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Trichomonas vaginalis

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Trichomonas vaginalis
Protozoário unicelular
Extracelular
Trato genitourinário
Glicogênio
Ferro (hemácia)
NÃO tem mitocôndria (tem hidrogenossomo)
4-6 flagelos; sendo 4 livres e 2 na membrana ondulante
Axóstilo
Trofozoíto
Pseudocisto
Exame padrão ouro: cultura
Mais prático: exame a fresco
Fômite (agente infeccioso no objeto inanimado)
Para gestante, os riscos são: criança nascer com baixo peso ou prematuro, pode entrar
em contato com o parasito antes do parto, já que o trofozoíto pode passar a placenta; cri-
ança pode se infectar ao passar pelo canal uterino, sendo a transmissão intraparto.
No HIV, a pessoa que está com tricomoníase e entra em contato com HIV, está com mais
inflamação na região, pode fagocitar. Parasito estimula a defesa dos leucócitos e o vírus a
entrar neles. Portador de HIV entra em contato com portador de tricomoníase, o vírus re-
plica mais rápido e diminui os linfócitos TCD4, deixando a pessoa mais suscetível por infec-
ção de qualquer agente;
pH mais alto favorece o parasito- hormônios, uso de sabonete íntimo
Patogênese microbiana
Exposição
Adesão: à pele ou mucosas; parasito mais tempo exposto, mais chance de aderir
Invasão
Infecção: instalada quando microrganismo cresce; crescimento e produção de fatores de
virulência e toxinas. Gera efeitos tóxicos ou de invasão
Tricomoníase
IST
Segunda causa de vaginose
Afeta pessoas sexualmente ativas
Em crianças pode ocorrer por compartilhamento de objetos ou abuso
Somente trofozoíto
4 a 6 flagelos, associados à membrana ondulante que percorre quase todo o corpo do pa-
rasito
Anaeróbios facultativos; consegue fazer reações metabólicas com ou sem oxigênio, mas
em situação de cultura essa quantidade deve ser intermediária
Trofozoíto é ovalado
Célula polimorfa (trofozoíto) tanto no hospedeiro natural quanto em meios de cultura
Axóstilo é formado por citoesqueleto
Para locomoção usa os flagelos
Trofozoítos
Tem flagelos
Membrana ondulante
Hidrogenossomos: produz energia na forma de peróxido de oxigênio
Axóstilo
Epidemiologia
Acomete muitas pessoas no mundo, havendo subnotificação
Entre as mulheres em idade reprodutiva, é a segunda causa de vaginite, a rimeira é vagino-
se
Parasito sítio específico (trato geniturinário)
50% das mulheres e 90% dos homens são assintomátios
Reprodução
Divisão binária longitudinal
NÃO há formação de cistos; há pseudocistos (estruturas mais arredondadas, flagelo entra
para dentro)
Alguns parasitos apresentam várias divisões nucleares antes da divisão celular
Invaginação dos flagelos no citoplasma dão origem aos pseudocistos
Local da infecção
Trato geniturinário
O muco e a descamação eriódica previnem que microrganismos colonizem o revesimento
do trato geniturinário. Células descaando: microrganismos aderindo vão embora junto
Fluxo da vagina remove micróbios mecanicamente, pH da urina é antimicrobiano
Ciclo
Doença venérea
Transmitido por relação sexual
Capaz de sobreviver por mais de uma semana no prepúcio de homens sadios
Homem é o “vetor” da doença
Há vias não venéras (crianças- roupas e água- e recém nascidos- parto)
Tricmoníase neonatal (rara)
Patogênese
Mecanismos envolvidos na patologia
Adesão célula-a-célula: tempo, temperatura e pH dependente (maior o pH melhor para o
tricomonas)
Hemolisinas (enzimas que lisam a hemácias, precisam do ferro dentro das hemácias)
Excreção de fatores solúveis no meio como proteinases (enzimas que digerem proteínas,
que tem um fator protetor, tricomonas possui fatores que diminuem o muco) e CDF (fator
de morte de célula). Chamam células de defesa, elimina bactérias, pH aumenta
Interação com a flora local; tentando ganhar uma competição
Chama célula de defesa, pH aumenta e é favorecido
Batimento do flagelo
Sinais e sintomas- Homem
Homem mais assintomático- quando aparece é a uretrite com fluxo leitoso ou purulento e
leve sensação de prutido na uretra
Antes da 1ª urina da manhã pode ser observado um corrimento claro, viscoso e um pouco
abundante, com desconforto ao urinar
Se desenvolve melhor no trato geniturinário do homem, porque há glicogênio
Nos pacientes assintomáticos, o T. vaginalis permanece na uretra e por vezes na próstata
Complicações: prostatite, balanoprostite, cistite e epidimite
Paciente mais velho que tenta urinar à noite e não consegue: pensar no câncer da prósta-
ta
Sinais e sintomas- Mulher
Varia da forma assintomática ao estado agudo
Período de incubação de 3 a 20 dias
O T. vaginalis infecta o epitélio do trao genital. A exocérvix é suscetível ao ataque, mas ra-
ramente são encontradas na endocérvix
Dor e dificuldade na srelações sexuais, dor ao urinar (disúria) e frequência miccional aumen-
tada (poliúria)
Comum na menstruação por conta do ferro
Prurido ou irritaação
Sintomática comum em grávidas e mulheres em uso de ACO
Gravidez
30% mais prováveis de desenvolver parto prematuro e baixo peso ao nascer
Tricomoníase neonata é rara
Diagnóstico
Clínico dificilmente pode ser realizado
Diagnóstico laboratorial
Laboratorial- Parasitológico
NÃO realizar higiene vaginal de 18-24 horas antes da coleta
Material coletado com swab de algodão
NÃO tomar medicamento antes
Exame direto a fresco
Identificação pelo tamanho, forma, flagelos e capacidade de locomoção
Densidade de leucócitos polimorfonucleares e as células do exsudato vaginal dificultam
Faz primeiro, depois realiza o padrão ouro (cultura)
Feito direto sob lâmina
Se negativo, realiza o exame de cultura
Exame de cultura
Padrão ouro
Swab cérvico-vaginal em meio líquido
Se uma técnica der positivo, não é necessário confirmar com outro, porque o parasito foi vi-
sualizado!
Sorologia pode dar reação cruzada- falso positivo
Profilaxia
As mesmas para todas as IST’s
Uso de preservativo
Tratar uma pessoa infectada
Gestantes com corrimento vaginal anormal deve comunicar ao médico
Infecção na gravidez tem sido associada à ruptura prematura das membranas que envol-
vem o bebê no útero, parto prematuro e baixo peso ao nascer
Tratada por medicamentos seguros para tomar durante a gravidez
Tratamento
Metronidazol
Tinidazol
Outros imidazóis
Tratamento do parceiro
Cura de 80-90% dos casos
Casos de resistência descritos: trata e continua com o tricomonas
Trichomonas e HIV
Infecção promove maceração e erosão ao colo uterino, facilitando a porta de entrada para
o vírus nos indivíduos HIV negativos e expandindo a porta de saída nos HIV positivos (mais
fácil o vírus sair e infectar alguém), pois provoca acumulação local de células infectadas por
HIV que são suscetíveis a linfócitos e macrófagos
Pode ativar células imunes, aumentando a replicação do vírus devido ao aumentona produ-
ção da citocina TNF alfa na presença do parasito
Facilita as pessoas a se infectarem ao HIV

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