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Hanseníase - LACII 2023.1

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Hanseníase
Ligante responsável: Ana Beatriz Figuerêdo
Orientação: Dra. Vanessa Teixeira
LIGA ACADÊMICA DE INFECTOLOGIA E IMUNOLOGIA
Introdução
Doença Infectocontagiosa
Causada pelo bacilo álcool-ácidorresistente Mycobacterium Leprae
Histórico estigmatizante
Há registros precisos datados de 600 a.C.
Acredita-se que China e Índia foram berço desta
patologia.
Registros bíblicos... Castigo divino? Doença
hereditária?
Bacilo de Hansen
O bacilo Mycobacterium Leprae foi descoberto em 1873 por Gerhard Hansen
Características
Possui genoma simplificado; 
Crescimento lento;
Parasitismo intracelular obrigatório;
Neurotropismo.
Taxonomia do M. Leprae
Características
Única micobactéria à invadir o SNP;
Célula de Schwann como nicho preferido.
Neurotropismo do M. Leprae
A célula de Schwann seria uma hospedeira ideal?
Não possui capacidade fagocítica profissional;
Barreira sanguínea dos nervos como proteção;
Afinidade entre o PGL-1 às cadeias alfa-2 da lâmina basal.
Neurotropismo do M. Leprae
Reservatório: 
Período de incubação:
Vias de eliminação:
Forma de contágio:
Hanseníase
Ser humano;
Vias aéreas superiores e áreas da pele/mucosas
erosadas de doentes bacilíferos;
2 a 5 anos;
Inter-humana, maior risco na convivência
domiciliar com doente bacilífero sem tratamento.
Bacilo de alta infectividade e baixa patogenicidade e virulência!
Epidemiologia
Nos últimos cinco anos (2017 a 2021), foram diagnosticados no Brasil
119.698 casos novos de hanseníase.
Epidemiologia
Todas as regiões apresentaram redução na taxa de detecção geral de
casos novos de hanseníase entre 2012 a 2021.
Epidemiologia
No período de dez anos, o Brasil apresentou uma
redução de 30,4% na taxa de prevalência; contudo,
não houve mudança no parâmetro oficial de
endemicidade, que permaneceu como “médio”.
Os chamados clusters definem áreas com maior
risco e onde se encontra a maioria dos casos. 
Resposta imune celular e humoral
Teste intradérmico de Mitsuda
Avaliação estado imunitário individual das pessoas - imunidade
celular específica contra o Bacilo de Hansen
(1) Injeção intradérmica de 0,1 mL do antígeno de mitsuda;
(2) Avaliação da reação tardia (cerca de 28-30 dias).
OMS - Tamanho do nódulo
(-) não há nódulo; 
(+) 3mm - 5mm;
(++) 5mm - 10mm;
(+++) >10mm.
Não é diagnóstico! 
Utilizado para classificação e prognóstico.
Fator "N" (FN) de Rotberg
A evolução da infecção e as manifestações clínicas da Hanseníase
variam de acordo a resposta do sistema imune.
(1937) Fator N:
(1986) Margem Hansen-anérgica:
Por quê?
Resistência natural genética expressa por Mitsuda (+).
Pessoas Mitsuda (-).
80% das pessoas
20% das pessoas
Diagnóstico
Diagnóstico eminentemente clínico.
Maioria dos casos pode ser confirmada no nível da APS.
Ministério da saúde: presença de 1 ou + dos sinais cardinais da Hanseníase.
Lesão(ões) e/ou áreas(s) da pele com alteração de sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil; 
Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; 
Presença do M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.
1)
2) 
3)
Baciloscopia direta para bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR): É um exame laboratorial que busca detectar a
presença do M. leprae em esfregaços de raspado intradérmico e estimar a carga bacilar apresentada pelo paciente.
 
A pesquisa do bacilo também pode ser feita por meio de colorações especiais em fragmentos de biópsia de pele,
nervos, linfonodos e outros órgãos.
Fisiopatologia
As primeiras manifestações ocorrem no SNP e, em geral, passam despercebidas; 
Inicialmente alterações sensitivas (térmica/dolorosa/tátil); 
1º acomete componentes mais distais do SNP;
Progressão proximal, edema/sinal de Tínel (+) nos ramos secundários e troncos periféricos; 
Tropismo especial para os nervos periféricos. NERVOS CRANIANOS: 
MEMBROS SUPERIORES:
MEMBROS INFERIORES:
Trigêmeo e facial;
Ulnar, mediano e radial;
Fibular e tibial posterior.
Manifestações clínicas
Classificações
Formas clínicas - Tuberculoide
Comprometimento restrito da pele (lesão única bem delimitada) e nervos; 
Baciloscopia de esfregaço intradérmico negativa; 
Áreas com diminuição ou perda de sensibilidade térmica/dolorosa/tátil;
Nervos periféricos poupados ou espessados de forma localizada e assimétrica; 
Granulomas tuberculoides na derme devido resposta inflamatória intensa. 
Formas clínicas - Virchowiana
Manifestações cutâneas e neurológias OPOSTAS à forma tuberculoide;
Comprometimento cutâneo silencioso, com progressiva infiltração dos sulcos; 
Baciloscopia de esfregaço intradérmico (+) com múltiplos bacilos; 
Lesões neurais extensas, simétricas e pouco intensas nos primeiros anos;
Hansenomas e espessamento de nervos periféricos.
Formas clínicas - indeterminada
Forma inicial da doença; 
Baciloscopia de esfregaço intradérmico (-); 
Lesões cutâneas sem alteração de relevo ou textura;
Alterações sensitivas discretas; 
É raro a busca dos pacientes pelo serviço de saúde nesse estágio da doença. 
Formas clínicas - Dimorfa
Situa-se entre os polos tuberculoide e virchowiano; 
Baciloscopia de esfregaço intradérmico (+) moderada; 
Lesões cutâneas em número e aspecto variável (entre os polos);
Múltiplos nervos periféricos acometidos (sinal de Tínel +); 
Forma clínica mais incapacitante da hanseníase. 
Lesões foveolares
Classificação operacional - OMS
Essa classificação visa a utilização dos esquemas multiterápicos no tratamento da Hanseníase.
Paucibacilares (PB):
Multibacilares (MB):
Baciloscopia (-), abrange os tuberculoides e indeterminados
Baciloscopia (+), abrange os vichorwianos e dimorfos
Todos os casos de hanseníase que suscitem
dúvida sobre a classificação operacional
devem ser tratados como Multibacilares!!!
Paucibacilares (PB)
Presença de uma a cinco lesões cutâneas; 
Baciloscopia obrigatoriamente negativa; 
Comprometimento isolado de um nervo periférico na forma tuberculoide (consenso Brasil);
Doentes não contagiantes, poucos bacilos e acometimento neural/cutâneo. 
Formas: (inicial) indeterminada e (tardia) tuberculoide. 
Multibacilares (MB)
Presença de mais de cinco lesões cutâneas; 
Baciloscopia negativa ou positiva; 
Comprometimento de mais de um nervo periférico;
Doentes contagiantes, muitos bacilos em todos os tecidos acometidos (exceto SNC). 
Formas: dimórfica (boderline) e virchowiana. 
Tratamento farmacológico
Suporte psicossocial (enfrentamento ao estigma e discriminação); 
Prevenção de incapacidades físicas; 
Autocuidado;
Cuidados com as lesões; 
Reabilitação física. 
Tratamento não farmacológico
Reações Hansênicas
Reação tipo 1 (ou reação reversa) 
Reação tipo 2 (eritema nodoso hansênico) 
São fenômenos inflamatórios agudos que cursam com
exacerbação dos sinais e sintomas da doença e acometem um
percentual elevado de casos.
Reação de hipersensibilidade desencadeada por resposta imunológica contra antígenos do BH;
Processo inflamatório agudo, com piora das lesões de pele existentes e surgimento de novas; 
Pode acompanhar uma intensa inflamação de nervos periféricos; 
Pode ocorrer ulcerações das lesões cutâneas e formação de abscessos em nervos periféricos;
Acomete a forma: dimórfica, sendo paucibacilares ou multibacilares. 
Reação tipo 1 (reversa)
OMS - ENH
Agudo
Recorrente
Crônico
Reação tipo 2 (ENH)
Ativação da resposta humoral contra o BH (produção de anticorpos específicos);
Pode vir acompanhado de sintomas gerais (febre, artralgias, mialgias, edema periférico etc);
Nódulos subcutâneas, dolorosos, múltiplos e histopatologia caracterizada por paniculite (ENH); 
Pode causar importante comprometimento dos nervos periféricos (morbidade);
Acomete a forma: multibacilar (virchowiana e dimorfos com altas cargas bacilares). 
Tratamento das reações
VERONESI, Ricardo; FOCACCIA, Roberto.
Tratado de infectologia. 6. Rio de Janeiro:
Atheneu Editora, 2021, 2v.
BRASIL, Ministério da Saúde. Boletim
epidemiológico:Hanseníase. Brasília, 2023.
BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico
e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase
[recurso eletrônico]. Brasília, 2022.
OBRIGADA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Outros materiais