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Contraceptivos Orais

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Contraceptivos Orais
O termo anticoncepção relaciona-se ao uso de métodos que tem por objetivo impedir uma gravidez indesejada;
Sendo o ministério da saúde, são disponibilizados 8 métodos contraceptivos reversíveis, dentre eles = preservativos feminino e masculino, pílula oral, minipílula, injeção mensal, trimestral, DIU, pílula anticoncepcional de emergência, diafragma e anéis medidores
Classificação
· Quanto ao mecanismo – de barreira, hormonais, DIU, cirurgias de esterilização, “naturais”
· Quanto ao sujeito – masculino e femininos 
Classe de medicamentos que mais transformou a sociedade em toda a história – emancipação feminina, necessidade de mão de obra, revolução sexual – desvinculação do sexo e procriação, herança judaico-cristã; planejamento familiar e transição demográfica
Contraceptivos hormonais
· Quanto à via – intramuscular ou implante subcutâneo
· Quanto à composição – combinados (estrógeno + progestágeno) ou apenas progestágenos (minipílula)
· Quanto à dosagem – alta dose (primeira geração) ou baixa dose (novas gerações)
· Quanto à pausa na utilização – contínuos ou intermitentes
· Quanto às fases (dos combinados) – monofásicos, bifásicos ou trifásicos
· Quanto ao momento de utilização – preventivo ou pós-relação sexual desprotegida
Contraceptivos orais
Um dos métodos mais utilizados no brasil devido à facilidade de acesso, eficácia de 99,7%; seguro e não interfere no ato sexual
Outros benefícios – redução de cólicas e regularização do ciclo menstrual, diminuição da acne, incidência diminuída de anemia e de gravidez ectópica, proteção contra o câncer de ovário e doença benigna da mama e aumento do prazer sexual
Após a primeira dosagem, são comuns relatos de sintomas adversos (dores de cabeça, tontura, náuseas, vômitos, irritabilidade, miastalgia, aumento do apetite, queda de cabelo e alterações no apetite sexual)
Principais riscos – alterações imunológicas, metabólicas, nutricionais, psiquiátricas, vasculares, oculares, gastrintestinais, hepatobiliares, cutâneo-subcutâneas, renais/urinárias, auditivas; distúrbios do SNC e do sistema reprodutor
Há evidencias na literatura de alterações pressóricas associadas a diferentes anticoncepcionais hormonais combinados; estrogênio exógeno na circulação sanguínea ativa o SRAA retenção de agua e sódio
O progestágeno não é capaz isoladamente de provocar os mesmos efeitos sobre a pressão arterial e, quando sua formula possui propriedades antimineralocorticoides, é capaz de neutralizar o efeito do estrogênio administrado de forma combinada
Mulheres com predisposição a doenças cardiovasculares e que utilizam contraceptivos hormonais tem apresentado risco elevado para trombose arterial. Este risco está diretamente relacionado ao estrogênio presente na composição destes medicamentos
Mulheres hipertensas, fumantes ou com idade superior a 35 anos estão mais propensas a ter um AVC isquêmico e hemorrágico
Associação entre contraceptivos hormonais e o aumento do risco de infecções do trato genital inferior, causadas por clamidea e monília, além de doença inflamatória pélvica, tem sido feita
Associado a casos de trombose mesentérica, sendo mencionado como causa de infarto intestinal há mais de um século
O risco a essa patologia está relacionado à dose do componente estrogênico, o etinilestradiol que, quando presente na corrente sanguínea, provoca aumento na formação da trombina, assim como elevação dos fatores de coagulação e diminuição dos inibidores, gerando efeito pró-coagulante leve
O uso precoce (antes do desenvolvimento do trato genital feminino), pode ser um fator importante no desenvolvimento do câncer de colo de útero. Mulheres que utilizam os métodos contraceptivos hormonais por tempo prolongado (mais que 12 anos), terão risco aumentado de desenvolver adenocarcinoma in situ do colo uterino
Combinados
Estrógenos = etinilestradiol (20 a 50 microgramas), mestranol 50mcg
Progestágenos = ciproterona (2mg), levonorgestrel (0,05 a 0,5mg), norgestimato (0,18 a 0,25mg), noretindrona (0,5 a 1,5mg) e gestodeno (0,06 a 0,075)
Minipílula = acetato de noretindrona 0,35mg, levonorgestrel 0,75mg
Caracterizados pela alta eficácia – falha de menos de 1 a cada 100 mulheres/ano
Mecanismo de ação – bloqueiam a ovulação; os progestagênios, em associação aos estrogênios, impedem o pico do hormônio luteinizante, que é responsável pela ovulação
Efeitos acessórios – mudança do muco cervical, que torna mais difícil a ascensão dos espermatozoides, diminuição dos movimentos das trompas e transformação inadequada do endométrio
Riscos – complicações cardiovasculares, como tromboembolismo venoso, IAM eAVC
QUANDO USAR PROGESTAGENOS ISOLADOS?
Gerações
1. Estrógenos em concentração maior ou igual a 50mcg 
2. Estrógenos em concentração menor ou igual a 35mcg e os progestágenos ciproterona, levonorgestrel e etinodiol
3. Progestagenos de menor poder androgênico – gestodeno, desogestrel e drosperidona
Progressiva redução dos efeitos adversos
Progestágenos isolados
Progestágenos usados isoladamente (minipílulas) as formulações disponíveis no brasil são – noretisterona de 0,35mg/dia, linestreno de 0,5mg/dia, levonorgestrel 0,03 mg/dia e desogestrel de 75 mcg/dia
Minipílulas apresentam maior índice de falha quando comparadas com anticoncepcionais orais combinados
Mecanismo de ação espessamento do muco cervical impedindo a progressão do espermatozoide; redução da motilidade tubária; inibição da proliferação endometrial, determinando hipotrofia ou atrofia e algumas preparações podem promover a inibição da ovulação, dependendo da dose e tipo progestageno 
Benefícios
Desvantagens
Efeitos adversos
Anticoncepção de emergência
Até 72 horas da relação sexual desprotegida por método anticoncepção
Possibilidade 120 horas?
Objetiva evitar a gravidez indesejada e o aborto de risco
Progestágeno isolado – levonorgestrel 1,5g ou etinilestradiol e levonorgestrel em doses altas
OUTROS BENEFICIOS DOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS
Diminui a menorragia – condição benigna, mas debilitante, marcada pelo intenso fluxo menstrual e mais abundante que o normal; medicamentos para reduzir o sangramento excessivo incluem inibidores de prostaglandinas, antifibrinoliticos, AOC e outros hormônios
A acao dos AOC supostamente seria oferecer uma descamação regular, tornando o endométrio mais fino, e assim tratando a menorragia
Regulariza o ciclo menstrual – a concentração hormonal presente no AOC bloqueia a produção de hormônios pelo ovário, suprimindo o crescimento do endométrio. Assim, a diminuição da quantidade e duração do sangramento uterino é sempre previsível
Concentrações muito baixas de estrógeno são incapazes de gerar qualquer estimulo sobre o endométrio que, ao longo do tempo, vai demonstrar o efeito progestogenico predominante do AOC que é atrofia
Combinações com pequena concentração de estrógeno frequentemente não induzem sangramento de retirada
Melhora da acne – reduz a produção de andrógenos pelas células da teca interna; o componente estrogênico eleva os níveis da proteína carreadora de hormônios sexuais, aumentando sua ligação com testosterona e resultando em menos hormônio livre na circulação
Progestogenos também inibem a atividade da enzima 5-alfa-redutase no folículo piloso, reduzindo a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona, andrógeno mais potente
Trata a dismenorreia 
Reduz a incidência de câncer – tem efeito predominante de atrofia endometrial e redução de inflamação

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