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06 Nervo facial, orelha externa e orelha média

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Milena Silva Araujo
MEDUFES 105
Nervo facial, orelha externa e orelha média
Nervo facial
• Qual é a origem aparente e craniana do N. facial?
Origem aparente: sulco bulbo-pontino (junção da ponte com o bulbo)
Origem craniana: forame estilomastóideo
• Qual é o trajeto do N. facial de sua origem aparente até a face?
Atravessa a fossa posterior do crânio, o meato acústico interno, o canal facial, o forame estilomastóideo do
temporal e a glândula parótida
• Quais são os ramos intracranianos? Saiba os respectivos componentes funcionais e
respectivos territórios de inervação (órgãos-alvo).
Ramos intracranianos Componentes funcionais Territórios de inervação
N. petroso maior ● Eferência visceral geral
(parassimpática)
● Aferência visceral especial
● Aferência visceral geral
● Glândulas lacrimais,
nasais e palatinas
● Gustação no palato
● Mucosa do palato mole e
cóanos
N. estapédio ● Eferência visceral especial ● M. estapédio
Corda do tímpano ● Eferência visceral geral
(parassimpática)
● Aferência visceral especial
● Glândulas sublinguais e
submandibulares
● Gustação nos ⅔ anteriores
da língua
R. comunicante com o N. vago ● Aferência somática geral ● Pele de parte da orelha
externa
N. petroso maior (parassimpático) + N. petroso profundo (simpático) = N. do canal pterigóideo → gânglio
pterigopalatino (as aferências voltam pro NPM)
Corda do tímpano (parassimpático) + N. lingual → gânglio submandibular (as aferências voltam pro CT)
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• Quais são os ramos na base externa? Saiba os respectivos componentes funcionais
e respectivos territórios de inervação (órgãos-alvo).
Ramos na base externa Componentes funcionais Territórios de inervação
N. auricular posterior ● Eferência visceral especial
● Aferência somática geral
● M. auricular posterior e M.
occipitofrontal
● Face medial da orelha e
região mastóidea
R. digástrico ● Eferência visceral especial ● Ventre posterior do M.
digástrico
R. estilo-hióideo ● Eferência visceral espec. ● M. estilo-hióideo
• Quais são os ramos na face e no pescoço? Saiba os respectivos componentes
funcionais e respectivos territórios de inervação (órgãos-alvo).
Ramos na face e no pescoço Componentes funcionais Territórios de inervação
Rr. temporais ● ●
Rr. zigomáticos ● ●
Rr. bucais ● ●
R. marginal da mandíbula ● ●
R. cervical ● ●
• Qual é a relação do N. facial com as outras estruturas no interior da parótida?
O N. facial assume uma posição lateral em relação às demais estruturas
• Ao assistir o vídeo da moça com paralisia facial: qual motivo dela se queixar de ouvir
um barulho que incomoda (hiperacusia)? Qual é o motivo dela utilizar o tapa-olhos?
Orelhas externa e média
• Quais são as divisões da orelha externa?
A orelha externa inclui a orelha (pavilhão) e o meato acústico externo
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• Observe as principais partes anatômicas da orelha.
* Cartilagem elástica, trago é conjuntivo fibroso e lóbulo de adiposo e conjuntivo frouxo
• Observe o trajeto do meato acústico externo.
O MAE é um canal que segue da orelha até a membrana timpânica, através da parte timpânica do temporal.
O terço lateral é cartilagíneo e revestido por pele contínua com a da orelha, os dois terços mediais são ósseos
e revestidos por pele fina contínua com a camada externa da membrana timpânica. Glândulas ceruminosas e
sebáceas da parte cartilagínea produzem cerume.
• Quais são os principais vasos que suprem a orelha externa?
A. e V. auricular posterior e A. e V. temporal superficial
• Onde está localizada a cavidade timpânica? Qual é sua orientação? Com quem ela
se comunica posteriormente e anteriormente?
A cavidade timpânica fica na parte petrosa do temporal, orientação oblíqua de eixo anteroposterior
praticamente paralelo à margem superior da parte petrosa do temporal, comunicação anteromedial com a
nasofaringe e posterossuperior com as células mastóideas (através do antro mastóideo)
• O que é o recesso epitimpânico?
A parte da cavidade timpânica superior à membrana timpânica
• Quais são as paredes da cavidade timpânica e porquê desses nomes?
1) Parede tegmental (teto): formada pelo tegme timpânico, uma lâmina fina de osso que separa a cavidade
timpânica da dura-máter
2) Parede jugular (assoalho): formada por uma lâmina de osso que separa a cavidade timpânica da V. jugular
interna
3) Parede membranácea (lateral): formada quase totalmente pela membrana timpânica; superiormente é
formada pela parede óssea do recesso epitimpânico
4) Parede labiríntica (medial): formada por estruturas do labirinto ósseo (orelha interna)
5) Parede mastóidea (posterior): separa a cavidade do processo mastóide
6) Parede carótica (anterior): separa a cavidade timpânica do canal carótico
Milena Silva Araujo
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7) Antro mastóideo:
• Observe na parede labiríntica: promontório, janela do vestíbulo (oval) e da cóclea
(redonda), a proeminência do canal facial e o processo cocleariforme.
Promontório: projeção do giro basal da cóclea para a cavidade timpânica. Sobre o promontório está
localizado o plexo timpânico, formado pela união de ramos que penetram a cavidade, em especial o R.
timpânico do N. glossofaríngeo (recolhe a sensibilidade da mucosa da cavidade timpânica, da mucosa do
antro e células mastóideas, da tuba auditiva e envia estímulos parassimpáticos para a glândula parótida, por
meio do N. petroso menor que sai do plexo)
Janela oval: abertura posterossuperior ao promontório, é a comunicação da cavidade timpânica com o
vestíbulo da orelha interna. No vivo é tapada pela base do estribo, o qual se fixa pelo ligamento estapedial
anular
Janela redonda: abertura posteroinferior ao promontório, é a abertura final da rampa do tímpano na cóclea.
No vivo é fechada pela membrana timpânica secundária, que se abaula em oposição aos movimentos de
empurrar que a base do estribo promove na janela oval
Proeminência do canal facial: posterossuperior à janela oval, elevação causada pela passagem do N. facial
dentro do seu canal ósseo
Processo cocleariforme: anterior à janela do vestíbulo, projeção óssea que é a continuação posterior do
semicanal do M. tensor do tímpano. Sua extremidade é curvada para lateral (em direção à membrana
timpânica) e possui um orifício para a passagem do tendão do músculo
• Observe na parede mastóidea: ádito ao antro mastóideo e eminência piramidal.
Ádito ao antro mastóideo: abertura na altura do processo epitimpânico
Eminência piramidal: pequena projeção óssea em forma de cone, quase na transição da parede labiríntica
com a mastoidea, na altura da janela oval. A eminência piramidal é oca, aloja o ventre do M. estapédio (cujo
tendão emerge através do orifício no ápice da eminência) e superior a ela passa o canal do N. facial
* Abertura do canalículo da corda do tímpano
• Observe o antro mastóideo e as células mastóideas.
Antro mastóideo: cavidade na parte superior do processo mastóide
Células mastóideas: cavidades aéreas dentro do processo mastóide, as quais se comunicam entre si e com
o antro
• Quais são as partes e extremidades da tuba auditiva? Qual é a sua função?
A tuba auditiva possui uma parte óssea (terço posterolateral) e uma parte cartilagínea e comunica a cavidade
timpânica à nasofaringe. Sua função é igualar a pressão na orelha média à pressão atmosférica, equilibrando
a pressão nos dois lados da membrana timpânica (por meio da entrada/saída de ar na orelha média) e
permitindo seu livre movimento
• Quais são os ossículos da audição e sua importância?
Os ossículos são martelo, bigorna e estribo; eles são importantes para transmitir as vibrações que chegam na
membrana timpânica para a orelha interna (através da janela oval), num processo que aumenta a força e
diminui a amplitude dessas ondas
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• Quais são os músculos da cavidade timpânica e sua importância?
M. estapédio e M. tensor do tímpano; o M. tensor do tímpano puxa o martelo medialmente, tensionando a
membrana timpânica e reduzindo a amplitude de suas oscilações e o M. estapédio traciona o estribo
posteriormente,reduzindo a amplitude oscilatória e impedindo o movimento excessivo do osso. Dessa forma,
os músculos da cavidade timpânica são muito importantes no amortecimento e na resistência aos
movimentos dos ossículos e no amortecimento da vibração da membrana timpânica, o que previne lesões da
orelha interna

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