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Surgida a partir do grego “phainesthai”, que significa “aquilo que se apresenta ou se mostra” e “logos” (logia) é um sufixo que quer dizer “explicação/estudo”. Em outras palavras, a Fenomenologia é o estudo dos fenômenos. A principal ideia dos pensadores da área é de voltarem-se para as coisas de forma direta, sem intervenção ou influência de explicações científicas ou metodológicas. Alemão, filósofo e matemático, fundador da escola de fenomenologia.; Acreditava que a estrutura e os conteúdos da consciência são profundamente distorcidos conforme o contexto que o indivíduo está inserido. Então, Husserl propôs a epoché, que significa “suspensão de a priori”, suspensão momentânea da atitude natural, do pré-julgamento e do pré-conceito. Ou seja, cabe ao filósofo interpretar os fenômenos tal qual eles aparecem. Para Husserl, não podemos inferir uma lei geral a partir da observação de casos particulares e da constatação da sua regularidade. O filósofo afirma que não há ciência que não comece por estabelecer um quadro de essências obtidas pela técnica de variação imaginária dos objetos. Ou seja, antes de se fazer física, é necessário refletir o que é o “fato físico” em sua essência. Essa era a maior crítica de Husserl sobre a ciência positivista/ciência de rigor, que defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro Para Husserl, intencionalidade significa apenas a característica geral da consciência de ser consciência de alguma coisa. A intenção definida como um conteúdo significativo de algo, a maneira como a consciência apreende o fenômeno que se mostra, o que eu percebo ao meu redor. Quando eu olho o objeto e atribuo função a ele. A atitude natural é o modo irrefletido como nos relacionamos com o mundo em nossa volta. Cremos na realidade exterior e confiamos que nosso olhar capta uma realidade que existe por si mesma. A atitude fenomenológica é o movimento de suspender conceitos prévios (epoché; suspensão de a priori; olhar ingênuo), sobre o que busco compreender para que esses conceitos prévios não sobreponham características ao que se manifestar do que estamos investigando. Discípulo de Husserl, Heidegger afirma que o homem é sempre um ser-no-mundo, um ser-em-situação. Porém, que ele não está preso à situação em que se encontra, mas sim, sempre aberto para tornar-se algo novo. Heidegger buscava o sentido do ser através da Fenomenologia. Obra escrita por Heidegger, onde o autor propõe tratar o problema da história a partir da ontologia fenomenológica. Isto é, a pergunta sobre o modo de ser da história por meio da explicitação da constituição do Dasein como ente que compreende a si e ao mundo por ser constituído pela compreensão de ser. Pergunta sobre o “ser” – aquilo que é, aquilo que existe, o que é existência. Isso já era feito por filósofos anteriores, mas Heidegger afirma que acabavam vinculando o “ser” à uma coisa no mundo, à um objeto. Então, eles estavam perguntando pelo “ente”. Quem é o ser? – O “ser” é o DASEIN, que significa “ser-ai”; “ser-no-mundo”; ser que se faz, se constrói. O modo como o indivíduo encara a angústia da morte pode ser determinante para que ele tenha uma vida autêntica ou não. Então, reconhecer a finitude, mas explorar as possibilidades da vida é o que vai fazer sua existência ser autêntica ou não. É aquele que conhece suas possibilidades e se reconhece no mundo, ele se reconhece como um ser-ai, se reconhece como Dasein. De acordo com Heidegger, a existência inautêntica é a vida cotidiana, que leva à angústia e que se deixa levar pela situação, Por clínica fenomenológica define-se a influência do método de Husserl nos tratamentos psicológicos. A clínica psicológica é historicamente associada à psicoterapia, que pode ser definida como a arte e ciência que se dedica ao alívio do sofrimento humano, decorrente de conflitos e desordens emocionais. A psicoterapia existencial investiga a história de vida de um paciente, mas não busca explicar a história de vida em patologias. Mas, compreende a história de vida como modificações da estrutura total do ser-no-mundo dos pacientes. Essa modalidade de terapia não mostra apenas onde, quando e até que ponto o paciente falhou em realizar a totalidade de sua humanidade, mas tenta fazê-lo experienciar isso o mais radicalmente (raiz) possível. O objetivo será alcançado o quanto mais rápido o terapeuta explorar as estruturas espaciais no mundo de significação de um paciente. O lugar de um terapeuta no setting é o plano de uma existência em comum, sendo o paciente um parceiro existencial. A psicoterapia será um encontro, um ser- com.. A análise existencial não pode dispensar os métodos tradicionais terapêuticos, mas deve usá-los apenas com o propósito de favorecer a abertura ao paciente para compreensão da estrutura existencial humana. O uso de métodos deve permitir, em última instância, o exercício da liberdade para que o indivíduo utilize suas próprias capacidades existenciais. Realizamos a leitura do capítulo IV do livro Psicologia Fenomenológico Existencial – “A Existência”, onde o autor inicia o capítulo descrevendo de que forma a filosofia existencialista influenciaram o desenvolvimento da Psicologia Fenomenológico-Existêncial. Ele ressalta a importância de compreender a existência como algo que não pode ser reduzido à processos biológicos ou psicológicos. O autor também discute a diferença entre ser-no-mundo e ser-no-meio e de que forma esses conceitos estão relacionados à compreensão da existência humana. Ser-no-mundo refere-se à nossa experiência de sempre estarmos imersos em um contexto cultural e social. Já o ser- no-meio se refere à nossa experiência individual e única. Então, o autor diz que a Psicologia Fenomenológico-Existencial entende o desenvolvimento humano como um processo contínuo de descoberta de si mesmo e do mundo ao seu redor. E, também, ressalta que, embora a existência humana possa ser dolorosa e angustiante, também pode ser uma fonte de alegria e significado. Uma das principais diferenças entre o pensamento de Husserl e Heidegger, é o entendimento que cada um adota em relação à questão do ser. Para Husserl, a fenomenologia é uma disciplina que busca descrever as estruturas universais da consciência e experiência humana, ressaltando a importância da redução fenomenológica (epoché) e, dessa forma, alcançar a compreensão plena do objeto. Já para Heidegger, a existência humana é caracterizada pela preocupação constante com a própria mortalidade e a possibilidade de ser autêntico ou inautêntico em relação ao seu próprio ser. Outra diferença entre os dois pensadores é o papel que eles atribuem à linguagem na compreensão da realidade. Husserl acredita que a linguagem é uma ferramenta que pode ajudar na compreensão do objeto, ou seja, que a linguagem é um meio de expressar e comunicar nossas experiências e pensamentos sobre o mundo ao nosso redor. Já Martin Heidegger considera que a linguagem não é apenas um meio de expressar nossas experiências e pensamentos sobre o mundo. Segundo ele, a linguagem é uma atividade fundamentalmente humana e é por meio dela que construímos nossas identidades e nos relacionamos com o mundo, mas também molda a maneira como entendemos e nos relacionamos com ele (mundo). Realizamos a leitura do segundo capítulo do livro “Na presença do Sentido”. O autor inicia o capítulo afirmando que os desejos são fenômenos ambíguos. Ou seja, embora os desejos sejam considerados motivações internas para a ação, eles são, na verdade, inseparáveis da percepção do mundo ao nosso redor. O indivíduodeseja objetos e situações que percebemos como valiosas ou significativas em relação as suas experiências passadas e presentes, e não uma questão de satisfação de necessidades biológicas. Os desejos envolvem emoções, memórias, expectativas e desejos imaginários. Além disso, não estão limitados apenas a coisas materiais, também incluem desejos por relações interpessoais e experiências estéticas. O autor também discute a relação entre o desejo e a percepção, afirmando que nossos desejos influenciam na forma como percebemos o mundo, e vice-versa. A temática da Existência é um conceito central na Psicoterapia Existencial, uma abordagem que destaca a busca do significado e propósito da vida. Essa abordagem acredita que as pessoas enfrentam uma crise existencial ao longo de suas vidas, que é quando se questionam sobre o sentido de suas vidas, sua identidade e seus valores. Os profissionais que atuam com a Psicoterapia Existencial acreditam que as pessoas têm a capacidade de escolher seus caminhos e criar sua própria realidade, então, o terapeuta ajuda seu paciente a explorar suas preocupações existenciais, tais como: a morte, a liberdade, a autenticidade etc. com o objetivo de encontrar respostas para suas questões.
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