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EF-UFRN-no-CEB-2015-Luiz-Augusto-et-al--Exemplares-da-fauna-----MIRYAPODA

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XII CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL
EXEMPLARES DA FAUNA ASSOCIADA À SERRAPILHEIRA
E APRENDIZAGEM SOBRE MYRIAPODA
Luiz Augusto da Silva CORREIA ¹ - augusto-luiz1991@bol.com.br
Allyson Gomes da SILVA2; Deivison Batista PEDROZA 3; Maria dos Navegantes Pereira da SILVA 4; Fernanda
Moura. Fonseca LUCAS 5, Elinei Araújo de ALMEIDA 6
1-5Graduandos em Engenharia Florestal, 6Professora de Zoologia, Depto. de Botânica, Ecologia e Zoologia,
Centro de Biociências – 1-5Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN.
INTRODUÇÃO
Atividades didáticas diferenciadas envolvidas no contexto da sala de aula atuam tanto como ferramentas
facilitadoras do ensino/aprendizagem quanto como elementos que visam a sensibilização ambiental (Marandino,
2006). Além de ser possível associar uma metodologia de ensino voltada para atividades práticas, a realização de
aulas de campo e de laboratórios, são importantes porque alunos manipulam materiais, equipamentos e observam
os organismos e, sendo assim, desenvolvem familiaridades com os objetos reais (Krasilchik, 1996).
É a partir da proposta de utilizar interações do ensino com a conservação do ambiente, que conteúdos atitudinais
são visualizados no momento de se apreender acerca de animais presentes em ambientes florestais. Ressaltam-se
para isso, direções voltadas à valorização de fragmentos florestais, onde se acompanha de perto, toda a dinâmica
existente, desde as áreas de dosséis aos locais relacionados aos folhiços ou serapilheira. Serapilheira é o acúmulo
de folhas e ramos secos os quais são reciclados por bactérias e fungos, após terem sido processados por organismos
detritívoros (Seastedt, 1984).
Como destacado em Santos et al. (2008), o folhiço conserva a umidade ambiente e serve como isolante térmico
contra as variações da temperatura ambiente, e assim, atrai muitos representantes de artrópodes, entre os quais
destacam-se aracnídeos, crustáceos e miriápodes. Os Myriapoda, grupo dos “embuás” (Diplópoda) e “centopeias”
(Chilopoda) correspondem aos artrópodes menos conhecidos, mas que apresentam importância na degradação do
folhiço.
OBJETIVOS
Considerando a importância de se estudar artrópodes em campo, com visualizações direcionadas para o grupo
Myriapoda, o objetivo desse trabalho foi identificar pontos representativos direcionados aos diplópodes e
quilópodes presentes em fragmento vegetal.
METODOLOGIA
Na visita a campo realizada no dia 8 do mês de abril de 2015 em um fragmento de vegetação situada em área dunar
localizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), efetuou-se estudos dos artrópodes explorando
o ambiente em diferentes aspectos: visualização dos animais, observação da vegetação constituinte de dorsel e de
clareiras, como também aqueles relacionados à serapilheira, no percurso da Trilha dos Saguis - um significativo
Laboratório natural para a realização de práticas ambientais.
Perguntas sobre características dos Myriapoda foram colocadas no momento de visualização dos exemplares, os
quais alguns se encontravam sob troncos de madeira e outros estavam presentes no folhiço. Direcionamentos acerca
do ambiente foi necessário porque o local onde esses organismos são encontrados estão relacionados com a
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umidade. Informações sobre as substâncias tóxicas produzidas por representantes de diplópodes também foram
lembradas durante a aula de campo.
RESULTADOS
Referindo-se aos Diplopoda, foram encontrados sobre os troncos de madeira o grupo: Polydesmida
(Chelodesmidae) e nos folhiços foram visualizados representantes do grupo Juliforme (Rhinocricidae, Spirobolida),
os quais são importantes para ambientes florestais.
Referindo-se ao Chilopoda destacaram-se a presença dos táxons: Scolopendridae, presente no folhiço e
Geophylomorpha, camuflados em troncos de madeira. A presença de umidade marcante nos locais onde estavam
presentes os organismos foi um padrão constante nas observações. Reações de conglobação (mecanismo de defesa
por meio do enrolamento em espiral do corpo) de alguns representantes, foram observadas no momento de
compreensão acerca dos diplópodes.
DISCUSSÃO
O direcionamento para uma eficiente busca dos organismos fez com que se visualizasse a importância do
fragmento vegetal para manutenção dos organismos. Como também, lembrar que alguns grupos de Myriapoda,
como destacado em Costa Neto (2007), eliminam uma substância tóxica, chama-se atenção para o cuidado que se
deve ter ao manusear estes organismos Nesse sentido, unir consideração acerca do organismos e do ambiente torna
mais apreensível a informação. Leff (2001) destaca que há necessidade da implementação de metodologias
pedagógicas voltadas para o enriquecimento de aprendizagem e da sensibilização ambiental. Com isso, acentua-se
que há responsabilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem
que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela
dinâmica de racionalidade existente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ênfase do conhecimento acerca dos miriápodes como fauna associada com vegetação pois o folhiço constitui
uma forma didática de integrar os conteúdos conceituais sobre os organismos e agregar valor no momento de
exploração dos temas em estudo. As discussões efetivadas em trilhas ecológicas despertam emoções e acentuam o
sentimento de pertencimento para com a natureza e ainda possibilita tornar o ser humano mais integrado. A
aplicação da atividade utilizando folhiço e áreas sob troncos de madeira, para aprendizagem e aprofundamento dos
artrópode faz com que visualizemos conteúdos sobre a fauna associada em aulas aplicadas para alunos de forma
bem mais cativante.
REFERÊNCIAS
COSTA NETO, E. M. 2007. The perception of Diplopoda (Arthropoda, Myriapoda) by the inhabitants of the
County of Pedra Branca, Santa Teresinha, Bahia, Brazil. Acta biol. Colomb., 12(2): 123 – 134.
KRASILCHIK, M. 1996. Formação de professores e ensino de Ciências: tendências nos anos 90. In: MENEZES,
L. C. (org.). Formação continuada de professores de Ciências. Campinas: Autores Associados, p.135-40.
LEFF, E. 2001. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez.
MARANDINO, M. 2006. Perspectivas da pesquisa educacional em museus de Ciências. In: SANTOS, F. M. T.;
GRECA, I. M. (org.). A pesquisa em ensino de ciências no Brasil e suas metodologias. Ijuí/RS: EdUNIJUÍ.
SANTOS, R. L. et al. 2008. Macrofauna associada à serapilheira de psamofita fixadora de dunas em ambientes
costeiros na cidade do Natal (RN). In: ANAIS DO III CONGRESSO BRASILEIRO DE OCEANOGRAFIA,
Fortaleza/CE. III CBO.
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SEASTEDT, T. R. 1984. The role of microarthropod in decomposition and mineralization processes. Ann. Rev.
Entomol. 29: 25-46.
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