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OQueSaoFantasmas-Costa-2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES 
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL 
COMUNICAÇÃO SOCIAL - AUDIOVISUAL 
 
 
 
 
 
HUDSON DEIVERSON DE SOUZA COSTA 
 
 
 
O QUE SÃO FANTASMAS? 
UMA ANÁLISE PELA ÓTICA RELIGIOSA 
Aspectos da pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal, RN 
2022 
 
HUDSON DEIVERSON DE SOUZA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE SÃO FANTASMAS? 
UMA ANÁLISE PELA ÓTICA RELIGIOSA 
Aspectos da pesquisa 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Departamento de Comunicação Social da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
como requisito necessário para a obtenção do 
título de Bacharel em Comunicação Social - 
Audiovisual. 
 
Orientador: Prof. Dr. Ruy Alkmim Rocha Filho 
 
 
 
 
 
 
 
Natal, RN 
2022 
 
 
 
HUDSON DEIVERSON DE SOUZA COSTA 
 
 
O QUE SÃO FANTASMAS? 
UMA ANÁLISE PELA ÓTICA RELIGIOSA 
Aspectos da pesquisa 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Departamento de 
Comunicação Social da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte como 
requisito necessário para a obtenção do 
título de Bacharel em Comunicação Social - 
Audiovisual. 
 
Apresentado em: 16 / 12 / 2022 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Ruy Alkmim Rocha Filho 
Orientador (UFRN) 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Marcelo Bolshaw Gomes 
Membro da Banca 
 
________________________________________ 
Prof. Me. Ygor Felipe Pinto 
Membro da Banca 
 
 
 
 
 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA 
 
 Costa, Hudson Deiverson de Souza. 
 O que são fantasmas? : uma análise pela ótica religiosa - 
aspectos da pesquisa / Hudson Deiverson de Souza Costa. - Natal, 
2022. 
 34 f.: il. color. 
 
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Centro de 
Ciências Humanas Letras e Artes, Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, Natal, RN, 2022. 
 Orientador: Prof. Dr. Ruy Alkmim Rocha Filho. 
 
 
 1. Fantasmas. 2. Documentário. 3. Religiões. 4. 
Espiritualidade. 5. Antropologia. 6. Sobrenatural. I. Rocha 
Filho, Ruy Alkmim. II. Título. 
 
RN/UF/BS-CCHLA CDU 398.42 
 
 
 
 
 
Elaborado por Heverton Thiago Luiz da Silva - CRB-15/710 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Aquele que não luta pelo futuro que quer, deve aceitar o futuro que vier”. 
(Autor desconhecido) 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por estar comigo nos momentos em que mais precisei dEle, e por 
reacender a chama dos meus sonhos que, para tornarem-se realidade, se faz 
necessário, como pré-requisito, a formação em nível superior. 
Aos meus pais, por acreditarem em mim e me dizerem, desde sempre, que 
sou capaz de conquistar tudo o que quiser, com esforço e dedicação. 
A minha esposa, por prestar seu apoio incondicional em minha jornada 
acadêmica e me apoiar na realização dos meus sonhos. 
Ao meu colega de curso e parceiro de TCC Miguel Felipe, com quem dividi 
as angústias e felicidades deste projeto. 
A todos que participaram fornecendo seus depoimentos ou prestando 
informações necessárias à realização do documentário. 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por objetivo compreender a relação entre o imaginário 
coletivo, no que concerne à temática fantasmas, dentro do universo espiritual, e o 
que dizem as religiões a respeito desse assunto. Para tal finalidade, será produzido 
o episódio piloto de uma série documental. 
 
Palavras-Chaves: Fantasmas; Documentário; Religiões; Espiritualidade; 
Antropologia; Sobrenatural. 
 
 
ABSTRACT 
 
The present work aims to understand the relationship between the collective 
imagination, with regard to the theme ghost, within the spiritual universe, and what 
religions say about this subject. To this end, the pilot episode of a documentary series 
will be produced. 
 
Keywords: Ghost; Documentary; Religions; Spirituality; Anthropology; Supernatural. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Primeiro cartaz do documentário O que são Fantasmas? .........................9 
Figura 2 – Cartaz do documentário O que são Fantasmas? ..................................... 10 
Figura 3 – Georges Méliès e Jeanne d'Alcy, na estação Montparnasse. .................. 14 
Figura 4 – Dados Censo 2010 ................................................................................... 15 
Figura 5 – Dados Datafolha 2020 .............................................................................. 15 
Figura 6 – Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho. 1º terreiro de Candomblé do 
Brasil, fundado no ano de 1830, na cidade de Salvador, Bahia .............................. 22 
Figura 7 – Participantes que forneceram os depoimentos em vídeo ....................... 26 
Figura 8 – Teste de montagem do documentário “O que são Fantasmas?” ............ 28 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 9 
2 FANTASMAS NAS RELIGIÕES 17 
2.1 Igreja Católica 17 
2.2 Espiritismo 18 
2.3 Umbanda 19 
2.4 Igreja Evangélica 20 
2.5 Candomblé 22 
3 RELATÓRIO DE PRODUÇÃO 24 
3.1 Pré-produção 24 
3.2 Produção 25 
3.3 Pós-produção 27 
4 ENTREVISTAS 29 
5 CRONOGRAMA 30 
6 ORÇAMENTO 30 
REFERÊNCIAS 31 
APÊNDICES 34 
 
 
9 
1 INTRODUÇÃO 
 
Para a concepção da série documental que fará parte deste Trabalho de 
Conclusão de Curso, faremos, Miguel Felipe e eu, que juntos estamos produzindo o 
documentário, entrevistas com autoridades de algumas religiões (igrejas católica e 
evangélica, espiritismo, umbanda e candomblé), para entendermos mais a respeito 
do significado de Fantasmas, como eles afetam nossas vidas, se é possível a 
incorporação ou se apenas atuam externamente através de sugestões. Para o TCC, 
exibiremos o episódio piloto da série. Também entrevistamos pessoas que já tiveram, 
ou não mas acreditam em sua existência, experiências sobrenaturais para relatarem 
o que viram, ouviram e sentiram no momento e se após a experiência houve alguma 
mudança, positiva ou negativa, em suas vidas, além de uma psicóloga, que nos dirá 
de que maneira a ciência compreende esses fenômenos sobrenaturais. 
 
Figura 1 – Primeiro cartaz do documentário “O que são Fantasmas?” 
 
Fonte: O Autor 
 
A série documental será dividida em 5 episódios, e neste primeiro nós 
abordaremos o significado do termo Fantasma através do aspecto religioso da igreja 
católica. Inicialmente, a entrevista com o pároco seria filmada dentro da igreja, porém, 
devido a agenda cheia do referido clérigo e prazo curto para gravação do 
 
10 
documentário. Em seguida, conseguimos a participação de outro padre, desta vez por 
meio de áudio, porém, esse também não pôde participar. Sendo assim, para este 
episódio piloto, responderemos a pergunta: o que são fantasmas? Com base nos 
materiais obtidos durante a pesquisa. Para os depoimentos das outras pessoas, 
faremos a filmagem de algumas entrevistas e, também, utilizaremos o recurso do 
fotodocumentário, para fazer a composição com os áudiosque os participantes nos 
enviarem, além de simulação em vídeo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O autor 
 
A ideia primária deste trabalho era a produção de um found footage, ao estilo 
A Bruxa de Blair (1999), com a utilização basicamente de duas ou três câmeras 
pequenas e imaginação para abordar o assunto em questão. Depois de refinar um 
pouco mais a pesquisa, notei que se adequava mais a um documentário seguindo a 
linha de O Diabo e o Padre Amorth (2017), contando histórias reais, ouvindo-as dos 
próprios envolvidos, mas sem o registro das possessões e rituais realizados pela 
igreja, isso seria muito burocrático e despenderia de um tempo muito maior para a 
produção, do qual não teríamos. Então, optamos por recriar as cenas, recurso 
utilizado em O Golpista do Tinder (2022), com a simulação dos eventos ocorridos. 
 
Figura 2 – Cartaz oficial do documentário “O que são Fantasmas?” 
 
11 
 O cinema documental nasce com Nanook, o Esquimó (1922), de Robert 
Flaherty, retratando a vida dos indígenas Inuítes. Mas é só em 1929 que é concebido 
o documentário como o conhecemos hoje, com o filme O Homem da Câmara de 
Filmar, de Dziga Vertov. Nesse, pessoas são filmadas dormindo nas ruas, 
trabalhadores saindo de uma fábrica, o show em uma casa de espetáculo, sem a 
intervenção do cineasta, ao passo que naquele houve encenações, não 
correspondendo fielmente às práticas e costumes dos Inuítes. 
 A escolha do documentário para a representação audiovisual deste trabalho se 
deu justamente pela imprevisibilidade realística que o gênero é capaz de proporcionar, 
ao contrário da opção primária, que seria o pseudodocumentário. “A tradição do 
documentário está profundamente enraizada na capacidade de ele nos transmitir uma 
impressão de autenticidade” (NICHOLS, 2001, p. 20). No documentário O Diabo e o 
Padre Amorth (2017), William Friedkin, diretor de O Exorcista (1973), acompanha o 
padre Gabriele Amorth que exorcisará Cristina, arquiteta italiana, pela nona vez. No 
final da trama, quando tudo parecia estar bem, Friedkin vai até uma igreja encontrar 
Cristina. Entrando no templo, ele já encontra-a incorporada. Aos gritos, os espíritos 
que estão na mulher pedem as filmagens que Friedkin havia feito, sob ameaças de 
11pre-lo e, em seguida, ir atrás de sua família. O cineasta sai às pressas e nunca mais 
tem contato com Cristina. A magia do documentário está aí, no inesperado, no incerto. 
Há pelo menos 600 anos antes de Cristo, o profeta Zoroastro já falava em 
figuras de outros mundos. Mas, é só a partir do século IV que surge a representação 
do Diabo como conhecemos hoje, com rabo e chifres. A partir daí, vários nomes foram 
dados a essas entidades, fantasmas é um deles. Segundo o dicionário1, Fantasma 
significa, dentre outros: suposta aparição de pessoa morta, alma do outro mundo, 
assombração. Além de se apresentarem em forma de espectro, também podem 
incorporar em animais e seres humanos, fazendo daquele corpo sua morada. Em um 
único corpo podem habitar vários espíritos, a depender dos pensamentos e condutas 
da pessoa possuída, o que é decisivo para a escolha desse corpo como habitação 
das entidades. 
 
Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos 
procurando descanso. Como não o encontra, diz: ‘Voltarei para a casa de onde 
saí’. Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Então vai e 
traz consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, passam a viver 
 
1 Dicionário Michaellis. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-
portugues/busca/portugues-brasileiro/fantasma/> Acesso em: 16 nov 2022. 
 
12 
ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim 
acontecerá a esta geração perversa. (BÍBLIA, Mateus 12,43-45) 
 
É possível levantarmos alguns questionamentos a respeito do que são 
os fantasmas: entidades ancestrais que se manifestam em determinadas 
pessoas com o objetivo de difundir ensinamentos? Uma figura criada pela igreja 
para doutrinar os seguidores que não se sujeitam aos seus princípios? Anjos 
caídos, cuja única missão é assolar a humanidade? São frutos de distúrbios 
psiquiátricos, como diz a ciência? Fato é que nunca saberemos a real resposta. 
Porém, podemos levar esses e outros questionamentos, para entendermos 
mais a respeito, a quem se propôs a estudar e pesquisar, não só na teoria, mas 
viver de forma prática essa relação com os fantasmas. 
 Essas assombrações podem manifestar-se de diversas maneiras, dentre elas: 
surgirem a convite, como é o caso da necromancia2; aparecerem em determinado 
local, sem explicação aparente; habitarem casas, prédios, ruas, e qualquer outro local 
que tenha sido palco de mortes trágicas, como assassinatos, suicídios, afogamentos, 
incêndios, etc. Sendo assim, acredita-se que muitos fantasmas retornam dos mortos 
para cobrarem satisfação daqueles que foram seus tiranos quando em vida, para pedir 
perdão a familiares com quem tinham desavenças, por não aceitar a morte, ou para 
clamar por orações e velas para que descansem suas almas em um bom lugar. 
No cinema, o primeiro filme de terror que se tem conhecimento é o Le Manoir 
du Diable (1896), do cineasta francês George Méliès. Na obra, um morcego se 
transforma em uma espécie de demônio, Mephistopheles, que invoca espíritos para 
assustarem dois homens que compõem a cena. São utilizados efeitos especiais para 
fazer com que objetos, espíritos, um esqueleto e o próprio morcego apareçam e 
desapareçam em seguida. 
 O fascínio que os filmes de terror despertam nas pessoas pode ser justificado 
por saberem que o sofrimento ali apresentado aconteceu com outra pessoa, não com 
quem está assistindo, gerando alívio e a sensação de que a vida do espectador é 
melhor do que a dos personagens que sofreram (OLIVEIRA apud MURUCI, 2017). 
Outro motivo, é o fato das pessoas se sentirem seguras por estarem assistindo em 
 
2 Segundo o site Info Escola, Necromancia é o ato de convocar e se comunicar com os mortos. 
Disponível em: < https://www.infoescola.com/curiosidades/necromancia > Acesso em: 16 nov 2022. 
 
13 
um ambiente controlado, isso gera a sensação de que aquela ameaça não poderá 
13presen-las. 
Os filmes provocam sensações ameaçadoras, mas as pessoas podem 
13present-las num ambiente seguro, como suas casas e salas de cinema, e ao 
lado de outros indivíduos passando pelas mesmas situações. Essa ‘segurança’ 
favorece a sensação de controle sobre tais sentimentos, o que acaba por trazer 
alívio, após essa exposição (BARI apud NORONHA, 2021). 
 
 Não há dúvidas que vivenciar experiências sobrenaturais assistindo a um filme 
são muito mais atrativas do que presenciá-las na vida real, mas por qual razão? 
Durante os momentos de maior tensão de um filme, o nosso corpo aumenta a 
produção de hormônios como adrenalina e noradrenalina, sentimos medo, a 
respiração fica acelerada, o coração bate mais rápido. Após esses momentos de 
aflição, o nosso organismo libera a dopamina, conhecido como hormônio do prazer, 
estimulada após nosso cérebro perceber que um objetivo foi cumprido. Esse ciclo se 
repete diversas vezes enquanto assistimos a uma obra cinematográfica, iniciando 
quando o cérebro reconhece uma situação de perigo iminente, e finalizando quando 
essa ameaça é desfeita ou neutralizada. 
 George Méliès (1861-1938) foi um mágico e ilusionista que, posteriormente, 
tornou-se cineasta. Tendo produzido mais de 500 filmes, sendo o primeiro deles Le 
Manoir du Diable (1896), e o mais famoso Le 13prese dans la Lune (1902). Méliès 
utilizava recursos do teatro em suas produções. Foi um dos primeiros diretores a fazer 
uso do storyboard3, além de ter desenvolvido o Stop Motion. 
 
Essa técnica (stop motion), uma das mais simples e antigas, utiliza a fotografiade objetos e cenários quadro a quadro, onde o animador produz mudanças 
nas posições dos elementos presentes na cena e, quando os quadros são 
vistos sequencialmente, tem-se a impressão de movimento. Essa estratégia é 
usada até os dias de hoje, e é muito presente em filmes de animação. (SOUSA 
e PEREIRA. Efeitos Especiais em Filmes. EACH. Disponível em: 
<http://www.each.usp.br/petsi/jornal/?p=1209>. Acesso em: 18 nov. 2022). 
 
 Apesar de toda a sua contribuição para o cinema, George Méliès não teve o 
devido reconhecimento em sua época, motivo pelo qual precisou vender o seu estúdio 
para pagar inúmeras dívidas que possuía. Casou-se com uma de suas melhores 
atrizes, Jeanne d’Alcy, e, juntos, chegaram a vender brinquedos e doces em uma 
 
3 Sequência de imagens quadro a quadro com o objetivo de pré-visualizar o resultado de uma 
produção. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/storyboard/> Acesso em: 16 nov 2022. 
 
14 
estação de trem, para não passarem fome. Méliès morreu de câncer, pobre e falido, 
em 1938, na cidade de Paris. 
 
Figura 3 – Georges Méliès e Jeanne d’Alcy, na estação Montparnasse. 
 
Fonte: Site Isso Compensa 
 
 
Como exposto nos parágrafos anteriores, o universo sobrenatural é um grande 
mistério que habita a mente e o coração das pessoas, desde os primórdios da 
civilização humana. Por esse motivo, muito se questiona a respeito do que se passa 
no pós-morte e o que exatamente são almas penadas e assombrações. Não raro, 
encontramos pessoas que dizem ter sido vítimas de algum feitiço ou que suas vidas 
mudaram, para pior, por completo, após terem visto uma entidade sobrenatural. Com 
base no exposto, buscamos autoridades em várias religiões para nos ajudarem a 
entender o problema de que trata o presente trabalho, o que são fantasmas, e de que 
forma eles afetam a vida humana. 
O presente trabalho busca gerar reflexão nos espectadores que possuem uma 
resposta definida, baseada em alguma vertente religiosa, ou mesmo de forma 
empírica, sobre o significado de fantasmas e de que forma eles exercem influência 
sobre os seres humanos. Para isso, objetivamos: abordar o questionamento a respeito 
do real significado da expressão “fantasma” a representantes de determinadas 
religiões; avaliar o impacto emocional e psicológico que o universo 
espiritual/sobrenatural exerce sobre a vida das pessoas; analisar se as tomadas de 
decisões no dia a dia são influenciadas por crenças sobrenaturais e investigar se 
 
15 
existem pessoas com predisposição a terem experiências com o que se pode chamar 
de fantasmas, e se tais pessoas possuem características específicas. 
Importante ressaltar que o documentário não tem interesse em fornecer 
respostas, mas de levantar novos questionamentos. “Para cada documentário, há pelo 
menos três histórias que se entrelaçam: a do cineasta, a do filme e a do público” 
(NICHOLS, 2001, p. 93). Nós, na condição de realizadores deste projeto, reunimos as 
informações obtidas por meio de pesquisas, colhemos depoimentos e no final tudo 
isso é apresentado ao público com o objetivo maior de gerar os seguintes 
questionamentos: “existe algo que vai além do que eu acredito?” e “existe outra 
verdade, além da minha?”. Então, esta obra audiovisual busca alimentar o senso 
crítico e estimular o espectador a conhecer outras fontes de conhecimento. 
No ano de 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística4 (IBGE), 
apresentou dados de uma pesquisa realizada sobre as religiões no Brasil. Os números 
foram: católicos, 64,99%; evangélicos, 22,89%; consideram-se sem religião, 8,04%; 
espíritas, 2,02%. Já em 2020, o Datafolha5 realizou nova pesquisa, os resultados 
foram: católicos, 50%; evangélicos, 31%; consideram-se sem religião, 10%; espíritas, 
3%. 
 
Figura 4 – Dados Censo 2010 Figura 5 – Dados Datafolha 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas pesquisas são importantes para o trabalho que se desenvolve, pois 
mostram que em mais algumas décadas esses números estarão, muito 
 
4 Disponível em: < https://religiaoepoder.org.br/artigo/a-influencia-das-religioes-no-brasil/>. Acesso 
em: 18 nov. 2022. 
5 Disponível em: < https://religiaoepoder.org.br/artigo/a-influencia-das-religioes-no-brasil/>. Acesso 
em: 18 nov. 2022. 
Fonte: Datafolha (2020) Fonte: Censo (2010) 
 
16 
provavelmente, equivalentes. Portanto, é possível inferir, a partir desses dados, que o 
significado que religiões, até então, pouco expressivas davam para o objeto de estudo 
deste projeto, fantasmas, ganhe cada vez mais destaque e que daqui a alguns anos 
exista a possibilidade de termos um significado totalmente diferente do que temos 
hoje, concebido, prioritariamente, pelas igrejas católicas e evangélicas. 
Por muitos anos fui evangélico, e vi pessoas incorporando demônios, que 
vieram do inferno para atormentar suas vidas, seja através de trabalhos (oferendas) 
feito por algum inimigo ou pessoa invejosa, seja por permissão da própria pessoa, 
através das suas más condutas, tudo isso pela perspectiva evangélica. Com o passar 
dos anos, tive contato com outras religiões, dentre elas o espiritismo, que apresenta 
um outro olhar sobre esse fenômeno da incorporação: não são demônios, mas 
espíritos que já foram pessoas um dia, assim como nós, e estão se manifestando pois 
precisam de algum tipo de ajuda. 
A partir dessas experiências, me surgiu a dúvida “o que são esses espíritos?”, 
almas vagantes, que precisam da nossa ajuda para encontrarem seu caminho de luz? 
Ou anjos caídos, expulsos do céu, após rebelarem-se contra Deus na criação do 
Universo? De que maneira saber se estamos do lado do bem ou do mal? Essas 
também são dúvidas de quem se interessa pelo tema sobrenatural. Por isso, 
conversamos com autoridades religiosas, para entender esses e outros mistérios que 
estão além da compreensão humana. 
A igreja de São Pedro, localizada no bairro do Alecrim, é considerada a 
segunda paróquia de Natal, sendo a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, 
na Cidade Alta, a primeira, não só de Natal, bem como de todo o Rio Grande do Norte. 
Queríamos, de início, gravar algumas cenas e tirar algumas fotos na igreja de São 
Pedro, em conversa com o pároco responsável. Porém, devido a agenda cheia e falta 
de disponibilidade, não conseguimos realizar as gravações com o padre. Então, 
optamos por utilizar os dados coletados para pesquisa sobre a Igreja Católica e 
apresentá-los, através de narração e de recursos audiovisuais. 
 
 
17 
2 FANTASMAS NAS RELIGIÕES 
 
2.1 Igreja católica 
 
A igreja católica posiciona-se no sentido de que esses fantasmas são, na 
realidade, demônios, anjos caídos, os quais podem agir na vida das pessoas de 
diversas maneiras. Na obsessão, o demônio sugere constantemente que o indivíduo 
pratique atos destruidores, sejam eles contra bens materiais, atitudes que o indivíduo 
não teria se estivesse em sã consciência, ou contra si próprio ou outras pessoas, 
sugerindo que cometa homicídios, agressões, suicídio. Outra maneira de agir, e a 
mais conhecida, é a possessão, onde o demônio incorpora na pessoa e faz com que 
ela aja de acordo com as vontades da própria entidade. 
Muitas pessoas buscam a igreja católica acreditando estarem agindo em 
consequência de influências espirituais, porém, antes da realização de um exorcismo, 
o padre precisa certificar-se de que aquele é um caso real de ação demoníaca, já que 
a pessoa pode estar passando por problemas naturalmente humanos ou até mesmo 
ter distúrbios psicológicos. Por isso, ter uma ou mais conversas com o pároco é de 
essencial importância, até para identificar se há a presença de doenças mentais no 
suposto possesso. Caso haja fundada suspeita de doença psíquica, o padre poderá 
solicitar a análise de psiquiatra. 
Dentre aspráticas adotadas durante um ritual de exorcismo, tem-se: a insuflação, 
onde o padre responsável pela condução do ritual sopra no rosto ou corpo da pessoa 
possuída para expulsar o Diabo que ali se encontra; esta mesma prática também tem 
como objetivo a purificação e consagração ao Espírito Santo. E a água benta que, 
além de ser usada para abençoar os fiéis, tem como finalidade proteção e expulsão 
do mal. Para isso, esta deve ser borrifada, enquanto o padre, com o polegar da mão 
direita, faz o sinal da cruz na testa, na boca e na altura do peito do possuído. Essa 
limpeza espiritual não acontece no ato da missa, que é um momento de celebração. 
Exorcismo é o ritual realizado por um sacerdote de ilibada conduta, 
necessariamente autorizado por um bispo da Igreja Católica, para expulsão de 
demônios. Esses seres espirituais possuem inteligência e força superiores às nossas, 
pois foram criados com atributos divinos para fazerem o bem. Lembrando que o diabo 
é considerado, não à toa, o pai da mentira, já que usa das suas habilidades inatas 
 
18 
para fazer o mal. Inclusive de convencer a pessoa de que ela não precisa de auxílio 
espiritual. Daí a necessidade de uma pessoa qualificada para realização do ritual. 
 
Cân. 1172 § 1. Ninguém pode legitimamente fazer exorcismos em possessos, 
a não ser que tenha obtido licença especial e expressa do Ordinário local. 
§ 2. Essa licença seja concedida pelo Ordinário local somente a presbítero que 
se distinga pela piedade, ciência, prudência e integridade de vida (CODIGO DE 
DIREITO CANÔNICO, 1983, p. 80) 
 
2.2 Espiritismo 
 
Aqueles que são nomeados demônios em algumas religiões, para o Espiritismo 
são considerados espíritos superiores ou inferiores, que um dia já foram pessoas e 
viveram entre nós. Essas entidades conseguem comunicar-se com os vivos por meio 
de mensagens escritas ou da incorporação. As mensagens podem ser de conselhos, 
informações ou súplicas. O médium canaliza e transmite à pessoa ou grupo de 
pessoas a quem essas mensagens se destinam. 
 
[...] todas essas almas eram demônios, embora fossem as de um pai, de um 
filho, ou de um amigo e que nós mesmos, morrendo, nos tornaríamos demônios 
[...] Bem difícil será persuadir a uma mãe de que o filho querido, que ela perdeu 
e que lhe vem dar, depois da morte, provas de sua afeição e de sua identidade, 
é um suposto satanás. Sem dúvida, entre os Espíritos, há os muito maus e que 
não valem mais do que os chamados demônios, por uma razão bem simples: 
a de que há homens muito maus que, pelo fato de morrerem, não se tornam 
bons. (KARDEC, 2003, p. 70). 
 
Os espíritos são atraídos conforme as energias, então alguém que não tenha bons 
pensamentos e boas condutas atrairá para próximo de si entidades com a mesma 
carga energética. Os espíritos superiores possuem elevado senso moral e ético, não 
têm apego a bens materiais, são cheios de sabedoria, fornecem bons conselhos e 
carregam consigo o amor incondicional. Já os espíritos inferiores são maldosos, 
mentirosos, enganadores, grosseiros, pouco empáticos e cruéis. 
Segundo a Doutrina Espírita, há vida em outros planetas do universo, além da 
terra. Essa afirmação é possível a partir da leitura do texto bíblico “Na casa de meu 
Pai há muitas moradas [...]” (João 14:26). Infere-se desse versículo que a casa do Pai 
é o universo, e que as muitas moradas são os diversos mundos. A cada evolução 
moral nós vamos para um mundo num plano superior ao nosso. Se ao invés de 
 
6 Disponível em < https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/14/2> Acesso em: 25 nov. 2022. 
 
19 
evolução houver degeneração, podemos reencarnar no mesmo mundo ou em outro 
inferior ao atual. 
Os mundos são divididos em cinco categorias, em grau de evolução: mundos 
primitivos, com espíritos com quase nenhum grau de desenvolvimento; mundos de 
provas e expiações, como o próprio nome sugere, é aqui que os espíritos reencarnam 
para pagarem pelos seus erros e para serem provados, a Terra está neste nível; 
mundos de regeneração, ainda há erros a serem reparados; mundos felizes, neste 
nível o bem já é superior ao mal, e os mundos celestes, habitação dos espíritos mais 
puros que existem, que já atingiram o nível máximo de evolução. 
Alguns indícios de que espíritos malignos estão atuando na vida de alguém: 
cansaço excessivo, insônia ou excesso de sono, pensamentos de destruição, tristeza 
profunda, agressividade e brigas constantes. Para quem simpatiza ou é adepto da 
filosofia espírita, é recomendado realizar um tratamento espiritual em um centro, tomar 
passes, que é a transmissão de energias magnéticas e espirituais objetivando a cura 
de doenças e obsessões, meditar e praticar o bem. Praticar a leitura também é 
essencial entender mais sobre esses fenômenos sobrenaturais. Essas questões são 
abordadas de maneira aprofundada nos principais livros sobre a Doutrina Espírita, são 
eles: O Livro dos Médiuns, O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, 
A Gênese, O Céu e o Inferno. 
Evitar brigas e maus pensamentos, não frequentar ambientes com excesso de 
bebida alcoólica e/ou que tenham drogas ilícitas, é fundamental para manter os 
espíritos inferiores afastados, já que eles se alimentam das energias desses locais. 
Mesmo que não haja o consumo, a entidade pode acompanhar o frequentador para 
além desses ambientes. Além disso, é importante cultivar o amor e praticar a caridade, 
seguindo os ensinamentos de Cristo, para que se consiga a evolução espiritual. 
 
2.3 Umbanda 
 
A Umbanda é uma religião brasileira com elementos da cultura africana, foi criada 
no Rio de Janeiro, em 1908, por Zélio Fernandino de Morais, à época com 17 anos, e 
possui semelhanças com outras religiões: acreditam na existência de um único Deus, 
chamado de Oxalá ou Olorum; conceitos de reencarnação e evolução e tratamento 
 
20 
com passes, como no espiritismo; Jesus Cristo como líder espiritual; sessões de 
descarrego, também realizadas em igrejas. 
Alguns anos após a sua criação, a Umbanda passou a sofrer repressão, bem 
como outras religiões de matrizes africanas, a exemplo do Candomblé e da 
Quimbanda, período onde os umbandistas se denominavam espíritas, preferindo 
utilizar esse termo para escaparem das perseguições. 
Os umbandistas creem na existência de Orixás, que recebem auxílio de guias 
espirituais, também chamados de entidades, para auxiliarem quem deles necessitar. 
No momento em que o médium incorpora, também chamado de transe, é possível a 
identificação da entidade ali baixada, pois cada uma possui personalidade, 
movimentos corporais e maneira de falar específicos. Em forma de agradecimento ao 
auxílio prestado, os umbandistas fazem oferendas, que em geral são compostas por 
velas, cigarro, bebidas alcoólicas, flores e frutas. Não há sacrifício animal. 
Vale ressaltar que os nomes das entidades são simbólicos, não são seus nomes 
de batismo, levando em consideração que já foram seres humanos que viveram entre 
nós. Esses nomes representam os arquétipos, padrões de comportamento, dos Guias. 
Dentre muitas outras, algumas das entidades são: Caboclos, espíritos de indígenas; 
Pretos velhos, espíritos de negros africanos que foram escravizados e trazidos para o 
Brasil; Erê, espíritos de crianças. 
Os Orixás são responsáveis por ajudar os seres humanos a superarem as 
adversidades da vida. Eles têm sincretismo com os santos da Igreja Católica, a 
diferença é que aqueles não foram seres humanos, não tiveram vida terrena anterior, 
são forças da natureza. Por esse motivo, não há a incorporação dos Orixás nos 
médiuns, também chamados de cavalos pelas entidades, e sim dos Guias. A 
Umbanda possui várias vertentes, que utilizam diferentes Orixás, mas sete são 
aqueles que estão presentes em todas as correntes da religião: Oxalá, Deus supremo, 
criador dos seres humanos; Oxóssi, guardião das matas e florestas; Ogum,lei e a 
ordem; Oxum, pureza e fertilidade; Xangô, justiça e sabedoria; Iansã, rainha dos raios, 
orixá das tempestades, guardiã dos mortos; Iemanjá, rainha do mar. 
 
2.4 Igreja evangélica 
 
A igreja evangélica, assim como a católica, defende que há obsessão e possessão 
demoníaca, já explicados no tópico sobre a Igreja Católica. Porém, para os 
 
21 
evangélicos, não apenas o sacerdote (pastor) pode expulsar os demônios, mas 
qualquer outro membro que tenha comunhão com Deus. Ou seja, qualquer um, que 
siga os preceitos de Cristo, poderá realizar a expulsão de espíritos malignos, como 
orienta o texto bíblico, em Marcos 16:177: “(...) em meu nome expulsarão os 
demônios”. 
A igreja protestante não compactua com a possibilidade de reencarnação, 
defendida em algumas religiões, como no espiritismo, hinduísmo e budismo. Essa 
descrença, baseia-se em alguns textos bíblicos: Hebreus 9:278, “E, como aos homens 
está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo (...)”; Levíticos 19:319, 
“Não recorram aos médiuns nem busquem a quem consulta espíritos, pois vocês 
verão contaminados por eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês”. Além de vários 
outros que tratam do tema. 
Algumas igrejas possuem cultos de libertação, em dias específicos da semana. 
Durante o culto, o pastor evoca os espíritos, usando o nome de Cristo, com a 
autoridade que lhe foi dada, a manifestar-se e dizer seu nome e suas intenções na 
vida do possuído. Dependendo do demônio que ali se manifeste, é possível presumir 
que aquele que está sofrendo com as suas investidas esteja passando por problemas 
em sua vida financeira, amorosa ou familiar, pois cada espírito possui determinada 
função. Para uma completa libertação, é necessário que o devoto continue 
participando dos cultos de libertação, afim de coibir a volta desses espíritos, e de agir 
em conformidade com a vida cristã. 
Os demônios podem apoderar-se do corpo através de um pacto satânico: aquele 
que deseja, sem a necessidade de árduo trabalho, possuir riquezas, alcançar 
posições de liderança e destaque em empresas ou na política e usufruir de todos os 
prazeres humanos possíveis, oferta a sua alma ao Diabo, em troca de todos esses 
benefícios. O destino final após a morte é a perda da salvação, e esse indivíduo 
queimará por toda a eternidade, no lago de fogo e enxofre. Esse é o livre-arbítrio, a 
permissão divina de que todos deverão escolher como querem viver, mas que todas 
as suas ações terão consequências. De modo a concluir que, Deus é amor, mas, 
acima de tudo, é a justiça. 
 
7 Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/mc/16/17> Acesso em: 23 nov. 2022. 
8 Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/9/27> Acesso em: 23 nov. 2022. 
9 Disponível em: <https://www.bibliaon.com/versiculo/levitico_19_31/> Acesso em: 23 nov. 2022. 
 
22 
 
Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem 
semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne 
colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a 
vida eterna. (BÍBLIA. Gálatas 6:7-8) 
 
2.5 Candomblé 
 
O Candomblé é uma religião criada na África, trazida pelos escravos e 
desenvolvida aqui no Brasil. Possui algumas distinções do candomblé praticado em 
seu país de origem, pois aqui no Brasil sofreram censura por parte Igreja Católica, 
então seus praticantes utilizavam as imagens dos santos católicos, mas rezavam para 
os orixás. Acreditam na existência de um único Deus, que pode se chamar, a variar 
de acordo com a região que provém o candomblé, Olorum, Mawu ou Nzambi. 
 
Figura 6 – Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho. 1º terreiro de Candomblé 
do Brasil, fundado no ano de 1830, na cidade de Salvador, Bahia. 
 
Fonte: Blog Saúde Negra 
 
Os candomblecistas creem que os orixás são a personificação das forças da 
natureza, assim como os umbandistas, e cada um possui personalidade própria e 
atuações em áreas específicas. Uma prática que distingue as duas religiões é o 
sacrifício de animais nos rituais do candomblé, o que não acontece na umbanda. 
Esses rituais são conduzidos por um pai-de-santo ou mãe-de-santo e cada orixá tem 
 
23 
seu dia de ser cultuado, onde os participantes utilizam vestimentas em cores 
diferentes dos demais dias. 
Dentro do terreiro não há incorporação dos espíritos dos mortos nos médiuns. 
Esses espíritos são chamados de Egum, ao contrário da umbanda, que nomeia-os 
Caboclos, Pretos Velhos, ou seja, são os Guias na religião originada no Brasil. São 
realizadas festas para os Eguns ao ar livre, nunca dentro dos terreiros, pois são 
espíritos de outra categoria, e poderiam acabar sendo prejudiciais, mesmo que de 
forma não intencional, para os trabalhos da casa. Os Eguns são diferentes dos 
Kiumbas, espíritos de energias negativas que trabalham fazendo o mal: destruindo 
casamentos, colocando as pessoas umas contra as outras, fazendo magia negra, etc. 
Essa não é uma religião maniqueísta, ou seja, não considera a existência dos 
opostos bem e mal, e sim que todos os seres humanos possuem qualidades e 
defeitos, atuando de forma simultânea. Assim como também negam existir céu e 
inferno, o que existe são Orum e Aiê, palavras da língua iorubá, falada em diversos 
países africanos, que significam, respectivamente: mundo espiritual e mundo material. 
Esses mundos coexistem, podemos fazer a analogia com uma roda gigante, uma hora 
em cima, outra em baixo. Em um momento estamos em um corpo físico, depois 
retornamos ao mundo espiritual, e continuamos repetindo esse ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
3 RELATÓRIO DE PRODUÇÃO 
 
3.1 Pré-produção 
 
A escolha do tema, como já citado na Introdução, veio a partir de experiências que 
tive nos anos em que fui evangélico. A partir daí, e com mais experiência de vida, 
passei a me perguntar "o que são para outras religiões esses seres que para a igreja 
evangélica são demônios?". Eu sabia que um dia teria a oportunidade de buscar essas 
respostas, até porque aquilo não era algo que me interessava ir em busca no 
momento. Quando já estava próximo de concluir as poucas disciplinas que restavam 
do curso, vi ali a oportunidade de colocar em prática aquele que era o meu "projeto" 
desde criança/adolescente. Além disso, eu poderia aliar à pesquisa outra coisa que 
sempre fui fã: filmes de terror sobrenatural. 
 Convidei Miguel para participar deste projeto comigo, e ele aceitou de imediato. 
Eu tinha em mente a produção de um documentário falando sobre assombração na 
perspectiva de algumas religiões, mas Miguel teve uma ideia melhor: dividir o 
documentário em episódios, onde cada religião teria um capítulo só seu. Achei a ideia 
dele bem melhor que a minha, então demos inícios aos preparativos. 
 As dificuldades se iniciaram no momento de encontrar alguém para falar em 
nome da igreja católica. Até porque, se o objetivo do trabalho era entrevistar 
autoridades religiosas, então dentro da hierarquia da igreja eu precisava falar com, 
pelo menos, um padre. Não sabia que seria tão difícil. Tenho um colega que se tornará 
padre em breve, e ele me recomendou procurar por um pároco específico, que ele me 
auxiliaria, acreditou esse meu colega. De início, tudo certo, o padre confirmou, peguei 
o contato dele, que me falou estar disposto a me ajudar. Passados alguns dias, não 
tive mais retorno das mensagens. Procurei por um outro, que se prontificou a ajudar, 
mas também não respondeu mais. Percebendo a dificuldade que seria continuar 
nessa procura, optamos por contar essa parte nós mesmos, com base no material 
coletado nas pesquisas. Fiquei sabendo, através desse colega, que a dificuldade 
maior se dá pelo fato do tema ser pouco falado dentro da igreja, até mesmo entre eles 
próprios que estão se formando padre. Além disso, é um assunto delicado e complexo, 
os padres precisamde um tempo a mais para pesquisar as informações. 
 O primeiro título desta obra foi "O que é Assombração?", porém, quando em 
conversa com o primeiro padre que tive contato, ele me sugeriu "melhorar" esse título 
 
25 
retirando o nome assombração. Analisamos a sugestão e então troquei essa palavra 
por fantasma. Não sei se essa troca representou uma mudança significativa, mas 
acredito que tenha deixado o título mais atrativo. 
 Os depoimentos daqueles que tiveram experiências para contar, os quais no 
início acreditei serem os mais difíceis de coletar, não me deram trabalho, as pessoas 
eram próximas a mim, só precisei explicar o projeto. Até cogitei a possibilidade de 
fazer uma pesquisa utilizando os formulários do Google Forms, mas os prazos 
estavam muito curtos e não teríamos tempo, seria mais rápido entrar em contato com 
quem eu já conhecia. Após algumas mensagens, consegui que participassem do 
projeto os meus sogros, minha mãe, alguns amigos, e eu próprio também narro 
algumas experiências que tive. Uma das participantes, por ser muito tímida até para 
mandar áudio, resolveu encaminhar sua experiência por escrito. Acho importante 
esclarecer que todas as pessoas que participaram tiveram realmente algum tipo de 
experiência referente à proposta do trabalho, umas mais profundas e outras mais 
superficiais. Apesar dos efeitos adicionados na edição, o objetivo foi, do início ao fim, 
mostrar pessoas reais com experiências reais. Inclusive, a maioria dos relatos eu não 
conhecia, e na entrevista eu pedia para que contassem as histórias com o máximo de 
detalhes possível, assim os espectadores poderiam imaginar com clareza e ter as 
mesmas emoções que os participantes tiveram em suas vivências. 
 Uma das ideias que eu tinha em mente era colocar no doc a opinião de alguém 
que falasse em nome da ciência, para que assim levantássemos ainda mais 
questionamentos por parte de quem assistisse o episódio apresentado. Entrei em 
contato com uma prima médica, que finalizou recentemente o curso de psiquiatria, 
porém soube que não é atuante ainda. Entrei em contato com outra prima, psicóloga, 
que prontamente informou estar disponível para participar e, o melhor, concordaria 
em ser filmada, pois a maioria das pessoas estavam com vergonha de darem o 
depoimento em vídeo. Essa prima, que é evangélica, explicou o que são fantasmas 
para a psicologia, mas também fez questão de evidenciar suas experiências pessoais. 
 
3.2 Produção 
 
Os dois primeiros depoimentos foram gravados em vídeo, dos meus sogros, dia 29 
de novembro de 2022, às 16h. Para as filmagens eu utilizei um smartphone Samsung 
A53, e um outro celular com um microfone de lapela apenas captando o áudio, para o 
 
26 
caso de a qualidade do áudio captado pela câmera do celular não ficasse boa. As 
filmagens foram realizadas no quintal da nossa própria casa. 
 Na quarta-feira, dia 30 de novembro, às 16h, fui até o consultório da psicóloga. 
Utilizei um smartphone Samsung A12. A escolha da gravação em seu próprio 
ambiente de trabalho foi uma decisão minha, pois a ambientação, em conjunto com a 
sua vestimenta (jaleco), transmitiam uma certa autoridade em vídeo, importante para 
quem estava representando a psicologia por meio de suas respostas. 
 Ainda naquele mesmo dia, fui à casa de um amigo, por volta das 20h30, para 
que ele também fornecesse algumas respostas para a produção do trabalho. 
Concordando em ser filmado, eu utilizei um smartphone Samsung S20 para gravar o 
vídeo. Em seguida, eu ainda gravaria um outro depoimento, porém a participante teve 
um contratempo e não conseguiu participar da pesquisa. Por volta das 22h, via áudio 
de WhatsApp, recebi o quinto depoimento, o da minha mãe, juntamente com um outro, 
sendo esse por mensagem escrita. 
 Dia 01 de dezembro, às 17h, gravei meu próprio depoimento, por áudio. Optei 
por participar pois tive várias vivências relativas ao tema do projeto, o que serviu para 
contribuir com o desenvolvimento do documentário. Além de quê, contando minhas 
experiências de maneira detalhada, eu pude adicionar uma atmosfera um pouco mais 
densa a este doc de suspense que estamos produzindo, que era o que eu esperava 
dos demais depoimentos. Ainda no dia 01 de dezembro, recebi o sétimo, e último, 
depoimento, por volta das 19h30, narrado por áudio do WhatsApp. 
 
Figura 7 – Participantes que forneceram os depoimentos em vídeo 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
27 
 Por eu estar gravando com smartphones, o que não me dava tanto controle no 
desfoque do plano de fundo, optei por enquadrar os participantes prioritariamente no 
plano médio curto, assim eu também pude eliminar algumas distrações visuais da 
ambientação. A respeito do ângulo, optei pelo normal, para criar uma relação de 
igualdade entre os personagens e os espectadores. 
Uma preocupação que tive foi a de realizar as filmagens de dia, já que não 
tenho câmera profissional e só utilizaria o celular. Com exceção da filmagem de um 
amigo, que ocorreu às 20h30, todas as outras foram durante o dia. Sendo todos os 
participantes amigos e familiares, tive a liberdade de, chegando ao local de gravação, 
comparar a qualidade do vídeo do meu celular com o celular deles, e utilizava para 
filmar aquele eu tivesse uma qualidade superior. 
Com a realização desse trabalho, pude perceber a importância de ter um 
equipamento apropriado para captação de áudio e vídeo. Além do próprio celular para 
filmar, eu utilizei um microfone de lapela simples, que comprei há dois anos, por R$ 
20,00 reais, e um tripé de vinte centímetros. Foram suficientes para gravação, porém 
não com a qualidade que eu desejava. Mesmo não atuando na área do audiovisual 
ainda, pretendo investir em alguns acessórios e, também, em uma câmera profissional 
de entrada. Gostaria de ter adicionado um tópico sobre minhas experiências 
profissionais na área, entretanto este é o meu primeiro trabalho audiovisual, até 
mesmo durante o curso de Audiovisual o meu desenvolvimento prático foi quase zero. 
 
3.3 Pós-produção 
 
 Essa fase foi iniciada a partir do momento em que comecei a coletar os 
primeiros depoimentos. Criei uma pasta no Google Drive e enviei todo o material 
produzido/recebido. Miguel já faz edição de vídeos há algum tempo, inclusive de forma 
profissional. Eu edito pouquíssimo, apenas para projetos pessoais. Sendo assim, a 
edição e a montagem dos vídeos, bem como a sonoplastia, ficaram por conta dele. 
 Em nenhuma das fases da produção do documentário Miguel e eu tivemos 
algum encontro presencial, tudo foi discutido por conversas pelo WhatsApp, o que 
acontecia diariamente. Para auxiliar na edição, realizei buscas em site de bancos de 
vídeos, imagens e efeitos sonoros gratuitos. Após algumas montagens, eu recebia o 
material de volta e alinhávamos com a proposta do projeto. Desde o início, todo o 
trabalho em dupla foi fluido, porém posso dizer que houve uma evolução ainda maior 
 
28 
quando tivemos um posicionamento mais ajustado sobre os objetivos da linguagem 
do documentário. A partir daí, as ideias de um passaram a complementar as do outro, 
e o trabalho seguiu, assim como desejado, a linha do suspense sobrenatural. Antes 
disso, a proposta seguia um rumo mais voltado para o expositivo, sem tantos efeitos 
de áudio e vídeo. 
Toda a edição, transições, coloração, edição de efeitos, dentre outros, foi realizada 
por Miguel. À medida que ele realizava novos incrementos, me mandava e nós 
avaliávamos se estava de acordo com a proposta do trabalho ou se seria utilizar algum 
outro efeito. Confesso que precisei ter bastante cuidado para não permitir que este 
projeto documental se transformasse em um filme de terror, pois por diversas vezes 
pensei em pedir para que na edição fossem adicionados alguns efeitos que trariam 
um ar mais sombrio à obra, o que se assemelharia mais a um filme de terror 
sobrenatural do que a um documentário. 
 
Figura 8 – Teste de montagemdo documentário “O que são Fantasmas?” 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
Pelo fato de não termos a fala do padre, teríamos que narrar o texto fruto da 
pesquisa a respeito da igreja católica, mas não queríamos que fossem as nossas 
próprias vozes. Pesquisei por esse serviço em um site de freelancers e, após consultar 
mais de 30 portfólios, contratamos o serviço de um profissional. O nosso prazo já 
estava se esgotando, a edição praticamente pronta, só faltava o áudio. Essa acabou 
sendo a maior preocupação durante a edição: não receber a narração a tempo. De 
posse do áudio, que foi recebido dia 12 de dezembro, encaminhei o material para que 
Miguel pudesse seguir com a finalização da montagem. 
 
29 
 
4 ENTREVISTAS 
 
As entrevistas foram realizadas entre os dias 28 de novembro e 01 de dezembro 
de 2022. Alguns depoimentos foram enviados pelos participantes por meio de áudio 
pelo Whatsapp; outros foram filmados com smartphones, com auxílio de um microfone 
de lapela simples. 
 
Os entrevistados foram: 
Ana Clara, 16 – mensagem de texto 
Carla Costa (psicóloga), 40 - filmada com smartphone Samsung A12 
Dário Dicles, 41 - filmada com smartphone Samsung S20 
Denieire Lúcia, 55 – áudio captado pelo app WhatsApp 
Hudson Costa, 30 – áudio captado pelo app WhatsApp 
Maria Aparecida, 55 - filmada com smartphone Samsung A53 
Ronaldo Gurgel, 61 - filmada com smartphone Samsung A53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
5 CRONOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERÍODO 2022 
ATIVIDADES 
Outubro Novembro Dezembro 
1ª 
quinzena 
2ª 
quinzena 
1ª 
quinzena 
2ª 
quinzena 
1ª 
quinzena 
2ª 
quinzena 
Pesquisa X X X X X 
Seleção das 
locações 
 X 
Produção X 
Pós-produção X 
Redação do TCC X X 
Revisão ortográfica, 
gramatical e 
formatação 
 X X X 
Exibição e defesa do 
TCC 
 X 
 
31 
6 ORÇAMENTO 
 
Descrição Valor 
Combustível R$ 10,00 
Alimentação R$ 30,00 
Diárias de Produção R$ 3.250,00 
Diárias de Gravação R$ 150,00 
Créditos de Celular R$ 55,00 
Narração R$ 48,00 
Total R$ 3.543,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
REFERÊNCIAS 
 
A BRUXA de Blair. Direção: SÁNCHEZ, Eduardo e MYRICK, Daniel. Produção: 
COWIE, Robin e HALE, Gregg. Estados Unidos: Haxan Filmes, 1999. 
 
ARQUIDIOCESE DE NATAL. Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação – 
Cidade Alta – Natal. Disponível em: < 
https://www.arquidiocesedenatal.org.br/post/par%C3%B3quia-de-nossa-senhora-da-
apresenta%C3%A7%C3%A3o-cidade-alta-natal> Acesso em: 22 nov. 2022. 
 
ARQUIDIOCESE DE NATAL. Paróquia de São Pedro Apóstolo – Alecrim – Natal. 
Disponível em:<https://www.arquidiocesedenatal.org.br/post/par%C3%B3quia-de-
s%C3%A3o-pedro-ap%C3%B3stolo-alecrim-natal> Acesso em: 22 nov. 2022. 
 
AVELLAR GOMES, M.M. Uma Pesquisa em Construção: Comunicação, Corpo e 
Gênero nas Manifestações de Entidades na Umbanda. 6º Seminário de 
Comunicação e Territorialidades. Universidade Federal do Espírito Santo. 
Setembro 2020. 
 
BEZERRA, Juliana. Umbanda. Toda Matéria. Disponível em: 
<https://www.todamateria.com.br/umbanda>. Acesso em: 27 nov. 2022. 
 
BEZERRA, Juliana. Candomblé. Toda Matéria. Disponível em: 
<https://www.todamateria.com.br/candomble/> Acesso em: 29 nov. 2022. 
 
BEZERRA, Juliana. Candomblé e Umbanda. Diferença. Disponível em: 
<https://www.diferenca.com/candomble-e-umbanda/ >. Acesso em: 27 nov. 2022. 
 
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. Tradução de Luiz 
Sayão. Editora Vida, 2001. 
 
Blog Letra Espírita. A Evolução dos Mundos na Visão Espirita. Disponível em: < 
https://www.letraespirita.blog.br/single-post/ > Acesso em: 25 nov. 2022. 
 
Blog Saúde Negra. Terreiro da Casa Branca sedia Oficina sobre Promoção da 
Equidade e da Saúde. Disponível em: 
(<http://saudenegra.blogspot.com/2011/07/teereiro-da-casa-branca-sedia-
oficina.html> Acesso em 12 dez. 2022. 
 
CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO, promulgado por João Paulo II, Papa. Tradução 
Conferência Episcopal Portuguesa. ed. Apostolado da Oração. Lisboa: 1983. 
 
COFFEE, Rafael. Storyboard: por que ele é essencial para a sua estratégia de 
Marketing Digital? Disponível em:<https://rockcontent.com/br/blog/storyboard/> 
Acesso em 18 nov. 2022. 
 
ENCICLOPÉDIA. Insuflação – Insufflation. Disponível em: 
<https://nwikipt.cyou/wiki/Insufflation> Acesso em: 22 nov. 2022. 
 
 
33 
 
FAESA Centro Universitário. Entenda como fazer citação direta e indireta 
segundo a ABNT. Disponível em: <https://ead.faesa.br/blog/entenda-fazer-citacao-
direta-indireta-segundo-abnt> Acesso em: 25 nov. 2022. 
 
FARIA, Caroline. George Méliès. Info Escola. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/biografias/george-melies/> Acesso em: 18 nov. 2022. 
 
FRAZÃO, Dilva. George Méliès. E Biografia. Disponível em: < 
https://www.ebiografia.com/georges_melies//> Acesso em: 18 nov. 2022. 
 
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 71ª ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita 
Brasileira, 2003. 
 
LE Manoir du Diable. Direção: Georges Méliès. Produção de Georges Méliès. 
França: Star Film, 1896. 
 
LE VOYAGE dans la Lune. Direção: Georges Méliès. Produção de Georges Méliès. 
França: Star Film, 1902. 
 
MURUCI, Daniela. Psicólogo explica porque muitas pessoas se interessam e 
compartilham imagens de acidentes trágicos. Aqui Notícias. Disponível em: 
<https://www.aquinoticias.com/2017/04/psicologo-explica-porque-muitas-pessoas-
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2022. 
 
NANOOK, o Esquimó. Direção: Robert J. Flaherty. Produção de Robert J. Flaherty. 
França: 1922. 
 
NICHOLS, Bill. Introdução ao Documentário. 5.ed. Campinas: Papirus, 2010. 
 
NORONHA, Heloísa. Filmes de terror: por que algumas pessoas relaxam ao 
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O DIABO e o Padre Amorth. Direção: FRIEDKIN, William. Produção: FRIEDKIN, 
William. Estados Unidos: LD Entertainment, 2017. 
 
O EXORCISTA. Direção: William Friedkin. Produção de William Peter Blatty, Noel 
Marshall, David Salven. Estados Unidos: Warner Bros, 1973. 
 
 
 
34 
O GOLPISTA do Tinder. Direção: MORRIS, Felicity. Produção: Diaz DIAZ, L., 
FORD, S., GASPIN, J., LAYTON, B. Estados Unidos: Netflix, 2022. 
 
O HOMEM da Câmara de Filmar. Direção: Dziga Vertov. Produção de Dziga Vertov. 
Rússia: 1929. 
 
O que é Umbanda. O que é Umbanda - Documentário. YouTube, 06 jun. 2014. 
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Pe GOMES, Demétrio. O que é a prática do exorcismo e quem pode ministrá-lo? 
Canção Nova. Disponível em: < 
https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-e-libertacao/o-que-e-pratica-
exorcismo-e-quem-pode-ministra-lo/> Acesso em: 22 nov. 2022. 
 
SANTIAGO, Emerson. Necromancia. Info Escola. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/curiosidades/necromancia/> Acesso em: 17 nov. 2022. 
 
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TUFAILE, José Queid. O Candomblé. Portal do Espírito. Disponível em: 
<https://espirito.org.br/artigos/o-candomble-3/> Acesso em: 30 nov. 2022. 
 
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35 
APÊNDICES 
 
Como já citado na Introdução, nossa intenção era realizar perguntas às 
autoridades religiosas, uma em cada episódio do documentário, mas não 
conseguimos gravar com o padre que participaria deste episódio piloto, apesar das 
tentativas. Segue roteiro de perguntas que seriam realizadas ao eclesiástico. 
 
APÊNDICE A – Roteiro de perguntas que seriam feitas ao padre 
 
1. Para a Igreja Católica, o que são Fantasmas? 
2. Como essas entidades podem influenciar a vida das pessoas? 
3. Qual o objetivo desses espíritos na Terra? 
4. Quando e onde ocorreu o primeiro caso de possessão relatado pela Igreja Católica? 
5. Por que alguns lugares são considerados mal assombrados? 
6. As pessoas nascem ou desenvolvem predisposição à possessão espiritual? 
7. Quais as recomendações para alguém que acredita estar sofrendo perseguição espiritual? 
8. O senhor já teve alguma experiência sobrenatural? Pode nos relatar? 
9. Pode nos contar, com detalhes, um caso marcante de possessão? 
10. Outras informações que considerar pertinentes e que não foram perguntadas. 
 
 
APÊNDICE B – Roteiro de perguntas feitas aos participantes 
 
 Baseado em suas experiências de vida e conhecimento de mundo: 
1. Você acredita em Fantasmas? 
2. O que ou quem são os Fantasmas? 
3. Como eles podem influenciar a vida das pessoas? 
4. Você já teve experiências sobrenaturais? 
5. Essas entidades podem afetar o lugar para onde iremos após a morte?

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