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Avaliação neonatal

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Universidade Tiradentes - Medicina P3
 Avaliação neonatal 
TUTORIA
1.1 MATURIDADE FETAL:
● A maturidade fetal diz respeito ao
desenvolvimento completo
dos órgãos fetais. 
● A maturidade é principalmente
em relação ao pulmão, porque
esse é o último órgão a se
desenvolver.
Pré-termo: até 36 semanas e 7 dias
Termo: 37 a 42 semanas 
Pós-termo: depois de 42 semanas 
Pulmão fetal
: 
● Tem seu desenvolvimento por
volta da 3ª semana de gestação,
porém é a partir da 16ª até a 24ª
semana que tem seu
desenvolvimento mais
intensificado.
○ Pneumócitos tipo I: São
células de revestimento
alveolar
○ Pneumócitos tipo II:
Células responsáveis pela
produção de surfactante,
uma substância
importante para que os
alvéolos pulmonares não
se colabem no final da
expiração. 
● O surfactante pulmonar diminui a
tensão superficial entre o ar e o
líquido no interior dos alvéolos
● Quanto menor a IG ao nascimento
maior é o risco de
desenvolvimento de Síndrome do
desconforto respiratório (SDR) (34
semanas = 20%)
● O líquido proveniente do pulmão
fetal contribui para a formação do
Líquido Amniótico, logo, o
surfactante pulmonar fetal pode
ser estimado pelo líquido
amniótico
Avaliação da maturidade fetal
: 
● Avaliação pela idade fetal: a
partir de 37 semanas é
considerado feto a termo (259
dias contados a partir do 1º dia
da última menstruação)
○ US do 1º trimestre:
Através do comprimento
crânio-caudal. 
○ US do 2º trimestre:
medem o diâmetro bi-
parietal do fêmur e úmero.
● Avaliação placentária:
intensidade, quantidade e
extensão de calcificação da
placenta, avaliado pelo exame
US.
○ Grau I: Presença de
pequenas calcificações
intra placentárias
○ Grau II: Presença de
calcificações na placa
basal
○ Grau III:
Compartimentação da
1
Entender os
parâmetros para
avaliação da vitalidade
e maturidade do RN:
placenta pela presença de
calcificação da placa basal
à coriônica
● Altura uterina: A AU cresce 1
cm por semana a partir da 20/22
semana até a 34ª semana, e a
mesma tem relação com a idade
gestacional
● Amniocentese: É feita uma
punção na cavidade amniótica,
com coleta de líquido amniótico
● Aminioscopia:É feito através do
amnioscópio; É preciso que a
paciente tenha um certo grau de
dilatação para que o exame seja
realizado; Devemos verificar se
há presença de grumos no líquido
amniótico.
● Dosagem da creatinina no LA:
O rim é um dos últimos ó rgãos a
se desenvolver. Portanto, se
dosarmos a creatinina e
verificarmos que o rim está
desenvolvido, por lógica o pulmão
também estará.
● Contagem das células
orangiófilas: São células
descamativas da epiderme fetal
ricas em gorduras presentes no
LA; Maturidade da pele fetal =
Maturidade pulmonar
● Células Lugol positivas: são
células fetais imaturas da
epiderme. O lugol cora as células
imaturas. Quanto maior for a
quantidade de células coradas
pelo lugol, menor é a maturidade
fetal.
● Teste de Clements: Avaliação
indireta da presença de
surfactante no L A: Pesquisa de
esfingomielina e lecitina. É feita a
amniocentese e retirada de
líquido amniótico.
● Peso de nascimento:
● Alto peso: >4000g
● Baixo peso: <2500g
● Muito baixo peso:
<1500g
● Extremo baixo peso:
<1000g
● Relação do peso de
nascimento com idade
gestacional: Reflete a qualidade
do crescimento fetal e permite a
determinação de risco para
problemas perinatais. (Curva de
crescimento intrauterino, de
Alexandre). 
○ Adequado para a idade
gestacional (AIG): Se o
peso de nascimento está
entre o 10º e 90º
percentil, para
determinada idade
gestacional.
○ Pequeno para a idade
gestacional (PIG):
Abaixo do 10º percentil.
○ Grande para a idade
gestacional (GIG): Acima
do 90º percentil.
● M e d i d a s d o R N :
mensuração do peso de
nascimento antropometria
(comprimento, perímetro cefálico
2
e torácico) poderão ser
postergados e realizados no
momento antes do primeiro
banho e comparar suas medidas
com curvas padrões.
○ Comprimento 48-52 cm;
○ Perímetro cefálico:
normalmente, 33 e 35 e
nos prematuros, 33 a
menos.
○ Perímetro torácico: no
RN à termo, em geral, 1 a
2 cm menor que o
perímetro cefálico.
 
● Avaliação da idade
gestacional: Devem ser
realizados, preferencialmente,
com 12 horas de vida. Os
métodos de avaliação clínica mais
utilizados em nosso meio são de
capurro (nas primeiras 48
horas), de fácil e rápida
execução, analisa apenas 6
características do que foi
estudado por Dubowitz. Esses
métodos de avaliação se baseiam
em parâmetros físicos e
neuromusculares que
demonstram um padrão previsível
de maturação com o decorrer da
gravidez. Assim, apesar da idade
gestacional, calculada em tempo,
seja precisa, ela não avalia a
maturação dos vários sistemas.
Todos os métodos são somados a
uma fórmula que irá dar como
resultado a idade gestacional em
dias/semanas.
→ Pele: inicialmente rosa com vasos
proeminentes em abdome que
gradativamente tornam-se menos
visíveis à medida que vai adquirindo
quantidades progressivas de queratina, a
pele apresenta-se cada vez mais
espessa, opaca e descamativa. 
→ Vérnix: (substância branca e
gordurosa que recobre a pele do bebê,
proveniente do acúmulo de secreções
das glândulas sebáceas, células epiteliais
e lanugem) em grande quantidade no RN
pré-termo, diminui com o progredir da
idade gestacional e torna-se cada vez
mais espaço. No RN à termo, limita-se às
regiões de dobras. 
→ Lanugo: lunagem fina e longa
começa aparecer com 19-20 semanas; é
abundante com 27-28 semanas; e
desaparece primeiramente na face
tronco e membros. No RN, a termo é
ausente ou escasso, pode estar presente
apenas nos ombros. 
→ Unhas: aparecem a partir da 20ª
semana no RN pós-termo podem ser
bem longas. 
→ Região plantar: as pregas plantares
surgem pela atividade muscular e
compressão intra uterina e se
desenvolvem a partir dos dedos em
direção ao calcanhar. 
→ Glândula e aréola mamária:
inicialmente imperceptível, a aréola
torna-se cada vez mais visível, e o
mamilo puntiforme. Com o aumento
progressivo da glândula mamária,
auréola adquire contornos elevado. 
3
→ Orelha: mole e plana, com pouca
cartilagem, torna-se mais firme e
encurvada quanto maior a idade
gestacional. 
→ Genitália externa feminina:
depende em parte do estado nutricional
fetal. O clitóris é proeminente com 30-32
semanas; os grandes lábios, inicialmente
pequenos e separados, crescem em
tamanho e volume e cobrem o clítoris do
RN a termo. 
→ Genitália externa masculina: os
testículos com 30 semanas podem ser
palpados no canal inguinal. Na 37ª
semana, encontram-se na porção
superior da bolsa escrotal e completam o
trajeto com 40 semanas; As rugas do
escroto surgem na porção anterior, com
aproximadamente 36 semanas, e
completam-se com 40 semanas. No RN
pós-termo, a bolsa escrotal apresenta-se
pendular e enrugada.
→ Tônus muscular: Aumento
progressivo no sentido, caudo-cefálico.
Com 28 semanas, o RN apresenta-se
hipotônico com os 4 membros em
extenção. Com 30 semanas, aparece
leve flexão de pés e joelhos; o padrão
flexor progride para a coxa e quadril com
aproximadamente 34 semanas; Nesta
fase, os membros superiores
permanecem estendidos; Com 35
semanas, inicia-se a flexão dos
cotovelos; Com 40 semanas ocorre
flexão dos 4 membros, com resistência à
extensão passiva. 
→ Ângulos flexores tornam-se
gradativamente mais agudos com o
aumento do tônus flexor. 
→ Reação de progressão tônica:
surge inicialmente até membros
inferiores, com 32 semanas; Segue até o
tronco, com 36 semanas e se completa
até o pescoço com 40 semanas. 
1.2 VITALIDADE FETAL: 
● Avaliação do bem-estar fetal
● Orienta a escolha do momento
ideal para a interrupçãodas
gestações, nas quais os riscos de
permanência da vida fetal
superam o do ambiente extra -
uterino. 
● Vitalidade (presença de
batimentos cardíacos,
movimentos corporais,
respiratórios, tônus fetal e
quantidade de líquido amniótico)
● Na ausência de vitalidade, casos
de óbito fetal, observa-se que o
útero não aumenta, as mamas
perdem o ingurgitamento, pode
haver eliminação de colostro e
perda dos fenômenos congestivos
do aparelho genital. 
Avaliação da vitalidade fetal
: 
● Mobilidade fetal: Se o bebe
está bem, ele tem mobilidade; 
○ Os movimentos fetais (MF)
podem variar de 4 a 100
em uma hora. 
○ São máximas entre 28 a
34 semanas de gestação. 
○ No termo, a gestante só
reconhece 40% dos MF
○ A mobilidade fetal é
avaliada pelo mobilograma
4
○ Quando o feto não está
bem, ele poupa energia
não se mexendo
● Altura uterina: Avalia o
crescimento fetal Se o feto está
bem ele cresce, se não está bem
ele não cresce para economizar
energia.
● Batimentos cardíacos fetais:
Cardiotocografia
○ Linha de base – 110 a 160
○ Variabilidade 10 a 25
○ Feto pré-termo: 120 – 160
bpm
○ Feto à termo: 110 a 160
bpm
● Pontuação:
○ Linha de base (110-160
bpm) – 1 ponto
○ Variabilidade (10-25 bpm)
– 1 ponto
○ Acelerações transitórias
(15 segundos e 15 bpm) –
2 pontos
○ Desacelerações
(nenhuma) – 1 ponto
● Classificação: 
○ Ativo - índice de 4 e 5 –
normal
○ Hipoativo - índice de 2 e 3
– suspeito
○ Inativo - índice de 0 e 1 –
anormal
● Perfil Biofísico fetal: É o
ultrassonografista que faz, a
partir da 26ª semana; Exame não
invasivo; Avalia marcadores
agudos e crônicos:
○ Marcadores agudos:
○ Frequência cardíaca fetal
(CTG e AT)
○ Movimentos respiratórios
fetais
○ Movimentos corporais
fetais
○ Tônus fetal
○ Marcador crônico: Líquido
amniótico (medida do
maior bolsão)
ÍNDICE APGAR:
● É um método prático de avaliar
sistematicamente os recém-
nascidos logo após o nascimento. 
● Uma pontuação baixa pode ser
resultado de estresse fetal,
prematuridade e fármacos dados
para a mãe durante o parto. 
● Baixos índices de Apgar e o pH
sanguíneo da artéria umbilical
predizem morte neonatal. 
● Recém-nascidos que não
conseguiram iniciar a respiração
devem receber a reanimação
rapidamente (ainda no primeiro
minuto de vida – “o minuto de
ouro”) e observação atenta.
SINAL 0 1 2
Frequência
cardíaca
Ausente Abaixo de 
100
Acima de 
100
Padrão
respiratório
Apneia Gasping, 
irregular
Regular, 
chorando
Tônus
muscular
Flácido Hipotônico Moviment
ação ativa
Resposta ao
a cateter na
narina (teste
depois que a
orofaringe
está limpa)
Sem 
resposta
Careta Tosse ou 
espirro
Cor Cianose 
central, 
pálido
Corpo rosa,
cianose das
extremidad
es 
Completa
mente 
rosa 
→ Desconforto respiratório: Avalia o
esforço e ritmo respiratório. A presença
de dificuldade pode revelar tanto o
comprometimento pulmonar como extra
pulmonar.
5
→ Traumas obstétricos: lesões de pele
e de partes moles, fraturas, lesões do
sistema nervoso central, do sistema
nervoso periférico e lesões viscerais. 
→ Defeitos externos: malformações
externas que exigem atendimento de
urgência.
→ Exame da placenta e cordão
umbilical: as alterações grosseiras
podem auxiliar no cuidado neonatal e
contribuir para o estabelecimento
diagnóstico de situações como
desnutrição, asfixia, infecções e etc. 
→ Choro deve ser audível, de timbre
variável e harmônico: a qualidade dos
choro, assim como a intensidade de
estímulos para consolar a criança
também são fatores que devem ser
registrados. O choro excessivo, difícil de
acalmar, deve ser considerado como
irritabilidade anormal. Pode estar
associado a alterações clínicas e
neurológicas. 
→ Atividade espontânea: Observe a
expressão facial, qualidade, amplitude,
quantidade e simetria de movimentos
nos vários estados de alerta da criança. 
No RN com boa vitalidade, ou seja, RN, à
termo com tônus normal, choro ou
respiração regular e movimentação
ativa, com apgar de 1 e 5 minutos acima
de 7, recomenda-se após 1 hora de
contato pele a pele, sejam verificados:
● Temperatura: cerca de 37 °C,
com variações entre 36,5 °C e os
37,5 °C. 
● Frequência respiratória: Pode-
se avaliar por ausculta ou
observação direta, durante, no
mínimo, 1 minuto. A frequência
normal no RN a termo varia de 30
a 60 incursões por minuto. 
● Pressão Arterial: Pode ser
aferida com monitorização
intravascular direta ou através de
aparelhos oscilométricos ou de
Doppler. Entre 60-90 mmHg para
a máxima e 30-60 mmHg para a
mínima. 
● É uma das manifestações mais
frequentes do período neonatal.
● Coloração amarelada da pele e/
ou conjuntivas 
● É definida como a concentração
sérica de bilirrubina indireta
(BI) > 1,5 mg/ dL ou de
bilirrubina direta (BD) > 1,5
mg/dL, desde que esta
represente mais do que 10% do
valor de bilirrubina total (BT). 
● É visível na avaliação clínica
quando BT sérica excede 5 mg/
dL.
● Desenvolve-se em 85% dos RN a
termo, e também a maior parte
dos prematuros.
FISIOPATOLOGIA:
● Pode ter origem na sobrecarga de
bilirrubina no hepatócito por
conta da produção aumentada de
BI: o RN produz 2 a 3 vezes mais
bilirrubina do que o adulto.
● O RN tem maior quantidade
proporcional de hemoglobina e
menor vida média das hemácias,
que é de 70 a 90 dias. 
● O catabolismo de 1 g de
hemoglobina fornece 34 mg de
bilirrubina (No RN/dia: 6 a 10
mg/kg).
● A classificação da icterícia
neonatal:
○ Hiperbilirrubinemia
indireta: aumento sérico
da fração livre (BI) 
○ Hiperbilirrubinemia
direta: acúmulo da fração
conjugada, ou direta (BD).
Uma vez presente na corrente
sanguínea, a bilirrubina é transportada
até o fígado, onde é excretada
juntamente com a bile e,
6
2. Compreender a
fisiopatologia da icterícia, a
classificação de Krammer e
o manejo com fototerapia:
posteriormente, chega ao intestino
delgado por meio dos dutos biliares. Em
seguida, o excesso é eliminado nas fezes
e na urina. Em pessoas que sofrem com
icterícia, existem problemas no
processamento e excreção da bilirrubina
por parte do fígado e/ou dos ductos
biliares. Como resultado, a concentração
da substância no sangue aumenta
consideravelmente.
HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA:
● O ideal é dosar as bilirrubinas em
todos os bebês ictéricos. 
● A amostra de sangue coletado
deve permanecer envolto em
papel alumínio para evitar o
contato com a luz e a degradação
da bilirrubina.
● Os aparelhos apresentam
coeficiente elevado de correlação
(0,91 a 0,93) com a BT sérica até
valores de 13 a 15mg/dL em RN a
termo e pré‐termo. 
● Valores ≥ 13 mg/dL devem ser
confirmados pela mensuração
sérica de BT.
● Investigação: Bilirrubina total e
frações; hemoglobina;
hematócrito; contagem de
reticulócitos; tipagem da mãe e
RN; Prova de Coombs direta.
● A icterícia nas primeiras 24 a 36
horas de vida alerta para a
presença de doença hemolítica
por incompatibilidade sanguínea
Rh ou ABO.
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: 
● Trata-se de quadro comum,
benigno e autolimitado. 
● Reflete uma adaptação neonatal
ao metabolismo da bilirrubina. 
● A literatura classicamente atribui
o valor de 13 mg/dL como o
máximo para delimitar a icterícia
fisiológica.
CAUSAS NÃO FISIOLÓGICAS:
● Alguns fatores de risco para
hiperbilirrubinemia indireta com
necessidade de tratamento:
○ Mãe de tipagem O, e/ou
Rh negativo
○ Irmão prévio que
necessitou de tratamento 
○ Mãe diabética
○ Peso de nascimento entre
2.000 e 2.500 g e/ou idade
gestacional entre 35 e 38
semanas: por conta da
capacidade diminuída da
conjugação hepática da
bilirrubina e da dificuldade
na sucção e deglutição.
○ Sexo masculino
○ Baixo aporte de leite
materno na primeira
semana de vida, com
perda exageradade peso
pelo RN
○ Alta precoce da
maternidade.
○ Primeiras 24 horas de
vida.
● Jejum prolongado: que favorece a
absorção da bilirrubina no nível
intestinal e seu maior aporte para
a circulação sanguínea.
● Hipotireoidismo congênito.
● Nos casos de céfalo‐hematoma,
equimoses ou outros
sangramentos pode manifestar a
hiperbilirrubinemia.
● Deficiência de G6PD que é uma
doença genética associada ao
cromossomo X.
● “Icterícia por leite materno”, de
início entre 3 e 5 dias de vida,
pico após 2 semanas e declínio
lento, desaparecendo entre 3 e
12 semanas. Não há necessidade
7
de tratamento e não se indica a
descontinuidade do aleitamento.
ABORDAGEM DA
HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA: 
● Nomograma de Bhutani: Esse
nomograma classificou os riscos
do valor de BT, com predomínio
de BI, em RN com 35 semanas ou
mais.
● A designação de risco de RN
saudável de termo é baseada nos
valores de bilirrubina específicos
para sua idade em horas de vida. 
● A classificação orienta liberar ou
não a alta hospitalar e elaborar o
plano de investigação e
tratamento da icterícia.
INCOMPATIBILIDADE DE RH
(ANTÍGENO D):
● A hemólise ocorre quando as
hemácias do feto e RN,
portadoras do antígeno D, são
destruídas por anticorpos
maternos IgG anti‐D. 
● São mães sensibilizadas em
gestações anteriores que não
receberam imunoglobulina
específica, com prova de Coombs
indireta positiva.
 Teste da Antiglobulina Direto
(Coombs direto): é uma técnica
laboratorial para determinar se os
eritrócitos foram fixados in vivo
(opsonizados) por imunoglobulinas,
complemento, ou ambos.
Teste da antiglobulina indireta
(Coombs indireto): é usado em
exames pré-natais de gestantes Rh
negativo e em exames de sangue antes
de transfusões sanguíneas. Ele detecta
se a pessoa de sangue Rh negativo
possui anticorpos contra o tipo positivo.
Reticulócitos: São hemácias imaturas,
que são liberadas no sangue, quando há
uma falta das mesmas, como numa
hemólise.
● A intensidade da hemólise:
○ Formas leves: icterícia
tratável no máximo por
fototerapia e anemia, que
pode perdurar entre 1 e 3
meses.
○ Formas moderadas:
tratadas com fototerapia
por vários dias, às vezes
com indicação de
exsanguinotransfusão
(EST) anemia mais
profunda e também
encontrada até 1 a 3
meses.
○ Formas graves: com
hidropsia fetal e péssimo
prognóstico. O Coombs
direto é sempre positivo, e
a contagem de
reticulócitos, alta.
INCOMPATIBILIDADE ABO:
● Caracterizada pela tipagem A ou
B em RN de mãe O, seja Rh
positivo ou negativo. 
● Mais encontrada na primeira
gestação. 
● A icterícia costuma aparecer nas
primeiras 24 ou 36 horas de vida,
e a hemólise pode ocorrer por até
2 semanas. 
● O nível de BT pode atingir valores
altos, como 20 mg/ dL. 
● Menos grave do que a
incompatibilidade Rh.
● Usualmente tratada por
fototerapia; em alguns casos, a
EST é indicada. 
● Prova de Coombs positiva pode
ser evidenciada em 20% dos
casos, sem traduzir hemólise
maciça.
8
TRATAMENTO DA
HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA: 
● Compreendem a fototerapia, EST
e a imunoglobulina standard
endovenosa.
● A conduta depende aos
resultados da triagem para
bilirrubina baseada no
nomograma de Bhutani.
● Há vários aplicativos de celular
que fornecem a conduta a ser
tomada de acordo com a
Academia Americana de
Pediatria, com base no valor da
bilirrubina total, tempo de vida e
fatores de risco. 
● A fototerapia com proteção
ocular visa a reduzir os níveis de
bilirrubinas que poderiam indicar
EST. 
○ A eficácia depende do
comprimento de onda da
luz, da irradiância
espectral e da superfície
corpórea exposta à luz.
○ É um procedimento
bastante comum nas
maternidades brasileiras. 
○ É popularmente conhecida
como banho de luz. 
○ O equipamento emite uma
luz clara (a luz azul é
considerada a mais eficaz)
capaz de quebrar o
excesso de bilirrubina
presente na corrente
sanguínea, de forma que
ela seja eliminada mais
rapidamente pelo
organismo.
○ O recém-nascido deve ser
colocado nu sob o
equipamento de
fototerapia. 
○ De tempos em tempos, é
necessário mudá-lo de
posição. 
○ O tempo de tratamento
varia de acordo com a
resposta de cada paciente
e a consequente redução
dos níveis de bilirrubina no
sangue.
○ Percentil 95 indica-se
fototerapia de alta
intensidade. Não deve
haver interrupção de
exposição do RN, sequer
para mamar.
● EST: É um procedimento
invasivo, de elevada morbidade;
Inclui complicações metabólicas,
hemodinâmicas, infecciosas,
vasculares, hematológicas Pode
haver reações pós‐transfusional e
enxerto‐hospedeiro. 
HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA: 
● A elevação do nível de BD resulta
de distúrbios hepáticos ou
doenças sistêmicas
potencialmente graves.
● A icterícia colestática: 
○ Aumento prolongado da
bilirrubina conjugada
○ Redução da excreção
pelas células
parenquimatosas
hepáticas ou doença do
trato biliar. 
○ Causada por uma
obstrução extra ou intra-
hepática ao fluxo biliar 
○ Resulta em retenção de
substâncias que
normalmente são
excretadas na bile
○ Outras manifestações:
urina de cor escura, fezes
acólicas (descorada) e
hepatomegalia.
● Valores de referência:
hiperbilirrubinemia grave →
aumento da bilirrubina conjugada
> 1 mg/ dL, se BT < 5 mg/ dL, ou
quando bilirrubina conjugada >
9
20% da bilirrubina total se BT > 5
mg/dL.12
● Os recém‐nascidos desenvolvem
icterícia nas primeiras 8 semanas
de vida. No início do quadro
aparentam bom estado geral e
adequado ganho de peso. 
● Testes laboratoriais: níveis
elevados de bilirrubina
conjugada, discretos ou
moderados aumentos de
aminotransferases e elevação da
gama-glutamiltranspeptidase
(GGT). 
● A hepatite neonatal
idiopática: Aumento prolongado
da bilirrubina conjugada e pelo
achado histológico de células
gigantes em biópsia hepática.
● A sepse neonatal causada por
organismos Gram‐positivos ou
Gram‐negativos está associada a
colestase. 
● Infecções congênitas
(toxoplasmose, rubéola,
citomegalovírus, herpes e sífilis)
os recém‐nascidos podem evoluir
com icterícia colestática.
● Erros inatos do metabolismo
cursam com hiperbilirrubinemia
direta (galactosemia ou
tirosinemia)
● T = Toxoplasmose;
● O = Outras (Chamydia
trachomatis, gonorreia e
varicela);
● R = Rubéola;
● C = Citomegalovírus;
● H = Herpes simplex;
● S = Sífilis 
Faz-se o exame, quando o RN tem algum
sinal e/ou sintoma sugestivo de infecção
congênita, já que a mãe no pré-natal já
faz exames relacionados. 
TOXOPLASMOSE:
● É uma doença causada pelo
protozoário Toxoplasma gondii
● Infecta os seres humanos por
meio da ingestão de oócitos ou de
cistos. 
● São encontrados nas fezes de
gato, na água, em frutas ou
verduras contaminadas, em carne
crua ou malcozida ou durante
jardinagem em solos
contaminados.
● Na maioria das vezes
assintomática
● A prevalência de toxoplasmose
congênita foi de 0,9:1.000
neonatos com taxa de
transmissão materna de
toxoplasmose congênita de
18,5%.
● Em 80 a 90% dos casos, a
infecção aguda é assintomática
em pacientes imunocompetentes.
● A imunidade humoral e celular
restringe a ação patogênica do
parasita, assumindo a forma
cística e caracterizando a forma
crônica da infecção. 
● Quando os sintomas ocorrem, são
geralmente inespecíficos, como
fadiga, febre, cefaleia, mal-estar,
mialgia e linfadenopatia. 
● A primoinfecção pelo T. gondii na
gestação pode levar ao
acometimento fetal, provocando
abortamento, prematuridade e
infecção congênita com ou sem
malformações. 
● A maioria dos recém-nascidos
infectados é assintomática ao
nascimento, e os efeitos da
doença podem levar meses ou
anos para se manifestarem. 
10
3. Descrever as infecções
congênitas TORCHS(fator
de risco, fisiopatologia e
achados clínicos):
● Sinais sugestivos de
toxoplasmose congênita incluem:
tétrade de Sabin (coriorretinite,
hidrocefalia e calcificações
intracranianas, retardos mentais)
anemia, trombocitopenia,
pneumonia, icterícia.
● Quanto mais tardia for a infecção
durante a gestação, mais cresce o
risco de transmissão fetal. 
OUTROS:
● Clamídia:
○ Infecção de transmissão
sexual mais comum a nível
mundial. 
○ É uma infeção bacteriana
que afeta o útero e o colo
do útero nas mulheres e,
nos homens, a uretra.
○ Pode provocar aborto
espontâneo ou recorrente. 
○ Na gravidez pode estar na
origem da ruptura
prematura de membranas,
coriomnionite (inflamação
das membranas fetais –
âmnio e córion), restrição
do crescimento fetal e
parto prematuro.
● Gonorreia:
○ Causada por uma bactéria
Neisseria gonorrhoeae 
○ Segunda doença
sexualmente
transmissíveis mais
comum a nível mundial. 
○ Pode não apresentar
sintomas.
○ O corrimento vaginal ou do
pénis e ardor ao urinar são
alguns dos sintomas mais
comuns. 
○ Na gravidez pode provocar
aborto séptico, ruptura
prematura das
membranas, restrição do
crescimento fetal e parto
prematuro.
● Varicela: 
○ Causada pelo vírus da
varicela-zóster, da família
herpes-vírus
○ Disseminado pela inalação
de partículas ou por
contato com lesões
infectantes. 
○ Acomete 90% das crianças
○ Período de incubação é de
15 dias
○ Na gestação: associada à
alta morbimortalidade
materna e fetal.
○ Sintomas: iniciam como
quadro gripal (febre, mal-
estar) seguido por rash
cutâneo pruriginoso, com
evolução rápida das
máculas e pápulas para
vesículas e crostas.
○ 7:10.000 gestantes. 
○ Na infância essa doença é
geralmente leve e
autolimitada
○ Síndrome da varicela
congênita: caracterizada
por membros hipotróficos,
microcefalia, hidrocefalia,
catarata, RCF e retardo
mental. 
○ Risco de desenvolvimento
da síndrome varia de 0,4 a
2% se houver infecção
materna durante as 20
primeiras semanas. 
○ A contaminação periparto
é de 25%. Costuma ser
grave, principalmente se
houver prematuridade,
logo deve-se iniciar o
tratamento.
RUBÉOLA:
● É uma infecção viral
exantematosa
11
● Transmitida por meio da inalação
de partículas contaminadas.
● A infecção na gestação pode
causar malformações congênitas
no feto. 
● A Fundação Nacional de Saúde
(Funasa) realizou uma grande
campanha de vacinação contra a
rubéola em mulheres com idade
entre 17 e 39 anos. Houve
redução de 99% dos casos
notificados
● Em 2009, o Ministério da Saúde
promoveu a campanha de
vacinação “Brasil Livre da
Rubéola”, imunizando mais de 70
milhões de pessoas. 
● O Brasil alcançou a meta de
eliminação da rubéola e da
síndrome da rubéola congênita
até o ano de 2010.
● Os sintomas da doença
geralmente ocorrem 14 a 21 dias
após a inoculação do vírus, sendo
geralmente leves e autolimitados.
● O quadro clínico típico é o rash
maculopapular pruriginoso, que
inicia no tórax e se alastra para
as extremidades, durando cerca
de 3 dias. 
● Podem estar associados sintomas
como febrícula, artralgia,
conjuntivite, coriza, dor de
garganta, tosse, cefaleia e mal-
estar. Linfadenopatia,
principalmente suboccipital, pós-
auricular e cervical.
● Raras complicações incluem
artrite crônica, trombocitopenia,
encefalite, miocardite,
pericardite, hepatite, anemia
hemolítica e síndrome hemolítico-
urêmica.
CITOMEGALOVÍRUS:
● É um herpes-vírus que pode
permanecer latente no
hospedeiro após a infecção
primária e ser reativado
periodicamente. 
● É um vírus com baixa
infectividade, mas com alta
disseminação devido ao período
prolongado de excreção viral
pelas pessoas infectadas. 
● A soropositividade entre adultos é
alta, chegando a 45 a 100%,
dependendo da região, da
etnicidade e de fatores
socioeconômicos. 
● A transmissão ocorre por via
respiratória e por contato com
secreções infectadas (urina,
saliva, sêmen, secreção cervical,
leite materno).
● A infecção pelo CMV é geralmente
assintomática em gestantes
imunocompetentes. 
● A infecção primária pelo vírus
pode causar febre baixa,
faringite, mialgia, artralgia,
cefaleia, fadiga e linfadenopatia. 
● O período de incubação é, em
média, de 4 a 12 semanas.
● A infecção congênita ocorre por
disseminação hematogênica para
a placenta e, em seguida, para o
feto. 
● A transmissão pode ocorrer
durante a primoinfecção ou
durante as recorrências, sendo o
risco fetal maior na infecção
primária (30-40%). 
● No início da gestação, a
citomegalovirose está relacionada
ao abortamento espontâneo.
● A incidência anual de infecção
pelo CMV é de 0,7% de todos os
nascidos vivos. 
● Os sintomas mais comuns
relacionados são
trombocitopenia, hepatite,
coriorretinite, surdez
neurossensorial, RCF e retardo
mental. 
12
● 10% dos recém-nascidos
assintomáticos desenvolverão
surdez na infância.
HERPES SIMPLEX: 
● É um ADN vírus da família dos
herpes vírus, apresentando dois
subtipos:
● Herpes simplex 1 (HS1)
– principal agente causal
de herpes labial;
● Herpes simplex 2 (HS2)
– principal agente causal
do herpes genital, uma
das infeções de
transmissão sexual mais
comum, transmissível por
contacto direto.
● A transmissão vertical mãe-filho
pode ser intrauterina (5% dos
casos)
● A transmissão no período
intraparto – que vai desde o início
do trabalho de parto até à
expulsão da placenta (85% dos
casos) 
● A transmissão pode ser no pós-
parto (10% dos casos).
● A infecção intrauterina (durante a
gestação) apresenta um
prognóstico muito grave com
microcefalia, hidranencefalia,
coriorretinite e microftalmia,
sendo a mortalidade muito
elevada e as sequelas graves nos
bebês que sobrevivem.
SÍFILIS: 
● É uma doença de origem
bacteriana de transmissão sexual.
● Período de incubação entre 10 a
90 dias
● Evolução de forma lenta.
● Na gravidez, é causa de aborto
espontâneo, morte fetal, parto
pré-termo e infeção congénita do
recém-nascido. 
● O rastreio da sífilis é obrigatório
na vigilância pré-natal (nos 3
trimestres da gravidez).
● A gravidade da infeção depende
de vários fatores como:
● Estádio da doença
materna;
● A idade da gravidez (até
às 15 semanas o risco é
menor);
● O tratamento da gestante;
● Resposta imunológica do
bebé.
● O único tratamento eficaz é a
penicilina. Se a grávida estiver
infectada, o companheiro
também deverá ser rastreado e
tratado.
13
Inclui testes e exames realizados nos RN,
que previnem e detectam doenças
precocemente, com o objetivo de evitar
morbidade e mortalidade. 
As doenças detectadas, sejam elas
congênitas ou genéticas, quando
diagnosticadas na fase pré‐sintomática
nos RN, permite intervenções clínicas
precoces e proporciona tratamento
adequado. 
A partir da criação da Política Nacional
de Triagem Neonatal (PNTN) pelo
Ministério da Saúde em 2001, aconteceu
a oficialização desse processo com a
triagem biológica (teste do pezinho),
triagem auditiva e triagem ocular. 
TRIAGEM AUDITIVA: 
● A incidência da perda auditiva na
população infantil: 1 a 6:1.000
nascidos vivos 
● A política de triagem auditiva
deve ser universal para todos os
RN, sendo realizado esse teste
até os 3 meses de vida para
detecção e intervenção precoce
quando necessário.
● Segundo a Academia Americana
de Pediatria existem fatores de
risco potenciais para alterações
auditivas em RN como:
○ Asfixiados (APGAR < 6 no
quinto minuto); •
○ História familiar de surdez
congênita; 
○ Infecções congênitas do
grupo STORCH;
○ Hiperbilirrubinemia (> 15
no RN a termo e > 12 no
prematuro);
○ Septicemia
neonatal/meningite;
○ Hemorragia
intraventricular;
○ Convulsões ou outra
doença de sistema
nervosocentral (SNC)
○ Anomalias craniofaciais; 
○ Espinha bífida;
○ Defeitos cromossômicos; 
○ Uso de drogas ototóxicas; 
○ Peso de nascimento <
1.500 g; 
○ Ventilação mecânica por
mais de 5 dias
● É recomendado na alta hospitalar
realizar a triagem auditiva
universal por meio das emissões
otoacústicas transientes (EOAT) e
pesquisa do reflexo cócleo
palpebral (RCP). 
● Os RN com triagem auditiva
normal e sem fatores de riscos
para perda auditiva realizam esse
teste 1 vez, porém aqueles com
presença de quaisquer fatores de
risco descritos, devem ser
acompanhados e realizar
avaliações periódicas durante os
dois primeiros anos de vida.
● Em caso de falha no primeiro
teste de EOAT, o pediatra deve
recomendar a realização da
otoscopia e a curva
timpanométria para verificar se a
falha ocorreu por alteração
condutiva. 
TRIAGEM VISUAL:
● No Brasil, no âmbito do SUS foi
implantado pelo PNTN em 2001.
● O pediatra deve orientar a
realização do teste do olhinho
(reflexo vermelho) em todos os
recém‐nascidos. 
14
4. Conhecer os exames para
detecção de afecções
neonatais:
● Estudos demonstram que a
triagem visual em RN é um
método que pode identificar
potenciais causas de
anormalidades oculares tratáveis
● Em países em desenvolvimento
30 a 72% da cegueira infantil é
evitável, 9 a 58% é prevenível e
14 a 31% é tratável.
● A nível mundial, as principais
etiologias de cegueira tratável na
infância são catarata, retinopatia
da prematuridade e o glaucoma.
Teste do reflexo vermelho (teste do
olhinho)
:
● Todo pediatra deve fazer a
avaliação da criança do
nascimento até os 3 anos com
exame oftalmológico: 
● História ocular, avaliação visual,
inspeção externa do olho e
pálpebra, avaliação da motilidade
ocular, exame da pupila e reflexo
vermelho.
● Várias doenças podem ser
detectáveis: catarata congênita;
retinopatia da prematuridade;
retinoblastoma; glaucoma
congênito; descolamento de
retina; hemorragia vítrea.
● Deve ser realizado: antes da
alta da maternidade; Na primeira
consulta de puericultura; 2, 6, 9 e
12 meses de vida; após 1o ano:
duas vezes por ano. 
● Técnica: O pediatra, com auxílio
do oftalmoscópio em um
ambiente escurecido, seguro
próximo ao olho do examinador e
aproximadamente 40 a 50 cm de
distância.
● O teste é considerado normal
quando os dois olhos apresentam
um reflexo vermelho brilhante. 
● Pontos pretos, assimetria ou a
presença de reflexo branco
(leucocoria) indicam a
necessidade de avaliação mais
cuidadosa.
TESTE DO PEZINHO:
● O Programa Triagem Neonatal
teve início com a triagem da
fenilcetonúria (PKU).
● A partir de 1980, foi introduzida a
triagem para hipotireoidismo
congênito. 
● Em 1990 o teste do pezinho como
rastreamento para essas duas
doenças se tornou obrigatório
para todo o Brasil.
● Em setembro de 1999, foi
fundada a Sociedade Brasileira de
Triagem Neonatal.
● O teste do pezinho faz parte do
PNTN e tem como objetivo fazer o
rastreamento de RN portadores
de doenças que devem ser
diagnosticadas e tratadas o mais
precocemente possível a fim de
evitar sequelas nas crianças. 
● Teste do pezinho básico: o
hipotireoidismo congênito (HC), a
PKU, a anemia falciforme, fibrose
cística (FC), hiperplasia adrenal
congênita, deficiência da
biotinidase.
● Não há necessidade de jejum
para a coleta.
● Deve ser feito em todo RN com 3
a 5 dias de vida, de preferência
no 3o dia. 
15
● Garantir que o RN tenha recebido
leite ou aminoácidos para evitar
um resultado falso‐negativo para
PKU.
● Prematuridade e transfusão são
fatores restritivos na triagem da
anemia falciforme. No caso de
transfusão, repetir exame com 90
dias.
● No caso de prematuridade, deve
coletar até o sétimo dia vida e
repetir com 30 dias.
● Teste do pezinho ampliado:
Inclui a detecção de hiperplasia
adrenal congênita.
● Teste do pezinho master: PKU
e outras aminoacidopatias;
hipotiroidismo; anemia falciforme;
hiperplasia adrenal congênita;
fibrose cística; galactosemia;
deficiência de biotinidase;
toxoplasmose congênita;
deficiência de glicose-6-fosfato
desidrogenase; sífilis congênita;
citomegalovirose congênita;
doença de chagas congênita;
rubéola congênita.
● Teste do pezinho Plus: PKU e
outras aminoacidopatias; HC;
Anemia falciforme; hiperplasia
adrenal congênita; FC;
galactosemia; deficiência de
biotinidase; toxoplasmose
congênita. 
TESTE DO CORAÇÃOZINHO:
● Realizada nas maternidades da
rede pública, o exame de
oximetria de pulso agora é
realizado de forma universal,
como parte da triagem neonatal
do SUS.
● Serve para detectar e prevenir
problemas cardíacos nos RN.
● Permite identificar precocemente
se o bebê tem alguma doença
grave no coração e, em caso
positivo, o paciente é submetido
ao exame de ecocardiograma
para confirmar o diagnóstico.
● O procedimento é simples, rápido
e indolor. Consiste em medir a
oxigenação do sangue e os
batimentos cardíacos do recém-
nascido, com o auxílio de um
oxímetro instalado nos primeiros
dias de vida, no pulso direito e no
pé.
● É feito após o fechamento do
forame oval entre os átrios (Entre
24 e 48h)
● Segundo a sociedade brasileira de
pediatria 10:1000 nascidos
podem apresentar alguma
malformação congênita e entre
esses 2 podem ter cardiopatias
graves e precisar de intervenção
médica urgente. 
● É um modelo de assistência ao
recém-nascido prematuro e sua
família, internado na Unidade de
16
5. Entender o método
canguru:
Tratamento Intensivo Neonatal,
voltado para o cuidado
humanizado
● É estimulada a presença dos pais
na unidade neonatal com o livre
acesso e a participação nos
cuidados com o filho. 
● O pai e a mãe são orientados a
tocar o filho e a realizar a posição
canguru precocemente.
● A posição canguru consiste em
manter o recém-nascido de baixo
peso em contato pele a pele, na
posição vertical, junto ao peito
dos pais. 
● Primeira etapa do Método
Canguru: início no pré-natal da
gestação de alto risco, tendo
continuidade na internação do
recém-nascido pré-termo. Os pais
devem ser acolhidos, receber
informações sobre: as condições
de saúde do seu filho; os
cuidados dispensados; as rotinas;
o funcionamento da unidade e da
equipe que cuidará do recém-
nascido. 
● Segunda etapa: o bebê
permanece de maneira contínua
com sua mãe, que participa
ativamente dos cuidados do filho.
● Terceira etapa: o bebê vai para
casa e é acompanhado, pelo
Ambulatório do Método Canguru,
situado em seu hospital de
origem. Passam a ser
acompanhados também na UBS,
num cuidado compartilhado até
atingir o peso de 2,5kg.
● O Método Canguru, como
preconizado no modelo brasileiro
visa a uma mudança no
paradigma da atenção ao RN de
baixo peso
● O RN recebe cuidados da sua mãe
e da sua família, trazendo para o
cerne dessa proposta uma
abordagem interdisciplinar,
humanizada, caracterizada por
forte conhecimento das questões
psicoafetivas e biológicas que
envolvem a gestação, o
nascimento e o cuidado pós‐natal
de um bebê de baixo peso. 
● A humanização do cuidado inicia-
se no oferecimento da tecnologia
da atenção perinatal, reforçada
pelo conhecimento de todas as
particularidades sociais,
psicológicas e de cuidados.
● Hoje ele está implantado em
várias maternidades e unidades
neonatais brasileiras.
BENEFÍCIOS:
1. Favorece o vínculo mãe- filho
2. Diminui o tempo de separação;
3. Estimula o aleitamento materno;
4. Favorece um melhor
desenvolvimento
neurocomportamental e
psicoafetivo do recém-nascido de
baixo peso;
5. Favorece a estimulação sensorial
adequada;
6. Reduz o estresse e a dor;
7. Proporciona um melhor
relacionamento da família com a
equipe de saúde;
8. Possibilita maior competência e
confiança dos pais no cuidado
com seu filho.
Maturidade:idade gestacional, peso,
medidas do RN, 
Vitalidade: Sinais vitais APGAR
17

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