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Laboratório de patologia clínica I - MULTIESTAÇÃO SOI III

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Enízia Simões
3°período
Laboratório de patologia clínica I - SOI III
PARTE 2
SEMANA 10
ANALISE DE LIQUIDO PLEURAL
- Derrame pleural se refere a uma coleção (acumulo) anormal de líquido na
cavidade pleural.
- Os derrames pleurais podem ser transudativos ou exsudativos
- Sua classificação se baseia nas características laboratoriais do líquido
DERRAME PLEURAL TRANSUDATIVO
- Provocados por alguma combinação de aumento da pressão hidrostática e
diminuição da pressão oncótica na circulação pulmonar ou sistêmica
- A causa mais comum é a insuficiência cardíaca, seguida de cirrose com asci-
te por hipoalbuminemia
- Tem densidade menor do que no exsudato
*Geralmente é bilateral
DERRAME PLEURAL EXSUDATIVO
- Provocados por processos locais, causando aumento da permeabilidade capi-
lar e resultando em exsudação de líquido, proteína, células e outros constituin-
tes séricos.
- Suas causas são diversas, sendo a mais comum a pneumonia, doença malig-
na, embolia pulmonar, infecções virais e tuberculose
*Geralmente é unilateral
- Um derrame pleural exsudativo preenche pelo menos um dos seguintes cri-
térios (critérios de Light)(critérios de Light)(critérios de Light):
1. A razão entre a proteína no líquido pleural e a proteína sérica é maior
que 0,5
2. A razão entre os níveis de LDH no líquido pleural e os níveis séricos de
LDH é maior que 0,6
3. Um valor de LDH no líquido pleural superior a dois terços do limite superi-
or dos níveis séricos normais de LDH.
- Pode ser purulento, quiloso ou sanguíneo
HEMOTORAXHEMOTORAXHEMOTORAX
- Tipo em que existe sangue
- Geralmente é decorrente de trauma, ou também pode ocorrer por
complicação de cirurgua ou ruptura de um grande vaso
EMPEIMAEMPEIMAEMPEIMA
- É pus no espaço pleural (se tem pus, tem bacteria)
- Pode ocorrer como uma complicação da pneumonia, toracotomia, rup-
tura de um abscesso pulmonar ou trauma penetrante com infecção se-
cundária
QUILOTÓRAXQUILOTÓRAXQUILOTÓRAX
- É menos comum
- É um derrame branco e leitoso, rico em triglicerídeos
ANALISEANALISEANALISE
- Para a posterior análise, uma amostra do líquido pleural é retirada através
de um procedimento chamado de toracocentese. A análise desse liquido é de
extrema importância, já que pode auxiliar a determinar a causa base desse
aumento de volume, direcionando o tratamento adequado.
- O aspecto do liquido pode ajudar na diferenciação do tipo de derrame pleu-
ral (não sela diagnóstico):
Aspecto turvo e grosso, caracteriza a presença de pus, sendo um empi-
ema
Aspecto leitoso ocorre no derrame quiloso, rico em triglicerídeos
O liquido amarelo viscoso ocorre em processos inflamatórios e o liquido
amarelo NÃO viscoso caracteriza o transudato
- Uma das formas mais simples de diferenciação é pelos critérios de Light (ci-
tado anteriormente)
- Derrames pleurais transudativos e exsudativos podem ser diferenciados pe-
la medição dos níveis de lactato desidrogenase (LDH) e níveis de proteína nolactato desidrogenase (LDH) e níveis de proteína nolactato desidrogenase (LDH) e níveis de proteína no
líquido pleurallíquido pleurallíquido pleural (são empregados nos crítérios de Light).
OBS:OBS:OBS: LDH é uma enzima liberada a partir de tecido pleural inflamado ou lesio-
nado
- Outros exames que podem ser feito são: glicoseglicoseglicose (menor em infecções), tri-tri-tri-
glicerídeosglicerídeosglicerídeos (presente nas causas por extravasamento linfático - quilo), amilaseamilaseamilase
(elevada na pancreatite), lactatolactatolactato (aumentado nas infecções), pesquisapesquisapesquisa de BA-de BA-de BA-
ARARAR (na identificação do agente), leucometria, hematimetria, proteínas total,eucometria, hematimetria, proteínas total,eucometria, hematimetria, proteínas total,
LDH, colesterolLDH, colesterolLDH, colesterol
SITUAÇÃO CLÍNICASITUAÇÃO CLÍNICASITUAÇÃO CLÍNICA
História:História:História: Paciente do sexo masculino, 54 anos, natural do interior da Bahia,
aposentado (lenhador), relata que há 10 dias apresentou febre não medida
com tosse que se prolongou sem melhora até, há 3 dias apresenta piora dos
sintomas, com início de dor torácica e dispneia que piora aos esforços. Nega
alterações no hábito intestinal ou urinário. Nega outros sintomas ou queixas.
Antecedentes médicos:Antecedentes médicos:Antecedentes médicos: Nega comorbidades e uso de medicamentos. HábitosHábitosHábitos
de vida:de vida:de vida: Etilista atual (3 latas de cerveja por final de semana). Exame físico:Exame físico:Exame físico:
Bom estado geral, corado, hidratado, acianótico, anictérico, afebril. Sem esta-
se de jugular. Taquipneico, frequência respiratória de 24 ipm, murmúrio vesi-
cular diminuído em base e terço médio direito. Normal a esquerda. Pulso = 88
bpm, Pressão arterial = 128x78mmHg, Bulhas rítmicas normofonéticas em
dois tempos, sem sopros. Abdome plano, flácido, indolor, sem DB. Sem edemas
em membros inferiores
- Sintomas apresentados que pode indicarpode indicarpode indicar DP: tosse, relatou febre, dispneia e
dor torácica
- No E.F. (exame físico) apresentou diminuição do murmúrio vesicular (indica
derrame pleural) no lado direito, sendo normal no lado esquerdo ð indica der-
rame pleural unilateral
- O diagnóstico mais provável para o quadro clínico é uma derrame pleural ex-
sudativo com empiema, uma vez que o PMNPMNPMN encontra-se elevado ð ou seja,
neutrófilos aumentado, indicando uma etiologia infecciosa ou inflamatória, co-
mo ocorre no empiema
OBS:OBS:OBS: Os PMNs constituem basicamente os neutrófilosos neutrófilosos neutrófilos
- O pHpHpH normal do liquido pleural é alcalino em relação ao do sangue arterial,
flutuando entre 7,40 e 7,60. Em um empiema pleural o pH costuma estar
abaixo de 7,20 (como no caso clinico)
- O valor de referência da glicose varia entre 60 e 99. Valores de glicose
abaixo de 60 inidicam um empiema
- Os parâmetros usaados para diferenciar um derrame pleural em exsudativo
ou transudativo é a dosagem de proteina e o lactato desidrogenase (LDHproteina e o lactato desidrogenase (LDHproteina e o lactato desidrogenase (LDH). Pe-
los critérios de Light os exsudatos caracterizam-se por valores de mais de
2,5g/dl de proteínas ou uma relação proteínas pleurais/proteínas plasmáti-
cas maior que 0,5.
Enízia Simões
3°período
SEMANA 11
MARCADORES TUMORAIS
- Os marcadores tumorais são macromoléculas presentes no tumor, no san-
gue ou em outros líquidos biológicos, cujo aparecimento e/ou alterações em
suas concentrações estão relacionados com a gênese e o crescimento de cé-
lulas neoplásicas
- Esses marcadores podem ser úteis no manejo clínico dos pacientes com
câncer, auxiliando nos processos de diagnóstico, estadiamento, avaliação de
resposta terapêutica, detecção de recidivas e prognóstico2, além de auxiliar
no desenvolvimento de novas modalidades de tratamento
- Lembrar que: eses marcadores são fisiologicamente normais, porém em ní-
veis baixo
Características ideais
- Alta especificidade (relação boa com o tecido)
- Alta sensibilidade (detectado precocemente)
- Tem relação com o tamanho/volume do tumor
CA 19-9
- é um antígeno carboidrato de superfície celular
- Este marcador tumoral é indicado no auxílio ao estadiamento e à monitora-
ção de tratamento em primeira escolha de câncer de pâncreas e trato biliar
e, em segunda escolha, no câncer colorretal. Em menor frequência também
positiva no CA de mama de pulmão de cabeça e de pescoço.
*No momento, sua maior aplicabilidade de uso é a de avaliar resposta à quimi-
oterapia do câncer de pâncreas, já que a utilização de métodos de imagem é
bastante limitada para este fim
CA 125
- O antígeno do câncer 125 é formado por uma glicoproteína de alto peso
molecular.
- Atualmente sua principal aplicação é permitir o seguimento da resposta bio-
química ao tratamento e predizer a recaída em casos de câncer epitelial de
ovário
- O CA 125 também parece ser útil em tumores ovarianos "borderline", po-
dendo ser utilizado no acompanhamento e na detecção precoce de recaída
em uma pequena parcela de pacientes com esses tumores
- Se eleva em várias situações clínicas (cirrose,cistos de ovário, endometrio-
se, hepatite e pancreatite)
- É um marcador com importante aplicabilidade clínica no manejo dos tumores
de ovário no dia-a-dia e é de uso promissor na abordagem de linfomas e de
outros tumores.
CEA (antígeno carcinoembrionário)
- É produzido pelas células da mucosa gastrintestinal e faz parte da família
das imunoglobulinas
- Na presença de neoplasia maligna, níveis elevados de CEA são detectados
em 9% dos teratomas de testículo, e em aproximadamente 85% dos casos
de carcinoma colorretal metastático. Níveis elevados de CEA são também en-
contrados em outras neoplasias malignas, como por exemplo, pulmão (52% a
77%), pâncreas (61% a 68%), trato gastrintestinal (40% a 60%), trato biliar
(80%), tireóide (50% a 70%), cérvice (42% a 50%) e mama (30% a 50%)
*Elevações do CEA também foram relatadas em distúrbios benignos, como:
cirrose alcoólica, doença de Crohn, doenças hepáticas, doenças intestinais, do-
ença fibrocística da mama, bronquite, tabagismo e insuficiência renal
HCG (gonadotrofina coriônica humana)
- É uma glicoproteína composta por duas subunidades: α - partilhada por ou-
tros hormônios hipofisários; e β
- A fração beta (β-HCG) é utilizada para diagnóstico, monitorização e prog-
nóstico de pacientes com tumores de células germinativas (testículo e ovário)
- Esta glicoproteína também é usada como teste de gravidez, detectando a
gravidez normal após sete dias de implantação
*O HCGHCGHCG é um hormônio produzido por um conjunto de células embrionárias
que dão origem à placenta, chamadas de trofoblasto, a partir da implantação
do embrião no útero
PSA (antígeno prostático específico)
- É o marcador tumurol de maior utilidade clínica
- É secretado no lúmen dos ductos prostáticos, estando presente em gran-
des concentrações no líquido seminal
- É util no diagnóstico do câncer de próstata, sendo otimizado quando combi-
nado ao exame de toque retal
- Sua medida é fundamental no estadiamento do paciente com carcinoma de
próstata
*Com o aumento da idade, ocorrem modificações no epitélio prostático que
acarretam um aumento da absorção do PSA para a corrente sangüínea.
Enízia Simões
3°período
SEMANA 12
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA DENGUE
- A dengue é uma doença transmitida por mosquito, causada por um flaviví-
rus.
- Normalmente, tem início abrupto, com febre alta, cefaleia, mialgias, artralgi-
as, linfadenopatia generalizada e um exantema que aparece com uma 2ª ele-
vação de temperatura após um período afebril. Sintomas respiratórios, como
tosse, dor de garganta e rinorreia, podem ocorrer. A dengue também pode
provocar febre hemorrágica fatal, com uma tendência a sangramento e cho-
que.
- O diagnóstico laboratorial da dengue pode ser feito por métodos diretos
(pesquisa do antigenos) e indiretos (pesquisa do anticorpo), indicados em mo-
mentos distintos da doença.
*Na dengue pode ser identificado o antigeno NS1 ou o anticorpo
- Nos primeiros 6 dias após o inicio dos sintomas, prescreve antigeno (NS1)
apos os 6 dias o recomendado é o anticorpo
PESQUISA INDIRETA /sorologiaPESQUISA INDIRETA /sorologiaPESQUISA INDIRETA /sorologia
*Anticorpos da classe IgM podem ser detectados à partir do sexto dia do iní-
cio dos sintomas, embora em infecções secundárias (situação em que já hou-
ve uma infecção por outro sorotipo anteriormente) sua detecção possa ocor-
rer a partir do segundo ou terceiro dia
* Anticorpos da classe IgG podem ser detectados à partir do 9
0
 dia na infec-
ção primária e já estar detectável desde o primeiro dia nas infecções secun-
dárias.
- Quando é uma infecção primária, ou seja primeira vez que ta sendo in-
fectada, os anticorpos demoram mais de ser produzidos.
Gráfico de infecção primária
- IgM começa aumentar e o pico é mais ou menos no 6 dia, podendo fi-
car alto por até 90 dias
- O IgG só começa ser produzido depois do 6 dia
- A medida que os aticorpos são produzidos, o Ns1 cai
Gráfico de infecção secundária
- Como já teve contato anterior com o virus, o IgG já é logo produzido
no inicio e o IgM também tem um pico antes (mais ou menos entre o 5 e
6 dia)
PESQUISA DIRETA DE MATERIAL VIRALPESQUISA DIRETA DE MATERIAL VIRALPESQUISA DIRETA DE MATERIAL VIRAL
- É feito pelo método ELISA
- É positivo no inicio da infecção viral
- COMO É REALIZADO? Colocamos a amostra do paciente (sangue, soro ou
plasma) contendo o antígeno NS1. Na área de aplicação da amostra há um
conjugado de anticorpos anti-NS1 marcados com ouro coloidal. Quando o antí-
geno da amostra se liga a esse conjugado, um complexo é formado: anti-NS1
+ ouro coloidal + antígeno NS1.
*Esse complexo migra por capilaridade e chega na fita de nitrocelulose. E o
resultado vai ser possitivi se tiver duas linhas visíveis, uma na região controle
(C) e outra na região teste (T)
*A presença do antígeno NS1 é indicativo de doença aguda e ativa, porém um
resultado negativo, diante de um quadro suspeito de dengue, não exclui o diag-
nóstico.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doenças-infecciosas/arbovírus-arenavírus-e-filovírus/visão-geral-de-infecções-por-arbovírus-arenavírus-e-filovírus
Enízia Simões
3°período
SEMANA 13
ERISIPELA E IMPETIGO
IMPETIGOIMPETIGOIMPETIGO
- É uma infecção cutânea, altamente contagiosa, causada por dois diferentes
germes: o Staphylococcus aureus, uma bactéria gram-positiva, com o forma-
to aproximado de um cacho de uva, que pode formar colônias na pele e nas
narinas de pessoas saudáveis, e o Streptococcus pyogenes (estreptococos
beta-hemolíticos do grupo A) que habita normalmente nossa pele, boca e tra-
to respiratório superior.
- Uma queda no sistema de defesa do organismo, um ferimento superficial na
pele (um pequeno corte, um arranhão, a picada de um inseto) ou mesmo le-
sões provocadas por outras doenças de pele que possam servir de porta de
entrada para o micróbio, são fatores favoráveis para a manifestação da do-
ença.
- É mais comum em criança
- As manifestações cutâneas do impetigo variam de acordo com o tipo do
agente infeccioso:
Impetigo comum ou não bolhoso: geralmente é bactéria estreptococos.
Tem o aparecimento de pequenas bolhas, que quando rompem e vazam
essas bolhinhas dão lugar a feridas avermelhadas.
Impetigo bolhoso: é causado pelo Staphylococus aureus, que produz toxi-
nas que favorecem o aparecimento de vesículas maiores, cheias de líqui-
do amarelado, que quando rompem deixam no lugar uma lesão vermelho-
vivo, inflamada e úmida.
ERISIPELAERISIPELAERISIPELA
- Erisipela é uma condição inflamatória que atinge a derme (mais superficial) e
o panículo adiposo (tecido celular subcutâneo) da nossa pele, com grande en-
volvimento dos vasos linfáticos
- Representa uma forma superficial da celulite, pois atinge predominantemen-
te a derme e a parte superior da gordura subcutânea.
- É, geralmente, causada por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (ou
raramente do grupo C ou G) e ocorre com mais frequência nas pernas e fa-
ce. O estreptococos invade a pele, se dissemina nos vasos linfaticos e induz
uma resposta inflamatória
- Se caracteriza por lesões semelhantes a placas, elevadas, endurecidas e
dolorosas com margens distintas
- As manifestações clínicas incluem: febre, inchaço, edema, eritema (vermeli-
dão), bolha e linfonodomegalia
- As complicações mais comuns podem ser tromboflebite, abscessos e gan-
grena.
- O diagnóstico da erisipela baseia-se nos achados clínicosachados clínicosachados clínicos, característicos. O
diagnóstico definitivo só é confirmado pelo resultado das culturasresultado das culturasresultado das culturas.
- O tratamento para erisipela é feito com uma associação entre tratamento
não farmacológico e o farmacológico
- O tratamento não farmacológico inclui repouso no leito, elevação das pernas
e compressas frias.
- No tratamento farmacológico, os antibioticos de primeira escolha são os be-
ta-lactâmicos (penicilina, cefalosporina, monobactâmicos e carbapenêmicos)
- O mecanismo de ação dos beta-lactâmicos consiste em basicamente a mes-
ma coisa: interferem na síntese do peptideoglicano da parede celular bacteri-ana.
Após sua fixação a sítios de ligação na bactéria, eles inibem a enzima de
transpeptidação que forma as ligações cruzadas das cadeias peptídicas
ligadas ao arcabouço do peptideoglicano. O evento final é a inativação de
um inibidor das enzimas autolíticas da parede celular, levando à lise da
bactéria.
*Em casos que a pessoa tem resistência à penicilina, pode ser usada a eritro-
micina, um macrolitico que inibe a síntese de proteína
* Streptococcus é composto por bactérias Gram-positiva, esfericas
(cocos), tem perfil negativo para o teste da catalase
* Staphylococcus tem uma morfologia que se assemelha a cachos de
uvas e são catalase positiva
Enízia Simões
3°período
SEMANA 14
HANSENÍASE
- É uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae álcool
resistente, que envolvem a pele e os nervos periféricos.
- Sua fisiopatologia baseia-se no tropismo que o M. Leprae tem pelas células
de Schwann e pela pele. As células de schawann não tem capacidade fago-
cítica natural, assim, o M. Leprae consegue multiplicar-se de forma contínua
e permanece protegido dos mecanismos de defesa do indivíduo. Essa perma-
nência do bacilos nas células de schwann pode trazer comprometimento da
função neural. A defesa contra o bacilo é efetuada pela imunidade celular, en-
tretanto, sua exacerbação pode se tornar lesiva ao organismo do hospedeiro.
Como consequência da ação das citocinas e mediadores da oxidação, podem
ocorrer paralisia periférica e lesões cutâneas e neurais.
BACILOS ÍNTEGROS: São considerados viáveis ou vivos por apresentarem-se
totalmente corados em vermelho e sem falhas de coloração em sua parede
celular. São vistos com frequência em esfregaços de pacientes que ainda não
receberam o tratamento (diagnóstico) ou nos casos de recidiva da doença
BACILOS FRAGMENTADOS: São bacilos que apresentam grandes falhas em
sua parede celular, apresentando apenas pequenos pontos corados em ver-
melho. São considerados inviáveis ou mortos e também são frequentemente
observados em esfregaço de pacientes após término do tratamento
BACILOS GRANUULOSOS: São bacilos que apresentam pequenas falhas em
sua parede celular devido à interrupção da síntese dos componentes que
compõem a mesma. São considerados inviáveis ou mortos e são frequente-
mente observados em esfregaço de pacientes após término do tratamento.
BACILOSCOPIA
- É essencial na suspeita de hanseníase multibacilar
- Quando o paciente tem lesões cutâneas visíveis, a coleta do material deve
ser feito em lóbulo auricular direito e esquerdo, cotovelo direito e na lesão
- Já em pacientes que não tem lesões visíveis, deve colher o material no lobu-
lo auricular direito e esquerdo e no cotovelo
- O exame é útil no diagnóstico das infecções por Mycobacterium leprae,
constituindo ferramenta indispensável no diagnóstico da hanseníase, uma vez
que o Mycobacterium leprae não cresce em meios de cultura. Assim, o bacilo
só pode ser demonstrado por meio desta coloração, realizada na linfa coleta-
da de lesões de pele ou do lóbulo auricular. A vantagem do método é a rapidez
de execução e alto valor preditivo positivo. Um resultado negativo, porém, não
exclui a possibilidade da doença.
TESTE DE MITSUDA
- Injeta-se na derme o antígeno lepromina. O surgimento de pápula igual ou
maior que 5mm, após quatro semanas, indica positividade.
- Expressa o grau de imunidade celular, auxiliando na classificação da forma
clínica, entretanto, não faz diagnóstico
- É positiva nos pacientes tuberculoides, em que há boa resposta imunocelu-
lar, negativa nos virchowianos, nos quais essa resposta é deficiente, e mos-
tra graus variáveis de positividade nos dimorfos
TRATAMENTO
- Medicamentos de 1 linha: dapsona, rifampicina e clofazimina
* REAÇÃO TIPO 1: A característica principal é a exacerbação das lesões cutâ-
neas pré-existentes e aparecimento de novas lesões, de forma relativamente
aguda. No geral o tratamento é feito com prednisona, mas também pode ser
prescrito o uso de corticoide
*REAÇÃO TIPO 2: Das reações tipo 2, a mais conhecida é o eritema nodoso
hansênico (ENH). Este se caracteriza, na pele, pelo aparecimento súbito de nó-
dulos, pápulas e placas eritematosas, dolorosas, em todo o tegumento [1],
após a regressão podem aparecer fibrose, cicatriz e hiperpigmentação pós-
inflamatória. É um fenômeno sistêmico, não se restringindo somente ao tecido
cutâneo. O medicamento de escolha é a talidomida, porém é necessário usar
suas ressalvas em mulheres em idade fértil, devido ao seu efeito teratogêni-
co.
Enízia Simões
3°período
SEMANA 15
LEISHMANIOSE
- A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que
provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do
gênero Leishmania.
- As leishmanioses tegumentares causam lesões na pele, mais comumente ul-
cerações e, em casos mais graves (leishmaniose mucosa), atacam as mucosas
do nariz e da boca.
- O diagnóstico é feito por exame direto ou cultivo de material obtido dos teci-
dos infectados (medula óssea, pele ou mucosas da face) por aspiração, bióp-
sia ou raspado das lesões do paciente. Há também métodos imunológicos que
avaliam a resposta de células do sistema imunológico e a presença de anticor-
pos anti-Leishmania. Nessa categoria, estão incluídos o teste cutâneo de Mon-
tenegro e exames de sangue.
TESTE DE MONTENEGRO/INTRADERMORREAÇÃO
- É um método indireto de diagnóstico que consiste na injeção intradérmica de
o,1ml do antígeno, preparado com promastigotas de cultura e serve para
avaliar o grau de sensibilização do hospedeiro contra o parasita
- Considera-se positiva a reação em que houve, no prazo de 48 a 72 horas,
o aparecimento de uma enduração, perceptível à palpação, com diâmetro
igual ou superior a 5mm
SOROLOGICO
- Imunofluorescência Indireta (IFI)
Ensaio Imunoenzimático (ELISA).

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