Questionário - Psicoterapia Analítica Funcional (FAP)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA
Teorias e Técnicas Psicoterápicas III - TTP III - Comportamental
Data: 13 de setembro de 2022
1º QUESTIONÁRIO (PSICOTERAPIA ANALÍTICA FUNCIONAL - FAP)
1 - Explique cada uma das 5 regras básicas da FAP e comente sobre as possíveis falhas
do terapeuta em relação a cada uma delas:
● Regra 1: Prestar atenção aos CRBs - é a regra mais importante e que pode resumir
todas as outras, pois é a partir dos CRBs que se consegue seguir o curso da terapia
junto ao paciente de maneira eficiente. Perceber suas aparições e propor intervenções
dependendo de qual aparece é importante para um bom terapeuta.
● Regra 2: Evocar os CRBs - a partir de uma relação terapêutica bem firmada, o
terapêuta é capaz de evocar os CRBs para que seja possível um fluxo no processo
terapêutico, o que envolve tanto CRBs que trazem problemas para o paciente como
aqueles que levam a uma postura de melhora do mesmo.
● Regra 3: Reforçar os CRB2s - quando os CRB2s aparecem durante a terapia eles
mostram que um progresso do paciente está acontecendo. Eles são uma forma de
superar os CRB1s e quando aparecem precisam ser reforçados.
● Regra 4: Observe os efeitos potencialmente reforçadores do comportamento do
terapeuta em relação aos CRBs do cliente - nessa regra é preciso estar atento como
o comportamento do paciente afeta o comportamento do terapeuta, levando em
consideração que o foco é a melhora do primeiro.
● Regra 5: Forneça interpretações de variáveis que afetam o comportamento
humano - uma explicação das variáveis que afetam o comportamento podem ser
benéficas no processo de elaboração lógica que vai manter o paciente mais próximo
das variáveis de controle dos seus comportamentos.
2 - Em uma linguagem analítico-comportamental, como um evento traumático no
passado pode controlar o comportamento presente e que estratégias de intervenção
podem ser feitas para mudar essa situação?
Uma pessoa pode ter sido exposta a um evento aversivo e, com isso, ter pareado a partir de
relações operantes, um determinado estímulo neutro com o aversivo. Com isso, mesmo que o
estímulo aversivo em si não esteja presente, o sujeito pode apresentar comportamentos de
fuga e esquiva do mesmo na presença desses que foram pareados. Uma das maneiras mais
eficientes para se tratar traumas é a exposição aos estímulos que foram pareados com os
aversivos para que, dessa forma, se consiga criar uma nova relação de pareamento entre esses
estímulos e outros não aversivos.