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UNIT - Medicina P5- Bianca Lima de Souza Semiologia ortopédica: coluna torácica e lombar CLÍNICAS ● Anamnese; ● Aspectos anatômicos ● Inspeção: ○ Estática; ○ Dinâmica; ● Palpação; ● Mensuração; ● Testes especiais / Manobras; INSPEÇÃO ANTERIOR ● Projeção dos seios; ● Escoliose; ● Deformidades da parede: ○ Pectus carinatum (saliente) ○ Pectus excavatum (retraído) INSPEÇÃO POSTERIOR ● Pele; ● Assimetria: ○ Escápula alada ○ Posição dos ombros (escoliose); ● Triângulo do Talhe: Escoliose; ● Alinhamento: ○ Linha média vertebral retilínea protuberância occipital – C7 – sulco interglúteo INSPEÇÃO LATERAL ● Braços estendidos paralelos ao solo; ● Avaliar as curvaturas da coluna: 1 COLUNA TORÁCICA Introdução 2. Inspeção Estática 2 MOBILIDADE ● Mesmo com os testes, é difícil separar a mobilidade da coluna torácica da lombar; ● Flexão: até 45º; ● Extensão: até 45º; ● Inclinação lateral: 45º; ● Medida da mobilidade: Com a fita métrica partindo do processo espinhoso de C7 a T12; Mede-se a diferença nas posições normal e flexão; ○ Diferença média: 2,5 cm; ○ Diminuição: Pode ser causada por dor, espondilite. MANOBRAS/ MENSURAÇÃO TESTE DE ADAMS ● Inclinar a coluna até ficar paralela ao solo com os braços pendentes; ● Examinador olha no mesmo nível; ● Avaliar escoliose; ● Dor pode limitar o teste GRAU DE NIVELAMENTO PÉLVICO ● Régua apoiada nas cristas ilíacas; ● Pode-se verificar encurtamento do membro inferior AVALIAÇÃO DA CIFOSE TORÁCICA ● Inclinação anterior, flexão dos quadris, joelhos em extensão tentando tocar o solo; ● Se cifose presente, será acentuada; 2 3. Inspeção Dinâmica 3 ● Normal: Espinhas ilíacas ântero- superiores e trocanter maior no mesmo nível; ● Distância entre os dedos e o solo. MEDIDA DA EXPANSÃO TORÁCICA ● Fita métrica na altura dos mamilos – Amplitude de pelo menos 3cm entre inspiração e expiração máximas; ● Dor, limitação da mobilidade e cifose → Diminuição; ● Calcificação dos ligamentos → Espondilite anquilosante PERCUSSÃO DAS LOJAS RENAIS (GIORDANO) POSTERIOR-SENTADO ● Processos espinhosos: Dor / depressão: fraturas, listeses; ● Musculatura paravertebral: Nodulações / tumorações; Pontos gatilhos Miofasciais; ● Palpação músculos romboides: De C7-T5 com inserção na escápula; Palpar com RI máxima e adução DECÚBITO DORSAL ● Palpação do arcabouço costoesternal; ○ Dor → Síndrome de Tietze (inflamação costocondral); ● Dermátomos: ○ T4: Mamilos; ○ T7: Apófise xifóide; ○ T10: Cicatriz umbilical; ○ T12: Virilha DECÚBITO VENTRAL ● Avaliar flexibilidade das deformidades: ○ Inclinação lateral passiva e forçada 3 4. Palpação 4 DECÚBITOS LATERAIS ● Palpação dos arcos costais; ● Rotação da coluna passivamente: ○ Empurra a pelve e puxa os ombros; ● Avaliar dor TESTES DE SENSIBILIDADE ● Tátil: Algodão ou pincel; ● Dolorosa: Agulha sem ponta; ● Térmica: Algodão com álcool; TESTES DE FORÇA MOTORA ● Não existem raízes motoras testáveis; REFLEXOS ● Cutâneo abdominal; ● Lesão do neurônio motor superior / Mielopatia; ● Sinal de Babinski; ● Sinal de Oppenheim; ● Clônus REFLEXO CUTÂNEO ABDOMINAL ● Estímulo rápido da parede abdominal com objeto pontiagudo de lateral para medial; ● Resposta esperada: Contração do músculo abdominal para o lado estimulado; ● Medido pelas raízes T7 – T12 e valorizado se assimetria; ● Ausência UNILATERAL: Lesão do neurônio motor inferior; ● Ausência BILATERAL: Lesão do neurônio motor superior SINAL DE BABINSKI ● Reflexo cutâneo plantar; ● Normal: Flexão dos dedos; ● Patológico: Extensão do hálux (Sinal de Babinski positivo). SINAL DE OPPENHEIM ● Estimula a crista da tíbia; ● Patológico: Extensão do hálux e flexão dos demais dedos; 4 5. Exame neurológico 5 CLÔNUS ● Alongamento passivo de um músculo; ● Contrações contínuas; ● Anamnese; ● Aspectos anatômicos; ● Inspeção: ○ Estática; ○ Dinâmica; ● Palpação; ● Movimentos ativos; ● Exame neurológico; ● Testes especiais. ● Paciente despido; ● Inspeção ortopédica Estática: ○ Marcha; ○ Assimetrias / Alinhamento / Postura; ○ Abaulamentos; ○ Retrações musculares / Hipo / hipertrofias musculares; ○ Cicatrizes; ○ Vestígios de lesões traumáticas (edema, equimose, derrame); ○ Pele e fâneros; INSPEÇÃO EM PÉ ● Inspeção anterior, lateral e posterior; ● Manobras INSPEÇÃO SENTADO ● Inspeção anterior, lateral e posterior; ● Elimina o componente da pelve; INSPEÇÃO DEITADO ● Complementar inspeção; ● Palpação; ● Manobras; INSPEÇÃO ESTÁTICA Escoliose estruturada X não estruturada ● Estruturada: a deformidade óssea está correlacionada com um problema congênito ou adquirido, que afeta diretamente determinado segmento da coluna e, na maioria dos casos, é irreversível. ● Não Estruturada: a estrutura óssea permanece preservada. As curvaturas surgem como manifestação secundária para compensar os desajustes causados por um distúrbio em outra parte do corpo, como o crescimento assimétrico das pernas, por exemplo. 5 COLUNA LOMBOSSACRA Introdução 2. Inspeção Estática 6 MOBILIDADE ● Flexão: 40-60º; ● Extensão: 20-35º; ● Inclinação lateral: 15-20º; ● Rotação 5-20º; ● Movimentos combinados TESTE DE SCHOBER ● Avaliar flexibilidade da coluna lombar; ● Delimita o espaço de 15 cm (10 cm acima e 5 cm abaixo de L5); ● O teste é positivo se não ocorrer aumento de pelo menos 6 cm durante a flexão máxima da coluna lombar; PALPAÇÃO EM PÉ ● Palpar espinhas ilíacas ântero superiores e póstero-superiores; ● Verificar o alinhamento da bacia; ● Referenciais anatômicos: ○ Crista ilíaca corresponde ao espaço discal L4-L5; ○ EIPS – S2 ● Tentar palpar o nervo ciático em todo seu trajeto: ○ Identificar compressões nervosas; ○ Tumores, lesões por injeção. 6 3. Inspeção Dinâmica 4. Palpação 7 ● Síndrome miofascial: ○ Pontos gatilhos; ○ Respondem a aplicação de anestésico local PALPAÇÃO ANTERIOR ● Posição semissentada; ● Musculatura abdominal – massas, dores; ● Promontório sacral pode ser palpável nos pacientes magros. AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR EXAME NEUROLÓGICO DE L2 ● Motor: Flexão do quadril; ● Reflexo: Não há; ● Sensibilidade: Porção medial da coxa. EXAME NEUROLÓGICO DE L3 ● Motor: Extensão do joelho; ● Reflexo: Reflexo adutor (n. obturador interno); ● Sensibilidade: Porção medial do joelho; EXAME NEUROLÓGICO DE L4 ● Motor: tibial anterior; ● Reflexo: patelar; ● Sensibilidade: face medial do pé; EXAME NEUROLÓGICO DE L5 7 5. Exame neurológico 8 ● Motor: Extensor longo do hálux ● Reflexo: Não há ● Sensibilidade: Face Dorsal do pé EXAME NEUROLÓGICO DE S1 ● Motor: Músculos fibulares longo e curto; ● Reflexo: Aquileu; ● Sensibilidade: Face lateral do pé; ● Marcha na ponta dos pés: Musculatura da panturrilha (S1- S2); ● Marcha sobre os calcanhares: Dorsiflexores do tornozelo (L4-L5) TESTE DE LASÈGUE Flexão do quadril e joelho a 90º, seguido de extensão do joelho → Dor ciática TESTE DA ELEVAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR CONTRALATERAL O aparecimento dos sintomas durante a elevação do membro inferior que não apresenta sintoma é indicativo de grande protusão discal SINAL DO TRIPÉ A extensão passiva do joelho com o paciente sentado resulta na inclinação do tronco para trás e apoio das mãos. Associado a irritação radicular ou contratura dos músculos posteriores da coxa. 8 6. Testes Especiais 9 TESTE DE KERNIG Decúbito dorsal, joelhos e quadris a 90º. Extensão do joelho + se dor a extensão e melhora a flexão TESTE DE BRUDZINSKI Decúbito dorsal; Realiza flexão ativa da cervical para desencadear os sintomas. Flexão dos joelhos e quadris alivia os sintomas TESTE DE NACHLAS Teste de estiramento do nervo femoral (L3, L3, L4). Decúbito ventral, flete o joelho até calcanhar tocar a nádega. Positivo: Dor lombar, nádegas ou coxa MANOBRA DE VALSALVA Pacientesentado, faz expiração forçada com a boca fechada e esforço semelhante ao de evacuar. Aumento da pressão intratecal: Dor; Agrava sintomas de compressão medular TESTE DE NAFFZIGER Decúbito dorsal, faz compressão das jugulares por 10s. Quando a face ficar ruborizada pede para o paciente tossir. Se dor lombar: Aumento da pressão intratecal SINAL DE BOWSTRING Mantendo a posição do quadril que provocou a dor no membro na elevação, faz a flexão de 20º do joelho e aplica 9 10 uma pressão sobre o nervo tibial (fossa poplítea). Provoca reaparecimento dos sintomas SINAL DE BRAGARD Após a realização da elevação, o membro pode ser abaixado até a posição em que os sintomas desaparecem. Realiza a dorsiflexão do tornozelo, que provoca o reaparecimento dos sintomas +: Dor por estiramento da raiz TESTE DE PATRICK (FABERE) Sacro-ilíaca contralateral. Decúbito dorsal, flexão do joelho e quadril e o pé apoiado no joelho contralateral (que estará em extensão). Fixa a pelve com uma das mãos e faz pressão sobre o joelho. Positivo quando a dor aparece ou é exacerbada TESTE DE GAENLSEN Decúbito dorsal, flexão dos joelhos e quadris até o tronco • Apoia uma nádega na mesa. O outro lado é estendido e solto. Positivo: Surgimento de dor na sacro-ilíaca do lado testado TESTE DE HOOVER Sustentar os MMII pelos calcanhares e solicitar a elevação de um dos membros. A ausência de força compensatória para baixo no contralateral sugere simulação TESTE DE BURNS Ajoelhado sobre uma cadeira é solicitado que pegue objetos no solo, o que é possível por meio da flexão dos quadris (mesmo em pacientes com doença lombar). Se relatar que não consegue é positivo 10 11 REFLEXO BULBOCAVERNOSO Avaliação do choque medular. Se presente → Fim do choque medular. Pressiona a glande (ou tração sondar vesical) e observa contração reflexa do esfíncter anal 11