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Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 22/09 LABORATÓRIO DE IMAGEM TUBERCULOSE A tuberculose é uma doença de alta incidência e prevalência no Brasil. Sinais sugestivos de atividade ou sequela de tuberculose podem ser obtidos através dos métodos de imagem. Métodos de imagem constituem importantes recursos para o diagnóstico e acompanhamento da tuberculose pulmonar. Na radiografia de tórax, a tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-se sob a forma de consolidações, cavitações, padrões intersticiais (reticulares/retículo-nodulares), linfonodomegalias hilares/mediastinais e derrame pleural. Imagens compatíveis com doença ativa, como nódulos centrolobulares de distribuição segmentar, cavidades de paredes espessas, espessamento de parede brônquica ou bronquiolar, bronquiectasias e linfonodomegalias, podem ser observadas pela TC de tórax; cavidades de paredes finas, bronquiectasias de tração e estrias são imagens sugestivas de sequela da doença, assim como o enfisema e o aspecto em mosaico do parênquima pulmonar. TB Primária -> no primeiro contato com a TB, começa-se a desenvolver a consolidação. TB Pós-primária -> geralmente acontece por reativação de um foco infeccioso. Os principais achados são: • Consolidação -> aparece todo branco na imagem. • Cavitações. • Micronódulos centrolobulares. TB Miliar -> disseminação hematogênica do bacilo (o bacilo vai para o sangue e é distribuído igualmente aos dois pulmões). Múltiplos pequenos nódulos disseminados pelos pulmões e com distribuição randômica. LABORATÓRIOS SOI III - PROVA PRÁTICA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ROTEIRO No RX abaixo: caverna no lobo superior (ápice) – TB pós-primária cavitada. Há também “árvore em brotamento” (como se os alvéolos estivessem cheios de líquido patológico), indicando TB em atividade. Tem também cavitação, fibrose (fica meio “puxado” na radiografia – retração em direção à cavitação) e nível hidroaéreo (quando tem líquido dentro da cavitação). Na TC abaixo: exite árvore em brotamento (doença em atividade – pode ter micronódulo com padrão de árvore em brotamento, o qual pode se juntar e, com o tempo, formar consolidação), consolidação (TB primária), cavitação (TB pós-primária). Na TC abaixo: nódulo calcificado (só aparece em janela mediastinal), linfonodo calcificado hilar e nódulo de Gohn + linfonodo hilar = complexo de Ranke. Aparece também uma sequela do complexo primário da TB. Na TC abaixo: TC de janela pulmonar de corte axial (tórax). Há cavitação e árvore em brotamento. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA No RX abaixo: radiografia de tórax em PA. Há uma cavitação no lobo médio do pulmão direito com fibrose. • Quando a consolidação borra a borda cardíaca, pode-se afirmar que ela está no lobo médio. LABORATÓRIO DE PATOLOGIA PATOLOGIA DA TUBERCULOSE Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ROTEIRO • TB Pulmonar -> a TB primária pode evoluir para formas latentes, as quais podem, posteriormente, se reativar por queda da efetividade do Sistema Imune. A TB pulmonar tem um espectro de apresentação, podendo se apresentar paucibacilar quando ocorre uma resposta inflamatória eficaz, na forma de granulomas com necrose caseosa. • Histologia do Sistema Respiratório -> podemos diferenciar histologicamente brônquios de bronquíolos pela presença de cartilagem adjacente, presente apenas nos brônquios. • Diagnósticos diferenciais importantes para TB -> pneumonia atípica e sarcoidose. • Histopatologia da TB -> células de Langhans são gigantócitos que tendem a ter seus núcleos arranjados em ferradura na periferia da célula e surgem em granulomas especialmente de origem tuberculosa. A célula epitelióide é um constituinte obrigatório dos granulomas, ou seja, se não há célula epitelióide, não é granuloma – células epitelióides são macrófagos modificados através de processos complexos, que exigem alguns dias para ocorrer. LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E TRATAMENTO DA TUBERCULOSE PULMONAR TB é uma das 3 principais causas de morte por doenças infecciosas em adultos no mundo, o que representa cerca de 2 milhões de mortes e acometimento de aproximadamente 8 milhões de pessoas ao redor do planeta por ano. Cerca de 50% dos indivíduos não tratados morrem devido à doença. A infecção pela bactéria Mycobacterium tuberculosis é a mais comum das infecções humanas e pode ser encontrada em 1/3 da população mundial. De 5-10% das pessoas infectadas desenvolvem a doença ao longo da vida, de acordo com a OMS. O diagnóstico da TB é feito por: • Exame clínico -> baseado nos sintomas relatados e no exame físico que possibilitam o diagnóstico preliminar da doença a ser confirmada por outros exames. • Exame radiológico de tórax -> pode revelar imagens no pulmão sugestivas de TB, mas sua simples realização não é suficiente para confirmar a doença. • Prova/reação tuberculínica -> conhecida como PPD (Purifies Protein Derivative – derivado purificado de fração proteica antigênica do bacilo) ou reação de Mantoux, em homenagem ao cientista que aperfeiçoou essa prova criada por Koch. É uma reação intradérmica que apenas verifica se o indivíduo teve ou não contato com o bacilo. O diagnóstico laboratorial da TB é feito através dos seguinte métodos bacteriológicos: • Baciloscopia. • Cultura. • PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Esquema diagnóstico: • Exame direto: diagnóstico presuntivo. • Cultivo + identificação (antibiograma). • Teste molecular (acurácia, facilidade e resposta rápida – é o mais sensível). Leitura e interpretação da baciloscopia -> leitura em imersão. Resultado é semiquantitativo e expresso em +. • (-) -> não encontrado bacilo em 100 campos examinados. • (+) -> menos de 1 bacilo por campo em 100 campos examinados. • (++) -> 1-10 bacilos por campo em 50 campos examinados. • (+++) -> presença de mais de 10 bacilos por campo em 20 campos examinados. ! O resultado da baciloscopia é rápido. É importante para orientar no fechamento diagnóstico e terapêutica. Baciloscopia: • Acompanhamento mensal de tratamento de TB pulmonar bacilífera. • Casos de TB extrapulmonar. • Suspeita de infecção por Micobactérias Não Tuberculosas (MNT). Sensibilidade dos testes -> baciloscopia (65%), cultura BK + TSA (81%) e XPERT MTB/RIF (92%). ROTEIRO Cultura -> identifica a presença do bacilo no escarro. Tem como vantagem o baixo custo, porém como desvantagem está a demora no resultado, que pode variar de dias até 8 semanas. Utilizada para critério de cura. Pesquisa de BAAR (baciloscopia) -> utiliza-se uma coloração especial para, através da lâmina histológica, identificar o bacilo (quantidade e morfologia), o qual é a principal fonte de transmissão da doença. É considerado obrigatório no diagnóstico da TB pulmonar, pois é um método simples, rápido e de baixo custo. • Não é utilizada a coloração de Gram, uma vez que, a cápsula cerosa do bacilo faz com que ele não se core na coloração de Gram. Deve ser utilizada uma coloração especial (coloração de Zieni-Neelsen/Kinyou. • Resultado é semiquantitativo. • Único exame que verifica a efetividade do tratamento (acompanhamento). Teste Rápido Molecular (TRM-TB) -> detecta a resistência à rifampicina e detecta a M. tuberculosis diretamente do escarro. Prova/reação tuberculínica -> é uma reação intradérmica que verifica se o indivíduo teve contato ou não com o bacilo da TB. Tratamento da TB pulmonar: Etambutol, isoniazida, pirazinamida e rifampicina (RIPE). O tratamento é feito com esses antibióticos nos 2 primeiros meses, se houver uma redução da bacteremia, permanece com a rifampicina + isoniazida (RI) por mais 4 meses, totalizando 6 meses de tratamento. Maria Luiza Sena– Med XIV FASA • Se os pacientes permanecerem positivos após esses 6 meses, o tratamento perdura. Mecanismo de ação dos medicamentos: • Rifampicina -> inibe a síntese de RNA atuando na RNA-polimerase da bactéria. • Isoniazida -> inibe a síntese de ácido micólico. • Pirazinamida -> inibe a síntese da membrana celular. • Etambutol -> inibe a síntese da parede celular. O tratamento para TB dura 06 meses. Existe a possibilidade de resistência ao tratamento, pois as bactérias são muito resistentes e, como o tratamento demora um longo período, os pacientes acabam desistindo do tratamento antes do prazo final, o que pode contribuir para a resistência das bactérias. • Para a bactéria ser resistente, ela precisa sofrer uma modificação na sua estrutura (alteração no DNA). 06/10 LABORATÓRIO DE IMAGEM CÂNCER DE PULMÃO • Nódulo -> pequena opacidade arredondada/ovalada, menor que 3cm de diâmetro, e completamente volta por parênquima pulmonar (excluindo atelectasia, pneumonia ou linfonodo). • Massa -> qualquer lesão expansiva pulmonar, pleural, mediastinal ou de parede torácica, com densidade variável (partes moles, gordura, óssea) maior que 3cm. Diagnósticos diferenciais -> neoplasia, inflamação, causa vascular, congênita ou outras. Importância da imagem -> diferenciação não-invasiva entre nódulo benigno e maligno, de forma mais precisa possível, através de métodos de imagem (TC). Como analisar? • Técnica volumétrica. • Aparelho multidetectores. • Cortes finos (1-2mm). ! Não há necessidade de contraste endovenoso. Como fazer isso? • Achados morfológicos (tamanho, margens, taxa de crescimento, coeficiente de atenuação – janela pulmonar, características internas – calcificações, cavitações, broncograma, gordura, aéreo, pseudocavitação). • Avaliar a taxa de crescimento. • Dados clínicos do paciente. • Outros: estudo pós-contraste, PET, biópsia. Tamanho: • 5-10mm -> 35% • 20mm -> 50% • 20-30mm -> 80% • > 30mm -> 95% Nódulos menores que 1cm são provavelmente benignos, enquanto que os mais próximos de 3cm tem maior chance de malignidade. Taxa de crescimento: tempo de duplicação -> tempo que o nódulo demora para dobrar de volume (= aumento de 26% do diâmetro). • < 30 dias -> benignos. • 30-400 dias -> malignos. • > 465 dias -> benignos. A estabilidade de 2 anos de um nódulo = benignidade. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Nódulos pulmonares solitários -> aproximadamente 150.000 diagnósticos/ano nos EUA. A maioria é incidental e benigno (30-40% são malignos). 20-30% apresentação incial de pacientes com câncer de pulmão. Coeficientes de atenuação do nódulo -> avaliados na janela pulmonar. Classificados em sólidos e subsólidos. Subsólidos são divididos em: • Puramente vidro fosco. • Semissólido (vidro fosco e sólido). Margem -> dos benignos, geralmente é lisa e lobulada. Dos malignos, geralmente é espiculada e irregular. • Lisa -> 70% benigno. • Espiculada -> 90% maligno. • Lobulada -> benigno/maligno. Calcificação -> sinal mais confiável para diferencial o nódulo benigno de maligno. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Gordura -> apenas 60% dos hamartomas tem gordura detectável na tomografia. Quando a TC é inconclusiva na detecção de gordura, a RM pode auxiliar. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Pleural tag -> ancoramento. Significado: espessamento dos septos interlobulares pelo tumor; fibrose e linfangite carcinomatosa. 60-80% dos casos de carcinoma é metástase. Características de imagem que podem ajudar na diferenciação de um tumor maligno e benigno: • Tamanho. • Coeficientes de atenuação. • Margens. • Padrão de calcificação. • Presença de gordura. • Taxa de crescimento (exames anteriores ou subsequentes). Exame de escolha para avaliação de nódulos pulmonares -> TC de tórax sem contraste. No estadiamento de câncer pulmonar, faz-se TC de tórax com contraste, incluindo parte do abdome superior (fígado e adrenais). Vantagens e desvantagens do PET/CT na avaliação do nódulo pulmonar: • Alta sensibilidade e especificidade. • Exame caro, pouco disponível, falsos-positivos (condições infecciosas e inflamatórias), falsos- negativos (tumor metaforicamente pouco ativos). • Usa radiação ionizante. • Altas doses de radiação (corpo inteiro). ROTEIRO No carcinoma pulmonar de célula não pequena, o estadiamento anatômico fornece uma base racional para a seleção da terapia apropriada. A correlação do prognóstico entre status do tumor (T), status linfonodal (N), a presença/ausência de doença metastática (M). Estadiamento não invasivo: Radiografia simples de tórax -> uma radiografia de tórax em PA e perfil pode demonstrar uma classificação T, particularmente para tumores periféricos. A classificação M é, ocasionalmente, determinada se o envolvimento de tecidos moles ou do esqueleto pode ser detectado. Tomografia Computadorizada (TC) -> a TC de tórax é, provavelmente, o procedimento isolado mais útil para o estadiamento não invasivo. Ela proporciona informações sobre o tamanho do tumor, localização, margem, presença de derrame pleural, invasão da pleura ou outras estruturas intratorácicas e, finalmente, o status N da doença. Tecnicamente, o exame de TC de tórax deve ser feito com injeção de contraste em bolo e deve incluir fígado e glândulas suprarrenais (avaliação de metástases). Maria Luiza Sena – Med XIV FASA A pesquisa de metástases extratorácicas ocultas, em pacientes assintomáticos em estádio inicial, tem um rendimento muito baixo e deve ser desencorajada. A TC de cérebro deve ser usada apenas na investigação de pacientes sintomáticos ou pacientes em estágio III (doença avançada) com adenocarcinoma ou carcinoma de grande célula, pois nenhum paciente assintomático em estágios I ou II foi encontrado com exame positivo, independentemente do tipo de célula. Tomografia por Emissão de Pósitron (PET) -> o alto custo e a disponibilidade limitada de um PET dedicado têm impedido seu uso em grande escala. Além da caracterização de nódulos pulmonares periféricos, a PET também tem o potencial de estadiar, com precisão e de forma não invasiva, o status linfonodal torácico. Importante: • As características que diferenciam um nódulo de uma massa pulmonar são: tamanho (nódulo é menor que 3cm), nódulo fica cercado por parênquima pulmonar. • As características de imagem que podem ajudam na diferenciação de um tumor maligno e benigno são: lesão maligna cresce muito rápido, tamanho, calcificação e seu formato, margem e tempo de crescimento. • Um nódulo com atenuação de gordura geralmente representa um hamartoma (benigno) -> calcificação e presença de gordura. • No hamartoma geralmente encontra-se calcificação do tipo em pipoca. • Um nódulo pulmonar que dobra de tamanho em menos de 30 dias geralmente é benigno, pois pode ser um nódulo pulmonar, como na pneumonia, em que a inflamação avança muito rápido, aumentando o tamanho do nódulo. • Nem todos os tumores de pulmão são malignos. • Etiologias benignas dos nódulos pulmonares -> inflamação, como na pneumonia, hamartoma, condroma. • Etiologias malignas dos nódulos pulmonares -> metástase e câncer. • As características que devem ser avaliadas no nódulo pulmonar na TC são: margens, presença de gordura, calcificação e seu formato. LABORATÓRIO DE PATOLOGIA CÂNCER DE PULMÃO Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ROTEIRO Histopatologia do pulmão: • Adenocarcinoma e carcinoma epidermóide são os principais exemplos de neoplasias dentro do grupo de carcinomas de não pequenas células do pulmão. • O carcinoma escamocelular tem sua origem predominantemente peribrônquica. • Entre as opções de estudo complementar com imunoistoquímica para auxiliar a distinção entre um CEC e um adenocarcinoma, os anticorposp63 e TTF1 se destacam. • A taxa de sobrevida relativa em 5 anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres). • Apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de 5 anos é de 56%. • Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de pulmão na população traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado. O desenvolvimento do câncer de pulmão pode ocorrer a partir da ativação/inativação de genes chave, essenciais no controle de vias regulatórias, tais como: de transdução de sinais, de ciclo celular, de reparo de DNA e de apoptose. Os genes relevantes no estudo de câncer de pulmão são: EGFR, KRAS e PI3KCA. • Os principais sítios de metástases a distância no câncer de pulmão são: cérebro, suprarrenal e osso. O adenocarcinoma pode ser diagnosticado com bases puramente morfológicas através do conhecimento de critérios específicos, subtipos reconhecidos pela OMS e eventual correlação com dados de imagem. LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA MARCADORES TUMORAIS Marcadores biológicos são componentes celulares, estruturais e bioquímicos, que podem definir alterações celulares e moleculares tanto em células normais quanto aquelas associadas a transformação maligna. Podem ser de 2 tipos: • Marcadores Intermediários -> medem alterações celulares e moleculares antes do aparecimento da malignidade. • Marcadores Diagnósticos -> presentes em associação com a malignidade. O processo de identificação e validação para uso clínico do marcador tem diversas etapas: identificação inicial feita em linhagens celulares do tumor em questão; teste do marcador em tecido proveniente de biópsias de pacientes com diagnóstico estabelecido do tumor em questão; teste em biópsias de tecidos normais e com processo inflamatório; teste em escarro, sangue ou urina para validação como teste não-invasivo que possa ser usado em população de alto risco. Marcadores biológicos diagnósticos sorológicos e histológicos são componentes celulares, estruturais e bioquímicos, presentes não só em células tumorais, como também em células normais, que podem ser medidos quantitativamente por métodos bioquímicos, imunológicos e moleculares nos fluidos ou nos tecidos corporais, respectivamente, associados a neoplasias e possivelmente ao órgão de origem na neoplasia. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Marcadores biológicos são estudados em diferentes neoplasias primárias, porém poucos tiveram seu valor clínico definido. O papel dos marcadores biológicos em câncer de pulmão ainda é incerto, pois apenas um pequeno número de marcadores foi avaliado de maneira adequada. ROTEIRO Os marcadores tumorais são macromoléculas presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, cujo aparecimento e/ou alterações em suas concentrações estão relacionados com a gênese e o crescimento de células neoplásicas. • Os marcadores tumorais já se encontram no organismo do indivíduo, mas em pequena quantidade. Importância da prescrição dos marcadores tumorais -> são importantes para estimar o prognóstico, determinar se existe doença residual/recidiva após o tratamento e avaliar a resposta ao tratamento. Além disso, é importante na definição do tipo de tumor. • Nenhum marcador tumoral é utilizado para o diagnóstico (o diagnóstico é fechado através de biópsia). Marcadores Tumorais: • CA 19-9 -> é uma proteína liberada pelas células. É um marcador tumoral para identificar câncer de pâncreas, colorretal, vesícula biliar e de fígado. • CA 125 -> proteína que ocorre naturalmente no corpo e pode servir como marcador tumoral para câncer de ovário e endométrio. • CEA -> é produzido pelas células do TGI, servindo para monitoramento do câncer colorretal e pode ser usado para outros tipos de câncer, como de pulmão e pâncreas. É utilizado para rasteio. Quase todos os tipos de câncer alteram o CEA. • HCG -> utilizado para prognóstico e monitoramento de carcinoma de tumores de células germinativas. • PSA -> Antígeno Prostático Específico. Marcador tumoral utilizado para rastreamento do câncer de próstata. 08/10 LABORATÓRIO DE IMAGEM PNEUMOTÓRAX Presença de ar na cavidade pleural. O paciente pode ser assintomático ou apresentar sintomas como dispneia, taquicardia, dor pleurítica (inspiração) e pode ter manifestações cardiovasculares quando o pneumotórax é hipertensivo. Na radiografia de tórax, o pneumotórax é melhor visualizado quando o paciente está em pé. Para sensibilizar o exame, peça que o paciente expire (jogue fora todo o ar do pulmão). No RX abaixo: na seta, tem-se somente uma imagem preta, se ali está preto, é porque tem ar, porém esse ar está na pleura. Não tem vascularização na região da seta, caracterizando um pneumotórax. No RX abaixo: o paciente que tem pneumotórax inspirou (pulmão aumentou), com a inspiração, o ar que estava na pleura espalhou, porque aumentou o ar no pulmão e esse ar espalhou o ar da pleura, ficando mais difícil visualizar o pneumotórax. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA No RX abaixo: é o mesmo paciente anterior, mas nesse RX ele está expirando (pulmão diminuiu), logo, diminui-se a quantidade de ar do pulmão, se esse ar diminui, a quantidade de ar do pulmão da pleura irá prevalecer, fazendo com que seja mais fácil visualizar o pneumotórax. No RX ao lado: as setas estão apontando em lugares com pneumotórax, uma forma fácil de visualizar é perceber que ali só tem preto, ou seja, ar, não tem vasos sendo vistos. A outra coisa preta da seta maior é uma atelectasia. Na TC ao lado: janela pulmonar na aquisição axial. É o diagnóstico de um pneumotórax (a seta está mostrando o preto, enquanto o outro lado tem vasos). O que está abaixo da seta é o pulmão do paciente, que está sendo jogado para baixo pelo ar que está em cima. DERRAME PLEURAL No derrame pleural, posiciona-se o paciente em decúbito para o lado que está suspeitando. A radiação está adequada quando consegue visualizar os primeiros espaços intercostais. O derrame pleural pode ser classificado em: • Pequeno -> metade de 1/3. • Moderado -> 1-2/3. • Volumoso -> > 2/3. O derrame pleural ao exame de imagem tem alta sensibilidade quando feito em incidência de decúbito lateral. A área é bem demarcada com gravidade- dependente -> hipotransparente. • Deslocamento das estruturas mediastinais para o lado oposto + colabamento pulmonar -> atelectasia. • Seio costofrênico e seio cardiofrênico aparecem velados. • DP pode ser livre (gravidade-dependente) ou loculado (não respeita a gravidade). Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Na TC, o derrame pleural livre aparece como uma opacidade côncava na região pendente do tórax, enquanto derrames loculados costumam aparecer como opacidades ovaladas de margens bem definidas e atenuação homogênea. ASMA RX e TC não são indicados para avaliação de asma, exceto em casos graves, suspeita de complicações ou excluir outras patologias. Geralmente, se olha a clínica do paciente, faz ausculta a procura de sibilos e outros sintomas. DPOC O paciente com DPOC possui alguma região obstruída, logo, o paciente possui represamento aéreo dentro do tórax. Dentro da DPOC, pode-se ter: • Bronquites -> caracterizada pelo espaçamento das paredes brônquicas, impedindo que faça a eliminação completa do gás. • Enfisema -> alteração do parênquima pulmonar. Acúmulo de gás no parênquima pulmonar. O ENFISEMA pode ser: Centrolobular (tabagismo) -> represamento aéreo no centro do lobo pulmonar. As imagens não ficam brancas, já que é um aprisionamento de ar, mas sim pretas. Parasseptal (bolhas) -> represamento aéreo na periferia dos septos. Na TC anterior: o acúmulo de bolhas pretas nas periferias, característica principal do enfisema Parasseptal.Além disso, essas bolhas estão revestidas por uma membrana que delimita a sua conformação. Na TC ao lado: na região em amarelo, não tem mais a membrana delimitando essas bolhas. Isso se dá porque ao decorrer da evolução do enfisema essas bolhas “estouram”, o que faz com que caia gás na caixa torácica, causando pneumotórax. LABORATÓRIO DE PATOLOGIA PNEUMONIA E DERRAME PLEURAL Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA RESPOSTA INFLAMATÓRIA A resposta inflamatória acontece a partir de uma lesão na membrana fosfolipídica, a qual vai liberar ácido araquidônico que produz prostaglandina através da COX e HOX, as quais atuam em diversos tecidos. Os anti-inflamatórios agem na resposta inflamatória inibindo a ação da enzima COX, a qual permite o aumento da produção de prostaglandina, a qual é responsável pelo surgimento do quadro inflamatório. • No quadro bacteriano, a resposta inflamatória é muito mais acentuada do que em um quadro viral. Exames da fase inflamatória: VSH -> não representa a dosagem de uma substância específica. Ela é o resultado das alterações nas concentrações de várias proteínas plasmáticas, que devido a sua assimetria interferem na constate dielétrica do plasma, dissipando as cargas das superfícies das hemácias, favorecendo a formação de “rouleaux” dessas células e aumentando a sua velocidade de sedimentação. Outras proteínas e substâncias não relacionadas à inflamação, o tamanho, número e formas das hemácias também nas características das próprias proteínas de fase aguda responsáveis pelo fenômeno. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA PCR – Proteína C Reativa -> é uma proteína sintetizada pelo fígado, sendo um dos marcadores de fase aguda mais sensíveis e utilizados para a inflamação. Sua função é ligar-se a patógenos e células lesadas e/ou apoptóticas e iniciar sua eliminação por meio da ativação do Sistema Complemento e de fagócitos. É um constituinte normal do soro humano, onde em condições normais, mantém concentrações inferiores a 6mg/L. Na vigência de um estímulo inflamatório apresenta uma rápida elevação dos seus níveis. • PCR muito alto -> infecção bacteriana. • PCR não multo alto -> infecção viral. Alfa 1 Glicoproteína Ácida -> é sintetizada no fígado, porém granulócitos e monócitos podem contribuir para sua elevação em condições de sepse. Dentre suas funções, estão a inibição da reposta quimiotática e da produção de superóxidos por neutrófilos, a inibição da agregação plaquetária e a indução da liberação de citocinas de monócitos. Possui um perfil cinético, elevando-se 12h após a injúria e permanecendo por 3-5 dias, com um aumento de 2-4x os seus níveis séricos na vigência de um estímulo inflamatório. Procalcitonina -> é um pró-peptídeo, precursor da calcitonina, produzida no fígado e em monócitos (local de síntese em condições de resposta inflamatória sistêmica). Após a injúria tecidual, apresenta uma rápida elevação (início com 2-4hs), atingindo um valor estável após 24hs. Em indivíduos normais, é encontrado em níveis baixos (< 0,1 ng/mL). Em infecções virais, apresenta pequenas elevações, geralmente em torno de 1,5 ng/mL. No entanto, em infecções bacterianas invasivas, pode atingir valores até superiores a 1000 ng/mL. • Quanto mais alta a procalcitonina, pior o prognóstico do paciente. BRONCODILATADORES E CORTICOIDES INALATÓRIOS Salbutamol -> ativa o receptor beta-2 adrenérgico acoplado à proteína G, o que leva ao aumento da atividade da adenilciclase que catalisa a conversão de ATP em AMPc, o qual se liga na unidade regulatória da proteína quinase A que causa fosforilação de proteínas alvo, relaxando o músculo liso peribrônquico. Budesonida -> tem atividade anti-inflamatória local, devido à capacidade de atenuar a migração de células inflamatórias para as vias aéreas, inibir seletivamente a expressão local de citocinas, de mediadores como a histamina e restaurar a arquitetura normal da mucosa nasal. Berotec -> age da mesma forma do salbutamol, estimulando seletivamente os beta-2. INTERPRETAÇÃO DO LÍQUIDO PLEURAL A cavidade pleural, normalmente, contém pequena quantidade de líquido. O líquido pleural facilita o movimento das duas membranas, uma sobre a outra. O fluido pleural é um filtrado plasmático derivado dos capilares da pleura externa (parietal). É produzido e reabsorvido por vasos linfáticos e vênulas da pleura interna (visceral). O acúmulo de líquido na cavidade pleural é o que caracteriza o derrame pleural, fruto do desequilíbrio entre a produção e a reabsorção. O líquido pleural normal é um transudato, em condições anormais é um exsudato. Para ser considerado exsudato, é preciso preencher um ou mais dos seguintes requisitos (critérios de Light): • Proteínas do LP/proteínas do soro > 0,5. • LDH do LP/LDH soro > 0,6. • LDH superior a 2/3 do índice superior de normalidade. Normalmente, o exsudato apresenta coloração amarelo-claro ou amarelo palha e não coagula. Se o líquido pleural for hemorrágico, deve-se pensar em trauma/processo maligno, infarto pulmonar e acidente de punção. • Se o líquido pleural foi hemorrágico e com hematócrito muito elevado -> hemotórax. Análise do fluido pleural -> os testes realizados rotineiramente no líquido pleural incluem: • Contagem de células e diferencial celular. • pH. • Proteína. • Lactato desidrogenase (LDH). • Glicose. • Testes adicionais comumente realizados em pacientes selecionados incluem: amilase, colesterol, triglicerídeos, peptídeo natriurético N-terminal pró-cérebro, creatinina, adenosina desaminase (ADA), coloração de Gram e bacilo ácido-resistente (AFB), bacteriana e AFB cultura e citologia. Hematócrito • Se HT do líquido < 1%, não estão associados a sangramentos importantes. • Se HT do líquido > 1%, são observados em derrames neoplásicos, traumáticos e na embolia. • Se HT do líquido > 50% do HT do plasma, trata-se de hemotórax. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA LDH • Quanto mais elevada, maior indicador de lesão. • Quanto maior a diminuição, melhor indicador de melhora. • Diferencia se exsudato/transudato. Lactato -> mais elevado nas infecções bacterianas e na TB (normalmente, valores acima de 90 mg/dl). Triglicérides -> > 110 mg/dl indica quilotórax. MARCADORES IMUNOLÓGICOS • CEA -> marcador tumoral (carcinoma pulmonar). • Fator reumatoide -> pouco valor para diagnóstico de pleurite reumatóide, pois se eleva em infecções bacterianas, na TB e em neoplasias. • Gram mais comuns -> Staphylococcus, Streptococcus e bacilos Gram negativos. • Ziehl-Neelsen -> apenas 10% de sucesso. • Cultura -> maior sensibilidade (frascos de hemocultura). GASOMETRIA < 7, 35 é acidose e > 7,45 é alcalose. • PO2 -> 80-105 mmHg. • PCO2 -> 35-45 mmHg. • HCO3 -> 22-26 mEq/l. 03/11 LABORATÓRIO DE IMAGEM ANEMIA FALCIFORME Entendendo a RM: • T1 -> gordura (medula óssea e subcutânea): hipersinal – branca. Líquido (LCR): hipossinal – cinza escuro. • T2 -> gordura: sinal intermediário – branca. Líquido: hipersinal – branco (mais brilho). • STIR/Fat.Sat. -> é um T2 com gordura saturada. ! As doenças que cursam com aumento de líquido no tecido que brilha mais fácil de ver, principalmente se a gordura saturada com hipossinal. Hiperplasia Medular Reativa Em indivíduos sadios, a medula óssea vermelha se converte em medula gordurosa durante a infância, iniciando-se nas regiões distais do esqueleto apendicular e caminhando para as regiões proximais -> medula residual pode persistir na pelve, esterno, costela e corpos vertebrais. Nos pacientes com anemia falciforme, o espaço medular tende a preservar a medula vermelha, podendo sofrer expansão devida ao aumento da demanda hematopoiética causada pela anemia. A expansão da medulaóssea pode ser evidente no crânio por espessamento da díploe. À radiografia simples, um aspecto de múltiplas estriações perpendiculares pode ser observado (“cabelo arrepiado”). Maria Luiza Sena – Med XIV FASA O predomínio da medula óssea vermelha apresenta-se à RM como um hipossinal difuso da medula óssea nas sequências ponderadas em T1, onde se esperaria um hipersinal de gordura. Infartos Ósseos Infartos Medulares -> na fase aguda dos infartos ósseos, o RX é normal. Meses depois, pode mostrar áreas radioluscentes bem definidas, seguidas por áreas luscentes subcondrais em forma de arco e intramedulares, com halo esclerótico. RM é sensível para detectar infarto ósseo, podendo identificar anormalidades dentro de poucos dias. As áreas de infarto aparecem com alto sinal nas imagens ponderadas em T2/STIR e não apresentam realce após contraste. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Com o passar do tempo, essas áreas passam a ter baixo sinal com todas as sequências em razão da fibrose e da esclerose. Na coluna vertebral, áreas de infarto ósseo podem atingir porções centrais dos platôs vertebrais com subsequente supercrescimento das porções adjacentes -> isso acarreta uma deformidade característica dos corpos vertebrais afetados – VÉRTEBRA EM H, com depressão central dos platôs. Infartos Epifisários -> podem ocorrer em qualquer osso, mas têm predileção pelo úmero e fêmur proximais. A anemia falciforme é a causa mais comum de osteonecrose. Inicialmente, quando o paciente se queixa de dor, as radiografias são normais. RM ponderada em T2/STIR podem mostrar áreas de alto sinal na medula óssea compatível com edema. Radiografias subsequentes mostram aspecto moteado das epífises, áreas luscentes subcondrais e achatamento com colapso da superfície articular. Dactilite Crises vasooclusivas frequentemente ocorrem nos ossos das mãos e pés (síndrome mão-pé), sobretudo em crianças com menos de 4 anos. Radiografias inicias são normais. Em aproximadamente 10 dias, periostite com neoformação óssea subperisteal é evidente. Há também afilamento cortical e uma aparência moteada da medular óssea. Osteomielite Infecção mais comum na região diafisária dos ossos longos, sobretudo fêmur, tíbia e úmero. O microrganismo encontrado é Salmonella, seguido de S. aureus e bacilos entéricos Gram -. Achados radiográficos de osteopenia e periostite não são específicos e podem ser encontrados na osteomielite e nos infartos ósseos. Áreas radioluscentes intra-ósseas são identificadas mais tardiamente nos quadros infecciosos. À RM, osteomielite apresenta alto sinal em T2 e STIR. A sequência mais sensível e específica é T1 com saturação de gordura e após contraste, em que essas áreas quase sempre sofrem realce. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA LABORATÓRIO DE PATOLOGIA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ROTEIRO • Podemos estimar a celularidade global de uma medula óssea de indivíduo para adulto pela regra 100-idade. • Um exame de aspirado de medula óssea pode ser intensamente hipocelular, ainda que a biópsia de medula óssea seja intensamente hipercelular. • Formas imaturas das séries hematopoiéticas são genericamente chamadas de blastos. A leucemia aguda é caracterizada por um número expressivo de blastos preenchendo a medula óssea. Na imagem abaixo: aplasia da medula óssea. Não há presença de células (hipoplasia medular). Na imagem 02: 01 – periósteo, 02 – região subcortical hipocelular e 03 – tecido hematopoiético. Na imagem 03: eritrócitos -> responsáveis pelo transporte de O2 no organismo (presença de Hb) e também faz com que o sangue adquira sua coloração vermelha característica. LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS ANEMIAS CARENCIAIS O hemograma completo é o exame de sangue que avalia as células que compõem o sangue, como os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, as hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, e as plaquetas. A parte do hemograma que corresponde à análise das hemácias recebe o nome de eritrograma que, além de indicar a quantidade das células sanguíneas, informa sobre a qualidade das hemácias, indicando se estão do tamanho adequado ou com quantidades recomendadas de Hb no seu interior, o que ajuda a esclarecer as causas de anemia, por exemplo. Essas informações são fornecidas pelos índices hematimétricos, que são HCM, VCM, CHCM e RDW. Importância “Anemia” -> define clinicamente a existência de um estado de queda da Hb no sangue (não é uma doença, mas um sinal de que existe doença). O eritrograma é o que mais acrescenta no raciocínio clínico para a definição de uma anemia. • Saber identificar os dados = diagnóstico diferencial para as anemias. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Hemoglobina (Hb) Anemia é a redução dos níveis de Hb no sangue. OMS -> estudo de âmbito mundial estabeleceu: • Hb < 13g/dL para os homens. • Hb < 12g/dL para as mulheres. • Hb < 11 g/dL para as gestantes (é diferente por conta da disponibilidade de O2 – valor de plasma circulante é maior) ! No fumante, a taxa de Hb é maior do que o normal -> monóxido de carbono bloqueia a Hb de forma irreversível (carboxihemoglobina). A anemia mais comum é a anemia ferropriva. Índices Hematimétricos • Hematócrito -> é a relação proporcional entre os eritrócitos e o plasma de uma amostra de sangue total - %. Percentual de células dentro do volume total de sangue. • VCM -> volume médio das hemácias – fL. • HCM -> conteúdo médio de Hb nas hemácias – pg. • CHCM -> porcentagem de Hb em 100mL de Hm – g/dL. • RDW -> amplitude de distribuição das hemácias – %. Razão de distribuição das hemácias (devem estar de tamanho próximo, variando pouco – anisocitose é a variação de tamanho das hemácias. Classificação morfológica das anemias • VCM > 100 fL -> macrocítica (deficiência na síntese da hemácia). • VCM 80-100 fL -> normocítica (hemácias normais). • VCM < 80 fL -> microcítica (deficiência na produção de Hb). Eritrograma Macrocítica/Hipocrômica -> VCM, HCM e CHCM baixos – deficiência de ferro, talassemias, anemia de doença crônica, anemia sideroblástica. ROTEIRO • VCM pode estar aumentado por grande quantidade de célula imatura no sangue periférico (reticulócitos). • O volume globular médio pode auxiliar no diagnóstico da causa da anemia, pois mede a quantidade de Hb na hemácia. Um VCM alto indica alta de Hb nas hemácias, enquanto um VCM baixo indica baixa de Hb na hemácia -> isso auxilia na diferenciação do tipo de anemia. • É possível ter uma anemia com contagem normal de eritrócitos, pois o problema pode não estar na síntese de hemácias. • Teoricamente, uma anemia carencial deveria ter eritrócitos pequenos (microcitose), devido à falta de componentes essenciais para a sua produção, porém, isso não ocorre, porque nesse tipo de anemia a deficiência encontra-se na produção de hemácias, já que a vitamina B12 e ácido fólico são importantes na produção do material genético da hemácia (não consegue se dividir -> macrocítica). • Deficiência de vitamina B12 está intimamente relacionada a procedimentos cirúrgicos, como no caso dos pacientes que realizam gastroplastia (deficiência na absorção do fator intrínseco, necessário para a absorção da B12). • Exames solicitados (hemólise) -> TGO, LDH, reticulócitos e bilirrubina. 10/11 LABORATÓRIO DE IMAGEM LINFONODOMEGALIA Linfonodos estão presentes por todo o corpo e podem ser superficiais/profundos. Grupos específicos de linfonodos superficiais estão presentes no pescoço, nas axilas e na região inguinal; alguns linfonodos pequenos (< 1cm) muitas vezes são palpáveis nessas áreas em pessoas saudáveis. Linfadenopatia é o aumento palpável (> 1cm) dos linfonodos, é categorizada como: • Localizada -> quando presente em apenas uma área do corpo. • Generalizada -> quandopresente em > ou igual duas áreas do corpo. Linfadenite é a linfadenopatia com dor e/ou sinais de inflamação (ex.: vermelhidão, sensibilidade). Outros sintomas podem estar presentes, dependendo da doença subjacente. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Linfonodomegalia -> aumento dos gânglios linfáticos. Os linfonodos palpáveis em condições normais em adultos são os da região inguinal e axilar, já nas crianças, são normalmente palpáveis as da região cervical. Características dos linfonodos que devem ser avaliadas ao exame físico: • Localização • Tamanho • Consistência • Adesão ou não a planos profundos • Sensibilidade álgica • Fistulização • Presença de sinais inflamatórios O principal método diagnóstico da linfonodomegalia é a biópsia. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA LABORATÓRIO DE PATOLOGIA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ROTEIRO Características de um Linfoma Hodking: • Coloração acastanhada. • Consistência firme e elástica. • Tamanho aumentado. • Áreas de apagamento. • Células de Reed Stemberg (RS). Tipos histológicos de linfoma não-Hodking: • Linfoma de Burkitt -> muito agressivo. • Linfoma MALT -> indolente. • Linfoma difuso de grandes células B -> agressivo. Sobre linfomas: • Os linfomas se originam no tecido linfoide e, eventualmente, infiltram a medula óssea e outros tecidos, enquanto as leucemias linfocíticas se originam na medula óssea e podem acometer os linfonodos secundariamente. • A doença celíaca, também chamada de enteropatia pelo glúten, aumenta consideravelmente o risco de linfoma intestinal. • Linfomas não-Hodking indolentes apresentam sobrevida relativamente longa, contudo, geralmente não são curáveis e costumam ser os responsáveis diretos pela morte do paciente. • Os linfomas de Hodking são caracterizados pela presença das células de Reed-Sternberg (RS) à análise histopatológica linfonodal. Dentre os linfomas de Hodking, o tipo mais comum é esclerose nodular. • A doença de Hodking é um grupo de linfomas caracterizados pela presença das células de Reed-Sternberg, com pico de incidência na 3ª e na 6ª década de vida. • Os linfomas não-Hodking formam um grupo heterogêneo de câncer dos linfócitos, cuja evolução varia de indolente a rapidamente progressivo. • Pacientes com linfoma devem ser acompanhados por hematologista ou oncologista, pois são muitos os tipos desse câncer com tratamentos diferentes a cada caso. O linfoma de Hodking é uma forma de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do Sistema Linfático, e a doença surge quando um linfócito (mais frequentemente do tipo B) transforma-se em uma célula maligna, capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se. É uma neoplasia rara que tem importância clínica por ser curáveis em mais de 75% dos casos. Sobre o linfoma de Hodking, pode-se afirmar: • É uma neoplasia de células B. • É comum ocorrer entre 20 e 30 anos e entre 50 e 60 anos. • Os linfonodos mais acometidos são os cervicais e supraclaviculares. • É menos comum que o linfoma não-Hodking. LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA LEUCOGRAMA E CARACTERIZAÇÃO DAS LEUCEMIAS Um leucograma é a porção do hemograma que avalia somente as células da série branca do sangue (defesa). Trata-se de um exame de sangue que consiste em avaliar os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, que são as células responsáveis pela defesa do organismo. Este exame indica o número de neutrófilos (imunidade inata – não tem memória), bastões, linfócitos (imunidade adquirida), monócitos, eosinófilos e basófilos presentes no sangue. Os valores aumentados de leucócitos (leucocitose) podem acontecer devido a infecções ou doenças do sangue como a leucemia. • O leucograma é um exame inespecífico, utilizado para diagnóstico e monitoramento. • Pode avaliar, além da defesa, a forma de defesa, leucemia (envolvimento dos glóbulos brancos). • Leucócitos normais -> 4.000-10.000 (leucopenia -> < 4.000 e leucocitose -> > 10.000). Maria Luiza Sena – Med XIV FASA As leucemias são doenças malignas que se caracterizam pela queda do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada de células. As leucemias são classificadas de acordo com o tipo de leucócitos que afetam. Baseando-se nesse critério, temos 2 grandes grupos de leucemias, separados segundo a linhagem de células brancas acometida. Uma leucemia é chamada de linfocítica, linfoblástica ou linfoide quando atinge as células linfoides, isto é, aquelas derivadas do percursor linfoide (células NK, linfócitos T e B e plasmócitos). Quando uma leucemia é classificada como mieloide ou mieloblástica, significa que as células alteradas são as mieloides, derivadas do percursor mieloide (mastócitos, basófilos, neutrófilos, eosinófilos e monócitos). • Leucemia Aguda -> a célula perde a capacidade de diferenciação. • Leucemia Crônica -> a célula perde a capacidade de autodestruição (apoptose – morte celular). Leucograma pode variar de forma fisiológica e de forma patológica: • Fisiológicas -> diárias, exercício físico, stress, fumo e gravides. • Patológicas -> distúrbio metabólico, doenças infecciosas, doenças parasitárias, neoplasias, estados alérgicos. Neutrófilos -> possuem grânulos contendo enzimas para destruição de agentes estranhos. Tem a função de fagocitose, quimiotaxia e morte bacteriana. • Neutrofilia -> infecção bacteriana, inflamação, corticoterapia e neoplasias. • Neutropenia -> infecções, auto-imune, aplasias e droga (induzida). Variações morfológicas adquiridas dos neutrófilos: desvio à esquerda dos neutrófilos (DE). • Aumento de formas jovens dos neutrófilos do sangue periférico. • Indica aumento da mobilização das reservas medulares. • Significado clínico -> infecções agudas e sub agudas. Causas de monocitose: • Infecções -> tuberculose. • Doenças inflamatórias -> lúpus, artrite reumatoide, colite ulcerativa. • São os macrófagos do sangue – fagocitose. Causas de eosinofilia: alergias, parasitismo e afecções cutâneas. Causas de linfocitose: • Infecções agudas -> rubéola, coqueluche, caxumba, mononucleose infecciosa, linfocitose infecciosa aguda, HIV. • Infecções crônicas -> TB, hepatite infecciosa, sífilis. Leucemia Linfoide Crônica e Linfomas -> estão diretamente relacionados às respostas imunes. ROTEIRO Hemograma Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Deve-se olhar sempre o referencial, que se alterado, indica alguma patologia -> neutrófilos, eosinófilos e basófilos. • Monócitos indicam fase de convalescência, ou seja, indica que o processo está finalizando. Importante: • Diante de um paciente com linfonodomegalia generalizada e linfocitose de longa data, a principal hipótese a ser considerada é de Leucemia Linfoide Crônica (LLC). • Para auxiliar no diagnóstico de LLC, pode-se usar o mielograma e a biópsia. Diferenças entre os achados das Leucemias: • LLA -> superprodução de linfoblastos e trombocitopenia. • LLC -> leucocitose e linfocitose. • LMA -> superprodução de blastos. • LMC -> pode ter basofilia e eosinofilia, bem como hiperleucocitose. 17/11 LABORATÓRIO DE IMAGEM LÂMPADA DE WOOD NAS DOENÇAS DERMATOLÓGICAS A lâmpada de Wood, também chamada de luz de Wood ou LW, é um aparelho diagnóstico muito utilizado na dermatologia e na estética com o objetivo de verificar a presença de lesões de pele, suas características e extensão de acordo com a fluorescência observada quando a lesão analisada é exposta à luz UV de baixo comprimento de onda. A avaliação com a lâmpada de Wood é feita de forma complementar ao exame dermatológico sob a luz normal, sendo indicado principalmente para diagnosticar doenças de pene e unhas causada por fungos, além de também ser útilno diagnóstico de porfiria, manchas escuras ou claras na pele, como vitiligo e melasma, e sinais de obesidade ou ressecamento da pele. Utilidade da lâmpada de Wood -> pode ser aplicada em distúrbios da pigmentação, tanto para avaliação precisa dos limites e características das lesões como para análise de possíveis lesões subclínicas não evidenciadas pela reflexão de pele, apenas por fluorescência. Em doenças neoplásicas, a lâmpada de Wood tem sido utilizada para a análise das lesões e para a programação cirúrgica das lesões, determinando as margens com mais exatidão. Pode ser utilizada no diagnóstico de dermatoses infecciosas. Pode ser utilizada na urina -> porfiria. Como a lâmpada de Wood deve ser utilizada -> ambiente escuro e sem luz visível, a 15cm da pele. Doenças que podem ser diagnosticadas com a lâmpada de Wood e achados característicos: • Tinea capitis -> pode emitir fluorescência, como no caso do parasitismo pelo gênero Microsporum sp., emitindo uma coloração azul-clara. • Pitiríase versicolor -> pode-se observar a fluorescência das lesões. • Eritrasma e tricomicose -> apresentam fluorescência vermelho-coral. LABORATÓRIO DE PATOLOGIA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ROTEIRO Carcinoma Epidermoide – CEC • Blocos celulares de células de revestimento. • Células coesas. • Produção de queratina. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Carcinoma Basocelular – CBC • Lesão que nasce na camada basal (relação íntima). • Células basaloides. • Disposição paliçada. Câncer de células escamosas: dentre os fatores de risco atrelados a este tipo de câncer, além da radiação solar, podemos citar alguns tipos de vírus e úlceras de longa duração. Carcinoma basocelular: tanto o CBC quanto o CEC têm como principal fator de risco a exposição solar. No entanto, o HPV aparece como um fator de risco importante para o desenvolvimento de CEC no colo uterino. LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA HANSENÍASE E LEISHMANIOSE A hanseníase é uma doença infecciosa causada por micobactérias do complexo Mycobacterium leprae que envolvem a pele e os nervos periféricos. A hanseníase é uma importante preocupação de saúde global; o diagnóstico precoce e um curso completo de tratamento são essenciais para prevenir a neuropatia e as incapacidades ao longo da vida. Os achados do exame físico precoce incluem manchas cutâneas hipopigmentadas ou avermelhadas, sensação diminuída ou perda de sensibilidade nas áreas envolvidas, parestesias, feridas ou queimaduras indolores e nervos periféricos dilatados e sensíveis. Neuropatia e lesão oftálmica também podem ocorrer. O diagnóstico é estabelecido quando pelo menos um desses achados físicos está presente e uma biópsia de pele obtida do bordo de ataque da lesão cutânea confirma a presença de bacilos álcool- ácido resistentes em um nervo cutâneo ou por PCR. A leishmaniose consiste em um complexo de doenças, transmitidas por vetores, causadas por um grupo heterogêneo de protozoários pertencentes ao gênero Leishmania; é transmitido por vetores flebotomíneos. As manifestações clínicas variam de úlceras cutâneas a doença multiorgânica sistêmica. O diagnóstico definitivo requer a demonstração do parasita em uma amostra clínica (geralmente pele) por histologia, cultura ou análise molecular via PCR. Para maximizar o rendimento do diagnóstico, idealmente todos os 3 testes de diagnóstico são garantidos na amostra inicial, se possível. Se nem todos os testes puderem ser realizados, a histologia e PCR podem fornecer informações suficientes. O diagnóstico parasitológico ao nível das espécies da Leishmania deve ser perseguido, uma vez que esta informação pode influenciar a determinação do tratamento. LEISHMANIOSE Trata-se de uma protozooses sistêmica febril causada por uma das 3 subespécies do complexo Leishmania donovani. Doença transmitida por mosquitos flebotomínes -> se contaminam com o protozoário ao picar o homem ou outros mamíferos. 2 formas evolutivas: • Amastigota -> forma aflagelada, parasita intracelular obrigatório, formato arredondado, contendo o DNA extranuclear. • Promastigota metacíclico -> forma flagelada, alongada, bastonete móvel. As formas se reproduzem de forma assexuada, por divisão binária -> amastigota se reproduz no citoplasma dos macrófagos e as promastigotas o fazem no intestino do inseto vetor. Ciclo evolutivo e transmissão: Transmitida pelo mosquito flebotomíneo – Lutzomya longipalpis, conhecido como mosquito-palha ou birigui. As fêmeas têm hábito hematófago -> tocas de animais, árvores e fendas de paredes. Cães e raposas são os principais reservatórios da leishmaniose. • Mosquitos -> promastigotas = hospedeiros -> perdem flagelos -> amastigotas -> proliferam por fissão binária -> acometem diversos órgãos. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Resposta Imunológica: infecção x doença: Nem todo paciente que se infecta pela Leishmania adoece: • Acontece na minoria dos casos. • Infecção assintomática – reação de Montenegro -> reagente. • Até 30% teste positivo -> sem história compatível com o calazar. Pelo tipo de resposta, pode-se determinar as consequências da infecção: • Th1 – IL-12 e IFN-gama -> macrófagos (contém o processo infeccioso). • Th1 com resposta frustrada -> reprodução desenfreada do parasita – fígado, baço e medula óssea – hiperplasia – TNF-alfa pelos macrófagos – febre. • Antígenos -> ativam Th2 (IL-4 e IL-10) – plasmocitose e hipergamaglobulinemia policlonal. Diagnóstico: Confirmação -> detecção do parasito. • Métodos Diretos -> busca das formas amastigotas no interior dos macrófagos/monócitos. • Menos de 30% dos casos visualizar no sangue periférico. • Aspirado de medula -> sensibilidade de 70%. • Aspirado esplênico -> superior a 90-95%. • Cultura da Leishmania -> 5,15 dias já pode positivar – promastigotas. • PCR -> amplificação do DNA do parasito – 94% de sensibilidade. ROTEIRO O diagnóstico clínico da hanseníase é feito, entre outras informações levantadas na anamnese do paciente, pela identificação das lesões na pele e pela avaliação da sensibilidade ao calor, ao tato e a dor. • Lesões na pele -> ocorre por conta da presença da bactéria na pele (resposta imunológica). • Sensibilidade -> ocorre por conta das lesões aos nervos periféricos, já que o M. leprae invade as células de Schwann, causando desmielinização direta dos nervos periféricas, causando as alterações de sensibilidade. Bacilos íntegros -> são considerados viáveis ou vivos por apresentarem-se totalmente corados em vermelho e sem falhas de coloração em sua parede celular. São vistos com frequência em esfregaços de pacientes que ainda não receberam o tratamento (diagnóstico) ou nos casos de recidiva da doença. Bacilos fragmentados -> são bacilos que apresentam pequenas falhas em sua parede celular devido à interrupção da síntese dos componentes que compõem a mesma. São considerados inviáveis/mortos e são frequentemente observados em esfregaço de pacientes após término do tratamento. Bacilos granulosos -> são bacilos que apresentam grandes falhas em sua parede celular, apresentando apenas pequenos pontos corados em vermelho. São considerados inviáveis/mortos e são frequentemente observados em esfregaço de pacientes após término do tratamento. ! Além da morfologia dos bacilos, outra característica importante para se avaliar no exame de BAAR para hanseníase é a quantidade de bacilos. Exames laboratoriais utilizados no diagnóstico laboratorial da infecção pela leishmaniose: • PCR • Pesquisa direta da Leishmania • Isolamento de cultura in vitro • Imunofluorescência direta • Imunoistoquímica • Aspirado de medula óssea • Aspirado esplênico
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