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IndicadoresAntropomA-tricos-Costa-2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E TEMPO DE 
INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES PÓS 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
 
 
 
 
 
 
JÁLISSA KARLA DE ARAÚJO COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2021 
 
 
JÁLISSA KARLA DE ARAÚJO COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E TEMPO DE 
INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES PÓS 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Graduação em Nutrição da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte como requisito final 
para obtenção do grau de Nutricionista. 
 
 
 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ana Paula Trussardi Fayh 
Co-orientadora: M.ª Iasmin Matias de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2021 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS 
 Costa, Jálissa Karla de Araújo. 
 Indicadores antropométricos e tempo de internação hospitalar 
de pacientes pós infarto agudo do miocárdio / Jálissa Karla de 
Araújo Costa. - 2021. 
 33f.: il. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Nutrição) - 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências 
da Saúde, Departamento de Nutrição. Natal, RN, 2021. 
 Orientadora: Ana Paula Trussardi Fayh. 
 Coorientadora: Iasmin Matias de Sousa. 
 
 
 1. Infarto Agudo do Miocárdio - TCC. 2. Hospitalização - TCC. 
3. Tempo de Internação - TCC. 4. Antropometria - TCC. 5. 
Avaliação Nutricional - TCC. I. Fayh, Ana Paula Trussardi. II. 
Sousa, Iasmin Matias de. III. Título. 
 
RN/UF/BS-CCS CDU 616.127-005.8 
 
 
 
Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263 
 
 
 
JÁLISSA KARLA DE ARAÚJO COSTA 
 
 
INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E TEMPO DE 
INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES PÓS 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição 
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção 
do grau de Nutricionista. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof.ª Dr.ª Ana Paula Trussardi Fayh 
 
 
________________________________________________________ 
M.ª Iasmin Matias de Sousa 
 
 
________________________________________________________ 
Prof.ª Dr.ª Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista 
 
 
 
Natal, 25 de agosto de 2021 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço, primeiramente, a Deus por me guiar e me proteger sempre, me 
fazendo perseverar em diversos momentos difíceis; 
 Aos meus pais, principalmente minha mãe Lígia, por acreditar em mim e me 
acompanhar em todos os meus objetivos, lutando comigo para alcançá-los; 
 A minha irmã e a minha avó, por constituírem um porto seguro juntamente 
com a minha mãe e me apoiarem nessa jornada; 
 A professora Ana Paula, por todo empenho e suporte oferecido para a 
construção desse trabalho, bem como em toda a minha trajetória na pesquisa; 
 A minha coorientadora do TCC 1, Sandra Queiroz, que me proporcionou 
momentos de grande aprendizado durante a coleta de pacientes no Hospital 
Universitário Onofre Lopes e me fez entender mais sobre a pesquisa para conseguir 
desenvolver este trabalho; 
 A minha coorientadora do TCC 2, Iasmin Matias, pelo apoio desde que entrei 
no grupo de pesquisa GEMEN e pela excelente condução na coorientação desse 
trabalho; 
 As minhas amigas Ana Beatriz, Liana Letícia, Luana Freire e Eneida Pires, 
por todos os momentos que passamos na graduação, pois graças a elas consegui 
superar os obstáculos com leveza e descontração; 
 A todos os membros do GEMEN (Grupo de Estudos em Metabolismo, 
Exercício e Nutrição), por me acolher desde 2018 e ser um diferencial na minha 
formação por tanto conhecimento compartilhado; 
 As professoras da graduação, por todo apoio, compreensão, trocas e 
incentivo ao longo do curso; 
 Aos participantes da pesquisa, pelo consentimento e empatia que fizeram 
esse estudo ser possível e faz a área da pesquisa a cada dia ser fortalecida. 
 
 
 
RESUMO 
 
As doenças cardiovasculares constituem-se como uma das principais causas 
de mortalidade no mundo. Nesse cenário, o infarto agudo do miocárdio (IAM) tem se 
destacado devido a sua magnitude e letalidade. O tempo de internação dos 
pacientes pode implicar em maiores riscos no que se refere a alterações do estado 
nutricional, como a desnutrição. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo 
avaliar os indicadores antropométricos e associações com tempo de internação 
hospitalar dos pacientes pós IAM. Foi realizado um estudo transversal com 
pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, admitidos no Hospital Universitário 
Onofre Lopes com diagnóstico de IAM. Foram coletadas informações 
sociodemográficas, e feita a aferição das medidas antropométricas (índice de massa 
corporal – IMC, circunferência abdominal – CA e circunferência da panturrilha – CP) 
no momento da internação e avaliado o tempo de internação hospitalar. As variáveis 
antropométricas foram comparadas entre grupos com maior (> sete dias) e menor (≤ 
sete dias) tempo de internação hospitalar pelos testes t para amostras 
independentes, Mann-Whitney, Qui-quadrado ou exato de Fisher. Foram realizadas 
análises de correlação de Spearman entre os indicadores antropométricos e o tempo 
de internação hospitalar. O nível de significância adotado para todas as análises foi 
p < 0,05. Foram avaliados 150 pacientes, com idade média de 61,1 anos, sendo a 
maioria do sexo masculino. As comorbidades mais prevalentes foram dislipidemia, 
seguida por hipertensão e diabetes. A média do IMC resultou em 26,3 kg/m², 
indicativo de sobrepeso, aproximadamente metade da população apresentou risco 
cardiovascular decorrente da alteração da CA e baixa CP foi identificada em mais da 
metade da amostra. A mediana do tempo de internação foi de sete dias. Não foram 
observadas associações ou correlações entre os indicadores antropométricos 
avaliados e o tempo de internação hospitalar em pacientes pós IAM. Em conclusão, 
os achados sugerem um perfil clínico e nutricional de pacientes pós IAM com a 
presença de fatores de risco importantes para DCV, entretanto não foram 
observadas associações nem correlações entre os indicadores antropométricos 
avaliados e o tempo de internação hospitalar de pacientes pós IAM. 
Palavras-chave: Infarto Agudo do Miocárdio; Hospitalização; Tempo de Internação; 
Antropometria; Avaliação Nutricional. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7 
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 9 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 9 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 9 
3. REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 10 
3.1 DOENÇAS CARDIOVASCULARES E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .. 10 
3.2 INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS ........................................................... 11 
4. METODOLOGIA ................................................................................................. 14 
4.1 DESENHO, LOCAL E POPULAÇÃO DO ESTUDO ......................................... 14 
4.2 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE E EXCLUSÃO ............................................ 14 
4.3 LOGÍSTICA DO ESTUDO E CONSIDERAÇÕES ÉTICAS .............................. 14 
4.4 COLETA DE DADOS E AVALIAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS ....................... 15 
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ..................................................................................16 
5. RESULTADOS ................................................................................................... 17 
6. DISCUSSÃO ...................................................................................................... 21 
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 24 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 
ANEXOS....................................................................................................................25 
 
 
7 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As doenças cardiovasculares (DCVs) consistem em um grupo de 
enfermidades que envolvem distúrbios no coração e nos vasos sanguíneos, dentre 
elas estão incluídas a doença arterial coronariana (DAC), cerebrovascular, arterial 
periférica, cardíaca reumática, cardiopatia congênita, trombose venosa profunda e 
embolia pulmonar (WHO, 2021). Esse conjunto de doenças compõem o quadro de 
doenças crônico-degenerativas de maior relevância epidemiológica devido à elevada 
taxa de morbimortalidade mundial dos indivíduos acometidos. Segundo a 
Organização Pan-Americana da Saúde, as DCVs são a principal causa de morte no 
mundo, tendo sido responsáveis por cerca de 17,7 milhões de óbitos no ano de 2015 
(OPAS, 2017). Ademais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 
em média, 33% das mortes no Brasil em 2011 foram atribuídas às doenças 
cardiovasculares (WHO, 2017). 
Neste cenário epidemiológico, o infarto agudo do miocárdio (IAM), evento 
agudo decorrente da DAC, tem-se destacado devido à sua magnitude e letalidade, 
segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a 
mortalidade hospitalar dos pacientes internados por IAM no sistema público do Brasil 
foi, em média, 15,3% no ano de 2010 (MARCOLINO et al, 2013). De forma geral, o 
IAM se dá por uma necrose do tecido subendocárdico decorrente da diminuição ou 
ausência do fluxo sanguíneo para o músculo, normalmente associada à oclusão das 
artérias coronárias. Existem diversos fatores que podem potencializar o risco do 
infarto, divididos em não modificáveis, como idade, gênero, hereditariedade; e 
modificáveis, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, diabetes 
mellitus, tabagismo, sedentarismo, entre outros (COELHO; RESENDE, 2010). 
Outro aspecto importante diz respeito ao tempo de hospitalização, que se 
apresenta como um grande risco para os pacientes, principalmente idosos, que, 
quando internados, podem ter alterações do estado nutricional que culminam em 
uma acentuação do quadro de desnutrição, refletindo em maior taxa de 
morbimortalidade, pior desfecho clínico e maior número de readmissões (SALES et 
al, 2010). De acordo com o Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar 
(IBRANUTRI), estima-se que a incidência de desnutrição seja em torno de 48% 
8 
 
 
 
entre os pacientes adultos hospitalizados no Brasil, consequentemente, esses 
efeitos adversos aumentam a demanda de atenção de profissionais de saúde e 
gastos hospitalares, portanto, é importante realizar uma detecção precoce desses 
pacientes para auxiliar no planejamento da terapia nutricional, direcionar a 
assistência e obter êxito no tratamento (CRUZ; BASTOS; MICHELI, 2012). 
Neste sentido, os indicadores antropométricos apresentam grandes 
vantagens como ferramenta para a avaliação do estado nutricional de pacientes 
hospitalizados, como: baixo custo, simplicidade na aplicação e facilidade de 
interpretação dos dados (LOBATO et al, 2014). A antropometria já faz parte da rotina 
hospitalar e pode rastrear indivíduos em risco, logo, é necessário elucidar as 
medidas mais fortemente associadas ao tempo de internação hospitalar dos 
pacientes (PINTO et al, 2020). Diante disso, torna-se importante avaliar as medidas 
antropométricas e identificar potenciais associações com o tempo de permanência 
hospitalar, contribuindo para a redução das complicações e promoção de uma 
recuperação mais rápida dos indivíduos hospitalizados pós IAM. 
 
9 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Avaliar a associação e a correlação entre indicadores antropométricos e o 
tempo de internação hospitalar de pacientes pós infarto agudo do miocárdio 
admitidos no Hospital Universitário Onofre Lopes em Natal/RN. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Caracterizar os pacientes de acordo com idade, sexo, tipo de infarto, 
tratamento realizado e comorbidades; 
• Avaliar os parâmetros antropométricos dos pacientes (Índice de Massa 
Corporal - IMC, Circunferência Abdominal - CA e Circunferência da 
Panturrilha - CP); 
• Verificar o tempo de internação hospitalar dos pacientes. 
 
10 
 
 
 
3. REVISÃO DA LITERATURA 
 
3.1 DOENÇAS CARDIOVASCULARES E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
As DCVs constituem-se em um grupo de distúrbios que acomete o coração e 
os vasos sanguíneos e é considerada uma das principais causas de morte no 
mundo. Estima-se que 17,9 milhões de indivíduos morreram por DCVs no ano de 
2016, representando 31% das mortes em todo o mundo (WHO, 2017). Neste 
sentido, o IAM, caracterizado pela diminuição da perfusão no miocárdio que resulta 
em necrose celular, acomete cerca de 800.000 pessoas anualmente, das quais 27% 
destas vão a óbito (BOATENG; SANBORN, 2013). 
Os fatores de risco associados às DCVs, em geral, podem ser divididos em 
“não modificáveis”, como idade avançada, histórico familiar de DCVs, sexo e etnia, e 
“modificáveis”, incluindo-se as dislipidemias, o tabagismo, a hipertensão arterial, a 
inatividade física, a obesidade, diabetes mellitus, hábitos alimentares não saudáveis 
e estresse (LABARTHE; DUNBAR, 2012). Nesse contexto, a hipótese de que fatores 
envolvendo o estado nutricional do paciente pode afetar o seu prognóstico pós IAM 
estimula a realização de pesquisas a fim de verificar essa possível associação. 
No que se refere ao tratamento de pacientes com IAM, é de extrema 
importância o manejo rápido e eficiente do indivíduo ao hospital, onde rotineiramente 
são realizadas terapias de reperfusão, como a terapia fibrinolítica, intervenção 
coronária percutânea primária e a farmacoterapia, entre outras (REDDY; KHALIQ; 
HENNING, 2015). Além desses tratamentos já estabelecidos até o momento, seria 
de suma importância encontrar evidências de que o estado nutricional pode afetar a 
evolução clínica desses pacientes, culminando em maior tempo de internação e pior 
prognóstico, para assim buscar a formulação de tratamentos dietoterápicos 
específicos a fim de melhorar possíveis inadequações no estado nutricional, 
contribuindo para a melhoria do quadro clínico geral e recuperação. 
Embora haja melhorias na sobrevida e no desfecho do paciente com IAM, 
estes ainda apresentam elevado risco de infarto recorrente e demais DCVs. Quando 
comparados com a população em geral, esses indivíduos apresentam maior risco, 
especialmente os que possuem fatores associados, como idade avançada, 
11 
 
 
 
hipertensão arterial, diabetes, doença arterial periférica ou história de acidente 
vascular cerebral (JOHANSSON et al, 2017). Frente a isso, se faz necessário 
reforçar a importância tanto dos cuidados clínicos, como também da prevenção 
secundária que pode contribuir para a melhoria do prognóstico de pacientes 
hospitalizados com IAM (SMOLINA et al, 2012). 
3.2 INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS 
 A antropometria consiste em uma ferramenta de avaliação corporal capaz de 
mensurar o tamanho, as proporções e variações da composição corporal, com isso, 
possibilita a análise da saúde e do estado nutricional dos indivíduos (SAMPAIO et al, 
2017). Esse método de investigação pode ser aplicado em todas as fases da vida, 
classificando os indivíduos e grupos de acordo com o estado nutricional identificado 
e, para isto, são utilizados os indicadores antropométricos, isto é, a aplicação dos 
índicesque atribuem uma classificação segundo um ponto de corte previamente 
estabelecido (BRASIL, 2011). 
 A utilização da antropometria para rastreio do estado nutricional possui 
inúmeras vantagens, pois é um método não-invasivo, de baixo custo, prático e de 
fácil aplicação (PEIXOTO et al, 2016). Além disso, facilita o treinamento dos 
profissionais a respeito da operacionalização dessa ferramenta e pode ser utilizada 
em situações onde não haja possibilidade de aplicar métodos mais sofisticados 
(SAMPAIO et al, 2017). Portanto, considera-se a antropometria como método mais 
adequado e viável para aplicação nos serviços de saúde (BRASIL, 2011). 
 Para o uso e interpretação dos indicadores antropométricos existe uma vasta 
quantidade de ferramentas que proporcionam a análise do estado nutricional de 
indivíduos e comunidades, bem como a comunicação e a comparação desses 
dados, e, por serem utilizados mundialmente, é possível a comparação dos 
resultados em escala regional, nacional e internacional (BRASIL, 2011). 
 No que se refere a utilização de indicadores antropométricos, o Sistema de 
Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) recomenda o uso do Índice de Massa 
Corporal (IMC) para o diagnóstico do estado nutricional de adultos e idosos, e sua 
classificação segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995). Nesse 
sentido, o IMC apresenta diversos pontos positivos, são eles: facilidade de obtenção, 
12 
 
 
 
alta correlação com a massa corporal e indicadores de composição corporal e 
capacidade de predição de riscos de morbimortalidade (BRASIL, 2011). 
O IMC, apesar de ser uma medida padronizada simples, apresenta alguns 
efeitos paradoxais quanto à análise do risco e mortalidade cardiovascular, portanto 
recomenda-se a aplicação de outras medidas como a circunferência abdominal (CA) 
(MARTÍN-CASTELLANOS et al, 2015). Neste aspecto, a CA é um índice capaz de 
avaliar a distribuição da gordura visceral, negligenciada pelo IMC, que se encontra 
intimamente associada a um maior risco de desenvolver complicações 
cardiometabólicas devido a deposição de gordura que desencadeia diversas 
reações patológicas, onde valores de CA ≥ 102 cm em homens e ≥ 88 cm em 
mulheres são definidos como obesidade central pela OMS (ZHANG et al., 2019). 
Em uma coorte realizada com pacientes de uma unidade cirúrgica geral, foi 
observado que valores de CA de alto risco estão associados a um tempo de 
permanência hospitalar significativamente maior em pacientes internados em 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo a CA considerada um indicador útil para 
quantificar a obesidade em ambiente hospitalar (RYAN et al., 2017). 
Ademais, a circunferência da panturrilha (CP) é outra medida antropométrica 
utilizada, sendo considerada capaz de refletir a massa muscular do corpo, além de 
ser sensível a alteração de peso (SAMPAIO et al, 2017). A CP vem sendo utilizada 
como preditora da quantidade e da função muscular, uma vez que estudos recentes 
demonstraram associação de valores menores de CP com baixa capacidade física, 
enquanto valores maiores foram associados a um melhor desempenho funcional 
(LANDI et al, 2014). A CP pode ser utilizada, também, para avaliar a presença de 
sarcopenia, esta que é caracterizada pela perda de massa magra acompanhada 
pela redução na função muscular (BATSIS et al, 2014). 
Além disso, Tarnowski e colaboradores obtiveram como resultado de seu 
estudo que pacientes com baixa CP possuem uma probabilidade 1,59 vezes maior 
de longa permanência hospitalar quando comparados a pacientes que apresentam 
valor de CP normal (TARNOWSKI et al., 2020). Adicionalmente, baixo valor de CP 
em indivíduos antes da alta vem sendo associado a maior frequência de readmissão 
13 
 
 
 
hospitalar, sendo esta medida considerada um fator de risco significativo para a 
readmissão em 30 dias (REAL et al., 2018). 
 Portanto, sabendo-se que o estado nutricional antropométrico influencia 
diretamente no prognóstico do paciente e que um maior tempo de internação 
apresenta maiores riscos de complicações pós-operatórias, pois esses pacientes 
possuem maior propensão a deterioração nutricional, levando a uma elevação dos 
custos, visto a demanda de um tratamento especializado (ALMEIDA et al, 2013). É 
de extrema importância identificar os fatores associados à maior duração da 
internação para possibilitar uma triagem precoce e otimizar o tratamento do 
paciente. 
 
14 
 
 
 
4. METODOLOGIA 
 
4.1 DESENHO, LOCAL E POPULAÇÃO DO ESTUDO 
Foi realizado um estudo transversal com pacientes adultos e idosos de ambos 
os sexos, entre julho de 2019 e março de 2020, admitidos no Hospital Universitário 
Onofre Lopes - HUOL, em Natal/RN, com diagnóstico médico de infarto agudo do 
miocárdio. 
 
4.2 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
Os critérios de inclusão são idade acima de 18 anos e diagnóstico 
confirmado de IAM, obtido a partir de consulta ao prontuário, recente à data da 
abordagem e avaliação. Não foram incluídos indivíduos com a presença de alguma 
alteração física que impossibilitasse a realização da avaliação antropométrica, 
pacientes com edema, pacientes com câncer, pacientes com HIV em tratamento 
com antirretrovirais, síndrome de Down, doenças inflamatórias crônicas, 
dependência química/etilismo e gravidez ou lactação. 
4.3 LOGÍSTICA DO ESTUDO E CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 
A amostragem do estudo foi obtida por conveniência, onde pacientes com 
IAM admitidos no HUOL que preenchiam os critérios de elegibilidade, foram 
convidados a participar da pesquisa. Durante as abordagens foram passadas as 
informações acerca da proposta do estudo e das avaliações que o paciente seria 
submetido, além da análise de dados dos prontuários. Após concordarem em 
participar da pesquisa os pacientes ou algum responsável assinaram o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias, sendo uma entregue ao 
indivíduo e a outra retida pela equipe da pesquisa (Anexo 1). 
Por ser parte de um estudo maior, intitulado “Composição corporal como 
fator prognóstico de eventos adversos em pacientes pós infarto agudo do miocárdio: 
um estudo de coorte”, este projeto de pesquisa já se encontra na situação de 
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUOL-EBSERH (parecer n° 
3.440.781), desde o mês de Julho/2019, e está de acordo com as normas éticas 
15 
 
 
 
estabelecidas na Declaração de Helsinque e com a Resolução 466/2012 do 
Conselho Nacional de Saúde. 
 
4.4 COLETA DE DADOS E AVALIAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS 
Após aceitação para participar do estudo e assinatura do TCLE, os 
pacientes hemodinamicamente estáveis responderam questões sócio demográficas 
e foram submetidos à avaliação antropométrica. Parte desta etapa ocorreu nos 
próprios leitos de internação, sendo necessário apenas o deslocamento para o 
corredor a fim de realizar a aferição do peso e estatura. Cabe ressaltar que em 
casos em que não era possível a movimentação do leito para realizar a aferição do 
peso e da estatura, registrou-se os valores informados pelos pacientes. 
Os dados foram coletados durante a internação hospitalar com o auxílio de 
um formulário padronizado (Anexo 2). Todos os dados foram coletados pela equipe 
de pesquisadores previamente treinados. 
Para determinação do peso corporal e estatura foi utilizada a balança digital 
com estadiômetro, dispostas nos corredores da enfermaria de cardiologia do 
hospital. Após a obtenção desses dados, foi feito o cálculo do Índice de Massa 
Corporal (IMC) e os pacientes foram classificados de acordo com os critérios da 
Organização Mundial da Saúde - OMS, tendo em vista as seguintes categorias: 
baixo peso (<18,5 kg/m²), eutrofia (≥18,5 a <25 kg/m²), sobrepeso (≥ 25 a < 30 
kg/m²) e obesidade (≥30 kg/m²) (WHO, 1995). 
Para avaliação da circunferência abdominal (CA) e circunferência da 
panturrilha (CP), utilizou-se fita antropométrica inelástica. A medida da CA foi obtida 
na alturada cicatriz umbilical e a CP foi aferida no ponto de maior circunferência, 
com o paciente sentado, pés apoiados no chão e a perna formando um ângulo de 
90º. Para ambas as circunferências foram realizadas três aferições, a fim de obter a 
média das três medidas. Os pontos de corte utilizados para avaliar as medidas 
foram: para a CA foi utilizado os pontos de corte sugeridos pela WHO (1998), 
apresentando risco cardiovascular valores de CA a partir de 80 cm para mulheres e 
94 cm para homens. Para a CP foi adotado valor inferior a 33 cm para mulheres e 34 
cm para homens indicando baixa CP, conforme proposto por Barbosa-Silva (2016). 
16 
 
 
 
Os dados acerca do tempo de internação dos pacientes e outras 
informações referentes ao estado clínico foram coletados nos prontuários eletrônicos 
disponibilizados por um sistema computadorizado da unidade hospitalar. 
 
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA 
A análise estatística dos dados foi realizada utilizando o programa estatístico 
SPSS versão 22.0. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste Kolmogorov-
Smirnov. As variáveis quantitativas estão apresentadas por meio de média e desvio 
padrão, com os grupos comparados a partir do teste t para amostras independentes 
ou mediana e intervalo interquartil comparados pelo teste Mann-Whitney. Dados 
categóricos estão expressos como números absolutos e frequências relativas e 
comparados pelo teste Qui-quadrado ou exato de Fisher. A correlação de Spearman 
foi realizada entre os indicadores antropométricos (IMC, CA e CP) e o tempo de 
internação hospitalar (dias). O nível de significância adotado para todas as análises 
foi p < 0,05. 
 
17 
 
 
 
5. RESULTADOS 
Foram incluídos no estudo 150 pacientes, com idade média de 61,1 anos, 
sendo a maioria do sexo masculino (76%). A Tabela 1 abaixo apresenta as 
características gerais da amostra de acordo com o sexo. 
Tabela 1. Características gerais dos pacientes pós infarto agudo do miocárdio 
(n=150) 
Variável Total (n=150) Masculino (n=114) Feminino (n=36) p 
Idade 61,1 ± 12,7 59,6 ± 12,5 65,5 ± 12,1 0,015 
Idoso 86 (57,3%) 58 (50,9%) 28 (77,8%) 0,004 
Comorbidades 
 IAM prévio 12 (8,0%) 9 (7,9%) 3 (8,3%) 1,000 
 Diabetes mellitus 51 (34,0%) 35 (30,7%) 16 (44,4%) 0,129 
 Hipertensão arterial 91 (60,7%) 63 (55,3%) 28 (77,8%) 0,016 
 Dislipidemia 110 (73,8%) 83 (72,8%) 27 (77,1%) 0,610 
 Doença renal crônica 9 (6,0%) 5 (4,4%) 4 (11,1%) 0,219 
Tabagismo 0,259 
 Tabagista atual 48 (32,0%) 34 (29,8%) 14 (38,9%) 
 Ex tabagista 19 (12,7%) 17 (14,9%) 2 (5,6%) 
Tipo de infarto 0,320 
 IAMCSST 124 (82,7%) 92 (80,7%) 32 (88,9%) 
 IAMSSST 26 (17,3%) 22 (19,3%) 4 (11,1%) 
Tratamento realizado¹ 0,473 
 Angioplastia 8 (5,4%) 8 (7,1%) 0 (0%) 
 Angioplastia com stent 110 (73,8%) 81 (71,7%) 29 (80,6%) 
 Cirurgia by-pass 14 (9,4%) 11 (9,7%) 3 (8,3%) 
 Clínico (apenas medicamentoso) 17 (11,4%) 13 (11,5%) 4 (11,1%) 
Tempo de internação (dias) 7,0 (5,0-11,0) 7,0 (5,0 -11,8) 7,0 (5,0-10,8) 0,986 
¹Um dado ausente. 
IAM: Infarto agudo do miocárdio; IAMCSST: IAM com supradesnivelamento do segmento ST; IAMSSST: IAM sem 
supradesnivelamento do segmento ST. 
 
 
18 
 
 
 
Como pode ser observado na Tabela 1, a maior parte dos avaliados são 
idosos (57,3%) e as comorbidades mais prevalentes na população geral foram: 
dislipidemia (73,8%), seguida por hipertensão arterial (60,7%) e diabetes mellitus 
(34,0%). Quanto ao tabagismo, uma parte considerável dos participantes (44,7%), 
afirmaram ser tabagista ou ex-tabagista. Em relação ao tipo de infarto, a maioria 
apresentou IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e o 
tratamento mais realizado foi a angioplastia com stent (73,8%) seguido de 
tratamento clínico (11,4%). O tempo médio de internação hospitalar foi de sete dias, 
variando de 1 a 75 dias (mínimo e máximo). 
Quando se compara os sexos, as participantes do sexo feminino apresentam 
uma média de idade significativamente maior, logo possui maior número de idosas 
nesse estrato (77,8% vs 50,9%, p = 0,004). Com relação às comorbidades prévias, 
somente a hipertensão arterial apresentou diferença significativa, sendo as mulheres 
o grupo mais acometido por HAS (77,8% vs 55,3%, p = 0,016). As outras variáveis 
não apresentaram diferenças significativas referente ao sexo. 
Na Tabela 2, são apresentados os dados antropométricos acerca do estado 
nutricional dos pacientes avaliados. 
Tabela 2. Estado nutricional antropométrico dos pacientes pós infarto agudo do 
miocárdio de acordo com o sexo (n=150) 
Variável Total (n=150) Masculino (n=114) Feminino (n=36) p 
Estado nutricional 
IMC (kg/m²) 26,3 (23,8-28,9) 26,3 (23,3-29,4) 26,4 (24,2-28,7) 0,718 
Classificação IMC¹ 0,697 
 Baixo peso (< 18,5 kg/m²) 1 (0,7%) 1 (0,9%) 0 (0%) 
 Eutrofia (18,5-24,9 kg/m²) 54 (36,0%) 43 (37,7%) 11 (30,6%) 
 Sobrepeso (25,0 – 29,9 kg/m²) 63 (42,0%) 45 (39,5%) 18 (50,0%) 
 Obesidade (≥ 30,0 kg/m²) 32 (21,3%) 25 (21,9%) 7 (19,4%) 
CA (cm) 97,0 ± 11,5 96,8 ± 12,1 97,4 ± 9,5 0,775 
 Risco cardiovascular² 68 (45,3%) 38 (33,3%) 30 (83,3%) <0,001 
CP (cm) 33,5 (31,0-35,9) 34,0 (31,5-36,0) 32,0 (30,0-35,0) 0,013 
 Baixa CP³ 82 (54,7%) 57 (50,0%) 25 (69,4%) 0,041 
19 
 
 
 
¹WHO (1995); ²WHO (1998); ³Barbosa-Silva (2016); IMC: Índice de Massa Corporal; CA: Circunferência Abdominal; 
CP: Circunferência da Panturrilha. 
 
A média do IMC da população total resultou em 26,3 kg/m², indicativo de 
sobrepeso. Por conseguinte, a maioria dos participantes foi classificada com 
sobrepeso ou obesidade (cerca de 63% da amostra). Aproximadamente metade da 
população apresentou risco cardiovascular decorrente da alteração da CA, 
observada principalmente no grupo feminino (83,3%). Além disso, uma baixa CP foi 
identificada em mais da metade dos pacientes avaliados e, também, foi mais 
frequente nas mulheres. 
Os resultados das associações entre as variáveis antropométricas (IMC, CA, 
CP) e o tempo de internação hospitalar estão apresentados na Tabela 3. Não foram 
observadas associações entre os indicadores antropométricos e o tempo de 
internação, porém, apesar de não significativos, os resultados sugerem maior tempo 
de internação em indivíduos mais idosos, com menor IMC e menor CP. 
Tabela 3. Características do estado nutricional dos pacientes pós infarto agudo do 
miocárdio de acordo com o tempo de internação (n=150) 
Variável Até sete dias 
(n=80) 
Mais que sete 
dias (n=70) 
 p 
Idade 60,8 ± 12,1 61,2 ± 13,3 0,845 
Idoso 45 (56,2%) 41 (58,6%) 0,774 
Estado nutricional 
IMC (kg/m²) 26,6 (23,7-29,9) 25,8 (23,7-28,5) 0,623 
Classificação IMC¹ 0,458 
 Baixo peso (< 18,5 kg/m²) 0 (0%) 1 (1,4%) 
 Eutrofia (18,5-24,9 kg/m²) 27 (33,8%) 27 (38,6%) 
 Sobrepeso (25,0 – 29,9 kg/m²) 33 (41,2%) 30 (42,9%) 
 Obesidade (≥ 30,0 kg/m²) 20 (25,0%) 12 (17,1%) 
Circunferência Abdominal (cm) 97,1 ± 11,5 96,8 ± 11,6 0,866 
 Risco cardiovascular² 39 (48,8%) 29 (41,4%) 0,369 
Circunferência da Panturrilha (cm) 33,9 (31,0-36,8) 33,0 (31,0-35,0) 0,276 
 Baixa CP³ 42 (52,5%) 40 (57,1%) 0,569 
¹WHO (1995); ²WHO (1998); ³Barbosa-Silva (2016); IMC: Índice de Massa Corporal; CA: Circunferência 
Abdominal; CP: Circunferência da Panturrilha. 
20 
 
 
 
 
A Tabela 4 apresenta a correlação entre os indicadores antropométricos (IMC, 
CA e CP) e o tempo de internação hospitalar dos pacientes. Não foram observadas 
correlações entre as medidas avaliadas. 
Tabela 4. Correlação de Spearman entre variáveis antropométricas e o tempo de 
permanência hospitalar de pacientes pós infarto agudo do miocárdio. 
 Correlação de Spearman P 
Total (n=150) IMC (kg/m²) rho = -0,026 0,750 
CA (cm) rho = 0,062 0,452 
CP (cm) rho = -0,086 0,296 
Masculino (n=114) IMC (kg/m²) rho = 0,020 0,831 
CA (cm) rho = 0,083 0,378 
CP (cm) rho = -0,048 0,615 
Feminino (n=36) IMC (kg/m²) rho = -0,193 0,259 
CA (cm) rho = 0,079 0,646 
CP (cm)rho = -0,237 0,165 
IMC: Índice de Massa Corporal; CA: Circunferência Abdominal; CP: Circunferência da Panturrilha. 
 
21 
 
 
 
6. DISCUSSÃO 
 
 No presente estudo com pacientes hospitalizados pós IAM, foi observada 
maior frequência de pacientes idosos e acometimento de doenças crônicas não 
transmissíveis, como dislipidemia, hipertensão arterial e diabetes mellitus. A 
mediana do tempo de internação hospitalar foi de sete dias. Além disso, o perfil 
antropométrico desses indivíduos apresentou maior ocorrência de sobrepeso e 
obesidade, bem como uma elevada circunferência abdominal e baixa circunferência 
da panturrilha. Contudo, não foram observadas associações nem correlações entre 
esses parâmetros e o tempo de internação hospitalar. 
 Estudos recentes abordaram a prevalência de comorbidades e hábitos de 
vida, como o tabagismo, na população e os riscos associados ao desenvolvimento 
de DCVs e IAM. Neste contexto, o registro TURKMI (registro nacional da Turquia) 
apontou a hipercolesterolemia, hipertensão arterial, tabagismo e diabetes como 
fatores de risco mais prevalentes para o desenvolvimento de IAM (EROL et al., 
2020). Em outra pesquisa realizada com pacientes pós- IAM foi mostrado que, em 
comparação ao sexo masculino, as pacientes do sexo feminino, principalmente 
mulheres mais velhas, apresentaram maior frequência de doenças sistêmicas que 
consistem em fatores de risco cardiovascular, sendo a idade avançada associada a 
mudanças cardíacas estruturais desfavoráveis (SHIH et al., 2019). Logo, 
apresentaram achados em consonância com os resultados observados no presente 
estudo. 
 No que se refere aos indicadores antropométricos, sabe-se que o IMC e a CA 
elevados representam fatores de risco para o desenvolvimento de DCVs, logo, é 
fundamental a investigação da associação desses índices com os desfechos 
clínicos. Neste sentido, Mornar e colaboradores realizaram um estudo prospectivo 
com 250 pacientes acometidos por IAMCSST e observaram que aqueles que 
possuíam um IMC indicativo de obesidade apresentavam um maior tempo de 
internação hospitalar, embora sem diferença significativa (MORNAR et al, 2016). E, 
quando se analisou o poder preditivo da CA, esta não apresentou influência sobre o 
prognóstico dos indivíduos, possivelmente devido a obesidade central que pode ser 
22 
 
 
 
responsável pelo efeito protetor da gordura subcutânea nesses indivíduos 
(MORNAR et al, 2016). 
 Na presente pesquisa, observou-se que pacientes com obesidade e CA 
aumentada apresentaram mediana de tempo de internação menor do que aqueles 
sem obesidade, apesar de não ter sido verificado diferença estatística. Esse achado 
pode estar relacionado ao paradoxo da obesidade, sendo estes pacientes com mais 
reserva de gordura corporal, menor risco de desnutrição e, por isso, correspondeu a 
um fator de proteção para menor permanência hospitalar. Corroborando com esses 
achados, um estudo recente que avaliou o efeito do estado nutricional sobre a 
mortalidade hospitalar em 1.056 pacientes internados com insuficiência cardíaca, 
constatou um menor risco de morte em pacientes com IMC de obesidade. Contudo, 
os autores ressaltam que o IMC não é considerado um bom indicador de obesidade, 
uma vez que não considera a composição corporal, como a quantidade muscular, 
distribuição de gordura e retenção hídrica, sendo, portanto, necessária a observação 
dos diferentes fenótipos de obesidade para avaliar de forma abrangente o estado 
nutricional desses pacientes (CZAPLA et al., 2021). 
 A baixa CP tem sido associada com diminuição da massa muscular 
resultando em piores desfechos clínicos, uma vez que impacta na capacidade 
funcional e morbimortalidade dos pacientes (PEIXOTO et al., 2016). Em um estudo 
que analisou 160 pacientes idosos institucionalizados sem condições agudas, a CP 
demonstrou ser a medida mais eficaz na predição do estado nutricional, na atividade 
funcional e em condições gerais de saúde (TSAI; LAI; CHANG, 2012). Ademais, em 
outra pesquisa foi verificado que a presença de sarcopenia encontra-se intimamente 
relacionada com a piora do prognóstico e aumento do tempo de internação 
(GARIBALLA; ALESSA, 2013). Neste estudo, embora não significativa, observou-se 
uma frequência ligeiramente maior de baixa CP entre os pacientes que passaram 
mais de sete dias internados. 
 Diante do exposto, cabe ressaltar que a presente pesquisa apresenta 
algumas limitações no que diz respeito ao seu delineamento transversal, uma vez 
que não foram observadas as flutuações dessas medidas antropométricas ao longo 
da internação, sendo necessário, assim, o desenvolvimento de estudos longitudinais 
para uma avaliação de causa efeito dos achados. Além disto, trata-se de um estudo 
23 
 
 
 
unicêntrico, não sendo possível extrapolar os resultados para outras populações. O 
tamanho amostral é outra limitação, principalmente no que diz respeito à amostra do 
sexo feminino, que pode ter interferido nos resultados e não foram avaliados outros 
desfechos clínicos, portanto, as informações devem ser interpretadas com cautela. 
Como pontos positivos, destacamos a contribuição científica de resultados 
relevantes para aplicação na prática hospitalar, sendo necessária a utilização de 
outros indicadores que se associem ao tempo de internação hospitalar de pacientes 
pós IAM. 
 
 
24 
 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 
 O perfil clínico e nutricional dos pacientes avaliados no estudo indica a 
presença de fatores de risco importantes para o desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares como comorbidades, hábito tabagista, sobrepeso e obesidade e 
elevada obesidade central. Em conclusão, não foram observadas associações nem 
correlações entre os indicadores antropométricos avaliados (IMC, CA e CP) e o 
tempo de internação hospitalar de pacientes pós infarto agudo do miocárdio, 
indicando a necessidade de verificar a utilização de outros indicadores para melhor 
avaliar e contribuir para o cuidado nutricional adequado desses pacientes. 
 
 
 
25 
 
 
 
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29 
 
 
 
ANEXOS 
 
Anexo 1: Cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 
 
 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE 
 
Esclarecimentos 
 
Este é um convite para você participar da pesquisa: “COMPOSIÇÃO CORPORAL COMO 
FATOR PROGNÓSTICO DE EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES PÓS-INFARTO AGUDO 
DO MIOCÁRDIO: UM ESTUDO DE COORTE”, que tem como pesquisador responsável a 
Professora Ana Paula Trussardi Fayh. O motivo que nos leva a realizar este estudo é verificar se 
quantidade de gordura ou músculo do nosso corpo, assim como nosso estado nutricional, pode indicar 
um maior risco de ter um novo infarto, uma necessidade de cirurgia ou risco de morte em 12 meses 
após o primeiro infarto agudo. 
 Caso você autorize sua participação no estudo, todas as etapas da pesquisa ocorrerão nas 
dependências do Hospital Universitário Onofre Lopes, e nenhum deslocamento adicional será 
necessário para a sua participação. Nós iremos pegar algumas informações do seu prontuário médico, 
como idade, doenças que você possui e os resultados dos seus exames de sangue. Na sua cama do 
hospital, nós vamos medir o seu peso, a sua altura a sua cintura e a circunferência da sua panturrilha 
(batata da perna). Você também precisará apertar um dispositivo manual para medirmos a força do seu 
aperto de mão, que está relacionado com a sua função física. Nós também vamos fazer a análise da sua 
massa muscular e da sua gordura corporal pela bioimpedância elétrica, que é uma técnica totalmente 
indolor onde eletrodos serão colocados nas suas mãos e pés para a passagem de uma corrente elétrica 
de baixíssima voltagem. Esta técnica dura apenas 5 segundos, e o tempo total que será dispendido 
durante a sua avaliação é de, aproximadamente, 20 minutos. Após você ser liberado do hospital, nós 
vamos ligar para você todos os meses, durante o período de um ano, para verificar se você teve outro 
infarto ou neste período. 
Este projeto oferece riscos mínimos aos participantes, pois a grande parte das medidas e 
exames que serão coletados já são realizados na rotina hospitalar, durante o diagnóstico e 
tratamento da sua doença. Algum possível constrangimento poderá surgir no momento da 
tomada de alguma medida antropométrica, na realização da avaliação por bioimpedância ou 
na medida da força de preensão palmar. Para minimizar este constrangimento, todos os 
pesquisadores que entrarão em contato com você estarão treinados e capacitados para deixa-lo 
à vontade caso não queira se submeter a alguma medida específica ou queira se retirar do 
estudo a qualquer momento, e sempre que possível, a avaliação antropométrica e a medida da 
bioimpedância serão realizadas com as cortinas do leito fechadas. Na medida da força de 
preensão palmar, apesar de você ser orientado para fazer o máximo de força possível, essa 
avaliação não é dolorosa nem provoca dor após sua medida. Também ressaltamos que 
nenhuma nova punção sanguínea será necessária para a realização do estudo. Mesmo assim, 
caso você sofra prejuízo à sua saúde durante as avaliações, a equipe de pesquisadores se 
responsabilizará pelo atendimento ou encaminhamento do voluntário ao serviço de saúde para 
30 
 
 
 
o tratamento, se responsabilizado com os custos. Como benefício,você receberá informações 
acerca do seu estado nutricional e da sua composição corporal, e com isso podem ser melhor 
tratados pela equipe da nutrição para reverter a depleção nutricional. Além disso, na alta 
hospitalar, se for do seu interesse, você receberá informações para agendar consulta e 
acompanhamento gratuito no Ambulatório de Nutrição da UFRN. 
 
Os dados coletados serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou 
publicações científicas, não havendo divulgação de nenhuma informação que possa identificá-la. Esses 
dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um 
período de cinco anos. 
Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, será indenizado. Este 
documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com os pesquisadores 
responsáveis. 
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá entrar em contato com o Comitê de 
Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, telefone: 3342-5003, endereço: Av. Nilo 
Peçanha, 620 – Petrópolis – Espaço João Machado – 1° Andar – Prédio Administrativo - CEP 59.012-
300 - Nata/RN, e-mail: cep_huol@yahoo.com.br. Durante todo o período da pesquisa você poderá 
tirar suas dúvidas ligando para Profa. Dra. Ana Paula Trussardi Fayh, cujo telefone é (84) 3342-2291 
ou por e-mail apfayh@yahoo.com.br. Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar 
para o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, telefone 3342-5003. 
 
Consentimento Livre e Esclarecido 
 
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados 
nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter 
ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa “COMPOSIÇÃO 
CORPORAL COMO FATOR PROGNÓSTICO DE EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES PÓS-
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM ESTUDO DE COORTE”, e autorizo a divulgação das 
informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado 
possa me identificar. 
 
Natal, _____ de ___________ de____________. 
 
Nome do voluntário de pesquisa: __________________________________ 
Assinatura do voluntário de pesquisa: _________________________________ 
 
Declaração do pesquisador responsável 
 
 
Como pesquisador responsável pelo estudo “COMPOSIÇÃO CORPORAL COMO FATOR 
PROGNÓSTICO DE EVENTOS ADVERSOS EM PACIENTES PÓS-INFARTO AGUDO DO 
MIOCÁRDIO: UM ESTUDO DE COORTE”, declaro que assumo a inteira responsabilidade de 
cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e 
assegurados ao participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a 
identidade do mesmo. 
Impressão 
datiloscópica do 
participante 
31 
 
 
 
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei 
infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – 
CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano. 
 
Natal, _____ de ___________ de ______________________. 
 
Nome do pesquisador: __________________________________________ 
 
Assinatura do pesquisador: _______________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
Anexo 2: Formulário de coleta de dados 
 
Avaliador: _______________________ Data: ____/______/______ 
Nome:___________________________________________________ 
Prontuário MV: ______________ Prontuário AGHU: ______________ 
Nome da mãe: ___________________________________________ 
Procedência: ________________________ Data de Nascimento: ___/____/_____ 
Data do infarto: ____/____/_______ Data da internação: ____/____/_______ 
Idade: ___________________ Sexo: (0) masculino (1) feminino 
Antecedentes clínicos: ( ) AVC - ___/___/_____ ( ) IAM - ___/___/_____ 
(0) s/ supra (1) c/ supradesnível ST 
Diabetes (0) não (1) sim / Hipertensão (0) não (1) sim / DRC (0) não (1) sim 
ICC (0) não (1) sim / HIV-AIDS (0) não (1) sim 
Câncer (0) não (1) sim – local:__________ Tabagista: (0) não (1) sim (2) ex (< 6 meses) 
Tipo de infarto: (0) sem supradesnível ST (1) com supradesnível ST 
Tratamento: (0) clínico-medicamentos (1) angioplastia (2) angioplastia com stent 
(3) cirurgia - bypass 
Internou na UTI? (0) Não (1) Sim - ___ dias 
Massa Corporal (kg): _________ ( ) medida ( ) informada 
Estatura (m): __________ ( ) medida ( ) informada 
Circunferência abdominal (cm): ____ _____ ______ 
Circunferência da panturrilha (cm): ____ _____ ______ 
Data da alta: ____/____/______

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