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Fluidoterapia em Animais

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06/03/2024
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Prof. D.Sc. Ubiratan Melo
Estabilização hemodinâmica
Introdução
✓ Ingestão de água como instinto natural
✓ H2O solvente universal
❖ “Processos fisiológicos essenciais para a vida”
✓ Reservas hídricas lábeis
❖ 15% perda incompatível com a vida
➢ Morte em 1 a 7 dias
✓ Reserva energética menos lábil
❖ 50% perda massa corporal
➢ Morte entre 60 a 90 dias
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EQUILÍBRIO HIDRÍCO
✓ Homeostasia entre a captação e eliminação de água
❖ Captação
➢ Ingestão
➢ Água nos alimentos
➢ Água derivada dos processos metabólicos
❖ Eliminação
➢ Fezes
➢ Urina
➢ Respiração
➢ Sudorese 
➢ Secreção láctea (animais em lactação)
Perdas evaporativas de calor (Equinos x cães)
ÁGUA CORPÓREA TOTAL (ACT)
✓ Corresponde:
❖ 60 -70% P.v. (70% convenção técnica)
❖ 66 – 84% P.v. neonato
✓ Distribuída em dois grandes compartimentos:
❖ Compartimento Fluido Intracelular: 2/3 ACT
❖ Compartimento Fluido extracelular: 1/3 ACT
➢ Volume plasmático
➢ Volume intersticial
➢ Compartimentos transcelulares
❑ Trato gastrointestinal (9-21% p.v.)
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OBJETIVOS DA FLUIDOTERAPIA
✓ Expandir a volemia - Restaurar a perfusão tecidual e liberação de
oxigênio – EMERGÊNCIA
✓ Estabelecimento de diurese
✓ Correção de desequilíbrio eletrolítico e/ou ácido-base
✓ Fornecer o requerimento hídrico diário em animais impossibilitados de
ingerir água ou sem acesso à ela
ESTABELECIMENTO DA FLUIDOTERAPIA
✓ Determinar o grau de desidratação do paciente
❖ Exame clínico do paciente
❖ Resultados de exames laboratoriais
❖Monitoramento hemodinâmico
Importante:
Nem todas as técnicas de monitoramento serão
apropriadas para todos os pacientes:
✓ Confiabilidade
✓ Custo
✓ Praticidade
✓ Informação obtida
✓ AMBIENTE HOSPITALAR X CAMPO
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✓ Monitoramento à intervalos frequentes
✓ Frequência de mensuração:
❖ Estabilidade do paciente
❖ Facilidade de realização da técnica de monitoramento
❖ Taxa esperada de mudança da variável monitorada
❖ Custo de cada mensuração
✓ Avaliação de parâmetros clínicos
❖ Método mais fácil e barato de estimar desidratação
❖ Pode ser utilizado com maior frequência para avaliar a efetividade da
fluidoterapia estabelecida
❖ Pode ser utilizada em situação a campo e hospitalar
❖ Os achados ao exame físico associados às perdas de fluidos que
correspondem de 5 a 15% do peso corporal variam desde alteração
clinicamente não detectável (5%) até sintomas de choque hipovolêmico e
morte eminente (15%)
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Grau Desidratação FC TPC Mucosa T. cutâneo Ht (%) Pt (g/dl)
Leve 5%-7% < 40 bpm 1-2 seg Úmida 2-3 seg 40 – 50% 6,5 – 7,5
Moderado 8%-10% 40-60 
bpm
2-4 seg. Pegajosa 3-5 seg 50 – 65% 7,5 – 8,5
Grave > 10% > 60 bpm >4 seg. Seca > 5 seg > 65% > 8,5
Fonte: Adaptado de Seahorn e Seahorn (2003), Corley (2006) e Melo et al. (2010).
✓ Cães e gatos
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Ao avaliar o turgor cutâneo:
▪ Os animais obesos podem parecer adequadamente hidratados, apesar de
desidratados, em razão do excesso de gordura subcutânea.
▪ Animais emaciados e mais velhos podem parecer mais desidratados do
que realmente são por causa de deficiência de gordura e elastina
subcutânea.
▪ Uma falsa impressão de desidratação também pode ser notada quando há
respiração ofegante persistente, que pode secar a membrana mucosa
bucal.
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✓ Avaliação de parâmetros laboratoriais
❖ Hematócrito
➢ Influência da contração esplênica
➢ Variabilidade entre indivíduos e raças
➢ Acima de 50% indicativo de desidratação > 7%
❖ Proteína total
➢ Aumenta na desidratação
➢ diminuição significativa enteropatias perda proteínas
➢ Elevação parasitoses gastrintestinais / processos inflamatórios
“Hematócrito e Proteínas totais mais úteis na monitoração da resposta 
à fluidoterapia ou quando intensamente elevadas”
❖ Densidade urinária
➢ Facilmente mensurada a campo
➢ Densidades acima do limite superior indicam desidratação
➢ Aumento ou permanência do valor original indica fluidoterapia
ineficiente
▪ Cão: 1.015 a 1.045
▪ Gato: 1.035 a 1.060 
▪ Grandes animais de 1.015 a 1.030
➢ administração prévia de corticosteróides ou furosemida pode diminuir a
capacidade de concentração da urina.
➢ Após o inicio a fluidoterapia, a DU situa-se na variação isostenúrica,
caso se consiga a reidratação.
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❖ Débito urinário
➢ Avaliação qualitativa (reduzida, adequada ou aumentada) baseada na
frequência de micção é suficiente em muitos animais
➢ Produção de urina variável em animais hígidos
▪ Dieta
▪ Ingestão de agua
▪ Condições ambientais
➢ Reavaliação do plano fluidoterapia deve ser reavaliado se a produção de
urina exceder 2/3 do volume administrado
✓ FORMULAÇÃO DO PLANO DE FLUIDOTERAPIA
❖ Basear-se:
➢ Estimativa do grau de desidratação
➢ Avaliação da gravidade das perdas futuras
➢ Manutenção
❖ Plano deve consistir:
➢ Tipo de fluido a ser administrado
➢ Sistema de liberação
➢ Velocidade de administração e volume de infusão
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QUANTO DE FLUIDO DEVO ADMINISTRAR??
Reposição
Manutenção
Perdas 
futuras
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❖ Fluidoterapia de reposição
➢ Objetivos:
▪ Reposição do volume sanguíneo
▪ Reposição déficits interstício
Crise abdominal aguda
Colite
Hemorragia aguda
Endotoxemia
Sepse
Desenvolvimento 
de choque 
circulatório
Rápida reposição 
de volume
❖ Falta de consenso
➢ Tipo de fluido ideal
➢ Velocidade de infusão
➢ Inúmeros protocolos
❖ Quatro pontos a serem observados (Abordagem TROL)
I. Tipo de fluido
II. Taxa de infusão
III. Objetivos
IV. Limites
Preferência do clínico
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❖ Abordagem TROL (Type, rate, objectives, limits)
➢ Tipo de fluido
I. Cristalóides isotônicos
II. Cristalóides hipertônicos
III. Colóides
I. Cristalóides isotônicos
▪ Composição similar ao FEC
▪ Osmolaridade igual ou similar ao plasma
o Solução isotônicas comerciais: 270 a 308 mosm/L
o Plasma equino: 270 a 300 mOsm/L
o Plasma pequenos animais é em torno de 290 a 300 mOSm/L.
▪ Expansão do volume vascular e intersticial
▪ Não alteram osmolaridade plasmática
▪ Não exercem força osmótica para desvio liquido para o interior celular
▪ Eficientes expansores plasmáticos
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▪ Distribuem-se em todo FEC
o 20-25% permanece no plasma
o 75-80% distribuídos extravascular no interstício
▪ Efeito hemodinâmico imediato após infusão
▪ Duração 30-60 minutos
II – Colóides
▪ Distribuem-se exclusivamente no compartimento intravascular
▪ Não se distribui no interstício
▪ Exceção: SIRS / TRAUMA GRAVE
Permeabilidade 
capilar aumentada
Extravazamento de 
colóide para o 
interstício
Formação de 
edema
▪ Podemos associar colóides e cristalóides isotônicos na fluidoterapia de
reposição??
Colóide
Cristalóide
isotônico
Colite aguda Enteropatia
Hipovolemia e Hipoproteinemia
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➢ Cristalóides isotônicos
✓ Solução Ringer com lactato
✓ Solução fisiológica 0,9%
✓ Plasma-lyte 148
✓ Plasma-lyte A
✓ Normosol -R
➢ Solução fisiológica 0,9%
✓ Contém apenas íons Na+ e Cl-
✓ Não é solução eletrolítica balanceada
✓ Tendência a produzir acidose metabólica hiperclorêmica
✓ Ideal para animais hipercalemicos ou alcalose metabólica hipoclorêmica
✓ Único cristalóide comercial isento de K+
▪ Uroperitêneo
▪ HYPP
✓ Não utilizar como fluido de reposição em equinos com rabdomiólise
▪ Acidúria potencializa nefrose induzida por mioglobina
➢ Solução Ringer com lactato
✓ Solução eletrolítica balanceada
✓ Moderadamente hiperclorêmica
✓ Lactato sódio como agente alcalinizante
✓ Ringer com lactato racêmico (D-lactato) deve ser evitado
✓ Não metabolizado pelos mamíferos
✓ Efeitos inflamatórios
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✓ Não é fluido de escolha em casos com hepatopatia
✓ Cuidado com animais hipercalêmicos
▪ HYPP
▪ Falha renal aguda
▪ Uroperitôneo
✓ Deve ser evitado em casos onde Ca++ é contra-indicado
▪ Injúria cerebral
▪ Lesão miocárdica
➢ Plasma-Lyte e Normosol-R
✓ Composição eletrolítica mais similarao plasma equino
✓ Fluido de escolha quando disponível
✓ Podem ser administrados com sangue ou seus derivados
✓ Acetato e gluconato como agentes alcalinizantes
▪ Acetato – metabolismo muscular e outros tecidos
▪ Gluconato – metabolismo em vários tecidos
✓ Fluido de escolha:
▪ Lesões muicárdicas
▪ Disritmias ventriculares
▪ Injúria cerebral
▪ Disfunção hepática
✓ Contra-indicações
▪ Botulismo
▪ Fraqueza neuro-muscular
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➢ Nacl 7,5%
✓ Resulta em rápido aumento da osmolaridade plasmática
▪ Desvio de fluido do FIC para o FEC
FIC
FIC
FECFEC
Antes do fluido Administração de fluido hipertônico
✓ Expansão corresponde a 3,5 vezes o volume administrado
✓ Outros benefícios
▪ Inotropismo positivo ( contratilidade cardíaca)
▪ Anti-inflamatório
▪ Anti-edematoso
✓ Dose não deve exceder 4ml/Kg
✓ Deve ser administrado junto com cristalóide isotônico
▪ Efeito expansor transitório e de curta-duração
▪ HIPOVOLEMIA DE REBOTE
▪ 10 litros de cristalóide isotônico/litro de NaCl 7,5% administrado
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✓ Contra-indicado:
▪ Hipernatremia preexistente
▪ Hemorragia
✓ Monitoramento da concentração de Na+
▪ Não deve aumentar mais do que 12mEq/L em 24 horas
❑ RISCO DE MIELINÓLISE PONTINA CENTRAL
➢ Colóides
✓ Distribuição primariamente intravascular
✓ Expansão plasmática mais rápida e mais eficaz
✓ São isosmóticos – não alteram FIC
✓ Plasma e hidroetilamido disponível para equinos
✓ Colóides indicados quando a concentração da proteína plasmática total
estiver abaixo de 3,5 g/dl
✓ Rápida melhora da perfusão tecidual e a infusão de pequenos volumes
promove o mesmo efeito clínico que grandes volumes de cristalóide
✓ Dependendo do colóide administrado, ocorre aumento do volume
plasmático de aproximadamente 50% do volume infundido
✓ O sangue total pode ser indicado como a solução colóide de escolha nos
casos de hemorragia
✓ O plasma na dose de 2-4 ml/kg é necessário para manter a proteína
plasmática acima de 4 g/dl
▪ Doses maiores (10-20 ml/kg) podem ser necessárias - alterações da
permeabilidade capilar
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Característica Cristalóide Colóide
Persistência intravascular Baixa Moderada
Estabilização hemodinâmica Transitória Prolongada
Volume de infusão necessário Grande Pequeno
Pressão osmótica coloidal Reduzida Mantida
Risco de hiper-hidratação/edema tecidual Moderado Baixo
Elevação da perfusão capilar Baixa Moderada
Custo Barato Caro
Vantagens e desvantagens do uso de cristalóides e colóides na fluidoterapia de
reposição
Melo et al., 2010.
➢ O fluido administrado deve ser semelhante ao perdido. Na dúvida,
empregue ringer simples/sol fisiológica.
➢ Não podem receber Ringer lactato:
▪ Vômito agudo de conteúdo estomacal
▪ Pacientes com hiperlactatemia (acidemia latica, choque hipovolêmico)
▪ Pacientes que não metabolizam lactato (insuficiência hepática ou
linfossarcoma - câncer)
➢ Não podem receber potássio:
▪ Choque, hipoadreno, obstrução uretral
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Guia empírico para escolha de tipo de fluido a ser administrado 
em pequenos animais
❖ Taxa de administração
➢ Previsão do volume e velocidade de administração difícil de serem
mensuradas
➢ Sinais de desidratação podem ser insensíveis
➢ Abordagem tradicional avalia desidratação com base em parâmetros
clínicos e laboratoriais
➢ Volume a ser infundido = Peso (Kg) x % desidratação
➢ Método alternativo: múltiplos de manutenção
Desidratação
▪ Inaparente - 1 x manutenção
▪ Leve - 1,5 a 2 x manutenção
▪ Moderada - 2 a 2,5 x manutenção
▪ Severa - 2,5 a 3 x manutenção
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➢ Abordagem atual: DESAFIO FLUIDO
✓ Volume definidos de fluido administrados rapidamente em intervalos de
tempos pré-determinados
1. Sinais clínicos e indicadores laboratoriais de perfusão tecidual
melhorem
2. Pressão venosa central aumente a nível de 15 cmH20
Parâmetros de perfusão clínica
1- Comportamento Tempo de perfusão capilar
2- Frequência cardíaca Qualidade do pulso
3- Temperatura extremidades (orelha, membros) Refil jugular
4- coloração membrana mucosa Produção urina (se presente, 
indica perfusão renal)
✓ Guias para desafio fluido nos equinos
I. 10-20 ml/kg de cristalóide isotônico durante 2-30 minutos
II. Bolus de 50-100 ml/kg em uma hora pode ser necessário
III. Reavaliação clinica e laboratorial de parâmetros de perfusão
IV. Infusão é realizada a cada 30-60 minutos até que os parâmetros
normalizem, ou se alcance o limite de infusão
V. Cavalos hipovolêmicos requerem 2-3 bolus de 10-20 ml/kg antes
que a taxa de infusão possa ser reduzida para a taxa de manutenção
VI. Número de desafios fluido determinado pela reavaliação seriada
VII. Se colóides são utilizados dose precisa ser ajustada
a. Plasma: 10-20 ml/kg
b. Hidroxietilamido: 8-10ml/kg
c. Dextran: 4 ml/kg
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Velocidade de infusão PETS
▪ Desidratação grave – “dose de ataque”, correspondente a 30 a 50% do
déficit estimado na forma de bolus e o restante nas próximas 12 a 24
horas.
o Bolus cães – 90 mL por kg hora
o Bolus gatos – 55 mL por kg hora
Desidratação leve a inaparente/manutenção – administrar o déficit estimado
em um período de 24 horas.
o Referência manutenção => 2,2mL/kg/h + déficit + perdas
concomitantes
“Abordagem intermediária” animais hipovolêmicos
o Cães – 20 a 30 ml/kg em 20 min
o Gatos – 10 a 20 ml/kg em 20 min
avaliar resposta e:
a) segundo bolus;
b) iniciar fluidoterapia de manutenção.
Velocidade de administração
❖ Como controlar a velocidade de infusão com os equipos?
equipo macrométrico (adultos) – 0,07 a 0,1 mL / gota (10 a 15 gotas somam
1 mL)
equipo micrométrico (pediátrico) – 0,02 mL / gota (50 a 60 gotas somam 1
mL)
O número de gotas por minuto é calculado pela fórmula:
Gotas/min = volume total de infusão x gotas/mL
tempo total de infusão 
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❖ Objetivos da fluidoterapia de reposição
➢ Objetivo primário: restabelecimento da perfusão tecidual
▪ Prioridade 1: restabelecer volume circulante para aumentar a pressão
sanguínea
▪ Prioridade 2: repor perdas intersticiais
▪ Prioridade 3: repor volume intracelular
❖ Limites da fluidoterapia
➢ Limite clínico primário: EDEMA
▪ Forma mais grave: Edema Pulmonar
▪ Outra forma de desenvolvimento mais lento
o prejuízo na oxigenação tecidual
▪ Síndrome do compartimento secundária
▪ Forma de síndrome do compartimento abdominal sem injúria
abdominal
▪ Acúmulo pode ocorrer nos terceiros espaços
▪ Cavidade pleural
▪ Cavidade abdominal
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✓ Sistema de liberação (administração)
❖ Liberação venosa – REANIMAÇÃO / MANUTENÇÃO
➢ Paciente moderada a gravemente desidratados
➢ Uso de cateteres
❖ Liberação oral – MANUTENÇÃO
➢ Desidratação leve
➢ Sem evidências de hipoperfusão tecidual
➢ Indicada em alguns casos específicos
➢ Necessidade de função gastrintestinal normal
✓ Liberação venosa
❖ Administração contínua de fluido intravenoso e restabelecimento rápido da
volemia
❖ Cateteres longa permanência evitam uso repetitivo de agulhas e,
possivelmente, trauma ao vaso
❖ Seleção do cateter:
➢ Duração do acesso
➢ Vaso disponível para cateterização
➢ Comportamento do paciente
➢ Risco de tromboflebite
➢ Custo do cateter
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❖ Tamanho do cateter utilizado será ditado pela velocidade de fluxo
necessária
“Fluxo obtido é diretamente proporcional ao raio do cateter e inversamente 
proporcional ao seu comprimento”
❖ Cateteres calibrosos podem propiciar velocidade de até 40l/h, porém
elevam em 100 vezes a probabilidade de complicações
❖ Pacientes em estado de choque hipovolêmico podem necessitar de
cateterização bilateral
❖ Cateteres 14G – utilizados rotineiramente na fluidoterapia de equinos
adultos
❖ Cateteres 10G ou 12G quando ressuscitação rápida é necessária
❖ Cateteres 16G – utilizados em pôneis e potros neonatos
❖ Potros necessitando de rápida ressuscitação – cateter 14G
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❖ Número de lúmens
➢ Lúmen simples
▪ Única via de administração▪ Manuseio mais fácil
▪ Baixo custo
▪ Não ideal quando múltiplas medicações são administradas de forma
contínua
o Formação de precipitados
o Mudança de potência do fármaco
o Inativação do fármaco
o Formação de produtos tóxicos
o NUTRIÇÃO PARENTERAL
❖ Número de lúmens
➢ Múltiplos lúmens
▪ Duas a quatro vias individuais
▪ Possibilidade de administração de medicamentos, nutrição parenteral,
coleta de amostras sanguíneas, reposição de fluidos
▪ Velocidade de fluxo reduzida devido aos inúmeros lúmens
▪ Indicado na fluidoterapia de manutenção
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❖ Local da cateterização
➢ Veia jugular
▪ Local mais comum
▪ Transição do terço cranial com os dois terços caudais do pescoço
▪ CUIDADO COM A VENOPUNÇÃO DA CARÓTIDA
▪ Verifique a patências das duas jugulares
SINAIS DE INFLAMAÇÃO OU 
TROMBOSE COMPLETA
NÃO CATETERIZE A VEIA 
PATENTE
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❖ Colocação/Manutenção cateter
➢ Tricotomia
➢ Antisepsia
➢ Anestesia local
▪ Indicação
➢ Incisão da pele
▪ Indicação
➢ Colocação do cateter
➢ Manutenção do cateter
➢ Lavagem do cateter
▪ Solução salina heparinizada (10 UI Heparina/ml NaCl 0,9%)
▪ 6-6 horas
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❖ SOBRECARGA DE VOLUME
➢ Ocorre quando a água corpórea total está acima dos valores normais para
um paciente
➢ Torna-se clinicamente aparente quando FEC alcança valor crítico
(particular de cada paciente)
➢ Sinais clínicos relacionados à super-expansão do espaço vascular com
subsequente acúmulo de fluído no interstício
➢ Sobrecarga de fluido requer duas condições básicas
1. Administração excessiva de fluido
2. Excreção renal inadequada
“Nos animais hígidos, rins saudáveis são capazes de eliminar 
fluido administrado em excesso”
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➢ Pacientes de risco para sobrecarga de volume:
▪ Hipoproteinemia
▪ Insuficiência renal
▪ Insuficiência cardíaca
▪ Inflamação sistêmica
▪ Transfusão sanguínea
➢ Taxas de até 80 ml/kg/h podem ser dadas seguramente por até 30 minutos
➢ 20-40 ml/kg/h por período prolongado (acima de 90 minutos) induz risco
➢ Reconhecimento
▪ Formação de edema periférico
o Membros, Região abdominal ventral, Cabeça
▪ Mudanças de peso corporal
▪ Sons pulmonares adventícios
Muito obrigado pela paciência
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