais: ● Estudos demonstram que a triagem visual em RN é um método que pode identificar potenciais causas de anormalidades oculares tratáveis ● Em países em desenvolvimento 30 a 72% da cegueira infantil é evitável, 9 a 58% é prevenível e 14 a 31% é tratável. ● A nível mundial, as principais etiologias de cegueira tratável na infância são catarata, retinopatia da prematuridade e o glaucoma. Teste do reflexo vermelho (teste do olhinho) : ● Todo pediatra deve fazer a avaliação da criança do nascimento até os 3 anos com exame oftalmológico: ● História ocular, avaliação visual, inspeção externa do olho e pálpebra, avaliação da motilidade ocular, exame da pupila e reflexo vermelho. ● Várias doenças podem ser detectáveis: catarata congênita; retinopatia da prematuridade; retinoblastoma; glaucoma congênito; descolamento de retina; hemorragia vítrea. ● Deve ser realizado: antes da alta da maternidade; Na primeira consulta de puericultura; 2, 6, 9 e 12 meses de vida; após 1o ano: duas vezes por ano. ● Técnica: O pediatra, com auxílio do oftalmoscópio em um ambiente escurecido, seguro próximo ao olho do examinador e aproximadamente 40 a 50 cm de distância. ● O teste é considerado normal quando os dois olhos apresentam um reflexo vermelho brilhante. ● Pontos pretos, assimetria ou a presença de reflexo branco (leucocoria) indicam a necessidade de avaliação mais cuidadosa. TESTE DO PEZINHO: ● O Programa Triagem Neonatal teve início com a triagem da fenilcetonúria (PKU). ● A partir de 1980, foi introduzida a triagem para hipotireoidismo congênito. ● Em 1990 o teste do pezinho como rastreamento para essas duas doenças se tornou obrigatório para todo o Brasil. ● Em setembro de 1999, foi fundada a Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal. ● O teste do pezinho faz parte do PNTN e tem como objetivo fazer o rastreamento de RN portadores de doenças que devem ser diagnosticadas e tratadas o mais precocemente possível a fim de evitar sequelas nas crianças. ● Teste do pezinho básico: o hipotireoidismo congênito (HC), a PKU, a anemia falciforme, fibrose cística (FC), hiperplasia adrenal congênita, deficiência da biotinidase. ● Não há necessidade de jejum para a coleta. ● Deve ser feito em todo RN com 3 a 5 dias de vida, de preferência no 3o dia. 15 ● Garantir que o RN tenha recebido leite ou aminoácidos para evitar um resultado falso‐negativo para PKU. ● Prematuridade e transfusão são fatores restritivos na triagem da anemia falciforme. No caso de transfusão, repetir exame com 90 dias. ● No caso de prematuridade, deve coletar até o sétimo dia vida e repetir com 30 dias. ● Teste do pezinho ampliado: Inclui a detecção de hiperplasia adrenal congênita. ● Teste do pezinho master: PKU e outras aminoacidopatias; hipotiroidismo; anemia falciforme; hiperplasia adrenal congênita; fibrose cística; galactosemia; deficiência de biotinidase; toxoplasmose congênita; deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase; sífilis congênita; citomegalovirose congênita; doença de chagas congênita; rubéola congênita. ● Teste do pezinho Plus: PKU e outras aminoacidopatias; HC; Anemia falciforme; hiperplasia adrenal congênita; FC; galactosemia; deficiência de biotinidase; toxoplasmose congênita. TESTE DO CORAÇÃOZINHO: ● Realizada nas maternidades da rede pública, o exame de oximetria de pulso agora é realizado de forma universal, como parte da triagem neonatal do SUS. ● Serve para detectar e prevenir problemas cardíacos nos RN. ● Permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração e, em caso positivo, o paciente é submetido ao exame de ecocardiograma para confirmar o diagnóstico. ● O procedimento é simples, rápido e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém- nascido, com o auxílio de um oxímetro instalado nos primeiros dias de vida, no pulso direito e no pé. ● É feito após o fechamento do forame oval entre os átrios (Entre 24 e 48h) ● Segundo a sociedade brasileira de pediatria 10:1000 nascidos podem apresentar alguma malformação congênita e entre esses 2 podem ter cardiopatias graves e precisar de intervenção médica urgente. ● É um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, internado na Unidade de 16 5. Entender o método canguru: Tratamento Intensivo Neonatal, voltado para o cuidado humanizado ● É estimulada a presença dos pais na unidade neonatal com o livre acesso e a participação nos cuidados com o filho. ● O pai e a mãe são orientados a tocar o filho e a realizar a posição canguru precocemente. ● A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais. ● Primeira etapa do Método Canguru: início no pré-natal da gestação de alto risco, tendo continuidade na internação do recém-nascido pré-termo. Os pais devem ser acolhidos, receber informações sobre: as condições de saúde do seu filho; os cuidados dispensados; as rotinas; o funcionamento da unidade e da equipe que cuidará do recém- nascido. ● Segunda etapa: o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe, que participa ativamente dos cuidados do filho. ● Terceira etapa: o bebê vai para casa e é acompanhado, pelo Ambulatório do Método Canguru, situado em seu hospital de origem. Passam a ser acompanhados também na UBS, num cuidado compartilhado até atingir o peso de 2,5kg. ● O Método Canguru, como preconizado no modelo brasileiro visa a uma mudança no paradigma da atenção ao RN de baixo peso ● O RN recebe cuidados da sua mãe e da sua família, trazendo para o cerne dessa proposta uma abordagem interdisciplinar, humanizada, caracterizada por forte conhecimento das questões psicoafetivas e biológicas que envolvem a gestação, o nascimento e o cuidado pós‐natal de um bebê de baixo peso. ● A humanização do cuidado inicia- se no oferecimento da tecnologia da atenção perinatal, reforçada pelo conhecimento de todas as particularidades sociais, psicológicas e de cuidados. ● Hoje ele está implantado em várias maternidades e unidades neonatais brasileiras. BENEFÍCIOS: 1. Favorece o vínculo mãe- filho 2. Diminui o tempo de separação; 3. Estimula o aleitamento materno; 4. Favorece um melhor desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do recém-nascido de baixo peso; 5. Favorece a estimulação sensorial adequada; 6. Reduz o estresse e a dor; 7. Proporciona um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde; 8. Possibilita maior competência e confiança dos pais no cuidado com seu filho. Maturidade:idade gestacional, peso, medidas do RN, Vitalidade: Sinais vitais APGAR 17
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