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Questões Clínica Cirúrgica Veterinária

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Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais – P1 
 
 
* 1. Sobre as fases da cicatrização, cite-as e descreva detalhadamente o que ocorre em cada uma delas. 
R: Há quatro fases: inflamatória, de desbridamento, de reparo e de maturação. 
Fase inflamatória: ao ocorrer o sangramento, os mediadores químicos promovem a vasoconstrição para interromper o 
sangramento e em seguida a vasodilatação passa que a lesão seja nutrida. Essa vasodilatação irá aumentar o espaço entre as 
células, onde irá ocorrer o derramamento de plasma, rico em fibrinogênio e leucócitos, que irão ativar o fator quimiotático 
plaquetário, que irá auxiliar no processo de cicatrização. 
Fase de desbridamento: formação de exsudato viscoso irá preencher o espaço entre os tecidos. Deve-se fazer a retirada dos debris 
celulares para que haja o favorecimento da migração de fibroblastos. 
Fase de reparo: fase em que ocorre a proliferação e migração celular mais intensas, auxiliadas pela hipóxia favorável à cicatrização 
e a formação de colágeno tipo III e fibronectina, havendo 3 etapas (fibroblástica, epitelização e contração da ferida). 
Fase de maturação: consiste no aumento da resistência do tecido cicatricial, onde há o aumento do colágeno tipo I e diminuição 
do colágeno tipo III, tendo seu término variável e podendo levar anos. 
 
2. Quais os fatores que interferem na cicatrização? 
R: O paciente (debilitação, desnutrição e desidratação), características do ferimento (inflamação, infecção, contaminação) e 
fatores externos (anti-inflamatórios, antissépticos, quimioterapia, radioterapia). 
 
3. Cite e explique brevemente as classificações da cicatrização. 
R: Cicatrização de primeira intenção: ferida cirúrgica, não infectada, aproximação dos bordos, passa direto para a fase de reparo, 
cicatrização rápida. 
Cicatrização de primeira intenção com retardo: bordos são aproximados se há o controle da infecção. 
Cicatrização de segunda intenção: não consegue cicatrizar em primeira intenção, margens não são aproximadas, formação de 
tecido de granulação. 
Cicatrização de terceira intenção: semelhante à cicatrização de segunda intenção, forma tecido de granulação, mas utiliza-se 
alguma técnica reconstrutiva (placa, enxertos etc.). 
 
4. Quais os tipos de lesões? Explique sucintamente cada uma delas. 
R: Abrasão: escoriação da pele ou mucosa, superficial, sangra pouco. 
Laceração: danifica pele e tecidos subjacentes, superficial ou profunda. 
Avulsão: tecido é removido por inteiro. 
Punção: lesão por objeto pontiagudo. 
Esmagamento: compressão do tecido e combinação de outros tipos de ferimento, danos extensos, tecidos mais profundos. 
Queimadura: lesão por temperatura extrema ou substância químicas, parcial ou completa. 
 
5. Um animal ferido chega ao HV com um ferimento por mordedura. Qual será sua conduta? 
R: Primeiramente deve-se cobrir o ferimento imediatamente, estancando o sangue para evitar hemorragia e contaminação 
adicional. Segundo, deve-se estabilizar o paciente de acordo com seu estado geral. Após isso, deve-se tratar a mordedura como 
ferida infectada, ou seja, deve-se fazer a tricotomia e lavagem abundante do local da mordedura, fazer o desbridamento (se 
necessário) e deixar cicatrizar por segunda intenção. 
 
6. Por que não se deve utilizar álcool 70% na pele lesionada? 
R: Pois o álcool 70% em contato com o tecido lesionado irá matar as células e fixar os tecidos expostos em contato, rompendo o 
material proteico e fazendo com que haja o crescimento de bactérias. 
 
7. Cite e explique as principais técnicas de desbridamento. 
R: Desbridamento cirúrgico: retirada do tecido desvitalizado por critério visual, pouco seletivo, porém rápido. 
Desbridamento autolítico: promove condições para que haja autólise do tecido morto, mantendo o ambiente do ferimento úmido, 
é mais seletivo, porém leva mais tempo. 
Desbridamento mecânico: feito por curativos secos que se aderem ao ferimento, é semelhante ao cirúrgico, porém causa dor. 
 
8. Como deve ser feita a avaliação da viabilidade tecidual e como proceder em relação a cada tipo? 
R: Se o tecido está rosado, flexível, morno e com bom enchimento capilar, esse tecido é viável. Se o tecido está azul ou roxo, com 
sensibilidade deficiente e enchimento capilar ruim, esse tecido tem viabilidade duvidosa. Se o tecido está preto ou branco, frio, 
inflexível e sem enchimento capilar nenhum, esse tecido é inviável. Em todos os casos, deve-se trocar o curativo diariamente, pois 
a viabilidade do tecido pode variar. 
 
* 9. Descreva a diferença entre as otites. 
R: A principal diferença entre as otites, é a localização em que cada uma ocorre, sendo a otite externa no ouvido externo (conduto 
auditivo horizontal e vertical), a otite média no ouvido médio (da bula timpânica até os ossículos) e a otite interna no ouvido 
interno (labirinto ósseo e labirinto membranoso). Em casos de perfuração de membrana timpânica, será uma otite média e 
externa. 
 
10. Quais exames devem ser realizados para diagnóstico do tipo de otite? 
R: Otoscopia para diagnóstico de otite externa e média. 
 
11. Quais as principais consequências do agravamento da otite? 
R: Espessamento e calcificação do canal auditivo, otite crônica. 
 
12. Como deve ser feito o tratamento clínico, antes da indicação cirúrgica? 
R: Primeiro deve-se limpar o conduto auditivo com agentes ceruminolíticos e realizar a otoscopia em ambiente hospitalar. Após 
isso, é necessário o uso de antibiótico terapia em casos de otite média e interna e uso de EDTA em casos de otite externa. 
 
* 12. Um paciente com otite externa crônica apresentando estenose do conduto auditivo indica-se: 
a) Osteotomia ventral bular. 
b) Ablação do canal auditivo. 
c) Osteotomia lateral bular. 
d) Ressecção lateral do canal auditivo. 
e) Tratamento conservador. 
 
13. Quais as principais indicações e complicações da osteotomia lateral bular e da osteotomia ventral bular, respectivamente? 
R: A osteotomia lateral bular é indicada em casos de otite externa crônica e doenças do ouvido médio, não tendo grandes 
complicações por ser mais difícil de causar trauma. Já a osteotomia ventral bular, sua principal indicação é em caso de neoplasia 
do ouvido médio em gatos que têm pólipo nasofaríngeo, podendo causar complicações transitórias como a paralisia do nervo 
facial e Síndrome de Horner. 
 
14. Quais as principais complicações cirúrgicas das otites? Quais são temporárias e quais podem se tornar permanentes? 
R: Temporárias: paralisia do nervo facial, Síndrome de Horner. 
Permanentes: lesão neurológica, paralisia do nervo facial (dano na terminação nervosa) 
 
15. O otohematoma é comumente associado a: 
a) Síndrome de Horner. 
b) Otite externa bacteriana e parasitária. 
c) Complicações das cirurgias de otite. 
d) Neoplasias. 
e) Otite média. 
 
16. Quais as principais causas de esofagopatias? Como geralmente é feito o diagnóstico? Em quais casos há necessidade de 
remoção cirúrgica? 
R: A principal causa de esofagopatia é o corpo estranho e perfurações causadas por estes. O diagnóstico é feito pela junção da 
história clínica do animal, do exame físico e exame de imagem (radiografia ou endoscopia). A remoção cirúrgica é indicada em 
casos de perfuração e quando não é possível fazer a remoção com a endoscopia. 
 
17. Quais as principais complicações das esofagopatias? 
R: Perfuração do órgão e pneumonia aspirativa. 
 
18. Cite e explique os principais princípios da cirurgia esofágica. 
R: Deve-se usar técnicas atraumáticas por conta da cicatrização deficiente, fazer a sucção do lúmen antes da incisão para evitar 
contaminação, fazer a incisão em tecidos saudáveis (se necessário, fazer desbridamento em tecidos desvitalizados), incisões 
longitudinais na esofagotomia e transversais na esofagectomia, incorporar a submucosa nas suturas, utilizar técnicas de alívio de 
tensão, selar com um retalho omental para melhorar o suplemento sanguíneo e auxiliar na cicatrização etc. 
 
* 19. As cirurgias em esôfago apresentam particularidades que se devem, em parte, a constituição anatômicadeste órgão. 
Abaixo, será indicada a camada que dá sustentação as suturas do órgão. Marque a alternativa correta. 
a) Mucosa. 
b) Submucosa. 
c) Adventícia. 
d) Muscular. 
e) Serosa. 
 
 
20. Qual a principal indicação para uma cirurgia de gastrotomia? 
R: Retirada de corpo estranho. 
 
* 21. O local de acesso ao lúmen do estomago deve ser um local: 
a) Pouco vascularizado entre os omentos maior e menor. 
b) Bastante vascularizado entre os omentos maior e menor. 
c) Próximo ao piloro independentemente do grau de irrigação. 
d) Pouco vascularizado e próximo ao piloro. 
e) Em qualquer local desde que bastante vascularizado. 
 
22. Em quais situações são utilizadas as técnicas de Billroth I e II? 
R: Em casos em que é necessário a correção de disparidade de diâmetro dos segmentos que serão anastomosados (piloro e 
duodeno). 
 
23. Qual a principal indicação para uma cirurgia de pilorotomia ou piloromioplastia? 
R: Quando se tem a intenção e necessidade de aumentar o lúmen do piloro. 
 
24. Quais são as causas mais frequentes que levam à cirurgia do estômago? Quais técnicas são utilizadas em cada uma delas? 
R: Presença de corpos estranhos e Síndrome de Dilatação Vólvulo-gástrica. Na primeira utiliza-se a técnica de gastrotomia e na 
segunda o reposicionamento do estômago + gastropexia permanente para fixar o estômago na parede do abdômen para que ele 
não volte a rotacionar + gastrectomia parcial (se necessário). 
 
* 25. Criação de uma abertura artificial no interior do lúmen gástrico. Esta definição refere-se a: 
a) Gastrotomia. 
b) Gastrectomia parcial. 
c) Gastrectomia total. 
d) Gastrostomia. 
e) Gastropexia. 
 
* 26. Em relação aos corpos estranhos gástricos em cães e gatos é correto afirmar: 
a) A endoscopia consegue remover uma quantidade pequena de corpos estranhos gástricos, sendo na maioria das vezes 
necessário gastrotomia. 
b) Corpos estranhos gástricos nunca causam vomito. 
c) Um corpo estranho gástrico é qualquer coisa ingerida pelo animal e que não pode ser digerida (ex.: pedras, plásticos, tecidos). 
d) A indução do vomito para a retirada do corpo estranho de maior tamanho é a técnica mais indicada para sua remoção. 
e) Materiais de sutura absorvível são contraindicados na sutura do estomago. 
 
* 27. Durante o procedimento cirúrgico para o tratamento da torção vólvulo gástrica em cães, pode haver necessidade de uma 
gastrectomia parcial que está indicada se parte do órgão apresentar-se: 
a) Com a serosa pálida e de coloração esverdeada a acinzentada. 
b) Com a adventícia congesta e de coloração preta. 
c) Com a serosa de coloração vermelho-clara com pontos hemorrágicos. 
d) Com a serosa pálida e de coloração preta ou azul-escura. 
e) Com a adventícia congesta e de coloração esverdeada. 
 
* 28. A síndrome da dilatação vólvulo gástrica em cães é um distúrbio clínico e cirúrgico agudo em cães, relacionado a diversos 
efeitos fisiopatológicos ocorrentes secundariamente a distensão e ao mal posicionamento gástrico. Sobre esta ocorrência, é 
correto afirmar: 
a) A ocorrência desta síndrome é mais comum em cães de pequeno porte, sendo raro em cães de grande porte. 
b) A afecção ocorre com maior frequência em cães jovens de pequeno porte, devido em grande parte a aerofagia. 
c) O componente líquido do conteúdo gástrico é a combinação do material ingerido, secreções gástricas e transudado decorrente 
da obstrução venosa. 
d) Por ser uma ocorrência de evolução rápida não envolve problemas respiratórios, sendo somente afetado o sistema 
cardiovascular. 
e) Nesta síndrome, como procedimento cirúrgico imediato deve-se realizar a gastrotomia para aliviar a distensão gástrica. 
 
29. Discorra sobre a corticoterapia e uso de AINEs no pré-operatório da Síndrome de Dilatação Vólvulo-Gástrica: 
R: Os corticoides, quando degranulam os mastócitos, liberam histamina, que é uma amina vasoativa e irá agravar o quadro 
inflamatório que já está ruim. Já os AINEs são inibidores de prostaglandinas (importantes na formação do muco do estômago), 
podendo agravar a ulceração. 
 
30. Quais principais indicações cirúrgicas de intestino delgado? 
R: Corpos estranhos e intussuscepção. 
 
31. Quais as principais complicações cirúrgicas de intestino delgado? 
R: Síndrome do intestino curto e migração de bactérias do cólon para intestino delgado (em casos de anastomose com o intestino 
grosso). 
 
32. Em relação à fisiopatologia de corpos estranhos em intestino delgado, assinale a correta: 
a) A obstrução do tipo parcial e distal são consideradas as mais graves. 
b) A obstrução do tipo total e distal possui um quadro clínico mais crônico. 
c) A deterioração sistêmica grave do intestino delgado ocorre em casos de obstrução total e proximal. 
d) A obstrução do tipo parcial e proximal possui um quadro clínico mais agudo. 
e) Todo tipo de obstrução por corpo estranho é grave e deve ser tratada como uma emergência cirúrgica. 
 
33. O que caracteriza uma falsa diarreia? 
R: É uma diarreia de causa obstrutiva, ou seja, sai sangue e líquido (da hipersecreção de líquido) no conteúdo fecal. 
 
34. Qual a principal indicação para o tratamento cirúrgico em casos de corpo estranho no intestino delgado? 
R: Se a obstrução é total e/ou proximal e o corpo estranho não se move em até 8 horas. 
 
35. Quais as principais causas de intussuscepção intestinal? 
R: Enterites por hipermotilidade ou iatrogênica (íleo paralítico, aderências ou disfunção na anastomose pós cirurgia). 
 
* 36. Massa cilíndrica palpável, em geral, no centro do abdômen. Esta é uma descrição clássica de um achado clínico e refere-
se a: 
a) Inversão cecal. 
b) Intussuscepção intestinal. 
c) Torção gástrica. 
d) Neoplasia uretral. 
e) Piometra com maceração fetal. 
 
37. Quais são os principais indícios para realizar uma ressecção de segmento de alça intestinal? 
R: Avaliação da serosa, em casos de não recuperação, faz a enterectomia + enteroanastomose. 
 
38. Quais as principais indicações cirúrgicas em casos de doenças colônicas? 
R: Obstruções de causas inflamatórias, tumorais e intussuscepções. 
 
39. Quais as principais diferenças na cicatrização do intestino delgado e intestino grosso? 
R: A cicatrização do intestino grosso é mais lenta, tem menor força tênsil, uma circulação colateral mais pobre e uma carga 
microbiota muito maior que a do intestino delgado. 
 
40. Quais as principais indicações de colostomia e colopexia? Qual das duas é mais utilizada? 
R: As principais indicações de colostomia são os casos de neoplasias obstrutivas, estenoses ou trauma com fuga fecal. Já para a 
colopexia, em casos de prolapso retal. 
 
* 41. Retenção de fezes no trato digestivo que não responde a tratamento clínico conservador. Este conceito refere-se a: 
a) Tenesmo. 
b) Constipação. 
c) Megacólon congênito. 
d) Megacólon idiopático. 
e) Obstipação. 
 
42. Quais os principais tipos de tratamentos em casos de megacólon? 
R: Tratamento conservador por meio de bromoprida, laxativos e manejo dietético e tratamento cirúrgico, por meio de colectomia 
parcial ou subtotal, preservando a válvula íleo-ceco-cólica. 
 
43. O que caracteriza uma hérnia? O que pode predispor uma hérnia perineal? 
R: Uma hérnia é formada pelo saco herniário, conteúdo herniário e anel herniário. A hérnia perineal pode ser causada pela 
musculatura pélvica enfraquecida + esforço na defecação ou micção (cistite, prostatite, obstrução etc.). 
 
44. Quais os principais tratamentos em casos de prolapso retal? 
R: Redução digital em casos de dano e edema tecidual mínimo, ressecção em casos de prolapso não redutível e colopexia em 
casos de recidivas repetidas. 
 
45. Cite e explique brevemente os tipos de cicatrização óssea. 
R: Cicatrização direta: como se fosse uma cicatrização de primeira intenção, mais rápida, haverá a formação do hematoma, depois 
tecido fibroso e logo depois a formação do osso, estresse ósseo precisa ser menor que 2%. 
Cicatrização indireta, como se fosse uma cicatrização de segunda intenção, é mais demorada, hematoma irá formar o tecido 
fibroso, que irá formar a fibrocartilagemantes e depois o osso. 
Cicatrização intramembranosa: é um tipo de cicatrização indireta, tecido começa a se formar a partir do canal medular a partir de 
um fragmento que cria uma ponte, fazendo com que haja o crescimento de dentro (endósteo) para fora (periósteo). 
 
46. Quais os principais fatores que influenciam diretamente no escore de avaliação de fraturas ósseas? 
R: Fatores mecânicos (número de membros lesionados, atividade do paciente), biológicos (idade e metabolismo do paciente, local 
fraturado e vasos periosteais) e clínicos (cooperação do paciente e do tutor). 
 
47. Quais as principais condutas pré-operatórias de estabilização que se deve realizar ao receber um paciente com um trauma 
ortopédico? 
R: Deve-se identificar se a fratura é exposta ou não para proceder da maneira correta. Se exposta, é necessário parar a infecção 
imediatamente, para que se possa preservar o tecido que envolve a fratura e evitar que a infecção se espalhe, tornando-se 
sistêmica e causando até a morte do paciente. Se não for exposta, deve-se focar em preservar o envoltório da lesão pensando na 
estabilização do segmento. 
 
48. Qual a principal indicação para lesões distais de cotovelo e solda? 
R: Utilização de bandagem de Robert-Jones. 
 
* 49. Considerando a redução fechada de uma fratura femoral qual dos métodos de imobilização estaria mais indicado: 
a) Tipoia de Ehmer. 
b) Bandagem de Robert Jones (abaixo do cotovelo e da soldra). 
c) Bandagem espigada (Fratura femoral e umeral). 
d) Muleta de Schroeder-Thomas (Fraturas médias – radio, tíbia e ulna). 
e) Tipoia de Velpeau. 
 
50. Em quais casos deve ser utilizado o aparelho de Schroeder-Thomas? 
R: Deve ser utilizado em casos de fraturas mediais de rádio/ulna e tíbia. 
 
51. Quais as principais indicações para o uso de fixadores esqueléticos externos? Qual a principal vantagem do Aparelho de 
Ilizarov? 
R: São indicados em casos de fraturas e artrodeses temporárias. A principal vantagem do Aparelho de Ilizarov é que o animal 
consegue fazer o apoio do membro de maneira precoce, o que irá estimular a cicatrização óssea, além de ser retirado com 
facilidade ao final do tratamento. 
 
52. Em quais casos deve-se utilizar os pinos intramedulares e fios de aço? 
R: Deve ser utilizado em casos de fraturas de úmero, fêmur e tíbia, com a intenção de bloquear todos os movimentos (axial, 
rotacional, de curvatura). 
 
53. Qual a principal indicação para a utilização de placas e parafusos? Diferencie os tipos de parafusos. 
R: É indicado em casos de lesões de ossos longos e esqueleto axial, onde se procura uma estabilização mais rígida. 
Há dois tipos de parafuso, os não bloqueados e os bloqueados. Os não bloqueados consistem em 6 parafusos na cortical e 6 
parafusos na parte distal do osso. Já os bloqueados consistem em 2 parafusos distais e 2 parafusos proximais, possuindo cabeças 
que enroscam na placa. 
 
* 54. São recomendações para colocação de placas ósseas, exceto: 
a) Redução anatômica dos fragmentos, sobretudo dos articulares. 
b) Máxima invasão tecidual. 
c) Ostessíntese estável. 
d) Manutenção da vascularização dos fragmentos. 
e) Colocar no mínimo 3 parafusos em cada extremidade do osso. 
 
54. Qual deve ser a conduta realizada para a escolha do tipo de implante em caso de fratura óssea? 
R: Deve-se sempre considerar o escore do animal. Um animal de escore baixo significa risco alto, ou seja, precisa de métodos de 
fixação muito rígidos. Já um animal de escore alto, significa risco baixo, ou seja, irá necessitar de métodos intermediários, que 
façam a divisão entre o osso e o implante. 
 
* 55. Algumas fraturas que ocorrem no aparelho locomotor de pequenos animais devem ser tratadas como emergências, como 
é o caso das fraturas? 
a) Abertas, independentemente de sua localização ou forma. 
b) Fechadas, obliquas do terço médio do úmero ou do fêmur. 
c) Fechadas, cominutivas, independentemente de sua localização. 
d) Abertas ou fechadas desde que obliquas e em ossos longos. 
e) Abertas ou fechadas desde que cominutivas. 
 
56. Quais as principais indicações de tratamento em casos de urolitíase? 
R: Primeiro deve-se recorrer ao tratamento clínico, que consiste em tentar fazer a dissolução do cálculo através da mudança da 
dieta. Após isso, deve-se tentar fazer a retropropulsão, utilizando a sonda uretral. Em último caso, deve-se partir para a 
intervenção cirúrgica, com a técnica variando em relação a localização do cálculo. 
 
* 57. Uretrotomia refere-se a: 
a) Abertura cirúrgica do ureter. 
b) Confecção de uma fistula na uretra. 
c) Abertura cirúrgica da uretra. 
d) Retirada cirúrgica do ureter. 
e) Confecção de uma fistula no ureter. 
 
58. Qual a principal complicação da uretrostomia em machos? 
R: Causa o que é chamado de uretra curta, predispondo a infecções, com o animal tendo infecções urinárias recorrentes. 
 
59. Quais as principais técnicas utilizadas na uretrotomias e uretrostomias? Qual deve ser realizada em cães e qual deve ser 
realizada em gatos, respectivamente? 
R: Técnica escrotal e perineal. A escrotal deve ser utilizada em cães e a perineal em gatos. 
 
* 60. Chegou ao HV um animal com trauma abdominal. Qual será a sua conduta? 
R: Primeiro faria a abordagem dos sinais vitais (TPR), depois o ABCD do trauma com o objetivo de manter o fluxo sanguíneo para 
encéfalo, após isso faria a palpação abdominal para identificação de líquido livre ou gás na cavidade, exames complementares 
para mensuração de hematócrito e ureia, paracentese para identificação do líquido na patologia clínica e LPD (lavagem peritoneal 
diagnóstica) para saber se o animal terá que ser operado de imediato ou não mensurando o hematócrito. Se necessário, partiria 
para a laparotomia exploratória. 
 
61. Em relação à LPD (Lavagem Peritoneal Diagnóstica), de acordo com a cor/transparência do líquido peritoneal, quais devem 
ser os procedimentos e tratamentos realizados? 
R: Se o líquido for transparente o suficiente para conseguir ler o que está atrás dele, coleta e monitora a cada 5 minutos, até 
verificar se não irá precisar mais. Se o líquido for vermelho semelhante ao sangue, significa que o hematócrito está alto e deve-se 
realizar a cirurgia imediatamente. 
 
62. Como deve ser realizado o diagnóstico de peritonite? 
R: Pela palpação abdominal (se há derramamento de líquido o abdômen estará simétrico) e pelo exame radiográfico (definição 
dos órgãos é perdida). 
 
* 63. Você é o responsável pelo atendimento de um canino com histórico de atropelamento há poucas horas. Ao exame físico, 
não há alterações significativas nos parâmetros vitais. Qual dentre as técnicas de diagnóstico complementar abaixo 
relacionadas você faria em primeiro lugar para decidir sobre a realização ou não de uma laparotomia exploratória? 
a) Radiografia. 
b) Ultrassonografia. 
c) Lavagem peritoneal. 
d) Tomografia. 
e) Sondagem uretral. 
 
64. Quais as complicações mais frequentes da laparotomia exploratória? 
R: a 
 
* 65. Um paciente dispneico com pneumotórax idiopático adentra o HV. Qual a primeira conduta a ser tomada? 
a) Radiografia. 
b) Toracostomia. 
c) Hemogasometria venosa. 
d) Toracotomia exploratória. 
e) Ultrassonografia. 
 
66. Qual deve ser a conduta correta para realizar uma toracocentese? 
R: Deve ser utilizado agulha, escalpe, cateter, válvula de três vias e seringa (sistema precisa ser fechado), feito entre o 6º e 8º 
espaço intercostal.

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